O DESIGN E INOVAÇÃO PARA UMA ECONOMIA VERDE Pavilhão do Brasil Rio de Janeiro – Rio+20 18/6/2012 Os inventores na História da Produção Grécia 8 séculos de ciência pura Produção Artesanal Revolução Industrial Motor a vapor Liberalismo econômico acumulação de capital invenções urbanização Revolução Industrial Ponto de inflexão na sociedade - Mudanças tecnológicas - Profundo impacto nos processos produtivos e nos cenários econômicos e sociais - Adam Smith escreve “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações” ênfase no interesse individual - Surgem novas profissões para atender a economia Revolução Industrial Ponto de inflexão na sociedade - Trabalhor deixa de conhecer e executar o TODO do processo produtivo para ser empregado em PARTE dele - Máquinas substituem trabalhadores ‘braçais’ para a eficiência da produção - O comércio se estabelece e se organiza - Os centros urbanos se adensam - Surge o INVENTOR Da História das Invenções em série Reino Unido séc XVII/XVIII Máquinas para a eficiência da produção Séc XIX Produção de bens públicos Séc XX Produção de bens Individuais e tecnologias de uso escala • • • • • • • • Motor a vapor • Esgotamento de água em mina de carvão • Fabricação de tecidos Trabalhou para DIMINUIR Embarcação as • Locomotiva a vapor • Fonógrafo necessidades Iluminacao de • rua a gás • Automóvel • Eletrodomésticos • Celular • Avião • Laser • Televisão • Telégrafo Telefone • • Computador • informática pessoal • Cartão de crédito Relógio de pulso • Microondas • Marketing Motor a explosão radiotelefonia Internet Máquina reprográfica Tecnologias de materiais Globalização Trabalha para AUMENTAR as necessidades Século XX Anos 20 - OBSOLESCENCIA PROGRAMADA • CRISE DE 1929 -“American Way of Life” é sucumbido pelo fim da guerra na Europa – menos compras da indústria americana. • Em 1932, Bernard London – “The New Prosperity” – sugere a obrigatoriedade da obsolescência programada e a previsão de caducidade dos produtos. • Anos 50 - Victor Lebow -“A nossa economia enormemente produtiva exige que façamos do consumo o nosso sistema de vida, que transformemos a compra e uso de bens em rituais, que busquemos a nossa satisfação espiritual e do ego no consumo. Nós precisamos que as coisas sejam consumidas, queimadas, desgastadas, substituídas e descartadas em um ritmo cada vez mais intenso” • Ainda no século XX • INVENTOR – surgem outras profissões, das quais o DESIGNER, que passou a inventar as COISAS e... A OBSOLESCENCIA PERCEPTIVA • moda, defasagem tecnológica e design arrojado para seduzir o consumidor por produtos novos, atuais. • Anos 50 e 60 - o desenhista industrial Brooks Stevens A vinculação do consumo com o crescimento da economia persiste como a mola impulsionadora até os dias de hoje. O QUE TEM SIDO FEITO? Ainda no Século XX VEM OS ALERTAS…! • 1972 - “Limites do Crescimento” • 1987 - Relatório Brundtland ou “Nosso Futruro Comum” Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” …E OS PACTOS • 1992 – Eco92, Rio de Janeiro – Agenda 21 para o desenvolvimento sustentável; Convenção Marco sobre Mudanás Climáticas • 1997 – Protocolo de Kyoto Constituição Federal e Economia Verde Da Ordem Econômica e Financeira CAP. I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...) VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) • Século XXI Novo ponto de inflexão Tendências • Considerar as pessoas mais que a tecnologia - re-humanização do trabalho • Inovação como o principal agente de mudança • Desenvolvimento sustentável, conceito inovador introduzido em diferentes áreas – é ciência e é tecnologia. • Incorporar a discussão sobre inovação para os fins ou para os meios • Transição do conceito de bem-estar – do ‘ter/possuir’ para o ‘ter acesso/usar’ • Produção Mais Limpa • Reciclagem dos resíduos • Análise de Ciclo de Vida • Século XXI Novo ponto de inflexão Tendências • Valor ao lazer, a convivência e a vida mais leve • Busca de soluções, tecnológicas e não tecnológicas, para um mundo com mais pessoas – 3 vezes mais que há 50 anos. A busca do bemestar com menos coisas. • Mercado crescente de consumidores mais exigentes do ponto de vista ambiental, social e planetário • Ciências econômicas estudando o eco-desenvolvimento ou DS • Exigencia de sustentabildiade para obter financiamentos • Projetos inteligentes para um consumo inteligente • Prêmios de design com critérios de seleção sustentáveis • limitação dos recursos naturais e necessidade de emprego de mão de obra Inovação para o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) [...] um fenômeno complexo, multidimensional, que pressupõe a presença e articulação de um número elevado de agentes e instituições de natureza diversa, com lógicas e procedimentos distintos; objetivos de curto e de longo prazo diferenciados; potencialidades e restrições específicas e motivações variadas. (BRASIL, Livro Branco, 2002, p. 26-27) SUSTENTABILIDADE É O RESULTADO DE PROCESSOS INTELIGENTES O design, por sua interface homem-objeto, é fundamental para a transição da sociedade sustentável, bem como na reformulação dos modelos tradicionais de produção, consumo e expectativas de bem estar. http://www.bienalbrasileiradedesign.com.br/bienal2010/ A inovação intrínseca ao desenvolvimento sustentável é ciência e é tecnologia. É MUITO MAIS DESIGN DO QUE TECNOLOGIA. “O foco do design é em grande parte em serviços e sistemas, não em coisas”. - THACKARA, 2008 Alguns exemplos • • • Sistemas econômicos não monetários Agricultura urbana Veículos não proprietários – Bicicletas – Automóveis • • • • • • • • • • Movimentos como “slow food” e “slow life” Sistemas de rádio táxi Móveis infláveis Produtos recarregáveis por energia humana ou natural Equipamentos economizadores (água, energia, materiais etc.) Sistemas de aluguel/serviços Certficados origem Trabalho fora do trabalho Cooperativas de trabalho Videoconferências Em um mundo com menos coisas e mais pessoas, ainda precisamos de sistemas, plataformas e serviços que permitam que as pessoas interajam de maneira mais eficaz e prazerosa. Essas plataformas e infra-estrutura demandarão alguma tecnologia e muito design”. (THACKARA, 2008) Obrigada! Programa Brasileiro do Design Secretaria do Desenvolvimento da Produção Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Coordenação-geral de Design e Gestão Ambiental [email protected] Tel (61) 2027-7858