ARTES Profª Regina 3°B Tarsila do Amaral Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas. Tarsila foi uma modernista: pintou o Brasil, desrespeitou normas clássicas da pintura tradicional e encheu suas telas de cores, muitas cores. Tarsila conseguiu traduzir em cores vibrantes todas as sombras de um país. País este que, segundo a visão apurada e singular da pintora, também é caipira, interiorano, quase rústico. País que Tarsila, em viagem feita a Minas Gerais, descobriu em pessoas, casas, ruas e aridez. A artista não traz apenas a beleza exemplar brasileira, mas ao contrário, denota suas silhuetas e contornos mais obscuros e, talvez por isso, mais interessantes. Um modelo clássico do que se fala é sua obra mais conhecida, a pintura Abaporu. Neste quadro, segundo a descrição da própria artista, “há uma figura solitária monstruosa, pés imensos, sentada sobre uma planície verde, o braço dobrado repousando num joelho, a mão sustentando o leve peso da minúscula cabeça. Em frente, um cactus explodindo em uma enorme flor.” Operários O Sol Revista Klaxon A revista Klaxon: mensário de arte moderna é o primeiro veículo dedicado à propagação das idéias lançadas pelos modernistas paulistas durante a Semana de Arte Moderna em 1922. Sem a tradicional hierarquia dos jornais e revistas da época, a Klaxon tem sua pauta definida em reuniões com seus idealizadores, funcionando como um órgão coletivo. Assim, Guilherme de Almeida (1890 - 1969), Sérgio Milliet (1898 1966), Oswald de Andrade (1890 - 1954), Mário de Andrade (1893 - 1945), Luis Aranha (1901-1987) e Rubens Borba de Moraes (1899 - 1986) participam das diversas etapas de produção da publicação, desde a redação dos textos até a concepção do avançado projeto gráfico, coerente com o contestador projeto editorial, o que lhe custa seu único assinante após o primeiro número e os dois patrocinadores após a segunda publicação. A primeira de suas nove edições surge em 15 de maio de 1922, aberta por um editorialmanifesto, que define as tendências da revista, marcada pela contradição da necessidade de se abrir para as idéias estrangeiras, porém sem perder de vista o nacional. Os dois últimos números aparecem em uma edição dupla, em janeiro de 1923. A revista publica poemas de escritores brasileiros como Manuel Bandeira (1886 - 1968), artigos do correspondente no Rio de Janeiro, o então jovem poeta e crítico literário Sérgio Buarque de Holanda (1902 1982), além de definir-se como internacionalista, contando com os correspondentes Albert Ciana, na Suíça, L. Charles Baudouin (1893 - 1963), na França e Roger Avermaete (1893 - 1988), na Bélgica. Klaxon é pioneira na publicação de crítica cinematográfica no país, em artigos assinados por Mário de Andrade comentando filmes como O Garoto de Charles Chaplin, por exemplo. Além disso, publica artigos sobre cultura, crítica literária, poemas, piadas, anúncios satíricos e gravuras. Além de ter logo na primeira hora acalorado o debate sobre as idéias da Semana de Arte Moderna, a revista ainda é a primeira de muitas publicações importantes que surgem ao longo da década de 1920 em diversos pontos do país como Estética, A Revista, Terra Roxa e Outras Terras, Festa, Verde e Revista de Antropofagia. Ela acaba quando deixa de divertir seus editores. Oswald Andrade Biografia Um dos principais literatos do modernismo no Brasil, José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo no ano de 1890 e viveu até 1954, ano de seu falecimento. Em 1916 deu inicio ao livro Memórias Sentimentais de João de Miramar. Em 1917 conheceu Mario de Andrade e a partir de então, passaram a trabalhar juntos iniciando movimentos que visavam a Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu em 1922. Ainda no ano de 1922, o escritor modernista Oswald de Andrade escreveu o romance Trilogia do Exílio. A partir de então, escreveu outras obras: Estrela de Absinto, A Escada Vermelha, Primeiro Caderno do Aluno de Poesia, etc. No ano de 1924, Oswald lançou na Europa o movimento nativista Pau-Brasil. Para dar continuidade a este movimento, ele fundou, em 1927, a Revista de Antropologia com seu Manifesto Antropofágico. Com A Crise da Filosofia Messiânica, ele passou a ser livre Docente de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo. Além dos livros escritos por ele, Oswald de Andrade foi o precursor de perspectivas totalmente inexploradas pelo teatro brasileiro. PRINCIPAIS OBRAS Romances Os Condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Estrela de Absinto (1927), Serafim Ponte Grande (1933), A Escada Vermelha (1934), Os Condenados (l941) reunindo os livros de 1922,1927 e 1934, constituindo a Trilogia do Exílio, Marco Zero I Revolução Melancólica (1943), Marco Zero II Chão (1946). Poesia Pau-Brasil (1925), Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade (1927), Poesias Reunidas (1945). Teatro O Homem e o Cavalo (1943), Teatro (A Morta, O Rei da Vela), (1937). Ensaio Ponta de Lança (1945?), A Arcádia e a Inconfidência (1945), A Crise da Filosofia Messiânica (1950), A Marcha das Utopias (1966). Memórias Um Homem sem Profissão (1954).