Design Universal O Design Universal é um modo de concepção de espaços e produtos visando sua utilização pelo mais amplo espectro de usuários, incluindo crianças, idosos e pessoas com restrições temporárias ou permanentes. ONU: entre 10% e 15% de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência, que varia conforme seu grau de desenvolvimento. Quando a estimativa gira em torno de 10%, a distribuição das porcentagens para cada tipo de deficiência é estimada da seguinte forma: 5% para mental 2% para física 1,5% para auditiva 1% para múltipla 0,5% para visual Censo do IBGE: 14% da população brasileira é atingida por algum tipo de deficiência. Diversidade física e Sensorial do usuário Dois fatores são importantes na concepção de qualquer produto: 1. A degradação natural do corpo e da mente do ser humano, desde a infância até a velhice 2. Pessoas portadoras de necessidades especiais (PNES) Os sete princípios do Design Universal Uso equitativo O design é útil e comercializável para pessoas com habilidades diversas. Portas com sensores que se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas. Diretrizes de projeto 1. Prover os mesmos significados de uso para todos os usuários, idêntico quando possível, equivalente quando não possível 2. Impedir a segregação ou estigmatização dos usuários 3. Prover privacidade, segurança e proteção de forma igualmente disponível para todos os usuários 4. Fazer o projeto ser atraente para todos os usuários Rampa adjacente a uma escada impede a segregação de pessoas com restrições de mobilidade Barras de apoio no sanitário permitem que a pessoa faça a transferência da cadeira de rodas para o vaso sanitário de forma segura. Flexibilidade no uso O design acomoda uma ampla variedade de preferências e habilidades individuais. Tesoura que se adapta a destros e canhotos. Diretrizes de projeto 1. Prover escolhas na forma de utilização; 2. Acomodar acesso e utilização para destros e canhotos; 3. Facilitar a precisão e acuidade do usuário; 4. Prover a adaptabilidade para a velocidade (compasso, ritmo) do usuário. Guarda-corpos e guias em ambos os lados de um caminho provêem proteção e estabilidade em ambas as direções para canhotos e destros. Escadas rolantes devem dispor de um patamar no início e término da escada, para que haja um tempo de adaptação à mudança de velocidade no deslocamento do usuário. Simples e intuitivo O uso do design é fácil de entender, independentemente da experiência, do conhecimento, das habilidades linguísticas ou do nível de concentração corrente do usuário. Sanitário feminino e masculino e para pessoas com deficiência. Diretrizes de projeto 1. Eliminar a complexidade desnecessária; 2. Ser coerente com as expectativas e intuições do usuário; 3. Acomodar uma faixa larga de habilidades de linguagem e capacidades em ler e escrever 4. Organizar as informações de forma compatível com sua importância. Informações adaptadas aos deficientes visuais, como mapas táteis, orientam a todos. Simbologia internacional e de fácil identificação para garantir informação, como a localização de sanitários. Informação perceptível O design comunica a informação necessária efetivamente ao usuário, independentemente das condições do ambiente ou das habilidades sensoriais do usuário. Utilizar diferentes maneiras de comunicação, tais como símbolos e letras em relevo, Braille e sinalização auditiva. Diretrizes de projeto 1. Usar diferentes maneiras (visual, verbal, tátil) para apresentação redundante de uma informação essencial 2. Maximizar a legibilidade da informação essencial 3. Prever compatibilidade com uma variedade de técnicas ou procedimentos usados por pessoas com limitações sensoriais. Através da utilização do piso guia, a pessoa com restrição visual direciona-se ao longo de um percurso. Tolerância ao erro O design minimiza perigos e consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais. Elevadores com sensores em diversas alturas que permitam às pessoas entrarem sem riscos de a porta ser fechada no meio do procedimento e escadas e rampas com corrimão. Diretrizes de projeto 1. Organizar os elementos para minimizar os riscos e erros; os elementos mais usados devem ser os mais acessíveis; os elementos de risco ou perigosos eliminados, isolados ou protegidos 2. Providenciar avisos de riscos de erro 3. Providenciar características de segurança na falha humana 4. Desencorajar ações inconscientes em tarefas que exigem vigilância Garantir que o tráfego de ciclistas seja seguro, dispondo de sinalização específicas em ciclovias que cruzam vias de trânsito intenso de veículos. Baixo esforço físico O design pode ser usado eficientemente e confortavelmente e com um mínimo de fadiga. Maçanetas tipo alavanca, que são de fácil utilização, podendo ser acionada até com o cotovelo. Esse tipo de equipamento facilita a abertura de portas no caso de incêndios, não sendo necessário girar a mão. Diretrizes de projeto 1. Permitir ao usuário manter uma posição corporal neutra 2. Usar moderadas forças na operação 3. Minimizar ações repetitivas 4. Utilizar a sustentação de um esforço físico Torneiras acionadas por pressão ou sensor não requerem grande esforço físico. Rampas rolantes permitem o deslocamento do usuário sem esforço. Tamanho e espaço para aproximação (acesso) e uso Tamanho apropriado e espaço são oferecidos para aproximação, alcance, manipulação e uso independentemente do tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário. Poltronas para obesos em cinemas e teatros Diretrizes de projeto 1. Colocar os elementos importantes no campo visual de qualquer usuário sentado ou em pé 2. Fazer com que o alcance de todos os componentes seja confortável para qualquer usuário, sentado ou em pé 3. Acomodar variações da dimensão da mão ou da empunhadura 4. Prover espaço adequado para o uso de dispositivos assistidos ou assistência pessoal Portas com maçanetas em alça acomodam empunhaduras variadas Projetos bem sucedidos