EUROPEU E
BRASILEIRO.
A
primeira metade do século XIX na Europa
foi marcada por uma série de guerras e
revoluções turbulentas, as quais
gradualmente traduziram-se em um
conjunto de doutrinas atualmente
identificadas com o movimento romântico,
focado na experiência individual subjetiva,
na supremacia da Natureza como um tema
padrão na arte, meios de expressão
revolucionários ou radicais e na liberdade do
indivíduo.
Em meados da metade do século,
entretanto, uma síntese destas
idéias e formas de governo
estáveis surgiram. Chamada de
vários nomes, esta síntese
baseava-se na idéia de que o que
era "real" dominou o que
era subjetivo. Exemplificada
pelarealpolitik de Otto Von
Bismarck, idéias filosóficas como
o positivismo e normas culturais
agora descritas pela
palavra vitoriano.
Artistas
Alguns marcos são a música de Arnold Schoenberg, as experiências
pictóricas de Kandinsky que culminariam na fundação do grupo Der bla
Reiter em Munique e o advento do cubismo através do trabalho
de Picasso e Georges Braque em 1908.
Bastante influentes nesta onda de
modernidade estavam as teorias de Freud, o
qual argumentava que a mente tinha uma
estrutura básica e fundamental, e que a
experiência subjetiva era baseada na relação
entre as partes da mente. Toda a realidade
subjetiva era baseada, de acordo com as
idéias freudianas, na representação de
instintos e reações básicas, através dos quais
o mundo exterior era percebido. Isto
representou uma ruptura com o passado,
quando se acreditava que a realidade externa
e absoluta poderia impressionar ela própria o
indivíduo, como dizia por exemplo, a
doutrina da tabula rasa de John Locke.
Modernismo no Brasil
Comparado a outros movimentos modernistas, o
brasileiro foi desencadeado tardiamente, na década
de 1920. Este foi resultado, em grande parte, da
assimilação de tendências culturais e artísticas
lançadas pelas vanguardas européias no período que
antecedeu a Primeira Guerra Mundial, tendo como
exemplo do Cubismo e do Futurismo, refletindo,
então, na procura da abolição de todas as regras
anteriores e a procura da novidade e da velocidade.
Contudo, pode-se dizer que a assimilação dessas
idéias européias deu-se de forma seletiva,
rearranjando elementos artísticos de modo a ajustálos às singularidades culturais brasileiras.
A Primeira Fase do Modernismo foi
caracterizada pela tentativa de definir e
marcar posições, sendo ela rica em
manifestos e revistas de circulação efêmera.
Havia a busca pelo moderno, original e
polêmico, com o nacionalismo em suas
múltiplas facetas. A volta das origens,
através da valorização do indígena e a língua
falada pelo povo, também foram abordados.
Contudo, o nacionalismo foi empregado de
duas formas distintas: a crítica, alinhado a
esquerda política através da denúncia da
realidade, e a ufanista, exagerado e de
extrema direita. Devido à necessidade de
definições e de rompimento com todas as
estruturas do passado foi a fase mais
radical, assumindo um caráter anárquico e
destruidor
Autores
Antônio de Alcântara Machado (1901-1935)
Cassiano Ricardo (1895-1974)
Guilherme de Almeida (1890-1969)
Juó Bananére (1892-1933)
Manuel Bandeira (1886-1968)
Mário de Andrade (1893-1945)
Menotti del Picchia (1892-1988)
Oswald de Andrade (1890-1953)
Plínio Salgado (1895-1975)
Raul Bopp (1898-1984)
Ronald de Carvalho (1893-1935)
Revista Klaxon — Mensário de Arte
Moderna (1922-1923)
Capa da Revista Klaxon
Recebe este nome do termo usado para
designar a buzina externa dos automóveis.
Primeiro periódico modernista, é
conseqüência das agitações em torno da
Semana de Arte Moderna. Inovadora em
todos os sentidos: gráfico, existência de
publicidade, oposição entre o velho e o novo.
Primeira Fase
Iniciado pelo polêmico manifesto de
Oswald, conta com Alcântara Machado,
Mário de Andrade (com a publicação de
um capítulo de Macunaíma em seu 2º
número), Carlos Drummond (3º
número, publicou a poesia No meio do
caminho); além de desenhos de Tarsila,
artigos em favor da língua tupi de
Plínio Salgado e poesias de Guilherme
de Almeida.
Segunda Fase
Mais definida ideologicamente,
foi iniciada pela ruptura dos
Andrades. Nesta fase, há a
participação de Oswald, Bopp,
Geraldo Ferraz, Oswaldo Costa,
Tarsila, Patrícia Galvão Pagu.
Os alvos das críticas são Mário
de Andrade, Alcântara
Machado, Graça Aranha,
Guilherme de Almeida, Menotti
Del Picchia e Plínio Salgado.
Autores
Na poesia
Augusto Frederico Schmidt (1906-1965)
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Cecília Meireles (1901-1964)
Jorge de Lima (1895-1953)
Mário Quintana (1906-1994)
Murilo Mendes (1901-1975)
Vinícius de Moraes (1913-1980)
Na prosa
Álvaro Lins (1912-1970)
Cornélio Pena (1896-1958)
Cyro dos Anjos (1906-1994)
Érico Veríssimo (1905-1975)
Graciliano Ramos (1892-1953)
Herberto Sales (1917-1999)
Jorge Amado (1912-2001)
José Américo de Almeida (1887-1957)
José Geraldo Vieira (1897-1977)
José Lins do Rego (1901-1957)
Lúcio Cardoso (1913-1968)
Marques Rebelo (1907-1973)
Octávio de Faria (1908-1980)
Patrícia Galvão (1910-1962)
Rachel de Queiroz (1910-2003
3º GERAÇÃO
Autores
Ariano Suassuna
•Antonio Olinto (1919-2009)
•Ariano Suassuna (1927-)
•Clarice Lispector (1920-1977)
•Elisa Lispector (1911-1989)
•Domingos Carvalho da Silva
•Ferreira Gullar (1930- )
•Guimarães Rosa (1908-1967)
•João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
•Mauro Mota (1911-1984)
•Nelson Rodrigues (1912-1980)
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MOVIMENTO MODERNISTA