UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
BRINCAR OU APRENDER?
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE LÚDICA PARA
CRIANÇA E ADOLESCENTE
KARLA DE FATIMA PEDROSA LETRA
MARY SUE
Rio de Janeiro
Julho, 2004
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
BRINCAR OU APRENDER?
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE LÚDICA PARA
CRIANÇA E ADOLESCENTE
Monografia apresentada por Karla de
Fátima Pedrosa Letra como requisito
para conclusão da Pós- Graduação em
Psicopedagogia.
Orientadora: Mary Sue
Rio de Janeiro
Julho, 2004.
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais – eternos educadores. Que com
toda simplicidade me ensinaram a ter fé na
vida e me apoiaram durante toda esta jornada.
A minha filha Anne Caroline que foi luz do
meu caminho, sem ela não teria motivos para
prosseguir.
Aos meus amigos de Jornada. Aqueles que nos
momentos mais delicados me fizeram crer no
amanhã. Acreditar que a esperança é a mola
mestra de nossa profissão.
A DEUS! Por continuar me presenteando com
o Dom da Vida. por ter oportunizado a
conclusão de mais essa etapa importante. Pela
presença incondicional na minha caminhada!
MINHA ETERNA GRATIDÃO!
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DEDICATÓRIA
A meus pais, Almerinda e Reinildo pelo
apoio em todos os momentos.
A minha filha Anne Caroline por me
permitir brincar e crescer com ela.
A Professora Mary Sue, por toda atenção
dispensada ao meu trabalho.
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SUMÁRIO
• Introdução
• Capítulo I
Histórico da atividade Lúdica na Sociedade
• Capítulo II
Reflexões de estudiosos sobre o lúdico
• Capítulo III
Jogo, Brinquedo e Brincadeiras – Uma revisão conceitual
• Capítulo IV
O Lúdico e a educação
• Conclusão
• Referências Bibliográficas
• Índice
• Ficha de avaliação
• Atividade Extra – Classe
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RESUMO
Para despertar o prazer em estar no ambiente escolar ou em qualquer
outra situação educativa, faz-se necessário do tempo e espaço para que a
criança dedique-se a brincadeira. É através dela que vai organizando o
seu mundo interno. Vai experenciando, vivenciando e internalizando –
ou até formar conhecimento.
Ao observarmos um grupo de crianças em atividades físicas ou
recreativas, tais como aulas de Educação Física, oficinas de Recreação,
aulas de Capoeira e etc. Elas mostram-se alegres, soltas felizes, atentas e
vibrantes, enfim conseguimos perceber uma aprendizagem com prazer.
Logo, quando olharmos uma atividade com fundamentos tradicionais, o
prazer e a vibração estarão adormecidas. É sabido que o jogo motiva e
desperta a criança para a aprendizagem.
Faz-se necessário acreditar em uma educação prazerosa onde
todos os envolvidos nesse processo acreditam na totalidade da criança.
Para isso, será preciso, despirmo-nos dos padrões internacionais e
apostarmos em instituições novas e vivas. Será preciso muita garra,
coragem para assumir esta postura, apaixonada pelo que se faz e
disposição para erros e acertos.
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INTRODUÇÃO
Existe uma cobrança exacerbada nos conteúdos que devem ser
trabalhados pelos docentes na Instituição Escolar, esquecendo-se que o
“simples” brincar servirá como conexão entre o real e o imaginário.
Compreende-se que o brincar não só auxilia a desenvolver habilidades,
mas é uma experiência fundamental do Ser Humano.
A aprendizagem acontece, quando o indivíduo consegue interferir
tanto na realidade interna quanto na externa. Modificando-a, isto é,
quando cria algo novo. Exigir que a criança consiga abstrair sentenças
matemáticas sem dar-lhe a oportunidade de imaginar é tolhir seu mundo
é cortar suas asas.
Nas últimas décadas o papel social da criança vem sofrendo
modificações. A criança é percebida como um ser organizado e
competente, com características próprias relacionadas com sua história
de vida.
Acompanhando isso, a atividade lúdica percebe outra dimensão:
não simplesmente o brincar, mas sim inclusa em uma metodologia.
Almejamos uma Instituição Escolar, onde ensino aprendizagem
aconteça através de experiências concretas. Com a intenção de formar
cidadãos críticos que venham atender à expectativa do mundo atual.
O ambiente desejado é aquele onde ensinar e aprender interajam
de forma agradável e criativa. Onde aluno desenvolva sua visão crítica,
para que possa agir sobre a realidade e não se acomodar à ela.
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CAPÍTULO I
Histórico da Atividade lúdica na Sociedade
“Os deuses sempre brincam onde há
bosques perto dos rios, montanhas e
primaveras e nas cidades com
jardins agradáveis”.
(De um Templo Hindu)
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Histórico da Atividade Lúdica na Sociedade
Analisando a história da sociedade podemos perceber que cada
época e cada cultura têm uma visão particular da infância e da atividade
lúdica.
Na Antigüidade greco-romana, o jogo era visto como recreação e
surge somente como relaxamento necessário a atividades que exigem
esforços físicos, intelectuais e escolares (Tomás de Aquino, Sócrates,
etc.). Por longo tempo o jogo infantil era encarado apenas como
recreação.
Durante a idade média, o jogo foi associado ao “azar” e
considerado assim “não sério”. Essa concepção foi bastante divulgada na
época.
A partir do Renascimento, o jogo ganha novo caráter, pois serviu
para divulgar os princípios de moral, ética e conteúdos de história,
geografia e outros.
Esse período foi reconhecido como “compulsão lúdica”. O
Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o
desenvolvimento da inteligência e facilitador do estudo. Sendo assim, o
jogo torna-se a forma adequada para aprendizagem dos conteúdos
escolares. Houve uma contradição na época, pois a palmatória era a
conduta vigente e o Pedagogo começa a reafirmar a forma lúdica de
trabalhar conteúdos.
Na clássica obra, Gargântua e Pantagruel, Rabelais fala do jogo,
utilizando personagens da época, para desenvolver a trama de suas
histórias. O autor faz uma sátira aos sofistas da época.
11
Na verdade Rabelais valoriza o jogo como instrumento de
educação para ensinar conteúdos, gerar conversas, ilustrar valores e
práticas do passado ou, até, para recuperar brincadeiras dos tempos
passados, descarta o jogo “não sério” aliado ao dinheiro.
Montaigne propaga também o caráter educativo do jogo. Inutiliza
os jogos de caça, passatempos de nobres e a dança, considerada lazer
popular. Para Montaigne o jogo instrumento de desenvolvimento da
linguagem e do imaginário. Particulariza os jogos que valorizam a
escrita, algo que realmente complete o sentido do jogo, vinculado nos
tempos atuais, como um meio de expressão de qualidades espontâneas
ou naturais da criança, momento apropriado para observar a criança que
expressa através dele a sua natureza psicológica. Essa idéia mantém o
jogo
a
margem
das
atividades
educativa,
mas
salienta
sua
voluntariedade.
Essa maneira de perceber o jogo está de acordo com a nova
concepção da criança que começa a ser construída no Renascimento: a
criança dotada de valor positivo, de uma natureza boa, que expressa-se
espontaneamente por meio de jogo, perspectiva que irá fixar-se com o
Romantismo. Assim, nesse período fixa-se o jogo como conduta típica
da criança.
Representantes desse pensamento como Jean Paul Ritchers,
Hoffmann, e Froebel, consideram o jogo como conduta espontânea e
livre e instrumento de educação da pequena infância.
Em outros tempos, as fases da vida do indivíduo eram comparadas
às da Humanidade. Com o Romantismo, e seu foco na criança surge a
metáfora que relaciona a infância do indivíduo à da humanidade por
influência
de
Rousseau.
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No século XVIII Rousseau procurou dar uma conotação diferente
para a infância. Daí vem o sentido de afirmar que o jogo é uma conduta
espontânea, de expressão e de tendências livres.
Ao surgir, no século XIX, a psicologia da criança recebe forte
influência da biologia e faz transposições dos estudos com animais para
o campo infantil. Assim Gross surge com sua teoria que considera o jogo
pré-exercício de instintos herdados, uma ponte entre a biologia e a
psicologia. Para ele, o jogo é uma necessidade biológica, um instinto e,
psicologicamente um ato voluntário. Groos retoma o jogo enquanto
ações espontâneas, naturais, prazerosas e livres e já antecipa sua relação
com a educação.
No início do Século XX, as idéias de Rousseau se firmaram, pois
ocorreu uma mudança profunda da imagem da criança. Psicólogos e
pedagogos passaram a considerá-la como um ser especial, com
individualidade, características, interesses e necessidades próprias,
valorizando, assim suas atividades espontâneas e proporcionando o
aparecimento da atividade lúdica com fator de desenvolvimento infantil.
A valorização dos jogos e dos brinquedos permitiu um novo campo de
estudos e hoje, é questão de consenso a importância do lúdico para a
formação do auto conceito positivo e para o desenvolvimento integral da
criança.
13
CAPÍTULO II
REFLEXÕES DE ALGUNS ESTUDIOSOS SOBRE O
LÚDICO
“Para falar ao vento,
Bastam palavras
Para falar ao coração
São necessárias Obras”.
(Magda)
14
Reflexões de Alguns Estudiosos sobre o Lúdico
Ao longo de toda a história da Educação da sociedade mundial,
vários estudiosos deram suas contribuições para elucidar a
importância do lúdico no desenvolvimento do ser humano. Frente a
esses paradigmas, que tanto o jogo como os brinquedos podem ser
englobados em um universo maior, chamado de ato de brincar
verificará o que alguns estudiosos sobre educação pensavam sobre o
lúdico.
2.1- Froebel
Embora não tenha sido o primeiro a analisar o valor educativo do
jogo, Froebel foi o primeiro a colocá-lo como parte essencial do trabalho
pedagógico, ao criar o jardim de infância com uso dos jogos e
brinquedos.
A partir de sua filosofia educacional baseada no uso dos jogos
infantis, Froebel delineia a metodologia dos dons e ocupações, dos
brinquedos e jogos, propondo:
• Dons, materiais como bola, cubo, varetas, anéis, etc., que permitem a
realização de atividades denominadas ocupações, sob a orientação da
jardineira;
• Brinquedos e jogos, atividades simbólicas, livres, acompanhadas de
músicas e expressão das relações que estabelece sobre objetos e
situações do seu cotidiano. Os brinquedos são atividades imitativas
livres, e os jogos, atividades livres com o emprego dos dons.
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“Brincar é a fase mais importante da infância –
[do desenvolvimento humano neste período]... [A
brincadeira é a atividade espiritual mais pura do
homem neste e, ao mesmo tempo, típica da vida
humana enquanto um todo – a criança que brinca
sempre,
com
determinação,
auto
-
ativa,
perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode
certamente torna-se um homem determinado,
capaz de auto-sacrifício para a promoção do eu
bem e de outros ]...[ Como sempre indicamos, o
brincar em qualquer tempo não é trivial, é
altamente sério e de profunda significação.” (
Froebel,1912,p.5)
2.2 - Piaget
Piaget estrutura o jogo em quatro categorias:
• Jogo de exercício – onde o objetivo é exercitar a função em si;
• Jogo simbólico – onde o indivíduo se coloca independente das
características do objeto, funcionando em esquema de assimilação;
• Jogo de regra-no qual implícita uma relação inter individual que
exige a resignação por parte do sujeito.
• Jogo de construção – onde a criança cria algo.
Esta última situa-se a meio caminho entre o jogo e o trabalho, pelo
compromisso com as características do objeto. Tais modalidades não se
sucedem simplesmente acompanhando as etapas das estruturas
cognitivas, pois, tanto o bebê pode fazer um jogo de exercício, como
também uma criança poderá fazer sucessivas perguntas só pelo prazer de
perguntar.
16
Para ele, a origem do jogo está na imitação que surge da
preparação reflexa. Imitar consiste em reproduzir um objeto na presença
do mesmo. É o processo de assimilação funcional, quando o exercício
ocorre pelo simples prazer. A essa modalidade especial de jogo, Piaget
denominou de jogo de exercício. Em suas pesquisas ele mostra que a
imitação passa por várias etapas até que, com o passar do tempo, a
criança é capaz de representar um objeto na ausência do mesmo. Quando
isso acontece, significa que há uma evocação simbólica de realidades
ausentes. É uma ligação entre a imagem (significante) e o conceito
(significado), capaz de originar o jogo simbólico, também chamado fazde conta.
Para Piaget, o símbolo nada mais é do que um meio de agregar o
real aos desejos e interesses da criança.
Paulatinamente, o jogo simbólico vai cedendo lugar ao jogo de
regras, porque a criança passa do exercício simples às combinações sem
finalidade e depois com finalidade. Esse exercício vai se tornando
coletivo, tendendo a evoluir para o aparecimento de regras que
constituem a base do contrato moral.
As regras pressupõem relações sociais ou interpessoais. Elas
substituem o símbolo, enquadrando o exercício nas relações sociais. As
regras são, para Piaget, a prova concreta do desenvolvimento da criança.
2.3 – Vygotsky
O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal
(capacidade que a criança possui), pois na brincadeira a criança
comporta-se num nível que ultrapassa o que está habituada a fazer,
funcionando como se fosse maior do que é.
17
O jogo traz a oportunidade para o preenchimento de necessidades
irrealizáveis e também a possibilidade para exercitar-se no domínio do
simbolismo. Quando a criança é pequena, o jogo é o objeto que
determina sua ação.
Na medida em que cresce, a criança impõe ao objeto um
significado. O exercício do simbolismo ocorre justamente quando o
significado fica em primeiro plano. Do ponto de desenvolvimento da
criança, a brincadeira traz vantagens sociais, cognitivas e afetivas.
Segundo Vygotsky, a brincadeira possui três características: a
imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos
de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz-de-conta,
como ainda nas que exigem regras. Podem aparecer também no desenho,
como atividade lúdica.
Do ponto de vista psicológico, Vygotsky atribui ao brinquedo um
papel importante, aquele de preencher uma atividade básica da criança,
ou seja, ele é um motivo para a ação.
Para o autor, a criança pequena, por exemplo, tem uma necessidade
muito grande de satisfazer seus desejos imediatamente. Quanto mais
jovem for a criança menor será o espaço dentre o desejo e a satisfação.
Na Educação Infantil há uma grande quantidade de tendências e desejos
não possíveis de ser realizado imediatamente, e é nesse momento que os
brinquedos são inventados, justamente para que a criança possa
experimentar tendências irrealizáveis. A impossibilidade de realização
imediata dos desejos cria tensão, e a criança se envolve com o ilusório e
o imaginário, onde seus desejos podem ser realizados. É o mundo dos
brinquedos.
18
A imaginação é um processo novo para a criança, pois constitui uma
característica típica da atividade humana consciente. É certo, porém, que
a imaginação surge da ação, e é a primeira manifestação da criança em
relação às restrições situacionais. Isso não significa necessariamente que
todos os desejos não satisfeitos dão origem aos brinquedos.
2.4 - Winnicot
Para Winnicot, a brincadeira é universal e projeto de saúde: o brincar
facilita o crescimento e, portanto, a saúde. O brincar conduz aos
relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação na
psicoterapia. Portanto, a brincadeira traz a oportunidade para o exercício
da simbolização e é também uma característica humana.
Sua contribuição mais original ao tema, entretanto, é o
desenvolvimento dos aspectos transacionais e fenômenos transacionais
(1951, 1971), para descrever a experiência de viver em uma área de
transição da experiência, isto é, transição com respeito à realidade
interna e externa.
Na obra “A criança e seu mundo”, 1976, Winnicot faz colocações
fundamentais sobre a brincadeira:
“[As crianças têm prazer em todas as experiências
de brincadeira física e emocional]... [Deve-se
aceitar
a
presença
da
agressividade,
na
brincadeira da criança]... [A angústia é sempre
um fator na brincadeira infantil e freqüentemente,
um fator dominante]...[ A brincadeira é a prova
evidente e constante da capacidade criadora, quer
dizer vivência.” (Winnicot, 1976, p.78)
19
CAPÍTULO III
JOGO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA – UMA
REVISÃO CONCEITUAL.
“A maturidade do homem significa
ter adquirido novamente a seriedade
que
a
gente
tinha
quando
brincávamos”
(Friedrich Nietasschel)
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Uma Revisão Conceitual.
A ambigüidade entre os termos se consolida com o uso que as
pessoas fazem dela. Certamente encontram-se professores que utilizam
as palavras jogo, brinquedo e brincadeira como sinônimos. Outros, no
entanto, marcam uma diferença entre elas que remontam sua própria
história de vida.
Pensa-se em dois aspectos implicados nessa questão. O primeiro
diz respeito às palavras poderem assumir diferentes significados desde a
nossa infância, bem como ao longo da fase adulta. Ou seja, antes mesmo
da formação profissional e com ela possível reflexões desde o ponto de
vista de Piaget, Winnicot e outros, tais conceitos já estavam marcados
pelas vivências de cada um, desde o lugar de crianças que nomeava o seu
brincar. O segundo aspecto refere-se aos diferentes significados que uma
mesma palavra pode assumir ao longo dos tempos. Um dicionário de 50
anos atrás certamente a acepção das palavras jogo, brinquedo e
brincadeira estarão impregnadas de uma visão da época. Nos dias de
hoje, observa-se que há uma clara diferença entre jogo e brinquedo e
entre brincadeira e brinquedo. No entanto, tanto jogo e brincadeira,
podem ser sinônimos de divertimento. Vejamos como esses termos são
definidos no dicionário Larrousse:
“Jogo = Ação de jogar: folguedo, brinco,
divertimento”.
“Brinquedo
=
Objeto
destinado a divertir uma criança”.
“Brincadeira
=
Ação
divertimento.
/
Gracejo,
de
brincar,
zombaria.
/
Festinha entre amigos ou parentes. /
Qualquer coisa que se faz por imprudência
21
ou leviandade e que custa mais do que se
esperava; aquela brincadeira custou-me
caro”.
É claro, porém que, além das diferenças, esses conceitos também
possuem aspectos em comum. Um deles é o de que tanto o jogo quanto a
brincadeira são culturais. É
difícil encontrarmos exemplos de um
jogo ou brincadeira que sendo originário de uma cultura, tenha sido
assimilado por outra.
O brinquedo sempre esteve presente na vida da criança, desde os
tempos primitivos até os dias de hoje. Sua figura é peça de fundamental
importância na construção do mundo infantil.
A partir do nascimento, ou mesmo antes, o desenvolvimento do
bebê é influenciado pela qualidade de relações e reações estabelecidas a
partir da presença da mãe. Depois disso, a influência virá das relações
com o meio e seus objetos, dentro dos quais podemos destacar os
brinquedos.
Para orientar a aprendizagem, é necessário constatar que existem
motivos "universais" e constantes no decorrer da vida do ser humano,
além de motivos específicos de cada fase de seu desenvolvimento.
Os primeiros já mencionados estão ligados à segurança, garantia de sua
individualidade e afeto (ser amado e aceito pelo grupo). O segundo
motivo se relaciona às características físicas e psicológicas de cada fase
de seu desenvolvimento.
Ao nascer, a criança já manifesta a necessidade de aprender. Ela
passa, então, a explorar o mundo que a cerca, até encontrar as primeiras
22
barreiras. Diante dos obstáculos, a criança começa a organizar e
construir as estruturas de pensamentos.
As brincadeiras infantis mostram o caminho para a recuperação da
inteligência criativa, adormecida ou bloqueada pela compulsiva
interferência adulta. Uma interferência que acaba orientando a criança
para
Atividades que reprimem sua fantasia, seus pensamentos, e a busca por
respostas e resoluções para os seus problemas.
No ato de brincar, a criança está tendo a oportunidade de
desenvolver-se integralmente. Ela experimenta, descobre, inventa e
confere suas habilidades. Brincar é indispensável à saúde física,
emocional e intelectual da criança. É um ato natural que, quando bem
cultivado, contribuirá futuramente para a eficiência e equilíbrio do
adulto.
3.1 – A importância do brincar para a criança
A criança brinca por uma série de motivos que a psicanálise
estuda e nos trás valiosas contribuições. Pedagogos também puderam
contribuir com reflexões importantes sobre o papel do jogo ao longo da
vida do indivíduo. É também um meio indispensável para perceber como
se dão as relações familiares, conhecer a criança e seu contexto histórico.
“A observação do jogo é de há muito indicada
aos futuros pedagogos como um dos melhores
meios de conhecer a criança.”
( Leif, 1778,p.12)
23
As atividades lúdicas favorecem os desenvolvimentos emocionais,
cognitivos e afetivos do indivíduo. Através do jogo é possível ajudar a
criança em suas dificuldades de aprendizagem, porque os jogos e as
brincadeiras são aceitos pelas crianças em qualquer idade.
É sabido que a atividade mais atraente para a criança é o jogo e
brincadeira. Percebendo essa importância do brincar vemos já na
Assembléia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1959 a
aprovação da Declaração Universal Dos Direitos Das Crianças. Em seu
artigo 7o temos:
“Toda criança será oferecida uma educação capaz de
promover a sua cultura geral e permitir que, em condições
de igualdade, ela desenvolva suas aptidões naturais, sua
capacidade de emitir juízo próprio e seu senso de
responsabilidade moral e social, ajustando-se assim à
sociedade como um todo. Toda criança terá direito a brincar
e diverti-se cabendo à sociedade e as autoridades públicas
garantir a ela o exercício pleno desse direito.”
Realmente para uma criança em idade pré-escolar o brincar é a
atividade mais séria do mundo infantil. Tão sério quanto é o trabalho
para a pessoa adulta. Esta atividade é tão necessária para o
desenvolvimento da criança quanto a alimentação e o descanso. A
criança vai conversando e adaptando-se ao mundo que a rodeia. Sente-se
parte desta sociedade e precisa aprender a dialogar com esta mesma
realidade da qual está inserida.
24
CAPÍTULO IV
O LÚDICO E A EDUCAÇÃO
“É preciso muito pouco para tornar a
vida feliz; só depende de nós
próprios, de nossa forma de pensar”.
(Marco Aurélio)
25
O Lúdico e a Educação
As crianças estão indo para a escola cada vez mais cedo. Esta, por
sua vez, tende a assumir funções antes delegadas à família, meio gerador
onde a criança dispunha de espaço - físico e emocional necessário para
executar sua vontade de explorar, experimentar e se interessar pelo
mundo externo. No ambiente familiar, a criança amplia seus horizontes
e, por conseqüência, as suas respostas sociais.
Na escola, ao contrário, o espaço de atuação da criança fica
limitado. Sua vontade é sistematizada, programas e currículos objetivos
lhes trazem verdades prontas. A infância, fase tão rica em vida e
descobertas, fica limitada a sistemas de valores de utilidade e inutilidade,
ou conceitos como fracasso e sucesso. O lúdico perde espaço. Brinquedo
e brincadeira são postos de lado. Na escola a fantasia é colocada de lado.
As atitudes "espontâneas - expressão genuína" do ser são
comprometida pela necessidade de executar ordens pré-determinadas em
prazos pré-estabelecidos e de ter um desempenho que assegure posições
de acerto e erro...
A escola, então, deve refletir e retomar a questão da ludicidade e
da contribuição do pensamento e hipóteses do aluno na construção de
conceitos mais amplos e significativos, fundamentada na "Teoria de
Construção do Pensamento de Jean Piaget".
É preciso considerar, também, o ambiente do exercício da relação
efetiva com o mundo, com as pessoas, com os objetos. Tal idéia parte do
princípio de que as atividades escolares devem afastar a monotonia e
reforçar a tendência natural do aluno para a exploração e a descoberta.
26
As situações devem ser apresentadas de maneiras dinâmicas, agradáveis,
pela diversificação de materiais e propostas de pesquisa.
O trabalho escolar deve permitir que, através da experiência, se
utilize o raciocínio e a conquista. A criança será também mais objetiva e
interessada se o conteúdo trabalhado tiver fins explícitos e se caracterizar
um estímulo ativo e significativo para que ocorra o aprendizado.
A proposta curricular deve respeitar o direito da criança de falar,
agir, ter consciência de sua ação e do ambiente que a cerca. Ela deve
poder brincar, exercitar suas necessidades psicológicas, buscar a solução
de problemas e ter um local seguro e efetivo para desenvolver-se.
A aprendizagem faz com que a pessoa ajuste-se ou transforme o
meio em que vive, supondo sempre uma mudança de comportamento. O
Homem, então, é agente de sua própria existência. Ele é um ser em
movimento que adapta continuamente o seu ser e o seu ambiente. E tal
fato não deve escapar ao conhecimento de qualquer educador.
4.1 – A escola e a atividade lúdica devem caminhar juntas?
A escola é um elemento de transformação da sociedade; sua
função é contribuir, junto com outras instâncias sociais da vida social,
para que essas transformações se efetivem. Nesse sentido, o trabalho da
escola deve considerar as crianças como seres sociais e trabalhar com
elas no sentido de que sua integração na sociedade seja construtiva.
Assim, a educação deve privilegiar o contexto sócio – econômico e
cultural, reconhecendo as diferenças existentes entre as crianças; ter a
preocupação de propiciar a toda as crianças um desenvolvimento integral
e dinâmico, assim como a construção e o acesso aos conhecimentos
27
socialmente disponíveis do mundo físico e social. A educação deve
instrumentalizar as crianças e os adolescentes de forma a tornar possível
a
construção
de
sua
autonomia,
criticidade,
criatividade,
responsabilidade e cooperação.
Tomando como base a formação integral, constata-se
que as
atividades que as crianças estão realizando na escola estão fragmentadas
uma hora para trabalhar coordenação motora, outra para expressão
plástica, outra para brincar sob a orientação e outra para a brincadeira
não direcionada. Essa divisão não vai ao encontro da formação da
personalidade integral das crianças, nem de suas necessidades. Tanto o
conhecimento como o senso moral é elaborado pelas crianças, em
interação com o meio físico e social, passando por um processo de
desenvolvimento.
Em relação ao conhecimento, é importante fazer corresponder
conteúdos ao conhecimento geral das crianças, seus interesses e suas
necessidades.
Em relação ao desenvolvimento moral, as crianças constroem seu
próprio sistema de valores morais. Esse processo é uma verdadeira
construção interior.
Formar homens criativos, sensíveis, inventivos e descobridores,
assim como espíritos capazes de criticar e diferenciar entre o que está
provado e o que não deve ser o principal objetivo da educação.
“O jogo é, pois um” quebra-cabeça”]...”[Não é
como se pensava, simplesmente um método para
aliviar tensões. Também não é uma atividade que
prepara a criança para o mundo, mas é uma
28
atividade
rela
para
aquele
que
brinca.
Verdadeiramente, brincamos envolvemo-nos com
paixão no jogo, sem precisarmos, em absoluto,
saber o que ela significa. Deve ser dado destaque
à qualidade de transformação do jogo: a atividade
lúdica é muito viva e caracteriza-se sempre por
transformações e não pela preservação de objetos,
papéis ou ações do passado das sociedades. Nesse
sentido, acredito no jogo como uma atividade
dinâmica, que se transforma de um contexto para
outro, de um grupo para outro, daí sua riqueza.
Essa qualidade de transformação dos contextos
das brincadeiras não pode ser ignorada.”
( Friedmann, 1996, p.20)
A aprendizagem depende em grande parte da motivação: as
necessidades e os interesses da criança são mais importantes que
qualquer outra razão para que ela se ligue a uma atividade. Ser esperta,
independente, ter iniciativa e confiança na sua capacidade de construir
uma idéia sobre as coisas, assim como exprimir seu pensamento com
convicção são características que fazem parte da personalidade integral
da criança.
Para concretizar esses grandes objetivos, pensando na participação
dinâmica da criança nesse processo, o educador deve ter bem claros
esses objetivos, é importante articulá-las de forma integrada, conforma a
realidade sócio-cultural.
É interessante a construção progressiva na prática educacional, de
estratégias metodológicas, como as atividades lúdicas. Essa metodologia
29
deve ser construída, levando-se em conta atividades que constituam
desafios e sejam ao mesmo tempo significativas e capazes de incentivar
a descoberta, a criatividade e criticidade.
A possibilidade de trazer o jogo para dentro da escola é uma
possibilidade de pensar a educação numa perspectiva criadora,
autônoma, consciente. Através do jogo, não somente abre-se uma porta
para o mundo social e para a cultura infantil como se encontra uma rica
possibilidade de incentivar o seu desenvolvimento. A idéia de aproveitar
o jogo como alternativa e importante, mas sua utilização não deve
excluir outros caminhos.
Há um aspecto ao qual deve-se dar especial atenção ao se trabalhar
com o jogo de forma mais consciente: o caráter de prazer e ludicidade
que ele tem na vida das crianças. Sem esse componente básico, perde-se
o sentido de utilização de um instrumento cujo intuito principal é o de
resgatar a atividade lúdica, sua espontaneidade e, junto com ela, sua
importância no desenvolvimento integral da criança.
4.2 – O aprendizado lúdico
Durante muito tempo, acreditou-se que havia uma oposição entre
brincar e aprender, até mesmo quando se tratava de educação infantil.
Para aprender era preciso parar de brincar. Hoje, sabemos que, quando
há estímulo à brincadeira, os resultados podem ser muito mais
duradouros e profundos.
30
Um exemplo é o aprendizado da leitura e da escrita. Antes,
acreditava-se que as crianças deviam receber tarefas “sérias”, como
copiar palavras e treinar caligrafia. Atualmente, temos certeza de que um
modo muito mais eficiente de ensinar é criando condições para que elas
brinquem de ler e de escrever. Aquelas que brincam de assinar seu nome,
desenhando algumas bolinhas ou letrinhas soltas, em breve vão escrevêlo corretamente; as que brincam de ler um livro, em breve vão começar a
reconhecer algumas palavras, a perceber qual é o significado das letras e
a pedir, quase espontaneamente, explicações sobre elas e até tarefas de
cópia e caligrafia.
A brincadeira é o caminho do desenvolvimento na infância. Ao
lidarmos com a educação infantil, precisamos ter consciência de que,
quando as crianças brincam entre si, ou sozinhas, não estão perdendo
tempo, mas sim construindo uma série de conhecimentos e habilidades
importantíssimas e, ao mesmo tempo, revivendo e resolvendo uma série
de conflitos emocionais.
Em vez de tentar impedi-las de brincar, o ideal é apresentar
materiais que motivem a brincadeira e a enriqueçam cada vez mais. Esse
é o objetivo da sala de educação infantil deste portal. Ao explorá-la, as
crianças vão encontrar atividades lúdicas muito proveitosas e,
conseqüentemente, aprender muito.
4.3 – O jogo auxiliando as dificuldades de aprendizagem
No seu cotidiano e através dos jogos, a criança vai elaborando o
seu mundo, definindo regras, definindo laços afetivos, representando a
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realidade presente e vai então aprendendo a lidar com conflitos sociais
que a sociedade possa vir lhe apresentar. Com o seu crescimento a
criança passa a encarar o jogo de formas diferentes.
O indivíduo estimula a suas potencialidades criadoras com o ato
de brincar. As instituições não valorizam este espaço do brinquedo como
deveriam.
Nos currículos da Educação Infantil o jogo aparece como
uma simples recreação ou possibilidade de resgate de energia para que,
em sala, as crianças possam se concentrar nos conteúdos programáticos.
Para isso é preciso que os professores pensem sobre este tema e
encontrem alternativas de opções alternativas em busca de uma
Educação Renovada, onde a criança sinta prazer de brincar e de estar na
sala com seus colegas de grupo, porque quando a criança brinca continua
ampliando os seus conhecimentos.
“A compreensão do brincar e das brincadeiras nos
remete à discussão de diversos aspectos dessa
questão. Winnicott coloca o brincar como uma
área intermediária de experimentação para qual
contribuem a realidade interna e externa . nesse
sentido, a criança pode relacionar questões
internas com a realidade externa e é capaz de
participar de seu contexto e perceber-se como um
“ser” no mundo. Sendo assim, o brincar é fonte
de
crescimento,
saúde
e
conduz
aos
relacionamentos grupais. A busca da vida de
grupo se faz necessária à medida que a vivência
do coletivo promove a relação entre o que é
pessoal ( interior) e o que é do grupo ( realidade
objetiva). O brincar é, portanto, uma das
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possibilidades, que o indivíduo tem que postulado
seu “eu” em relação ao contexto.”
(Santos, 1989, p.13)
O jogo em grupo é um excelente meio para se desenvolver: O
respeito ao outro, as diferenças individuais, o respeito ao espaço e limite
seu e do outro indivíduo. Os jogos trazem efeitos bem mais valiosos do
que enche as crianças de tarefas escolares, quadros e mais quadros de
atividades. “É preciso disciplina, ordem e produção...” enquanto, se
propusermos
jogos
pedagógicos
teremos
resultados
bem
mais
satisfatórios, um ensina ao outro.
“Muitos professores têm medo de usar jogos, por
receio de que os pais venham a reclamarem que
as
crianças
não
levam
lições
de
casa.
Acreditamos que as crianças aprendem bem mais
em jogos de grupo do que lições e folhas
mimeografadas.
(Kammii, 1991, p.15)
Quando a autora defende esta questão quer chamar atenção dos
profissionais de educação que ainda ignoram a importância do jogo
como facilitador dos processos de aprendizagem. É sabido que muitos
responsáveis não acreditam nos benefícios que os jogos trazem para a
educação. Para que o espaço escolar seja agradável requer do educador
muita criatividade na hora de propor as atividades, pois as crianças
sempre adoram brincar.
Ao planejar qualquer atividade recreativa, além desconsiderar o
grupo que pretende atingir, deverá também aguçar a curiosidade,
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provocando a descoberta por meio de vários instrumentos. Se as
atividades forem vazias não surtirão efeitos. O lúdico torna a educação
mais viva e brilhante. Será necessário reorganizar os planos escolares.
“Muitos pais e diretores se opõem a jogos em
grupo e outros tipos de jogos em sala de aula.
Alguns pais dizem: “Por que deveria mandar meu
filho para a escola se tudo que faz lá é
brincar?”Esses pais freqüentemente ficam mais
satisfeitos quando seus filhos voltam com lições
para casa como prova de trabalho e
aprendizagem. Para pessoas que acreditam que a
aprendizagem é comprovada através de exames
de leitura, o parece apenas destinado à diversão e
recreação. (Kammi,1991,p.30)
Enquanto existir este tipo de mentalidade em nossas instituições
encontraremos muitas crianças com dificuldades de aprendizagem. Os
sintomas de não aprendizagem aprisionam o desenvolvimento do
indivíduo como um todo.
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Conclusão
No decorrer deste estudo, com intuito de identificar o lúdico como
essencial para o desenvolvimento da criança e adolescente, transporteime para as minhas brincadeiras de infância. Deparei-me com um
universo único mágico se vivido com intensidade.
Todo ato de brincar envolve uma medida de tensão, competição,
ganhos e perdas. É um eterno desafio tanto interno quanto externo.
Quando brincamos entramos em contato com nossa realidade lúdica e
com o universo lúdico de nossos parceiros de jogo, se o jogo for em
equipe ainda maior será nosso conhecimento.
O dia em que nossas escolas descobrirem, que o brincar está
ligado com o prazer de aprender, haverá mudanças significativas em
nossos currículos escolares. A escola deve ser uma obra de interação
entre jovens e adultos e precisa possibilitar a alegria através da vivência
da troca.
Acredito que a atividade lúdica pode proporcionar a alegria e o
prazer às crianças e pode motivar e pôr em movimento a imensa maioria
dos educandos que não se deixam levar pelo tédio e desagrado. Nossos
alunos necessitam de alegria de aprender através das atividades lúdicas
que estimulem seus desejos de busca do conhecimento e da recompensa
da alegria pelos esforços despendidos nas atividades que o ajudam a
penetrar no mundo do conhecimento.
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Referências Bibliográficas
• LEIF, Joseph, BRUNELLE, Lucien. O jogo pelo jogo. Rio de
Janeiro; Zahar, 1978.
• FRIEDMAN,Adriana. Brincar: Crescer e aprender – O resgate do
jogo infantil. 3ed. São Paulo: Ed. Moderna,1998.
• KAMMI, Constance, DEVRIES, Rheta. Jogos em grupo. São
Paulo: Trajetória Cultural,1991.
• KISHIMOTO,T. Morchida. O jogo, brinquedo, brincadeira e a
educação. São Paulo: Cortez,1999.
• WINNICOT, D. W.. A Criança e o seu mundo. Rio de
Janeiro:Zahar,1979.
• RIZZO, Gilda. Jogos inteligentes. A construção do raciocínio na
escola natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
• SAMPAIO,R. W.V.. Freinet evolução histórica e atualidades. São
Paulo: Scipione, 1989.
• JEAN, Piaget. A representação do mundo na criança. Rio de
Janeiro: Record,1971.
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Índice
• Introdução......................................................................................8
• Capítulo I
Histórico da Atividade Lúdica na Sociedade......................................9
• Capítulo II
Reflexões de estudiosos sobre o lúdico..............................................13
2.1 – Froebel.......................................................................................14
2.2 – Piaget ............................................................... .........................15
2.3 – Vygotsky ...................................................................................16
2.4 – Winnicot ....................................................................................18
• Capítulo III
Jogo, Brinquedo e Brincadeira – Uma Revisão Conceitual ..............19
3.1 – A importância do brincar para a criança ..................................22
• Capítulo IV
O Lúdico e a Educação .....................................................................24
4.1 – A escola e a atividade lúdica devem caminhar juntas ? ...........26
4.2 – O Aprendizado Lúdico .............................................................29
4.3 – O Jogo auxiliando as dificuldades de aprendizagem ...............30
• Conclusão .....................................................................................34
• Referências Bibliográficas ...........................................................35
• Índice ............................................................................................36
• Folha de Avaliação .......................................................................37
• Atividades Extra- classe ...............................................................38
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação “Lato Sensu”
Título do trabalho: Brincar ou aprender? A importância da Atividade Lúdica para
Criança e Adolescente.
Data da entrega: ______________________________________
Avaliação:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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Avaliado por: _______________________________ Grau:____________________
________________________,_________ de __________________ de ___________
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Atividades Extra- Classe
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