. . . • Atingiu a Grécia em 428 a.C. no contexto da Guerra do Peloponeso; • Sintomas: dor de cabeça, febre, inflamação nos olhos, dores na garganta e língua; • De 25% a 35% da população de Atenas morreu vítima da doença; • Possível causador: bactéria salmonela; . 2.1. PESTE ANTONINA • Causou grande devastação à cidade de Roma e estendeu-se a toda a Itália e à Gália (França), na época do Imperador Marco Aurélio ; • Ardor inflamatório nos olhos; vermelhidão sui generis da cavidade bucal e da língua; aversão pelos alimentos; sede inextinguível; temperatura exterior normal, contrastando com a sensação de abrasamento interior; pele avermelhada e úmida; tosse violenta e rouquidão; sinais de flegmásia laringobrônquica; fetidez do hálito; erupção geral de pústulas, seguida de ulcerações; inflamação da mucosa intestinal; vômitos de matérias biliosas; diarréia da mesma natureza, esgotando as forças; gangrenas parciais e separação espontânea dos órgãos mortificados; perturbações variadas das faculdades intelectuais; delírio tranqüilo ou furioso e término funesto do sétimo ao nono dia 2.2. A peste do Século III • Oriunda do Egito, rapidamente se espalhou à Grécia e à Itália, devastando o Império Romano; • Descrição de São Cipriano: Iniciava-se por um fluxo de ventre que esgotava as forças. Os doentes queixavam-se de intolerável calor interno. Logo se declarava angina dolorosa; vômitos se acompanhavam de dores nas entranhas; os olhos injetados de sangue. • Em muitos doentes, os pés ou outras partes atingidas pela gangrena, destacavam-se espontaneamente. Alquebrados, os infelizes eram tomados de um estado de fraqueza que lhes tornava a marcha vacilante. Uns perdiam a audição, e outros a visão. • Em Roma e em certas cidades da Grécia, morriam até 5.000 pessoas por dia. 2.3. Peste Justiniana • A peste justiniana foi assim chamada por ter-se iniciado no Império bizantino, ao tempo do Imperador Justiniano, no ano de 542 d.C ; • Espalhou-se pelos países asiáticos e europeus; • Segundo o historiador inglês F. Cartwright, foi causada pelo bacilo Yersinia pestis, em suas três formas clínicas: pulmonar, septicêmica e bubônica. • Ao atingir Constantinopla, capital do Império (hoje Istambul), no ano de 542, chegou a causar cerca de 10.000 mortes por dia. . • Entre os anos 1000 e 1350, a lepra se desenvolveu na Europa; • Sintomas: lesões na pele, deformações e perda das extremidades. • Tratamento: As pessoas eram isoladas e sofriam muito preconceito; • Centros para leprosos foram criados, e a Igreja Católica controlava os doentes, sustentando que as lesões eram sinais de impureza religiosa. • O doente identificado recebia uma cerimônia religiosa, a “missa dos leprosos”, em que ganhava trajes especiais e um instrumento sonoro para anunciar sua chegada a lugares públicos; • Segundo o estudioso Stefan Ujvari: “Uma verdadeira perseguição aos leprosos ocorreu na época. Como a lepra não é uma doença altamente contagiosa, achamos que muita gente que tinha doenças de pele foi rotulada como tendo lepra”. . • Pior epidemia da história da humanidade segundo os infectologistas; • Matou um terço da população européia (cerca de 25 milhões de pessoas) entre 1347 e 1352; • A doença se espalhou rapidamente, seguindo as rotas marítimas; • Em 1348, a doença já havia atingido as áreas mais densas dos mundos cristão e muçulmano. • A peste chegou num momento de crise agrária e fome. • Por volta de 1350, toda a Europa central e ocidental tinha sido afetada. • Após essa grande epidemia, a doença não desapareceu e continuou provocando surtos de tempos em tempos. • Sintomas: mal-estar, febre, dores no corpo e inchaços do tamanho de um ovo, conhecidos como bubões. A coloração azulada que dá o nome à doença, ocorre pela falta de oxigenação da pele, pela insuficiência pulmonar. • Fator de disseminação: Ratos com pulgas contaminadas pelo bacilo da peste na época. • Segundo Ujvari: “as epidemias encontram terreno propício nas regiões com aglomerações populacionais e condições precárias de higiene, em que ocorre grande proliferação de ratos dividindo espaço com os homens.”