BRASIL & BAHIA (2013) LETRAMENTO(S): EM BUSCA DO EXERCÍCIO DA PLENA CIDADANIA E. V. Benvenuto¹ e K. F. Abreu2 ¹Bolsista do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIBIC-Jr), discente do Ensino Médio Integrado em Edificações, Campus Salgueiro – Instituto Federal do Sertão Pernambucano, IFSPE. E-mail: [email protected]; 2Mestre em Linguística, orientadora PIBIC-Jr, docente de espanhol do Departamento de Ensino, Campus Salgueiro – Instituto Federal do Sertão Pernambucano, IFSPE. E-mail: [email protected] Artigo submetido em junho/2013 e aceito em xxxx/2013 RESUMO O presente artigo tem por objetivo definir e explicitar conceitos em torno da perspectiva do letramento. Para tal, busca-se alertar sobre os possíveis problemas ao desconhecer essa abordagem de ensino. Já que, para este estudo, concebe-se a ideia do letramento como prática de cidadania por meio da leitura e da escrita. Deste modo, questiona-se se os sujeitos envoltos no processo educativo compreendem a postura já sugerida por documentos governamentais, como as OCNEM (BRASIL, 2006), ao entender o engajamento discursivo que alunos podem ter por meio da reflexão da linguagem (ROJO, 2009; SOARES, 2005). Assim, ao esclarecer as terminologias espera-se auxiliar profissionais da área bem como a discentes a atuarem no mundo da e pela linguagem em diversas situações comunicativas, valendo-se de que o discurso não é neutro. Cumpre destacar que esta investigação trata-se de um recorte de pesquisa PIBIC Jr realizada no Campus Salgueiro (IFSPE) - Agência de letramento(s): Diagnóstico das práticas de leitura e de escrita em língua estrangeira no IF Sertão Pernambucano, cujo foco é investigar as práticas de linguagem de seus alunos do ensino médio. PALAVRAS-CHAVE: Letramento(s); Ensino e Aprendizagem; Conceitos. LITERACY (S): IN SEARCH OF PRACTICE’S CITIZENSHIP ABSTRACT This article aims to define and explain concepts around the perspective of literacy. To this end, we seek to warn of potential problems by ignoring this teaching approach. Since, for this study, conceived the idea of literacy as a practice of citizenship through reading and writing. Thus, it is questionable whether the subject wrapped in the educational process include posture already suggested by government documents as OCNEM (BRAZIL, 2006), to understand the discursive engagement that students can take through reflection of language (ROJO, 2009 , SOARES, 2005). Thus, to clarify the terminology is expected assisting professionals as well as students to act in the world and the language in various communicative situations, using that discourse is not neutral. It is worth noting that this research it is a research outline PIBIC Jr held at Willow Campus (IFSPE) Literacy Agency (s): Diagnosis of the practices of reading and writing in a foreign language in IF Sertão Pernambucano, whose focus is to investigate language practices of their high school students. KEY-WORDS: Literacy (s); Teaching and learning; conceptions. Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 1 BENVENUTO & ABREU (2013) LETRAMENTO(S): EM BUSCA DO EXERCÍCIO DA PLENA CIDADANIA INTRODUÇÃO O cenário educacional brasileiro vem se transformando ao longo dos anos motivado pela publicação da Lei de Diretrizes e Bases, nº9394, em 1996. Tais modificações, segundo Abreu (2011), traduziram-se com marco significativo, já que se incentivou implementar mudanças significativas “quanto aos direcionamentos institucionais; aos objetivos de cada nível de formação escolar; ao enfatizar a formação da cidadania, do indivíduo crítico e da autonomia; e à formalização de um currículo de base comum em nível nacional para a educação básica” (p.25). No que tange ao ensino e aprendizagem de línguas, buscou-se e busca-se, pós esse marco, formar o sujeito para e na linguagem por meio da interação com o outro, com trocas de informações, incentivando um posicionamento crítico e reflexivo nas mais diversas situações comunicativas (BARROS; SANTOS; ABREU, 2012). Deste modo, os últimos documentos governamentais (Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio – OCNEM, BRASIL, 2006) sugerem a abordagem do (s) letramento (s) em nossas práticas educativas. Uma vez que se pretende romper com paradigmas educacionais de linguagem que tenham a finalidade em si mesma, mas que se busque o entendimento das relações discursivas presentes na sociedade. Ou seja, buscando levar o sujeito aprendiz a interpretação sociohistórica e cultural de um dado enunciado e/ou discurso. Daí, o presente estudo ter por objetivo levar ao conhecimento e à compreensão sobre o que se entende pela perspectiva do letramento, ao mapear os conceitos presentes no cenário brasileiro, a construção de cidadania por intermédio da linguagem. Valendo o destaque para os usos que se fazem em uma sociedade das práticas diferenciadas de leitura e de escrita nas quais se encontram envoltos os sujeitos, mas que nem sempre chegam à compreensão e ao exercício pleno de sua cidadania na e pela linguagem. Diante desse contexto faz-se necessário que, ainda na escola, o aluno tenha acesso às práticas sociais, principalmente aquelas que se valem da leitura e da escrita, já que dessa forma, o educando se sentirá mais pertencente à sociedade vigente, a qual exige que o indivíduo seja capaz de processar informações, utilizando a escrita como ferramenta para enfrentar os desafios do cotidiano (BARROS; SANTOS; ABREU, 2012, p.1). A partir dessa discussão, a seguir expõe-se os materiais e métodos utilizados para a coleta dos dados; os resultados e as discussões sobre as terminologias associadas à abordagem do(s) letramento(s) no âmbito educacional e a conclusão desta investigação. MATERIAIS E MÉTODOS Esta pesquisa de cunho teórico – bibliográfico pautou-se em uma abordagem qualitativa dos resultados encontrados, buscou-se ainda o entendimento da perspectiva do letramento Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 2 BENVENUTO & ABREU (2013) proposta principalmente por documentos governamentais, como as OCNEM (BRASIL, 2006). Pretendeu-se ainda alertar sobre as terminologias adequadas a essa abordagem de ensino, uma vez que termos como alfabetização, alfabetismo, analfabeto, letramento, letramentos múltiplos, letramento crítico, podem causar equívocos a compreensão da proposta, conforme exposto por Abreu e Irineu (2010, p.2): Mas o que é letramento? Letramento crítico? Trata-se de uma nova forma de alfabetizar? E o que seria alfabetizar? Alfabetismo? Letramentos múltiplos? Indivíduo letrado? Concebemos que a “enxurrada” de termos nos últimos anos, bem como as pesquisas, literatura na área nas suas definições não tem chegado com muita clareza aos docentes, que se vem diante de orientações governamentais postulando ações a partir de tais termos. Deste modo, investigou-se os conceitos por meio de pesquisa bibliográfica e exploratória. Nas palavras de Lüdke e André (1986), nestas revelam-se a importância de se analisar tais documentos, pois: [...] constituem também uma fonte poderosa de onde podem ser retiradas evidências que fundamentem afirmações e declarações do pesquisador. Representam ainda uma fonte natural de informação. Não são apenas uma fonte de informação contextualizada, mas surgem num determinado contexto e fornecem informações sobre esse mesmo contexto (p. 39). Portanto, o levantamento teórico possuiu três frentes: a busca do conceito, a descrição dos conceitos encontrados/revelados, e a reflexão sobre a proposta. Tais considerações são construídas orientadas, conforme já sinalizado, pelos últimos direcionamentos propostos pelas Orientações Nacionais do Ensino Médio (OCNEM, BRASIL, 2006) e pela perspectiva do letramento (BARTON, HAMILTON, IVANIC, 2005) em sua vertente crítica. Cumpre destacar que esta investigação se trata do recorte inicial da pesquisa de PIBIC Jr, intitulada Agência de letramento(s): Diagnóstico das práticas de leitura e de escrita em língua estrangeira no IF Sertão Pernambucano, Campus Salgueiro (IFSPE). Assim, para um estudo adequado sobre as práticas de letramento (s) na escola e posteriores reflexões sobre a formação do aluno do ensino médio, nenhum instrumento é suficiente por si só, mas sim a combinação de vários. É neste sentido que se faz necessário a compreensão teórica sobre o assunto para posterior reflexão e análise sobre a escola como agência de letramentos. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao fazer parte de uma sociedade, percebe-se como estamos a todo tempo utilizando-se e estando-se envolto em determinadas práticas de leitura e de escrita em nossas práticas cotidianas para nos auxiliar, como escrever um bilhete, ler um jornal, consultar uma agenda telefônica, mandar um torpedo, interagir nas redes sociais etc. Logo, essas, por sua vez, Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 3 BENVENUTO & ABREU (2013) constituem-se como construções sociais (BARTON, D.; HAMILTON, M.; IVANIC, R., 2005; ROJO, 2004), conforme exposto por Cassany, 2006, p.38: [...] Também é uma prática cultural inserida em uma comunidade particular, que possui uma história, uma tradição, uns hábitos e umas práticas comunicativas especiais. Aprender a ler requer conhecer estas particularidades, próprias de cada comunidade. Não basta saber como decodificar as palavras ou como fazer inferências necessárias. Há que conhecer a estrutura de cada gênero textual em cada disciplina, como o utilizam o autor e os leitores, que funções desenvolvem, como se apresenta o autor na prosa, quais conhecimentos devem dizer e quais devem pressupor, como citam as referências bibliográficas, etc1. Nesse sentido, percebe-se que o texto passa a ser concebido como o lugar de constituição e de interação de sujeitos sociais que nele convergem ações linguísticas, cognitivas, sociais e discursivas, traduzindo-se como um constructo histórico e social, extremamente complexo e facetado (KOCH, 2006, p.9). E é por meio do contato contínuo, segundo Abreu (2011), com os mais diversos gêneros discursivos, a reflexão na e para a linguagem, que os indivíduos/alunos fazem uso contínuo das práticas letradas, do uso heterogêneo da linguagem, em conformidade com a proposta do letramento (ROJO, 2004; SOARES, 2005). Mas o que seria letramento? O que é letrar? É o mesmo que alfabetizar? Essas são dúvidas frequentes, não só por professores e profissionais da área, pelo fato da palavra letramento ter sido inserida, incorporada nas investigações e nos cenários educativos há pouco tempo aqui no Brasil. Aliado a isso, não tem sido popularizada e explicitada a visão por ora defendida neste estudo de forma igualitária. O que repercute na base de alfabetizandos, pelo fato do letramento ser também um processo pós-alfabetização e não só uma abordagem relacionada a aquisição do código linguístico. Desta forma, cumpre ressaltar que um dos primeiros registros do termo, na literatura da área, está no livro de Mary Kato, 1986 (No mundo da Escrita: Uma perspectiva psicolinguística). Tendo em vista essa problemática, cabe destacar as diferenças e definir os termos: alfabetismo x alfabetização x letramento x letramentos para um maior entendimento e para que assim haja uma identificação como sujeitos praticantes de nossa cidadania, independente de qual língua ou linguagem a ser utilizada em contextos diversos. Demostrando, portanto, a importância sobre tal assunto e tornando o ensino mais significativo em termos de letramento para os sujeitos usuários e produtores de linguagem de forma geral. Com isso, primeiramente, destaca-se o termo alfabetização. Este é concebido como o processo de ensino e/ou a aquisição e de desenvolvimento dos códigos como forma de Tradução livre nossa: “[...] También es una práctica cultural insertada en una comunidad particular, que posee una historia, una tradición, unos hábitos y unas prácticas comunicativas especiales. Aprender a leer requiere conocer estas particularidades, propias de cada comunidad. No basta con saber descodificar las palabras o con poder hacer inferencias necesarias. Hay que conocer la estructura de cada género textual en cada disciplina, cómo lo utilizan el autor y los lectores, qué funciones desarrolla, cómo se presenta el autor en la prosa, qué conocimientos deben decirse y cuáles deben presuponerse, cómo se citan las referencias bibiográficas, etc” (CASSANY, 2006, p.38). 1 Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 4 BENVENUTO & ABREU (2013) comunicação. Os dois, alfabetização e letramento, são processos diferentes e relacionados um ao outro. Ao primeiro, relaciona-se o código linguístico, o uso das linhas do texto, segundo Cassany (2006); já o letramento é o nível da interpretação do que há por detrás das linhas. Logo, a compreensão do termo letramento é mais ampla do que alfabetização. Como consequência, isto interfere nas concepções de ensino do docente em sala, pois ao centrar sua prática somente ao nível linguístico, não se estimula o pensar crítico do aluno. O ensino se foca nas estruturas linguísticas de um texto e não extrapola as possibilidades culturais, sociais e de formação cidadã. Outro termo que surge e gera confusões terminológicas é o conceito de alfabetismo. Este pode ser definido de forma simplificada como o estado ou condição de quem sabe ler e escrever (Soares, 2005, p.20). De acordo com Coracini (2005), nesta perspectiva o sujeito compreende as linhas de um texto de forma delimitada e não sob uma visão interpretativista e crítica. Assim na acepção do termo alfabetismo funcional, concebe-se a ideia que o indivíduo saber ler e escrever, mas não sabe interpretar o que foi lido, não entendo o texto. Por conseguinte, a definição de Letramento pode ser entendida como: O estado ou condição de quem interage com diferentes práticas de leitura e de escrita, com diferentes gêneros e com diferentes funções que a leitura e a escrita desempenham em nossa vida (Soares, 2005, p.44). Nota-se que o termo letramento não pode ser concebido como sinônimo de alfabetização, uma vez que a abordagem do letramento não consiste em ensinar a ler e escrever, mas sim em desenvolver essa e outras práticas de acordo com a localidade, cultura, intencionalidade discursiva, entre outros pontos, promovendo a inclusão social e ampliando o olhar interpretativo da linguagem que cerca o sujeito da linguagem. O termo letramento é a tradução do inglês literacy, litera- veio do latim que significa letra e o –cy é um sufixo do inglês que dá sentido de quantidade, condição. A prática do letramento se dá logo após ou até mesmo antes do processo de alfabetização, ainda com nível de alfabetismo rudimentar, de forma com que prepare o alunado para as mais diversas práticas de cidadania. Convém destacar que essa preparação para a vida, não ocorre somente na escola, mas sim pelas pessoas que estão ao redor do sujeito, como familiares, amigos, professores, e também por livros, revistas e dos mais variados tipos de impressos de que tenham acesso. Assim, corroborase a ideia de que o indivíduo ao interagir no mundo por meio da leitura e da escrita, ele se torna sujeito de linguagem: produtor e consumidor de sentidos. Deste modo, o sujeito se engaja no mundo por meio da linguagem e de posse do uso consciente da linguagem, este se torna cidadão do mundo. Neste ponto, é importante destacar o que diz Magda Soares (2005, p.47), letramento: É o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita. Outra diferença quase que imperceptível, mas não menos importante é a do letramento para letramento (S). A esta visão múltipla, plural, depreende-se que não temos capacidades para somente uma prática discursiva, mas temos contato com muitas outras atividades de forma conjunta com a leitura e a escrita, como ler um bilhete, uma receita, preencher formulário, tirar extrato bancário, mandar um torpedo, ler blogs, entre outras. Tendo isso em vista, pode-se afirmar que o termo mais apropriado é Letramento (S), pois a visão passa a ser entendida que: Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 5 BENVENUTO & ABREU (2013) Mas ser letrado e ler na vida e na cidadania é muito mais que isso: é escapar da literalidade dos textos e interpretá-los, colocando-os em relação com outros textos e discursos, de maneira situada na realidade social; é discutir com os textos, replicando e avaliando posições e ideologias que constituem seus sentidos; é, enfim, trazer o texto para a vida e colocá-lo em relação com ela. Mais que isso, as práticas de leitura na vida são muito variadas e dependentes de contexto, cada um deles exigindo certas capacidades leitoras e não outras (ROJO, 2004, p.2). A leitura passa a ser múltipla, se pensarmos nas diversas esferas que circulam a linguagem. E como usuários da linguagem, é papel da escola fomentar a capacidade crítica que surge diante de tais esferas. Infelizmente, segundo Rojo (2009), essas definições e práticas são motivos para produção de uma Exclusão social. Já que falta um método de ensino eficaz e atrativo, provocando desânimo por parte dos alunos, desmotivando o processo de aprendizagem da língua materna bem como uma outra estrangeira. Segundo a autora, a abordagem do letramento, possibilita entender mais o contexto e a realidade na qual está inserido o aprendiz, além de compartilhar o papel educativo da aprendizagem com a família. Assim, ressalta que os primeiros contatos dos aprendizes com as letras deveriam ser em casa, com o pai ou a mãe ensinando-o, que na atualidade passou a ser função quase que exclusiva da escola alfabetizar seus alunos. Consequentemente, esse fator, por exemplo, afetará nas condições de aprendizagem em sala. Apesar do caráter complexo da aprendizagem, no qual interferem n’s fatores para que haja qualidade, compreender a proposta do letramento é possibilitar de forma mais humana um olhar mais apurado sobre a realidade que o cerca. É aprender a ler e a escrever em sua comunidade linguística, tornando-o um cidadão engajado discursivamente. Conforme as OCNEM (BRASIL, 2006), trata-se de possibilitar: alfabetização e letramento se associar as primeiras letras ou letrar por meio da linguagem quando da aquisição do código. Assim, busca-se induzir os alunos envoltos e inseridos na sociedade, tornando o (s) letramento (s) uma prática simultânea a alfabetização, ao mesmo tempo, e não um mero processo pósalfabetização. O que envolve desde cedo os mesmos ao chamado conhecimento de mundo, e familiariza-los a reflexão, a pensamentos críticos, desenvolvendo-os melhor e um pouco mais rápido suas aptidões em questão de leitura e escrita, do que o comum. Melhorando a qualidade do aprendizado e incluindo – os socialmente e tornando – os cidadãos. CONCLUSÃO No estudo realizado, concluímos que é evidente a necessidade de expandir o saber sobre o letramento no quadro brasileiro e que isso precisa ser contornado. É importante introduzir essa prática nas salas de aula, tendo em vista que o letramento é um conjunto de práticas sociais Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 6 BENVENUTO & ABREU (2013) envolvendo a leitura e a escrita como um código de comunicação entre os sujeitos envoltos em divergentes situações em determinada sociedade como prática de inclusão. Valer-se de que o letramento não é mesmo que alfabetismo, a alfabetização é somente uma das práticas de letramento; compreender que as práticas de leitura e de escrita são plurais, por isso designa-se letramentos, no plural. Deste modo, é preciso trazer a conscientização aos docentes, para que optem por um ensino mais crítico e reflexivo de acordo com determinados níveis de alfabetismo. Tudo isso com o intuito de cobrir os obstáculos encontrados entre o alunado e as escolas. Desenvolvendo bons leitores usuários de vastas capacidades de leitura e principalmente de seus argumentos críticos interagindo socialmente e culturalmente junto ao texto. REFERÊNCIAS 1. ABREU, K.F. Concepções de leitura e de texto subjacentes às provas de vestibular: constatações e implicações para o ensino da língua espanhola. Dissertação (Mestrado em Linguística). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2011. 2. ABREU, Kélvya F.; IRINEU, Lucineudo M.; BAPTISTA, Lívia M.T.R. Letramento (s) e multiletramentos (s): conceitos, práticas e reflexões no ensino de língua portuguesa. In: Anais do VII Colóquio Nacional de Professores de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e de Literatura, 2010. UERN, Pau dos Ferros, 2010. 3. 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