Consultas do PROIFES são 2 vezes mais representativas que assembleias da ANDES O PROIFES tem como método de decisão o exercício democrático do voto direto: em questões importantes, tais como entrada ou saída de greve, assinatura de acordos e outras, a entidade promove consultas, em urna ou eletrônicas (a critério do sindicato filiado), em que cada professor pode se manifestar livremente. Assim, cada docente, após avaliar as informações de que dispõe, pode escolher com tranquilidade a posição que entender como melhor. Essa alternativa é importante para muitos professores, que não querem se submeter a assembleias por vezes manipuladas, em que a ‘Mesa’ leva horas até permitir a votação, esgotando a paciência de quem se dispõe a lá estar. Isso sem contar o assédio moral muitas vezes praticado por aqueles que aplicam vaias, agressões verbais e até físicas a quem discorda de suas opiniões, instalando ambiente incompatível com o espaço acadêmico civilizado, que inviabiliza o contraditório e o debate racional. É inadmissível e inaceitável, em tempos modernos, que se queira impedir a expressão de opinião pela via do voto direto – afinal de contas, no Brasil toda a população vota eletronicamente há muito tempo. Ademais, é patético argumentar que os docentes não saberiam como encontrar elementos que viessem a fundamentar seus posicionamentos, numa época em que a rede mundial de computadores é largamente utilizada, em especial por professores do ensino superior. E mais patético ainda seria achar que não têm eles a capacidade de refletir e escolher seu voto a partir dessas informações. Com o objetivo de desqualificar o processo de voto direto, a ANDES tem buscado rotular de ‘pouco representativas’ as consultas do PROIFES. O que há de verdade nisso? NADA. Absolutamente NADA. Trata-se de mentiras que podem ser comprovadas com muita facilidade. Números das consultas do PROIFES O Conselho Deliberativo do PROIFES, reunido no dia 3 de junho, logo após a não apresentação de proposta, pelo Governo, dentro do prazo pactuado (até 31 de maio), indicou a seus sindicatos filiados deflagração de greve, precedida de consulta direta aos docentes. Votaram 6.283 professores, nas 14 entidades filiadas, compreendendo 20 instituições e 77 campi. Foram 3.163 votos a favor da deflagração de greve, 3.089 votos contrários e 31 brancos e nulos. Em vários dos sindicatos filiados a votação indicou o início da greve e em outros, o contrário; como o PROIFES é uma Federação de sindicatos autônomos, cada qual adotou o posicionamento aprovado pela maioria de seus professores. Já no dia 25 de julho, logo após a apresentação (24 de julho) da proposta do Governo em que os 15 pontos apresentados pelo PROIFES foram aceitos, nova reunião do Conselho Deliberativo do PROIFES indicou às entidades filiadas a aceitação daquela proposta. Nova consulta teve lugar e, desta vez, votaram 5.222 professores em 36 Universidades e 7 Institutos Federais, dos quais 3.864 a favor (74%) da aceitação da proposta, 1.322 contrários e 30 brancos e nulos. O PROIFES divulgou em detalhes os resultados e tem igualmente registro documental de todos os docentes que participaram dessa consulta. Números das assembleias da ANDES Para efeito de comparação, analisamos dois momentos. O primeiro, para entrada em greve. Informes relativos ao número de docentes cuja presença foi informada pelas respectivas ‘seções sindicais’ que realizaram assembleias com vistas à deflagração de greve em 17 de maio de 2012, conforme registrado no relatório da ‘Reunião do Setor das IFES de 12 de maio de 2012’, disponível em http://antigo.andes.org.br/secretaria/arquivo/default_circulares_2004.asp, apontam para um total geral de 2.909 professores. O segundo, para ‘rejeição da proposta do Governo’, conforme ‘Comunicado CNG 28 jul/04 ago’, disponível em https://docs.google.com/file/d/0B48pp-OUXm7nUWN2TmRJSU5nMUE/edit, mostram que comparecem ao conjunto das assembleias 2.386 docentes. *** Conclusão – total de votos no PROIFES, nas duas ocasiões: 11.505. Na ANDES: 5.295.