Análise de perturbação • Análise prospectiva – Estima quanto λ deve variar em função de variações em cada elemento aij – Estima impacto potencial de aij em λ (perspectiva futura) – Sensibilidades (sensitivities) e elasticidades (elasticities) • Sensibilidades (sensitivities): – sij = ∂λ / ∂aij • Derivada parcial de λ em função de aij – Representa a variação de λ em função de uma variação em aij em termos absolutos. – Não é diretamente comparável entre populações, pois há diferenças de escala entre grupos de elementos aij. • Elasticidades (elasticities): eij = (aij / λ) * (∂λ / ∂ aij) = (aij / λ)* sij – Transforma as sensibilidades em valores proporcionais. Maior peso às maiores taxas! – Representa a variação de λ em função de uma variação em aij em termos relativos (%) – Os valores de eij podem ser somados, caracterizando grupos (classes). – ∑ eij = 1 • Permite comparação de populações diferentes. Manejo: deficiências de sensibilidades e elasticidades • Correlação entre as taxas demográficas é ignorada no cálculo das derivadas parciais: resultados do manejo podem ser diferentes do previsto. • Não consideram se as indicações de manejo são factíveis. • Inflexões acentuadas nas curvas de crescimento podem criar viés nas elasticidades: sensibilidades são mais robustas. Avaliação mais precisa: criar estratégias de manejo baseadas nas sensibilidades e testá-las via simulações. Sensibilidades ou elasticidades ? Qual usar? • Sensibilidades: manejo • Elasticidades: caracterização de grupos ou comparação de populações – KROON, H.de; GROENENDAEL, J. van; EHRLÉN, J. 2000. Elasticities: A review of methods and model limitations. Ecology 81: 607-618. – SILVERTOWN, J.; FRANCO, M.; MENGES, E. 1996. Interpretation of elasticity matrix as na aid to the management of plant populations for conservation. Conservation Biology 10: 591-597. • A questão da dinâmica transiente – λ não é o único autovalor relevante ! • Estimativas baseadas em λ tornam-se viesadas ! – Alternativa: sensibilidades baseadas na estrutura populacional nt, e não em λ: »∂nt / ∂aij FOX, G. A.; GUREVITCH, J. 2000. Population numbers count: Tools for near-term demographic analysis. The American Naturalist 156: 242-256 » Autores fornecem algoritmo • Análise retrospectiva – LTRE (Life Table Response Experiments) • Avalia quanto da variação de λ deveu-se à variação de cada elemento aij • Avalia impacto real de aij em λ (passado) • FIXED DESIGNS – Equivale a uma Análise de Variância – Ideal para experimentos, onde os tratamentos são impostos pelo pesquisador ou pela natureza λ(m) ≈ λ(r) + ∑ij (aij(m) - aij(r) ) ∂λ/∂aij │A* ∂λ/∂aij │A* = sij tirado da matriz A* m = 1,...,N (tratamentos) A* = (A(m) + A(r))/2 A(r) = matriz de referência = matriz média (1/n ∑i A(i)) ou um dos níveis de tratamento, entendido como controle • A somatória dá as contribuições de aij ao efeito do tratamento em λ • Permite que se destaquem as contribuições particulares de subgrupos de taxas de transição • Para avaliar a precisão da análise (grau da aproximação): ∆λ = λ(m) - λ(r) = ∑ contribuições de aij • Bruna & Oli 2005 λCF = 1,046 λ1ha = 0,9924 λ10ha = 0,9984 Anual contribution to ∆λ (mean + SE) averaged over 5 transition years. Comparisons are of 1ha and 10ha fragments with continuous forest (CF) • RANDOM DESIGNS – Tratamentos são amostras aleatórias de uma distribuição de níveis de tratamento: • Parcelas aleatoriamente distribuídas em uma região (amostra aleatória de microhabitats) • Sequência temporal (amostra aleatória da variabilidade ambiental) V(λ) ≈ ∑ij ∑ ij C(ij,kl) sij skl V(λ) = variância de λ entre os tratamentos C(ij,kl) = covariância de aij e akl sij e skl são tiradas da matriz média (1/n ∑i A(i)) • Permite que se destaque as contribuições particulares de subgrupos de taxas de transição • Orcinus orca Brault & Caswell apud Caswell 2001 (a) = var G1 (b) = covar G1 e G2 (c) = var P2 (d) = var F3 • Orcinus orca Brault & Caswell apud Caswell 2001 0.1 0.05 0 1 2 classes 4 3 4 1 2 3 classes Contribuições a V(λ) por classe do ciclo de vida REGRESSION DESIGNS – Explora a dependência funcional de λ em relação a um determinado fator – Tratamentos representam níveis quantitativos desse fator – No mínimo 5 matrizes !!! ∂λ/∂x = ∑ij ∂λ/∂aij(x) ∂aij /∂x ∂λ/∂x = taxa de variação de λ em função de x (derivada parcial) ∂λ/∂aij(x) = taxa de variação de λ em função de aij sob o tratamento x (derivada parcial) → sij da matriz sob tratamento x. ∂aij/∂x = taxa de variação de aij em função de x (derivada parcial). É obtido por regressão de aij em função de x. – Permite que se destaquem as contribuições particulares de subgrupos de taxas de transição Caswell 2001, exemplo hipotético Significância do efeito: testar se ∂λ/∂x ≠ 0 Magnitude do efeito = magnitude de ∂λ/∂x • A questão da dinâmica transiente – λ1 não é o único autovalor relevante ! • Estimativas baseadas em λ1 tornam-se viesadas ! – Alternativa: sensibilidades baseadas na estrutura populacional nt, e não em λ1. FOX, G. A.; GUREVITCH, J. 2000. Population numbers count: Tools for near-term demographic analysis. The American Naturalist 156: 242-256 » Autores fornecem algoritmo sij = ∂nt / ∂aij • Mudança no tamanho e estrutura da população, dada mudança em aij. Valores absolutos eij = (aij / Nt)*(∂nt / ∂aij) = (aij / Nt)*sij onde Nt é uma matriz de diagonal principal = nt, sendo as outras entradas = 0. • idem a sij, mas em valores proporcionais (relativos) – Independe de que as condições ambientais se mantenham constantes (premissa da análise assintótica) Valores de sij (eij) variam no tempo ! – Depende da estrutura inicial – Os resultados saem em vetores (interpretação mais difícil), cujas entradas são fatores de crescimento – Frequentemente envolve números complexos Coryphantha robbinsorum Ciclo de vida e taxas de transição Sensibilidades e elasticidades Sensibilidades ∆t = 1 ∆t = 5 Elasticidades ∆t = 1 ∆t = 5 Modelos periódicos Modelo no qual as taxas demográficas variam no tempo, mas de forma determinística B4 B1 Fase 1 Fase 4 Fase 2 B3 Fase 3 B2 n(t + m) = (Bm … B2 B1) n(t) Ah = Bm … B1 • = A1 n(t) onde h = 1, ..., m. Cada matriz Ah projeta a população por um ciclo inteiro, iniciando a partir da fase h. • As matrizes B: – Não precisam ter o mesmo tempo de projeção. – Não precisam ter o mesmo número de classes, nem a mesma forma e, consequentemente, não precisam ser quadradas. – Devem respeitar a regra de multiplicação de matrizes: • AB = C se o número de linhas em B é igual ao número de colunas em A. – Estimativa de λ, w, v S e E para matrizes não quadradas: • Forçar a matriz a se tornar quadrada, utilizando “zeros” • Apenas para λ: (N(t) / N(t-1))1/t • As matrizes Ah: – Podem ser muito diferentes entre si – Possuem o mesmo λ (que corresponde ao período do ciclo e não ao do recenso) Caswell (2001) Spring → Summer (B) b11 0 b21 b22 0 b32 Summer → Fall (C) c11 c12 c13 Fall → Winter (D) d11 d21 Winter → Spring (F) f11 0 0 f22 Os autovetores dependem de h • Considere w(h) como o autovetor direito de Ah: w(1) w(2) w(3) w(4) = B4 w(4) = B1 w(1) = B2 w(2) = B3 w(3) → w(h) = Bh-1 w(h-1) • As deduções dos respectivos autovetores esquerdos v são feitas de maneira equivalente: v*(1) v*(2) v*(3) v*(4) = v*(2) B1 = v*(3) B2 = v*(4) B3 = v*(1) B4 → v*(h) = v*(h+1) Bh – onde * significa o complexo conjugado transposto de v Figuras do protocolo 5 Impacto da remoção de adultos senescentes aptidão (fitness) da população 1.03 1.02 1.01 1 0.99 0.98 0.97 larger adult survivorship 90% larger adult survivorship 40% larger adult survivorship 0% 0.96 0.95 0 5 10 15 20 25 30 ciclo de corte 35 40 45 50 Impacto do corte raso sobre a população 1.4 population fitness 1.3 1.2 1.1 1 0.9 0.8 intervention effectiveness 50% intervention effectiveness 75% intervention effectiveness 90% 0.7 0 5 10 15 intervention frequency 20