Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Definição 1. Seja f uma função real de variável real. Define-se por domínio de f , comummente denotado por Df , o conjunto de todos os pontos onde f está definida, e por contradomínio ou imagem, o conjunto das imagens de todos os pontos do domínio, ou seja, Df′ = {y ∈ R : y = f (x), x ∈ Df }. 1. Para as funções que se seguem, indique o domínio e o contradomínio: (a) f (x) = x2 ; (h) f (x) = √ (b) f (x) = x3 ; (i) f (x) = √ (c) f (x) = x2 + 6; (j) f (x) = √ 3 x + 1; (q) f (x) = sen (x); (d) f (x) = 4 − x2 ; (k) f (x) = 1 ; 4 − x2 (r) f (x) = cos (x); 1 ; x 1 ; (f) f (x) = x+2 √ (g) f (x) = x; (e) f (x) = 2 − x; (o) f (x) = ln(x); x + 1; (p) f (x) = ln(x − 3); (l) f (x) = ex ; (m) f (x) = e−x ; (n) f (x) = e1/x ; (s) f (x) = tg(x); (t) f (x) = cotg(x); (u) f (x) = 1 . sen(x) 2. Apresente um esboço para o gráfico de cada uma das funções apresentadas no exercício anterior. 3. Indique o domínio e o contradomínio da função f , admitindo que f definida pela se√ 2 guinte regra f (x) = e −x +2x+1 . 4. Localize o vértice da parábola dada por f (x) = 2x2 + 3x − 20. 5. Quais as soluções da equação x2 − 2x + 1 = 0. 6. Considere f (x) = −x2 + x + 2. (a) Determine todos os valores reais que resolvem a equação f (x) = 0. (b) Identifique os pontos de interseção com os eixos coordenados. (c) Determine a abcissa do vértice da parábola. (d) Faça o esboço gráfico de f . DM, FCT, UAlg -1 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 7. Considere f (x) = x2 − 3x − 2. (a) Determine todos os valores reais que resolvem a equação f (x) = 0. (b) Identifique os pontos de interseção com os eixos coordenados. (c) Determine a abcissa do vértice da parábola. (d) Faça o esboço gráfico de f . 8. Considere a parábola dada por f (x) = 3x2 + 6x − 45. (a) Identifique os pontos de interseção com os eixos coordenados. (b) Indique o sentido da concavidade. (c) Quantas raízes reais possui a parábola? Justifique a resposta dada. (d) Determine o vértice da parábola. (e) Qual o contradomínio de f ? (f) Faça o esboço gráfico de f . 9. Uma epidemia está a espalhar-se sobre uma região de grande área. Os especialistas estimam que o número de indivíduos infetados pela doença é dado por uma função dependente do tempo, medido em relação ao ponto de referência que corresponde ao momento em que a doença foi detetada. Admite-se assim que a função que exprime o número de infetados é dada por n(t) = 0.05t3 + 1.4 onde n representa o número de indivíduos infectados (em centenas) e t é medido em dias. Deve salientar-se que a validade do modelo é apenas assumida para os primeiros trinta dias, subsequentes ao momento em que foi detetado o vírus. (a) Estime o número de indivíduos que se encontram afetados pelo vírus ao fim de 10 dias? (b) Qual o número de dias que decorrerá após a deteção do vírus, por forma a que se possa afirmar que 700 indivíduos estão infetados? DM, FCT, UAlg -2 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI (c) Qual a interpretação que dá ao fator 1.4 que consta na equação do modelo? 10. Sabendo que x = −1 é uma das soluções da equação x3 − x2 − x + 1 = 0, identifique todas as soluções da equação. 11. Determine todas as soluções reais para as equações que se seguem: (a) 2x4 − 5x2 + 3 = 0; (c) x4 + 2x2 + 1 = 0; (b) x4 − 2x2 + 1 = 0; (d) x9 − x = 0. 12. Seja f (x) = x3 − 2x2 + x . x−3 (a) Indique o domínio da função f . (b) Determine os zeros da função f . (c) Simplifique a expressão f , procedendo à divisão dos polinómios. (d) O que pode dizer cerca do comportamento do gráfico quando se consideram valores infinitamente grandes positivos e infinitamente grandes negativos para x? Definição 2. Uma função f : A → B diz-se: • par se f (−x) = f (x), para todo o x ∈ A; • ímpar se f (−x) = −f (x), para todo o x ∈ A. 13. Estude a paridade de cada uma das funções que se seguem: (a) f (x) = x3 − x; (b) f (x) = x3 + 4x2 ; x (c) f (x) = ; 1 − x2 x2 (d) f (x) = ; x − x3 x3 (e) f (x) = ; x − x3 DM, FCT, UAlg (f) f (x) = x2 ; 1 − x4 2 (g) f (x) = ex ; √ 1 + x2 ; (h) f (x) = x2 √ 1 + x3 . (i) f (x) = x3 -3 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 14. Sejam f (x) = 1 + x + x2 e h 6= 0. (a) f (2 + 1) = f (2) + f (1)? (b) Determine f (1 + h) e f (x + h). (c) f (x + h) = f (x) + f (h)? (d) f (x + h) = f (x) + h? (e) Determine f (x + h) − f (x) . Simplifique o resultado. h 15. Considere as funções f (x) = x − 1 e g(x) = x2 − 3. Indique a expressão e o domínio para cada uma das seguintes funções: (a) (f + g) (x); (c) (f · g) (x); (b) (f − g) (x); (d) (f /g) (x). 16. Determine todos os pontos de interseção dos gráficos das funções f (x) = 3x + 2 e g(x) = x2 . 17. Sejam f (x) = x + 1 e g(x) = x2 − x. Indique a expressão e o domínio para cada uma das seguintes funções: (a) (f ◦ g)(x); (b) (g ◦ f )(x). 18. Considere as funções f (x) = 8x3 + 1 e g(x) = 1 . Indique a expressão e o domínio para x cada uma das seguintes funções: (a) (f ◦ g)(x); (b) (g ◦ f )(x). √ 19. Sejam f (x) = 2 x e g(x) = x2 + 4. Indique a expressão e o domínio para cada uma das seguintes funções: (a) (g − f ) (x); (d) (f ◦ g) (x); (b) (f · g) (x); (e) (g ◦ f ) (x); (c) (f /g) (x); (f) (f ◦ f ) (x). DM, FCT, UAlg -4 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Círculo Trigonométrico Os valores das funções trigonométricas podem igualmente ser obtidos através da análise ao círculo trigonométrico. Eixo das tangentes Eixo dos senos cotg(α) 1 sen(α) Eixo das co-tangentes tg(α) α 0 −1 cos(α) 1 Eixo dos co-senos −1 Da análise ao círculo trigonométrico é possível inferir as seguintes relações: • sen(α) = • cos(α) = • tg(α) = cateto oposto hipotenusa cateto adjacente hipotenusa ; sen(α) cateto oposto = ; cos(α) cateto adjacente • cotg(α) = • sec(α) = ; 1 cos(α) cateto adjacente = = ; tg(α) sen(α) cateto oposto hipotenusa 1 = ; cos(α) cateto adjacente • cosec(α) = 1 hipotenusa = ; sen(α) cateto oposto • sen2 (α) + cos2 (α) = 1 (Fórmula fundamental da trigonometria). DM, FCT, UAlg -5 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Da fórmula fundamental da trigonometria facilmente se conclui que: tg2 (α) + 1 = sec2 (α) e que 1 + cotg2 (α) = cosec2 (α). Alguns valores que se devem memorizar são os que aparecem na seguinte tabela: α 0 π/6 sen(α) 0 cos(α) 1 tg(α) 0 cotg(α) → +∞ 1/2 √ 3/2 √ 3/3 √ 3 função π/4 √ 2/2 √ 2/2 1 1 π/3 √ 3/2 π/2 1/2 √ 3 √ 3/3 0 1 → +∞ 0 SENO A função seno é uma função trigonométrica com domínio R e contradomínio [−1, 1]. O gráfico da função é dado por: y 1 −2π −3π 2 −π −π 2 −1 π 2 π 3π 2 2π x 20. Mostre que: (a) sen(−x) = − sen(x), ∀x ∈ R; (b) sen(2x) = 2 sen(x) cos(x), ∀x ∈ R; (c) sen2 (x) = 1 − cos(2x) , ∀x ∈ R; 2 (d) sen(kπ) = 0, ∀k ∈ Z; (e) sen( π ± x) = cos(x), ∀x ∈ R; 2 (f) sen(π ± x) = ∓ sen(x), ∀x ∈ R; DM, FCT, UAlg -6 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI x−y x+y sen , ∀x, y ∈ R; 2 2 x−y x+y cos , ∀x, y ∈ R; (h) sen(x) − sen(y) = 2 sen 2 2 cos(x − y) − cos(x + y) (i) sen(x) sen(y) = , ∀x, y ∈ R; 2 sen(x − y) + sen(x + y) , ∀x, y ∈ R. (j) sen(x) cos(y) = 2 (g) sen(x) + sen(y) = 2 cos CO-SENO A função co-seno é uma função trigonométrica com domínio R e contradomínio [−1, 1]. O gráfico que carateriza esta função é dado por: y 1 −2π −3π 2 −π −π 2 −1 π 2 π 3π 2 2π x 21. Mostre que: (a) cos(−x) = cos(x), ∀x ∈ R; (b) cos(2x) = cos2 (x) − sen2 (x), ∀x ∈ R; (c) cos2 (x) = 1 + cos(2x) , ∀x ∈ R; 2 (d) cos(kπ) = (−1)k , ∀k ∈ Z; (e) As funções seno e co-seno são funções periódicas com período 2π , ou seja, sen(x + 2π) = sen(x) e cos(x + 2π) = cos(x), ∀x ∈ R; (f) cos( π ± x) = ∓ sen(x), ∀x ∈ R; 2 (g) cos(π ± x) = − cos(x), ∀x ∈ R; cos(x − y) + cos(x + y) , ∀x, y ∈ R; 2 x+y x−y cos , ∀x, y ∈ R; (i) cos(x) + cos(y) = 2 cos 2 2 x−y x+y (j) cos(x) − cos(y) = −2 sen sen , ∀x, y ∈ R. 2 2 (h) cos(x) cos(y) = DM, FCT, UAlg -7 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI TANGENTE A função tangente é uma função trigonométrica que traduz a razão entre o valor do sen(x) . Por essa razão, o domínio da função cos(x) o nπ + kπ, k ∈ Z e o contradomínio é R. tangente é dado por R \ 2 seno e do co-seno, ou seja, tg(x) = O gráfico que carateriza a função tangente é o seguinte: y −2π −3π 2 −π −π 2 π 2 π 3π 2 2π x CO-TANGENTE A função co-tangente é uma função trigonométrica que traduz a razão entre o valor cos(x) 1 = . Por conseguinte, o domínio sen(x) tg(x) da função tangente é dado por R \ {kπ, k ∈ Z} e o contradomínio é R. y do co-seno e do seno, ou seja, cotg(x) = −2π DM, FCT, UAlg −3π 2 −π −π 2 π 2 π 3π 2 2π x -8 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 22. Determine todos os valores de x ∈ [0, 2π] que satisfazem as seguintes equações: (a) 2 sen2 (x) + 3 cos(x) = 0; (d) sen(x) cos(x) − sen(x) − cos(x) = −1; (b) cos2 (x) + cos(x) = 2; (e) 2 cotg 2 (x) + cosec2 (x) − 2 = 0; (c) 2 sen2 (x) + sen(x) = 1; (f) tg(x) + cotg(x) = 2 cosec(2x). Funções hiperbólicas As funções hiperbólicas são análogas às funções trigonométricas ou circulares. À semelhança do círculo unitário, que é gerado pelos pontos (cos(t), sen(t)), os pontos (cosh(t), senh(t)) formam a metade direita da hipérbole equilátera, sendo a parte esquerda construída com os pontos (− cosh(t), − senh(t)). As funções hiperbólicas tomam valores reais para um argumento real designado por ângulo hiperbólico. y senh : R → R x 7→ senh(x) = cosh(x) cosh : R → [1, +∞[ x 7→ cosh(x) = cotgh(x) ex − e−x 2 ex + e−x 2 1 sech(x) tgh(x) csch(x) 0 x tgh : R → ]−1, 1[ x 7→ tgh(x) = senh(x) e2x − 1 = 2x cosh(x) e +1 senh(x) cotgh : R \ {0} → R \ [−1, 1] x 7→ cotgh(x) = sech : R → ]0, 1] 1 x → 7 sech(x) = cosh(x) DM, FCT, UAlg csch : R \ {0} → R \ {0} x 7→ csch(x) = 1 tgh(x) 1 senh(x) -9 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 23. Prove que: (a) senh(−x) = − senh(x); (e) tgh2 (x) = 1 − sech2 (x); (b) cosh(−x) = cosh(x); (f) ex = cosh(x) + senh(x); (c) cosh2 (x) − senh2 (x) = 1; (g) e−x = cosh(x) − senh(x); (d) cosh(2x) = 2 senh(x) + 1; (h) cotgh 2 (x) = 1 + csch2 (x). Definição 3. Uma função f : A → B diz-se injetiva sse não existem dois, ou mais, objetos diferentes com a mesma imagem, ou seja, f é injetiva se e só se ∀x1 , x2 ∈ A : x1 6= x2 ⇒ f (x1 ) 6= f (x2 ). Atendendo a esta definição é óbvio que nenhuma das funções trigonométricas elementares é injetiva. Nestes casos, para obter a função inversa, é necessário considerar uma restrição ao domínio onde a função seja injetiva. Definição 4. Uma função f : A → B diz-se sobrejetiva se e somente se todo o ele- mento do conjunto de chegada, contradomínio, é imagem de, pelo menos, um objecto, ou seja, f é sobrejetiva sse ∀y ∈ B, ∃x ∈ A : f (x) = y. Definição 5. Uma função que é simultaneamente injetiva e sobrejetiva diz-se bije- tiva. Apenas é possível garantir a existência de função inversa para uma função injetiva. 24. Utilize o teste da linha horizontal (prova de que a função é injectiva) para mostrar que: (a) f (x) = x2 não possui inversa; (b) f (x) = x3 possui inversa. 25. Prove que a função f (x) = ax é inversa da função g(x) = loga (x), com b, x ∈ R, tais que b > 0, b 6= 1 e x > 0. 26. Seja f uma função que admite inversa com f (3) = 5. Qual o valor de f −1 (5)? DM, FCT, UAlg -10 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 27. Obtenha a expressão para a inversa da função f (x) = x + 1 e indique o domínio de f −1 . 28. Dada a função f (x) = √ 3x − 2, obtenha a expressão para f −1 e indique o domínio da função obtida. O que pode dizer acerca do contradomínio da função f ? 29. Prove que: x (a) A função inversa de f (x) = 2x é f −1 (x) = . (b) A função inversa de f (x) = x3 é f −1 (x) = 2 √ 3 x. Funções trigonométricas inversas São as funções inversas das funções trigonométricas, por vezes são designadas por função de arco, uma vez que fornecem o arco que corresponde à função trigonométrica em causa. h π πi , designada por 2 2 Assim, para a função seno escolhe-se a restrição ao domínio, − , restrição principal, visto que para esta restrição do domínio da função seno é possível garantir a bijetividade da função. Portanto, a inversa da função seno, arco-seno, define-se da seguinte forma: y h π πi − , 2 2 x → 7 arcsen(x) sen−1 : [−1, 1] → π/2 sen(x) 1 −π/2 −1 1 π/2 x −1 arcsen(x) DM, FCT, UAlg −π/2 -11 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Procedendo da mesma forma para as restantes funções trigonométricas temos que: • para a função co-seno a restrição ao domínio que se considera é a que corresponde ao intervalo [0, π]; y π arccos(x) cos−1 : [−1, 1] → [0, π] π/2 x 7→ arccos(x) 1 π/2 −1 π x 1 −1 cos(x) • para a função tangente a restrição ao domínio que garante uma função bijetiva i π πh ; 2 2 é a que é dada pelo intervalo − , y i π πh − , 2 2 x → 7 arctg(x) tg(x) tg−1 : R → π 2 arctg(x) − π2 π 2 x − π2 DM, FCT, UAlg -12 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI • para a função co-tangente considera-se a restrição ao domínio dada pelo intervalo ]0, π[; y cotg(x) π arccotg(x) cotg−1 : R → ]0, π[ x 7→ arccotg(x) π 2 π π 2 0 x • para a função secante a restrição ao domínio que garante uma função bijetiva é a que é dada pelo intervalo [0, π] \ nπo 2 ; y sec−1 : R \ ]−1, 1[ → [0, π] \ 2 x 7→ arcsec(x) π arcsec(x) nπ o π 2 1 −1 0 1 π 2 π x sec(x) DM, FCT, UAlg -13 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI • para a função co-secante a restrição ao domínio que garante uma função bijetiva h π πi \ {0}; 2 2 é a que é dada pelo intervalo − , y h π πi − , \ {0} 2 2 x → 7 arccsc(x) cosec−1 : R \ ]−1, 1[ → π 2 1 − π2 −1 arccsc(x) 0 1 π 2 x −1 − π2 cosec(x) Algumas das propriedades importantes para as funções trigométricas inversas são: • arcsec(x) = arccos (1/x); • arccsc(x) = π − arcsec (x); 2 • arccsc(x) = arcsen (1/x); π − arcsen (x); 2 π • arccotg(x) = − arctg (x); 2 • arccos(x) = • arcsen(−x) = − arcsen (x); • arccos(−x) = π − arccos (x). 30. Prove as seguintes identidades: √ 1 − x2 ; √ (b) cos (arcsen(x)) = 1 − x2 ; 1 (c) cos (arctg(x)) = √ ; 1 + x2 (a) sen (arccos(x)) = DM, FCT, UAlg (d) tg (arcsen(x)) = √ (e) tg (arccos(x)) = √ x ; 1 − x2 1 − x2 . x -14 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 31. Seja f (x) = sen (x + 4) − 2 e g = f −1 . Indique Dg e Dg′ . 32. Para cada uma das funções que se seguem, defina a função inversa: (a) f (x) = sen (x + 2); (c) f (x) = cos(x) + 2. 1 (b) f (x) = tg ; x 1 (d) f (x) = sen . x 33. Indique o domínio e o contradomínio das seguintes funções: (a) f (x) = arctg √ 1 − x2 ; (b) f (x) = arccotg √ 3 − x2 . Funções hiperbólicas inversas As inversas das funções hiperbólicas são funções hiperbólicas de área. Os seus nomesa derivam do facto de fornecerem a área de uma secção da hipérbole unitária x2 − y 2 = 1, da mesma forma que as funções trigonométricas inversas fornecem o comprimento de arco de uma secção do círculo unitário x2 + y 2 = 1. y senh(x) senh−1 : R → R x 7→ argsenh(x) argsenh(x) 0 x y cosh(x) argcosh(x) cosh−1 : [1, +∞[ → R+ 0 x 7→ argcosh(x) a 1 0 1 x Em Portugal usa-se argsenh(x), que se designa por argumento do seno hiperbólico, no entanto, na notação internacional é comum utilizar-se a designação arsinh(x), como designação de area sinus hy- perbolicus. DM, FCT, UAlg -15 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI y tgh−1 : ]−1, 1[ → R x 7→ argtgh(x) argtgh(x) tgh(x) 1 0 −1 x 1 −1 y cotgh−1 : R \ [−1, 1] → R \ {0} x 7→ argcotgh(x) argcotgh(x) cotgh(x) 1 0 −1 1 x −1 DM, FCT, UAlg -16 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI y csch−1 : R \ {0} → R \ {0} x 7→ argcsch(x) 0 csch(x) argcsch(x) x y sech−1 : ]0, 1] → [0, +∞[ x 7→ argsech(x) argsech(x) 1 sech(x) 0 1 x Alguns dos resultados importantes para as funções hiperbólicas inversas são os seguintes: • argsech(x) = argcosh (1/x); • argcsch(x) = argsenh (1/x); • argcotgh(x) = argtgh (1/x). DM, FCT, UAlg -17 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 34. Prove que: (b) (c) (d) (e) (f) √ x2 + 1 ; √ argcosh(x) = ln x + x2 − 1 , x ≥ 1; 1+x 1 argtgh(x) = ln , −1 < x < 1; 2 1−x ! √ 1 + 1 − x2 argsech(x) = ln , 0 < x ≤ 1; x x , −1 < x < 1; senh (argtgh(x)) = √ 1 − x2 √ cosh (argsenh(x)) = 1 + x2 ; (a) argsenh(x) = ln x + 1 , −1 < x < 1; 1 − x2 x ; (h) tgh (argsenh(x)) = √ 1 + x2 1 (i) sech argcosh = x. x (g) cosh (argtgh(x)) = √ Definição 6. Seja x um valor real qualquer. Define-se por valor absoluto ou módulo de x a função x, se x > 0 |x| = max {−x, x} = 0, se x = 0 . −x, se x < 0 35. Resolva, em R, as seguintes inequações: (a) |x| < 1; (g) |x − 2| < |x + 2|; (b) |x − 2| < 1; (h) |x + 2| < |x − 2|; (c) |x − 2| < 1 ; 1000 (j) |x + 1| + |x − 1| < |x + 2|; (d) |x − 2| > 1; (e) |3x − 4| ≥ x2 ; (f) |x − 1| x2 − 4 ≥ 0; DM, FCT, UAlg (i) |x + 2| < 2 |x − 2|; x − 1 ≥ 1; (k) x + 4 x2 − |x| (l) ≤ 0. x−3 -18 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Definição 7. Uma função real de variável real, f : Df ⊆ R → R, diz-se limitada se existe um valor real L > 0 tal que |f (x)| ≤ L, para todo o ponto x ∈ Df . 36. Averigúe quais das funções que se seguem são limitadas: (a) f (x) = √ x + 1, 1 , 4 − x2 1 (c) f (x) = , 4 − x2 (b) f (x) = x ∈ [−1, 1]; (d) f (x) = x ∈ ]−1, 1[; (e) f (x) = x ∈ ]−1, 2[; p x ∈ ]0, π/2[; sen(2x), sen(3x) , cos(x) sen(4x) (f) f (x) = , cos(x) x ∈ [0, π/4]; x ∈ [π/4, π/2[ . Definição 8. Seja X ⊂ R e a ∈ R, diz-se que a é um ponto de acumulação de X quando todo o intervalo centrado em a, ou seja, todo o intervalo da forma ]a − ǫ, a + ǫ[, com ǫ > 0, contém um número infinito de pontos de X . Definição 9 (Cauchy). Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real, a um ponto de acumulação de Df e α ∈ R. Diz-se que f tende para α, quando x tende para a, se, para todo o número real ε > 0, existe δ > 0, tal que, para todo o x que verifique as condições x ∈ Df \ {a} ∧ |x − a| < δ , se garante que |f (x) − α| < ε. Matematicamente escreve-se lim f (x) = α ⇔ ∀ε > 0, ∃δ > 0 : (x ∈ Df \ {a} ∧ |x − a| < δ) ⇒ |f (x) − α| < ε. x→a Definição 10. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real, admitindo que Df não é limitado superiormente. Diz-se que o limite de f quando x → +∞ é α se ∀ε > 0, ∃δ > 0 : 1 x ∈ Df ∧ x > δ ⇒ |f (x) − α| < ε. e escreve-se lim f (x) = α. x→+∞ Definição 11. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real, admitindo que Df não é limitado inferiormente. Diz-se que o limite de f quando x → −∞ é α se ∀ε > 0, ∃δ > 0 : x ∈ Df ∧ x < − 1 δ ⇒ |f (x) − α| < ε. e escreve-se lim f (x) = α. x→−∞ DM, FCT, UAlg -19 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Definição 12. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real e a um ponto de acumulação de Df . Diz-se que o limite de f quando x tenda para a é +∞ se ∀ε > 0, ∃δ > 0 : (x ∈ Df ∧ |x − a| < δ) ⇒ f (x) > 1 . ε e escreve-se lim f (x) = +∞. x→a Definição 13. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real e a um ponto de acumulação de Df . Diz-se que o limite de f quando x tenda para a é −∞ se 1 ∀ε > 0, ∃δ > 0 : (x ∈ Df ∧ |x − a| < δ) ⇒ f (x) < − . ε e escreve-se lim f (x) = −∞. x→a 37. Prove, por definição, os seguintes limites: (a) lim 3x + 1 = 7; x→2 x2 − 4 = 4. x→2 x − 2 (b) lim 38. Determine cada um dos limites que se seguem: 2x2 − 3x + 1 ; x→1 x−1 x2 + x − 2 ; lim x→−2 x2 + 2x x2 − (a + 1)x + a ; lim x→a x 3 − a3 (t + h)2 − t2 ; lim h→0 h √ x−1 lim ; x→1 x − 1 √ 3 x−1 lim √ ; x→1 4 x − 1 √ 1 − 1 − x2 ; lim x→0 x2 πx ; lim (1 − x) tg x→1 2 √ x lim q p √ ; x→+∞ x+ x+ x sen(2x) ; x→0 x 1 lim x sen ; x→+∞ x √ x−1 lim ; x→+∞ x − 1 √ 3 x−1 lim √ ; 4 x→1 x−1 √ √ 1+x− 1−x ; lim x→0 x p lim x(x + a) − x , a ∈ R; x→+∞ √ lim x + 3 1 − x3 ; (a) lim (j) lim (b) (k) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) DM, FCT, UAlg (l) (m) (n) (o) (p) x→+∞ cos(x) − cos(a) ,a ∈ R x−a ln x2 + 1 − x2 ; (r) lim x→+∞ p 1 − cos(x) (s) lim . x→0 x2 (q) lim x→a -20 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 39. Estude os limites que se seguem em função do parâmetro a: |x| , para a = −1, a = 0, a = −∞, a = +∞; x→a x x4 − 1 (b) lim 3 , para a ∈ R. x→a x − 1 (a) lim Devem ainda ser do conhecimento geral os resultados que se seguem: • sen(f (x)) −−−−−→ 1; f (x) f (x)→0 • cos(f (x)) − 1 −−−−−→ 0; f (x) f (x)→0 • ef (x) − 1 −−−−−→ 1; f (x) f (x)→0 • k 1+ f (x) f (x) −−−−−−→ ek . f (x)→±∞ 40. Calcule cada um dos limites que se seguem: x2 ; x→0 (x + sin x)2 sen(2x) [cos(2x) + sec(2x)] lim . x→0 tg(2x) sen(4x) 1+x ; lim x→0 x sen(2x) 1+x lim ; x→0 x 2 x+1 x lim ; x→+∞ 3x − 2 2 x+1 x ; lim x→+∞ 2x + 1 4 x lim 1+ ; x→+∞ x x − 1 x+2 ; lim x→+∞ x+3 x x ; lim x→+∞ x+1 x − 1 1+x ; lim x→1 x2 − 1 (a) lim (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) DM, FCT, UAlg (k) lim x→+∞ 1 x2 2x 1+x ; 1 (l) lim (1 + sen(x)) x ; x→0 (m) 1 lim (1 + x2 ) x ; x→+∞ sen(x) x x2 − 2x + 3 ; (n) lim 2 x→0 x − 3x + 2 2 x 2 x +2 (o) lim ; x→+∞ 2x2 + 1 1 (p) lim (cos(x)) x ; x→0 1 (q) lim (sen(x)) x ; x→0+ 1 (r) lim (sen(x)) x2 ; x→0+ 1 (s) lim (cos(x)) x2 ; x→0 ln(1 + x) ; x→0 x 1 1 − (u) lim ; ln (x) x x→0+ (v) lim x ln(x). (t) lim x→0+ -21 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Teorema 1 (Teorema do limite das funções enquadradas). Suponha-se que h(x) ≤ f (x) ≤ g(x), para todo o valor de x pertencente a um intervalo aberto I ⊂ Df , que c ∈ I , e que lim h(x) = L = lim g(x), x→c x→c então o limite lim f (x) existe e é igual a L. x→c 41. Prove que: (c) lim cos(x) = 1; (a) lim sen(x) = 0; x→0 x→0 (b) lim x→0 sen(x) = 1; x (d) lim x→0 1 − cos(x) = 0. x 42. Determine o valor dos seguintes limites: tg(x) ; x→0 x sen(4x) lim ; x→0 x tg2 (x) ; lim x→0 x cos(x) − cos(2x) ; lim x→0 1 − cos(2x) 1 − cos(x) lim ; x→0 x2 (a) lim (f) lim x sec(x); (b) (g) lim (c) (d) (e) x→π 1 − x2 ; x→1 sen(πx) (h) limπ sen(x) − cos(x) ; 1 − tg(x) (i) limπ sen(x) − cos(x) . 4x − π x→ 4 x→ 4 Definição 14. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real e a um ponto de acumulação de Df , com a ∈ Df . Diz-se que f é contínua no ponto x = a, se existem os limites laterais lim f (x) e lim f (x), e se x→a+ x→a− lim f (x) = lim f (x) = f (a). x→a− x→a+ A função dir-se-á descontínua se: • os limites laterais, lim f (x) e lim f (x), existem, mas são diferentes (descontix→a− x→a+ nuidade de primeira espécie); • pelo menos um dos limites laterais, lim f (x) ou lim f (x), não existe ou é infix→a− x→a+ nito (descontinuidade de segunda espécie). DM, FCT, UAlg -22 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 43. Considere-se a função sgn : R → {−1, 0, 1} definida da seguinte forma y = sgn(x) = e a função y : R → Z, definida por +1, se x > 0 0, se x = 0 , −1, se x < 0 y(x) = ⌊x⌋ = max {p ∈ Z : p ≤ x} , normalmente designada por chão de x. Atendendo às definições de sgn(x) e de ⌊x⌋ calcule, para as funções que se seguem, os valores de f (a + ε) e f (a − ε), com 0 < ε ≪ 1: (a) f (x) = sgn(x2 + x), a = −1; (c) f (x) = x − ⌊x⌋, a = 2; (b) f (x) = sgn (d) f (x) = sgn(|x| + 1), a = −1. x2 + 3x + 2 , a = −1; x−1 44. Estude, quanto à continuidade, cada uma das funções que se seguem: x+1 ; x3 + x √ 1 (b) g(x) = x − 2 ; x +x (a) f (x) = (c) h(x) = (d) t(x) = x ; |x| 2 x − 1 x2 − 1 . 45. Determine o domínio de continuidade de cada uma das funções que se seguem, em função do parâmetro a, 3x + 1 , se x ≤ 0 1−x (a) f (x) = ; x−a , se x > 0 x+1 sen(ax) , se x 6= 0 x . (b) g(x) = 1, se x = 0 DM, FCT, UAlg x2 − 4 , se x 6= 2 x−2 (c) h(x) = ; a, se x = 2 1 x sen , se x 6= 0 x . (d) t(x) = a, se x = 0 -23 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 46. Considere a função f : R → R definida por ln(1 + x) , x > 0 x f (x) = k + cos(x), x ≤ 0 Indique o valor de k para o qual a função é contínua no ponto x = 0. 47. Considere a função f : R → R definida por f (x) = x , x 6= 0 ex+2 − e2 a, x=0 Indique o valor de a para o qual a função é contínua no ponto x = 0. Definição 15. Admita-se que f é uma função real de variável real com domínio Df , f : Df ⊂ R → R, e que a é um ponto pertencente ao domínio de f , a ∈ Df . As derivadas laterais da função f no ponto x = a definem-se por f ′ (a− ) = lim f (a + h) − f (a) , h (1) f ′ (a+ ) = lim f (a + h) − f (a) . h (2) h→0− e h→0+ As expressões (1) e (2) definem as derivadas de f à esquerda e direita do ponto x = a, respetivamente. Se f ′ (a− ) e f ′ (a+ ) existem e possuem o mesmo valor finito, então diz-se que a função f é diferenciável no ponto x = a, verificando-se f ′ (a) = f ′ (a− ) = f ′ (a+ ). Atendendo à definição de limite é possível exprimir f ′ (a) da seguinte forma f ′ (a) = lim h→0 f (a + h) − f (a) f (x) − f (a) = lim . x→a h x−a 48. Utilizando a definição, prove que, para a ∈ R, (a) se f (x) = a, então f ′ (x) = 0; (b) se f (x) = ax, então f ′ (x) = a; DM, FCT, UAlg -24 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI (c) se f (x) = axk , então f ′ (x) = akxk−1 ; k k−1 (d) se f (x) = [u(x)] , então f ′ (x) = ku′ (x) [u(x)] ; (e) se f (x) = eax , então f ′ (x) = aeax ; 1 (f) se f (x) = ln(ax), então f ′ (x) = ; x (g) se f (x) = sen(ax), então f ′ (x) = a cos(ax); (h) se f (x) = cos(ax), então f ′ (x) = −a sen(ax). 49. Obtenha, por definição, as derivadas de cada uma das funções que se seguem: √ x; (a) f (x) = 2x − 1; (c) h(x) = (b) g(x) = 2x3 ; (d) t(x) = cos(x). 50. Para as funções que se seguem, obtenha, por definição, as derivadas laterais em x = 0. Conclua acerca da existência de derivada, para cada uma das funções, no ponto x = 0. (a) λ(x) = |x|; (c) ϕ(x) = x − ⌊x⌋; (b) γ(x) = x |x|; (d) φ(x) = x⌊x⌋. Teorema 2 (Derivada da função composta). Seja h = f ◦ g uma função composta, onde g é derivável em x e f é derivável em g(x), então a função h é derivável em x, com h′ (x) = (f ◦ g)′ (x) = f ′ (g(x)) g ′ (x). 51. Sendo f (x) = x3 e g(x) = 3x2 − x, obtenha: (a) (f ◦ g)(2); (b) (f ◦ g)(x). 52. Determine a expressão de cada uma das derivadas que se seguem: (a) DM, FCT, UAlg " x−2 x−1 2 #′ ; (b) " x2 − 4 3x 5 #′ . -25 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 53. Sejam f, g duas funções diferenciáveis, verificando-se g(0) = π/4, g ′ (0) = 1 e Calcule o valor de f ′ (0). f (x) = ln tg x2 + g(x) + esen(g(x)) . 54. Seja f : R → R uma função diferenciável, com f (0) = f ′ (0) = 1, e g(x) = arctg (f (x)) + f (arctg(x)) . Calcule o valor de g ′ (0). 55. Assuma-se que h(x) = f (g(x)) , onde f (x) e g(x) são duas funções diferenciáveis. Sabendo que g(−1) = 2, g ′ (−1) = 3 e que f ′ (2) = −4, determine o valor de h′ (−1). 56. Seja f uma função par e diferenciável, com f (1) = 1, f ′ (1) = −1 e g(x) = earctg((f (2−x 2 )+x )(f (x2 −2)−x)) . Calcule o valor de g ′ (1). 57. Seja g(x) = f sen2 (x) + f cos2 (x) . Calcule o valor da derivada de g no ponto x = 0. 58. Sabendo que f é uma função diferenciável e que f ′ (0) = 2, indique o valor da derivada da função g(x) = f (x + ln(x + 1)) − f (x + 1)2 − 2x no ponto x = 0. Teorema 3 (Derivada da função inversa). Seja f uma função diferenciável num inter- valo I . Se f possuir inversa, tal que g = f −1 , então g é diferenciável em todo o ponto x que verifique a condição f ′ (x) 6= 0, verificando-se para y = f (x), g ′ (y) = DM, FCT, UAlg 1 f ′ (x) . -26 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 59. Utilizando o teorema de derivada da função inversa, prove que: (a) (b) (c) 1 d (arcsin(x)) = √ ; dx 1 − x2 d 1 (arccos(x)) = − √ ; dx 1 − x2 1 d (arctg(x)) = ; dx 1 + x2 (d) (e) (f) d u′ (x) ; (arcsin(u(x))) = p dx 1 − (u(x))2 d u′ (x) ; (arccos(u(x))) = − p dx 1 − (u(x))2 u′ (x) d (arctg(u(x))) = . dx 1 + (u(x))2 60. Determine, para cada uma das funções que se seguem, a expressão que define a função derivada: x+1 ; x2 + 1 xn + 1 ; (b) g(x) = (x + 1)n 1 ; (c) h(x) = √ 5 x2 a b (d) s(x) = √ −√ , para a, b ∈ R; 3 3 x2 x2 (a) f (x) = (e) w(x) = ln(x) log 2 (x); 4 (f) φ(x) = 3 r 4 √ 3 x ln(x2 + 1) (q) ξ(x) = x + cos(x) ; 1 − sen(x) (v) ψ(x) = arctg(3x + 1); (w) τ (x) = arccotg(5x − 2); 2 (k) β(x) = xx −1 ; (l) ι(x) = (p) ϕ(x) = tg(x) − x; (u) ν(x) = cos (arcsen(x)); ln(x2 + 1); p arctg(x) ; x (t) ρ(x) = cos2 x2 sen2 (x2 ) ; (i) σ(x) = log10 (x − 1); (j) π(x) = (o) v(x) = (s) γ(x) = earctg(x) ; 2x − 3; p 3 (n) u(x) = ex arcsen(x); (r) λ(x) = sen(x) cos(x) tg(x); x−1 ; x+2 (g) µ(x) = (ln(x)) ; (h) θ(x) = (m) t(x) = ex cos(x); (x) α(x) = sen (ln(x)); x . (y) ε(x) = arcsen (cos(x)). 61. Calcule os valores de f (0), f ′ (0), f ′′ (0) e f ′′′ (0), quando 2 (a) f (x) = ex ; (c) f (x) = ex sen(x); (b) f (x) = sen2 (x); (d) f (x) = DM, FCT, UAlg 1+x . 1−x -27 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 2 . Quanto vale f ′′′ (1)? x + x2 62. Seja f (x) = √ 63. Mostre que a função y ≡ y(x) = x2 ex satisfaz a equação diferencial ordinária 2 y ′′ − 2y ′ + y = ex . 64. Para cada uma das funções que se seguem, determine a expressão que corresponde à derivada de ordem n, ou seja, à n-ésima derivada, (a) f (x) = x10 ; (c) s(x) = cos(x); (b) h(x) = sen(x); (d) u(x) = ln(x). Teorema 4 (Fórmula de Leibniz). Sejam u, v duas funções contínuas com derivadas contínuas, pelo menos até à ordem n. Nestas condições, o produto uv será também uma função contínua com derivadas contínuas, pelo menos até à ordem n, e a derivada de ordem n da função produto pode ser obtida com n X n dr dn dn−r (u(x)v(x)) = [u(x)] [v(x)] d xn dxn−r r d xr r=0 n(n − 1) ′′ u (x)v (n−2) + . . . 2 = u(x)v (n) (x) + nu′ (x)v (n−1) (x) + + nu(n−1) (x)v ′ (x) + u(n) (x)v(x). 65. Utilizando a fórmula de Leibniz, obtenha a expressão que define a derivada de ordem n de cada uma das seguintes funções: (a) f (x) = x2 e−2x ; (b) g(x) = x2 ln(x). 66. Seja 1 t . y(t) = et x(t) = Determine DM, FCT, UAlg d2 y d x2 . -28 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 67. Calcule as derivadas 68. Determine d2 x dy 2 dy d2 y e , quando x(t) = cos3 t e y(t) = sen3 t. dx dx2 , quando 1 t . y(t) = et x(t) = 69. Para cada uma das funções que se seguem, determine a expressão que corresponde a dy d2 y ea : dx d x2 x = ln(t) (a) ; y = t3 x = a (sen(t) − t cos(t)) (b) . y = a (cos(t) + t sen(t)) Propriedades de funções contínuas num intervalo fechado Teorema 5 (Bolzano). Seja f uma função contínua no intervalo [a, b] e α ∈ R um valor que pertence ao intervalo min {f (a), f (b)} , max {f (a), f (b)} . Então, existe um valor c ∈]a, b[, tal que f (c) = α. Coralário 5.1. Seja f uma função contínua no intervalo [a, b] com f (a) × f (b) < 0, então existe um valor c ∈]a, b[, tal que f (c) = 0. Teorema 6 (Weierstraß). Toda a função contínua num intervalo fechado e não vazio possui nesse intervalo um máximo e um mínimo. 70. Seja dada a função real de variável real f (x) = (a) Calcule f (0) e f (3). x, se x > 2 . −x2 + 2x, se x ≤ 2 (b) Qual o valor lógico da proposição: ∃c ∈]0, 3[: f (c) = 3 ? 2 (c) O resultado obtido na alínea anterior contraria o teorema do valor intermédio? Justifique a resposta dada. DM, FCT, UAlg -29 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 71. Considere a seguinte função real de variável real p(x) = x3 − 3x2 + 1. (a) Prove que p possui pelo menos um zero no intervalo [0, 1[. (b) Localize, em intervalos de amplitude igual à unidade com limites inteiros, os restantes zeros do polinómio. Justifique os resultados obtidos. 72. Para cada um dos casos que de seguida se apresentam, identifique aqueles em que é possível aplicar o teorema de Weierstrass, e, para esses, calcule os máximos e mínimos: 1 , com x ∈ [−1, 1]; −4 x , com x ∈ [0, 1[. (d) f (x) = − x−1 (a) f (x) = 2 − x, com x ∈] − 1, 3]; (b) f (x) = (c) f (x) = 1 , com x ∈ [0, 3]; x−2 x2 Teorema 7 (Rolle). Seja f uma função contínua no intervalo [a, b] e derivável em ]a, b[. Se f (a) = f (b), então existe um ponto c ∈]a, b[, tal que f ′ (c) = 0. Coralário 7.1. Se a e b são zeros de uma função f , contínua num intervalo [a, b] e derivável em ]a, b[, então a derivada de f possui, pelo menos, um zero em ]a, b[. Coralário 7.2. Se f é uma função derivável num intervalo ]a, b[, de tal forma que a e b são zeros consecutivos para a derivada, ou seja, f ′ (x) 6= 0, ∀x ∈]a, b[ e f ′ (a) = 0 = f ′ (b), então f não possui mais do que um zero em ]a, b[. 73. Seja dada a função real de variável real h(x) = (a) Verifique que h(1) = h(3). 1 , se x 6= 3 3−x 1 , 2 . se x = 3 (b) Mostre que, para todos os pontos onde está definida a derivada, se verifica h′ (x) > 0. (c) Os resultados anteriores contradizem o teorema de Rolle? Justifique. DM, FCT, UAlg -30 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 74. Considere a função real de variável real π f (x) = sen x + . 4 (a) Mostre que estão reunidas as condições para se aplicar o teorema de Rolle no h intervalo 0, πi . 2 h (b) Determine o valor de c ∈ 0, πi , para o qual se verifica f ′ (c) = 0. 2 75. Considere a seguinte função real de variável real g(x) = 3x, se x < 2 . 6 − x, se x ≥ 2 (a) Represente graficamente a restrição de g ao intervalo [1, 3]. (b) Verifique que g(1) = g(3). (c) Justifique a razão pela qual não existe nenhum zero da derivada de g no intervalo ]1, 3[. 76. Dada a função real de variável real f (x) = 2 − |x − 2|, diga por que razão não se pode aplicar o teorema de Rolle no intervalo [1, 3]. 77. Repita o exercício anterior com a função f (x) = √ 3 x2 , no intervalo [−1, 1]. 78. Prove que a função real de variável real p(x) = x3 − 6x2 + 9x − 2 possui um único zero no intervalo ]1, 3[. 79. Prove que a equação 4x3 − 6x2 + 1 = 0 possui três soluções reais distintas. Situe-as em intervalos cujos extremos sejam números inteiros consecutivos. 80. Prove que x = 0 é a única solução para a equação arctg(x) + x(2x2 + 3) = 0. 81. Prove que x = 1 é a única solução para a equação ex−1 = 2 − x3 . DM, FCT, UAlg -31 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Teorema 8 (Lagrange ou do valor médio para a derivada). Se f é uma função contínua no intervalo [a, b] e derivável em ]a, b[, então existe um ponto c ∈]a, b[, tal que f ′ (c) = f (b) − f (a) . b−a Coralário 8.1. Se f é uma função com derivada nula em todos os pontos do intervalo ]a, b[, então f é constante nesse intervalo. Coralário 8.2. Duas funções com igual derivada são iguais a menos de uma cons- tante. Coralário 8.3. Se f é uma função com derivada positiva em todos os pontos do inter- valo ]a, b[, então f é crescente nesse intervalo. Coralário 8.4. Se f é uma função com derivada negativa em todos os pontos do intervalo ]a, b[, então f é decrescente nesse intervalo. 82. Considere a seguinte função 3, se x = 0 f (x) = −x2 + 3x + a, se 0 < x < 1 mx + b, se 1 ≤ x ≤ 2 Quais os valores de a, m e b que garantem que f satisfaz as hipóteses do teorema de Lagrange no intervalo [0, 2]? √ 83. Mostre que a função f (x) = x 3 x verifica as condições do teorema de Lagrange no intervalo [−1, 1]. 84. Mostre que a função g(x) = √ 3 x2 não verifica as condições do teorema de Lagrange no intervalo [−1, 1]. 85. Prove que: (a) arcsen(x) > x, para x > 0; 1 (c) < ln x+1 (b) ex ≥ 1 + x; (d) ln(x + 2) < ln(x) + DM, FCT, UAlg x+1 x < 1 , para x > 0; x 2 , para x > 0. x -32 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Regra de L’Hôpitala - Caso 1 Sejam f (x) e g(x) duas funções diferenciáveis nos conjuntos onde estão definidas. Suponha-se ainda que lim f (x) = lim g(x) = 0, x→a x→a com g ′ (x) 6= 0, para todo o x numa vizinhança do ponto a. Então: f ′ (x) f (x) existe, o limite lim também existe, verificando-se ′ x→a g (x) x→a g(x) • Se o limite lim f (x) f ′ (x) = lim ′ . x→a g(x) x→a g (x) lim • Se as funções f ′ e g ′ satisfazem as mesmas condições que as funções f e g , pode f ′′ (x) , implica a existência do limite x→a g ′′ (x) f (x) f ′ (x) f ′′ (x) f (x) , com lim = lim ′ = lim ′′ . Este resultado é válido para lim x→a g(x) x→a g (x) x→a g (x) x→a g(x) inferir-se que, a existência do limite lim ordens de derivadas superiores. • Os dois resultados anteriores continuam válidos quando se considera a = +∞ a ou a = −∞. A regra de L’Hôpital, também conhecida por regra de Bernoulli, foi apresentada no primeiro livro de texto sobre cálculo diferencial, "Analyse des Infiniment Petits pour l’Intelligence des Lignes Courbes", publicado por Guillaume François Antoine, Marquês de l’Hôpital, em 1696, com o objetivo de calcular o limite de frações nos casos em que há indeterminações do tipo ∞ 0 ou . 0 ∞ 86. Com base nos resultados enunciados, calcule os seguintes limites: (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) DM, FCT, UAlg 2x2 − 3x + 1 lim ; x→1 x−1 x2 + x − 2 lim ; x→−2 x2 + 2x x cos(x) − sen(x) ; lim x→0 x3 sen(3x) lim ; x→π/3 1 − 2 cos(x) esen(x) − ecos(x) ; lim x→π/4 sen(x) − cos(x) x5 − 2x4 + x3 − x2 + 2x − 1 lim ; x→1 x4 − 2x3 + 2x − 1 3x − sen(x) lim ; x→0 x 1+x−1 ; x→0 √ x 1 + x − 1 − x/2 ; lim x→0 x2 sen(x) lim ; x→0 x 1 − cos(x) ; lim x→0 x 1 − cos(x) lim ; x→0 x2 x e −1 ; lim x→0 x ex − 1 lim . x→0 x2 (h) lim (i) (j) (k) (l) (m) (n) √ -33 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Regra de L’Hôpital - Caso 2 Sejam f (x) e g(x) duas funções deriváveis nos conjuntos onde estão definidas. Suponha-se ainda que lim f (x) = lim g(x) = ∞, x→a x→a com g ′ (x) 6= 0, para todo o x. Então: f ′ (x) f (x) , implica a existência do limite lim , ′ x→a g (x) x→a g(x) • A existência do limite lim verificando-se f (x) f ′ (x) = lim ′ . x→a g(x) x→a g (x) lim • Se as funções f ′ e g ′ satisfazem as mesmas condições que as funções f e g , pode f ′′ (x) existe, fica garantida a existência do limite x→a g ′′ (x) f (x) f ′ (x) f ′′ (x) f (x) , com lim = lim ′ = lim ′′ . Este resultado é válido para lim x→a g(x) x→a g (x) x→a g (x) x→a g(x) concluir-se que, se o limite lim ordens de derivadas superiores. • Os dois resultados anteriores continuam válidos quando se considera a = +∞ ou a = −∞. 87. Calcule os seguintes limites: (a) tg(x) ; x→π/2 tg(5x) lim ln (sen(5x)) ; ln (sen(x)) xn lim x , n ∈ N; x→+∞ e ln (senh(x)) lim ; + ln (sen(x)) x→0 ln eax − ebx , a, b ∈ R; lim ln(x) x→0+ ln(x) lim √ ; x→+∞ 4 x sec(x) lim ; x→π/2 1 + tg(x) (i) (b) lim (j) (c) (k) x→0+ (d) (e) (f) (g) (h) DM, FCT, UAlg e−x ; x→−∞ x2 lim (l) (m) (n) (o) (p) ln(x) √ ; 2 x ln(x + 1) ; lim x→+∞ log 2 (x) log2 (x) lim ; x→+∞ log 3 (x + 3) ln x2 + 2x lim ; ln(x) x→0+ ln (ex − 1) ; lim ln(x) x→0+ ln(sec(x)) lim ; − x→π/2 1 + tg(x) lim x→+∞ lim x→π/2− ln(tg(x)) ; sec(x) ex + t2 . x→+∞ ex − t lim -34 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Para os casos em que no cálculo do limite aparece uma indeterminação do tipo: 0 · ∞, ∞ − ∞, 1∞ , 00 ou ∞0 , deve iniciar-se o cálculo pela redução a uma indeterminação do tipo 0 ∞ ou , podendo, 0 ∞ posteriormente, aplicar-se a regra de l’Hôpital descrita anteriormente. • 0·∞ Admita-se, sem perda de generalidade, que lim f (x) = 0 e que lim g(x) = ∞, x→a x→a então: f (x) lim f (x)g(x) = lim x→a x→a 1/g(x) lim f (x)g(x) = x→a g(x) x→a 1/f (x) lim 0 0 ∞ ∞ • ∞−∞ f (x) = 1, então: x→a x→a g(x) f (x) − 1 g(x) lim f (x) − g(x) = lim x→a x→a g(x) Se lim f (x) = ∞, lim g(x) = ∞ e lim x→a (0 · ∞) • 1∞ g(x) Se lim f (x) = 1, lim g(x) = ∞ e y(x) = (f (x)) x→a x→a , então: lim g(x) ln(f (x)) lim y(x) = lim eln(y(x)) = ex→a x→a x→a (0 · ∞) • 00 Se lim f (x) = 0, lim g(x) = 0 e y(x) = (f (x)) x→a g(x) x→a , então: lim g(x) ln(f (x)) lim y(x) = lim eln(y(x)) = ex→a x→a x→a (0 · ∞) • ∞0 g(x) Se lim f (x) = ∞, lim g(x) = 0 e y(x) = (f (x)) x→a x→a , então: lim g(x) ln(f (x)) lim y(x) = lim eln(y(x)) = ex→a x→a DM, FCT, UAlg x→a (0 · ∞) -35 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 88. Calcule os limites que se seguem: (a) π lim 2 x→π/2 − x tg(x); cos(x) ; x→π/2 ln 1 − x + π 2 x+1 1 − ; (c) lim x→0 ln(x + 1) x 1 (d) lim x sen ; x→+∞ x (b) (e) lim 3 xe−x ; lim 12 3 − 2 (f) lim ; x→2 x − 2 x −4 1 1 (g) lim − ; x→1 ln(x) arctg(x − 1) (h) x→−∞ lim [x − x→+∞ ln (3ex − 1)]; 1 2 ; (i) lim x sen x→∞ x (j) lim xx ; (k) lim x 1 ; x x→0+ x→0+ (l) (m) lim (cotg(x)) tg(x) x→0+ (n) lim (tg(x)) sen(x) x→0+ ; ; 2 lim (1 + x)1/x ; x→+∞ q x (p) lim cos 2π ; x (o) x→+∞ (q) (r) (s) (t) (u) lim (sen(x) − cos(x))tg(x) ; x→π/2 lim (1 + 2 cos(x))sec(x) ; x→π/2 (sen(x) − cos(x))sen(x− 4 ) ; π lim x→π/4+ lim [ln(3 + x)]2+x ; x→−2 lim x→+∞ 1 + x2 1/x ; tg(x) 1 (v) lim ; + x x→0 1 (w) lim (ex + 3x) 2x ; x→0 lim x1/x ; (x) lim (cotg(x)) x→+∞ sen(x) x→0+ . 89. Calcule os limites que se seguem: (a) lim (cos(2x)) 3/x2 x→0 ; x cos(x) − sen(x) ; x→0 x3 cosh(x) − 1 ; (c) lim x→0 1 − cos(x) (b) lim sec2 (x) − 2 tg(x) (d) lim ; 1 + cos(4x) x→π/4 ex (e) lim ; x→+∞ x5 x/π ; (f) lim x→0 cotg(πx/2) (g) lim (1 − cos(x)) cotg(x); x→0 DM, FCT, UAlg (h) lim arcsen(x) cotg(x); x→0 x 1 − ; x→1 x − 1 ln(x) (i) lim (j) lim ln(x) ln(x − 1); x→1 (k) lim xx ; x→0+ (l) lim xsen(x) ; x→0+ (m) lim x1/x ; x→+∞ (n) lim (cotg(x))sen(x) ; x→0+ (o) lim (cotg(x))1/ ln(x) . x→0+ -36 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Monotonia Definição 16. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real e x1 , x2 ∈ I ⊂ Df , com x1 < x2 . • Se f é uma função crescente no intervalo I , então f (x1 ) < f (x2 ). • Se f é uma função decrescente no intervalo I , então f (x1 ) > f (x2 ). Teorema 9. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real, existindo f ′ (a), a ∈ Df . • Se f ′ (a) > 0, então a função f é crescente em x = a; • Se f ′ (a) < 0, então a função f é decrescente em x = a; • Se f ′ (a) = 0, então a função f não é crescente nem decrescente em x = a. 90. Determine os intervalos de crescimento para cada uma das funções que se seguem: (a) f (x) = − x − cos(x); 2 (b) f (x) = x − arctg(x); (c) f (x) = 2x3 + 9x2 + 12x + 10; x ; x−2 x (e) f (x) = ; (x + 2)2 x √ (f) f (x) = − 3 x. 3 (d) f (x) = 91. Para cada uma das funções que se seguem, determine os intervalos de decrescimento: (a) f (x) = x2 ex ; x5 x5 (b) f (x) = ln(x) − ; 5 25 (c) f (x) = x ; x+2 (d) f (x) = arccotg 1+x . 1−x 92. Identifique os intervalos de monotonia das funções que se seguem: x ; x−2 x √ (b) h(x) = − 3 x; 3 x (c) f (x) = ; x+2 (a) f (x) = (d) f (x) = x − arctg(x); DM, FCT, UAlg (e) f (x) = 2x3 + 9x2 + 12x + 10; 2 (f) s(x) = ex −4x ; (g) t(x) = x ln(x); (h) u(x) = ex . x -37 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Máximos e Mínimos Locais e Globais Definição 17. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real. • Se f (a) ≤ f (x), ∀x ∈ Df , então o ponto x = a diz-se é um ponto de mínimo global para a função f , sendo f (a) o mínimo global da função. • Se f (b) ≥ f (x), ∀x ∈ Df , então o ponto x = b diz-se um ponto de máximo global para a função f , sendo f (b) o máximo global da função. Definição 18. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real. • Se f (a) ≤ f (x), ∀x ∈]a − δ, a + δ[, para algum δ > 0, então o ponto x = a diz-se é um ponto de mínimo local ou relativo para a função f . • Se f (b) ≤ f (x), ∀x ∈]b − ε, b + ε[, para algum ε > 0, então o ponto x = b diz-se é um ponto de máximo local ou relativo para a função f . Teorema 10 (Valor Extremo). Se f é uma função contínua num intervalo fechado I = [a, b], então f atinge em I um máximo e um mínimo. Teorema 11 (Fermat). Se f é uma função que possui um máximo e um mínimo local num ponto c e se f ′ (c) existe, então f ′ (c) = 0. Definição 19. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real. Diz-se que x = c é um ponto crítico para f , se f ′ (c) = 0 ou se não existe f ′ (c). No caso em que f ′ (c) = 0, o ponto x = c designa-se por ponto estacionário. Teorema 12. Seja f : Df ⊆ R → R uma função real de variável real que admite um ponto estacionário em x = a. Admita-se ainda a existência de f ′′ (a). • Se f ′′ (a) > 0, então o ponto x = a é um ponto de mínimo local para a função f ; • Se f ′′ (a) < 0, então o ponto x = a é um ponto de máximo local para a função f ; • Se f ′′ (a) = 0, então deve recorrer-se á expansão em série de Taylor para a função f em torno do ponto x = a para se poder inferir quanto à classificação do ponto. DM, FCT, UAlg -38 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 93. Averigúe a existência de extremos para as funções que se seguem: (a) f (x) = √ 1 x2 + 1 x ; −4 ln(x) (f) u(x) = ; x ex (g) v(x) = ; x 1 . (h) w(x) = 2 x −4 (e) t(x) = ; (b) g(x) = x3 − 3x2 ; (c) h(x) = (x − 1)2 (x + 2)2 ; (d) s(x) = x2 − 2x + 2 ; x−1 x2 94. Dada a função real de variável real f (x) = x4 + 1 , x2 determine extremos relativos de f . 95. Considerando a função real de variável real g(x) = x2 , x2 − 9 determine extremos relativos de g . 3 96. Seja f (x) = ex −3x+1 . Determine os máximos e mínimos locais de f . 97. Uma empresa que se dedica à produção de embalagens pretende produzir uma embalagem com uma base quadrada e uma área de superfície igual a 108 cm2 . Quais devem ser as dimensões a utilizar na construção da embalagem, por forma a que se garanta o volume máximo? 98. Determine as dimensões do maior retângulo que se pode inscrever totalmente num semi-círculo de raio 4. 99. Num dia escolhido ao arbítrio, a taxa do fluxo de tráfego (em carros por hora) numa auto-estrada é dado por F = 100v , 2200 + 2v 2 onde v representa a velocidade do tráfego em quilómetros por hora. Qual a velocidade que maximiza a taxa do fluxo nesta auto-estrada? DM, FCT, UAlg -39 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Pontos de inflexão e concavidades Com base na análise ao sinal da segunda derivada da função é possível estabelecer o sentido da concavidade para o gráfico da mesma. Teorema 13. Seja f : Df ⊆ R → R uma função derivável em I ⊆ Df . Pode concluir- se que: • se f ′ é estritamente crescente em I , então f será côncava em I ; • se f ′ é estritamente decrescente em I , então f será convexa em I . Coralário 13.1. Seja f : Df ⊆ R → R uma função para a qual existe derivada até, pelo menos, à ordem 2 em I ⊆ Df . Conclui-se que: • se f ′′ (x) > 0, ∀x ∈ I , então f é côncava em I , ou seja, o gráfico de f possui concavidade voltada para cima em I ; • se f ′′ (x) < 0, ∀x ∈ I , então f é convexa em I , ou seja, o gráfico de f possui concavidade voltada para baixo em I . Definição 20. Seja f : Df ⊆ R → R uma função que admite derivada até, pelo menos, à terceira ordem. Um ponto x = a, a ∈ Df , diz-se um ponto de inflexão para o gráfico de f , se f ′′ (a) = 0, f ′′′ (a) 6= 0 e os sinais de f ′′ à esquerda e à direita do ponto x = a são diferentes. Teorema 14. Se x = c é um ponto de inflexão para o gráfico de uma função f , então f ′′ (c) = 0 ou não existe f ′′ em x = c. 100. Determine os pontos de inflexão para os gráficos de cada uma das funções que se seguem: (a) f (x) = x ln(x); 1 ; x √ √ (c) h(x) = x + 4 − x; (b) g(x) = x + (d) t(x) = DM, FCT, UAlg x3 ; 1 + x2 (e) s(x) = xe−x ; (f) u(x) = x ; 1 − x2 2 (g) v(x) = xex ; (h) ϕ(x) = x3 . x+1 -40 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 101. Indique os intervalos onde o gráfico de cada uma das funções que se seguem possui concavidade voltada para cima: (c) h(x) = (a) f (x) = x ln(x); (b) g(x) = x + 1 ; x √ √ x + 4 − x; (d) s(x) = xe−x . 102. Indique os intervalos onde o gráfico de cada uma das funções que se seguem possui concavidade voltada para baixo: x3 ; 1 + x2 x ; (b) u(x) = 1 − x2 2 (c) v(x) = xex ; (a) t(x) = (d) ϕ(x) = x3 . x+1 103. Seja f (x) = x2 1 . +1 Determine os pontos de inflexão do gráfico da função f . 104. Considerando f (x) = x2 x , +1 determine os pontos de inflexão do gráfico da função f . 105. Seja f (x) = x2 x . −1 Estude o sinal da derivada de segunda ordem e apresente as respetivas conclusões acerca das concavidades do gráfico da função. 106. Considerando f (x) = 2x2 − 6x + 3 . (x − 2)2 Estude o sinal da derivada de segunda ordem e apresente as respetivas conclusões acerca das concavidades do gráfico da função. DM, FCT, UAlg -41 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI Assíntotas O gráfico de uma função pode ter assíntotas verticais, horizontais ou oblíquas. Definição 21. Uma reta de equação y = b diz-se uma assíntota horizontal para o gráfico da função f , se lim f (x) = b ou lim f (x) = b. x→−∞ x→+∞ Definição 22. Uma reta de equação x = a diz-se uma assíntota vertical para o gráfico da função f , se lim f (x) = ±∞ ou lim f (x) = ±∞. x→a+ x→a− Definição 23. Uma reta de equação y = mx + b, com m 6= 0, diz-se uma as- síntota oblíqua para o gráfico da função f , se lim (f (x) − (mx + b)) = 0 ou x→−∞ lim (f (x) − (mx + b)) = 0. x→+∞ O declive da assíntota oblíqua, m, m 6= 0, obtém-se calculando os limites f (x) x→−∞ x lim e/ou f (x) . x→+∞ x lim O valor de b é dado pelo valor dos limites lim [f (x) − mx] x→−∞ e/ou lim [f (x) − mx] . x→+∞ Se m = 0 e se existe, pelo menos, um dos limites b = lim [f (x) − mx] x→−∞ ou b = lim [f (x) − mx] , x→+∞ então o gráfico de f possui uma assíntota horizontal. 107. Identifique, para cada uma das funções que se seguem, as assíntotas: (a) f (x) = 1 ; (x − 2)2 x + |x| ; x2 x2 − 3x + 2 ; (c) h(x) = x2 − x 1 (d) s(x) = 2 − 1; (x−1) e (b) g(x) = 108. Seja f a função definida por f (x) = ln(x) ; x 1 (f) u(x) = x ln e + ; x 8 ; (g) γ(x) = − 2 x −4 x2 . (h) φ(x) = x−1 (e) t(x) = x − (x − 2)2 . Determine as assíntotas de f , caso 2x existam. DM, FCT, UAlg -42 / 43- Parte 1 - Cálculo Diferencial em R Análise Matemática I - 2013/14 LEI 109. Faça o estudo completo de cada uma das funções que se seguem, indicando: • Domínio; • Intervalos de monotonia; • Domínio de continuidade; • Máximos e mínimos locais/globais; • Pontos de intersecção com os eixos; • Pontos de inflexão; • Paridade; • Sentidos de concavidade; • Derivada; • Assíntotas; • Domínio da derivada; • Esboço gráfico; • Pontos estacionários; • Contradomínio. (k) φ(x) = ln 1 + x2 ; (a) f (x) = x ln(x); 1 ; x √ √ (c) h(x) = x + 4 − x; (b) g(x) = x + x3 ; (d) t(x) = 1 + x2 (e) s(x) = xe−x ; (f) u(x) = x ; 1 − x2 (n) (o) (p) 2 (g) v(x) = xex ; (h) ϕ(x) = x3 ; x+1 (q) 2 (x + 1)2 ; 1 + x2 x2 + 4 ζ(x) = ; 2x 8 ; ι(x) = 2 x +4 4x ; β(x) = 2 x +4 x4 + 1 ν(x) = ; x2 x−1 δ(x) = 2 ; x (x − 2) (l) η(x) = (m) (i) γ(x) = ln 4 − x ; (r) θ(x) = x4 − 4x3 + 10; (j) µ(x) = (s) ω(x) = x1/3 (x − 4). DM, FCT, UAlg cos(x) ; 2 + sen(x) -43 / 43-