Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável FAPESP _ 03/06441-7 Planejamento Integrado de Recursos Energéticos no Oeste do Estado de São Paulo Modulo 10: Propriedades dos Recursos Energéticos Agosto de 2007 Paulo Kanayama Bruno K. Shimanoe Miguel Edgar Morales Udaeta [email protected] Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 2 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 3 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Tipos de fontes de Energia • Basicamente, existem quatro classificações para o tipo de fonte de energia: • Primária/Secundária • Renovável/Não-renovável 4 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Fontes de Energia • Primária • As fontes primárias são aquelas cujos combustíveis são substâncias naturais encontradas diretamente na natureza, como o petróleo, carvão mineral, gás natural e lenha. • Secundária • As fontes secundárias são aquelas que trabalham com combustíveis derivados de outros combustíveis, como o óleo diesel, a gasolina (derivados do petróleo), a eletricidade, etc. 5 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Fontes de Energia • Renovável • As fontes renováveis são aquelas que têm seus combustíveis inesgotáveis ou que suas reposições são realizadas em curto prazo. • O sol é uma fonte de energia renovável porque é considerada inesgotável. • A lenha, o bagaço de cana e o álcool são fontes renováveis para as usinas termelétricas porque são produzidos e repostos em curto prazo. • Os lagos são fontes renováveis porque a água é rapidamente reposta pelas chuvas. 6 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Fontes de Energia • Não-Renovável • As fontes não-renováveis são aquelas que têm seus combustíveis renovados em séculos ou milênios, como o petróleo e o gás natural. 7 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 8 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Conceito de Recurso Energético • Um recurso energético engloba uma combinação da fonte de energia com diferentes tecnologias para processamento ou uso final da mesma. • Por exemplo, a fonte solar pode ser utilizada tanto para produzir energia elétrica por painéis fotovoltáicos (lado da oferta) quanto para ser utilizada para aquecimento residencial de água (lado da demanda) 9 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Recurso Solar Módulo Fotovoltáico Fonte Solar Estufa Coletor Solar 10 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Conceito de Recurso Energético • Recurso Livre • Corresponde àquele cuja fonte pode ser utilizada por qualquer pessoa sem nenhum custo. Ex: solar, eólica, hídrica etc. • Recurso Privado • Define o recurso cuja fonte é restrita àqueles que a possuem, podendo ser vendido livremente. Ex: gás natural, derivados do petróleo, biomassa, células combustível etc. 11 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Energia livre Princípio de funcionamento Tipos Aplicações Fonte: Guia da Energia Solar http://www.cienciaviva.pt/rede/himalaya/home/guia7.pdf Fonte: Sola Cookers International http://www.solarcookers.org Oportunidades • Fabricação e comércio de fornos • Comercialização de frutas secas • Culinária e cursos específicos 12 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Exemplos de RE livres na RA Araçatuba • • • • • • • Cata Vento (Vento) Placas Solares (Sol) Exaustores Naturais Roda D´água Aquecimento térmico de água Energia do lixo Redução do desperdício de energia 13 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Oferta interna de energia Evolução de participação das fontes. Brasil 1970 a 2005. Fonte: BEN 2006 14 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Energia livre • Paralelo com software livre, onde o conhecimento é compartilhado, e não comercializado. • Exemplos de tecnologias livres • • • • Fornos solares Aquecedores de água solares Rodas d’água Cataventos para bombeamento de água 15 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 16 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Definição de Recurso Energético Recurso Energético técnico-econômico social ambiental político • Um recurso energético (fonte + tecnologia) é definido pelos custos associados às dimensões técnico-econômica, social, ambiental e política. • Cada dimensão possui atributos e sub-atributos. 17 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 18 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Dimensão Técnico-Econômica Dimensão técnico-econômica Técnico Econômica Domínio tecnológico Tecnologia Empresas e instituições de pesquisa. Detentores da tecnologia. Equipamento e material Facilidade técnica Tempo de implantação Fabricantes de equipamentos. Fornecedores de infra-estrutura. Fornecedores de matérias primas. Empresas de transporte. Prestadores de Serviço. Qualificação mão de obrra Educadores. Instituições de ensino. Institutos profissionalizantes . Investimento Manutenção Custo do unitário de geração (R$/kW) Custo da energia (R$/KWh) Instituições financeiras. Investidores. Consumidores. Consumidores Residencial Comercial Indústrias Poder público Rural Prestadores de serviço 19 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Dimensão Ambiental Dimensão ambientail Meio terrestre Emissão de contaminantes Hospitais Indústrias farmacêutica Ocupação do solo (m2/kW) Proprietários de terras Meio aquático Emissão de poluentes Empresas de saneamento Consumo de água (volume/kW) Empresas de navegação Meio aéreo Alteração da qualidade da água Indústria pesqueira Empresas de turismo Emissão de poluentes e gee Empresas de consultoria de gerenciamento ambiental Fabricantes de fertilizantes Profissionais de saúde Agricultores e pecuaristas 20 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Dimensão Social 21 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 22 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Dimensão Política e novos atores produção Eficiência Biomassa energética Nuclear Gás natural Fontes alternativas ESCOs Governo Fabricantes de Formadoresde opinião viabilização equipamentos Comercializadores mercado Geradores Transmissores Distribuidores Consumidores 23 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Pergunta • Como conciliar interesses envolvidos e interessados? dos novos atores 24 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Como conciliar interesses políticos? 1 Identificar interesses dos atores 2 Formulação de regras de participação e estabelecimento de metas 3 Implementação, monitoração e ajustes dinâmicos 25 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Exemplos de políticas públicas • PROESCO • Leilões de eficiência energética • MDL 26 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 27 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável ESCOs • Mercado de conservação de eficiência energética • Faturamento do setor energia em 2005 = aprox. R$ 200 bilhões • Perdas (5%) = R$ 10 bilhões Fonte: ABESCO 28 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 29 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Apoio a Projetos de Eficiência Energética - PROESCO / BNDES • Objetivo: Apoiar projetos de eficiência energética. • Clientes • Empresas de Serviços de Conservação de Energia - ESCOs; • Usuários finais de energia. • Poderão ser financiados projetos que comprovadamente contribuam para a economia de energia. 30 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Apoio a Projetos de Eficiência Energética - PROESCO / BNDES • Itens Financiáveis • Estudos e Projetos; • Obras e Instalações; • Máquinas e Equipamentos; • Serviços Técnicos Especializados; • Sistemas de Informação, Monitoramento, Controle e Fiscalização. fonte: http://www.bndes.gov.br/ambiente/proesco.asp 31 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Módulo 10 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Distinção entre fontes primárias e secundárias, renováveis e não-renováveis Conceito de Recurso Energético Definições de Recursos Energéticos Influência no Mercado Energético Novos Atores Envolvidos ESCOs Apoios a Projetos de Eficiência Energética Leilões de Eficiência Energética 32 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Leilões de eficiência energética como funciona 1 Definição de critérios e normas dos leilões 2 Estabelecimento de metas de conservação de energia 3 Comercialização de certificados 33 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Leilões de eficiência energética exemplo na França 2 Estabelecimento de metas de conservação de energia Metas de economia para período de 3 anos • Provedores de eletricidade: 34 TWh (8,5% do consumo anual francês, ou cerca de 2,8%/ano) • Gás: 10,5 TWh • Óleo combustível : 7,5 TWh • Custo total previsto para o atendimento destas metas: 154 milhões de Euros/ano (aprox. R$ 770/MWh) 34 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Leilões de eficiência energética exemplos 2 Estabelecimento de metas de conservação de energia Metas de economia (gás e eletricidade) • Dinamarca: 7 PJ/ano de 2006 a 2013 = 1,7% demanda anual • Reino Unido: 486 PJ/ano de 2005 a 2008 = 1% demanda anual • Itália: 230 PJ/ano de 2005 a 2009 = 1% demanda anual Fonte: Shaeffer, R.; “Setores e medidas prioritárias”, apresentado no Workshop “Workshop: Leilão de Eficiência Energética”, EPE, Rio de Janeiro, 7/12/2006 35 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Leilões de eficiência energética Brasil 1 Definição de critérios e normas dos leilões Brasil: em fase de estudos pela EPE • Tamanho dos projetos, prazo dos contratos, mecanismos de medição e verificação, repasse para tarifa. Fonte: Shaeffer, R.; “Setores e medidas prioritárias”, apresentado no Workshop “Workshop: Leilão de Eficiência Energética”, EPE, Rio de Janeiro, 7/12/2006 36 Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável Obrigado! • Dúvidas? • Comentários? 37