O encontro de Jesus com um leproso Séculos atrás o mundo conheceu uma doença que causou muito medo. Ela ainda gera muitas mortes em países pobres, mas o preconceito que desperta agora não se compara como o do passado. A Bíblia faz referência a várias doenças de pele, classificando-as apenas como “lepra”. Lepros = “áspero”, “com escamas”, “com crostas”. Tsara = “golpear”, “abater”, “açoitar”. Era considerada um açoite ou flagelo de Deus, por causa do pecado. Mycobacterium leprae foi descrito em 1874 pelo médico norueguês Gerhard A. Hansen. Por isso, passou a ser chamado de bacilo de Hanses, e a doença, de Hanseníase. Ainda não se sabe ao certo como ela é transmitida, mas está associada à miséria e às más condições de saúde. A lepra era a mais temida doença de todas as doenças do Oriente. O povo tinha medo porque era incurável e, ainda por cima, contagiosa. A vítima ia perdendo partes dos membros de seu corpo que, literalmente, apodreciam, devido à doença. A lepra ataca, além da pele, o sistema nervoso. A região afetada torna-se insensível e paralisada. Assim, a pessoa nem percebe a deterioração dos membros. Os judeus classificavam os leprosos como “impuros”. Tudo o que um leproso tocasse também passava a ser impuro. Até mesmo o ar era considerado impuro, devido ao hálito do doente. Todo leproso era isolado da família e só podia viver com outros leprosos. Até mesmo pessoas de altos cargos (reis, nobres, etc) deveriam ser isolados caso pegassem a lepra. A pessoa deveria também anunciar que estava impura. Quando andava pela rua, deveria anunciar: “imundo, imundo!”. Os anúncios eram ouvidos com medo e nojo. Ninguém tinha coragem de chegar perto de um leproso, mas Jesus teve. Jesus curou muitos leprosos, inclusive um grupo de 10 de uma vez só (Lucas 17:11-19). Onde Jesus pregava havia muitos leprosos, e um deles, ao ouvir sobre as curas que Ele fazia, sentiu sua fé renascer. Se pudesse encontrar Jesus, seria curado! Feliz, o homem foi fazer o exame. Após o rigoroso olhar do sacerdote, sua cura foi comprovada e ele pôde voltar para a sociedade e viver com sua família novamente. Apesar de Jesus ter pedido seu silêncio, aquele homem não conseguiu guardar a notícia de sua cura pelo Messias. Então, Jesus teve de ir para um lugar deserto. Mais pessoas começaram a procurar a Jesus, e Ele alivia todas elas de seu sofrimento, fazendo com que a esperança voltasse a brilhar nos olhos daquele povo. Por insensibilizar o corpo e levá-lo à degeneração, a lepra acabou sendo um símbolo do pecado. A separação da comunidade reforçava ainda mais essa ligação, já que o pecado nos separa de Deus. Atualmente a lepra é uma doença controlada e já não causa terror. O preconceito e o descaso continuam à solta em nossa sociedade, do mesmo modo que dominavam no tempo de Cristo. Devemos lembrar que desprezar um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus é uma grave pecado. Toda pessoa que vai até Deus em busca de cura nunca sai do mesmo jeito. Jesus nos cura em todos os sentidos. Devemos amar o nosso próximo e ajudar sempre que for preciso. Não devemos tratar as pessoas doentes de maneira diferente, mas sim ampará-las.