MICROPROPAGAÇÃO DA PALMEIRA-REALAUSTRALIANA (Archontophoenix alexandrae):
PROTOCOLOS INICIAIS PARA A CULTURA IN VITRO
Ciências Agrárias
CATTÂNEO, E. S.¹ ; PLÁ, G. P.²
do curso de Agronomia da Unisul e bolsista do PUIC – [email protected]
2 Engº Agrº Dr. Orientador, Agronomia, Campus Tubarão. gilmar,[email protected]
1Acadêmica
Introdução
Resultados
Atualmente a propagação de palmeira real é feita principalmente via
semente, o que não garante características genéticas desejáveis,
homogeneidade na lavoura e plantas sadias, produtores da região Sul
de Santa Catarina têm observado uma grande desuniformidade nas
lavouras destas. Portanto, este projeto vem de encontro aos anseios
destes produtores, que representados pela COPAGRO (Cooperativa
Agropecuária de Tubarão), procuraram a Unisul para formar uma
parceria que vise ao desenvolvimento de métodos de melhoramento
vegetal para esta espécie.A biotecnologia vegetal tem apresentado,
nas últimas décadas, uma evolução muito rápida e tem despertado o
interesse na maior parte dos países. A cultura de tecidos é importante
não somente por ser a área da biotecnologia que tem atualmente a
maior aplicação prática na agricultura, mas também por ser uma
ferramenta muito versátil para o estudo dos problemas básicos e
aplicados da fisiologia e bioquímica das plantas, além de se constituir
na ponte fundamental para levar as manipulações genéticas desde o
laboratório até o campo, onde desempenhará seu objetivo maior e
final. A multiplicação in vitro tem como objetivo a produção de plantas
em grande escala, com qualidades morfológicas e fisiológicas assim
como, o mínimo de variação somaclonal. Estes objetivos são
alcançados através do controle da composição do meio, das condições
da planta matriz, considerando a qualidade e origem dos explantes .
Devido a este fato, a micropropagação da espécie é uma alternativa
para obtenção de espécies uniformes, livres de agentes patogênicos,
com características genéticas desejáveis viabilizando assim uma
incrementação na produção e regional e lavouras com maior
produtividade por área.
A medida que foram sendo feitos os primeiros tratamentos, como o 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8
e 9, observou-se que as gemas axilares utilizadas no isolamento, além de
contaminarem (acontecimento normal na busca por estabelecer o protocolo de
isolamento), elas oxidavam e adquiriam uma coloração escura, fenômeno este que
é descrito na literatura como um dos problemas que afetam algumas plantas no
processo de isolamento (figura 1). Para reverter este quadro, buscou-se utilizar no
processo de isolamento antioxidantes (os ácidos cítrico e ascórbico) e alternativas
como a repicagem no escuro. Porém após os explantes serem estabelecidos na
sala de crescimento, notou-se a morte e a oxidação dos mesmos, mesmo após o
tratamento acima citado, No entanto, observou-se que os tratamentos de número
6,10 e 11 possibilitaram a não contaminação dos meios, bem como dos explantes
utilizados para o cultivo in vitro de palmito, conforme podem ser observado nas
figura 2, 3 e 4. No caso do tratamento 6, conforme mostra a rota metabólica do
processo de isolamento in vitro de segmentos nodais de palmito, os bons resultados
em relação ao controle da contaminação dos explantes e meio de cultura, podem
estar associado a dupla lavagem com ácido cítrico, intercalado pelo uso do
detergente tensoativo Twen 20%, finalizando sempre com a utilização do hipoclorito
de sódio. Os antioxidantes químicos notadamente utilizados em diversos protocolos
são: carvão ativado, ácido ascórbico, ácido cítrico e PVP.O ácido cítrico é
considerado um ácido fraco, utilizado como conservante natural (antioxidante),
sendo conhecido como acidulante INS 330. Já, nos tratamentos 10 e 11, o controle
da controle da contaminação dos explantes e meio de cultura, parecem relacionarse, além do uso do ácido cítrico, a utilização em dois momentos do detergente
tensoativo Twen 20 %. O Twen 20% é um polioxietileno, tensoativo hidrofílico,
geralmente solúvel em água, utilizado como agente dispersante ou solubilizante de
óleos.
Figura 1- Contaminação no tratamento 2
Objetivos.
O projeto visa o desenvolvimento de protocolos iniciais para obtenção de
plantas monoclonais de Archontophoenix alexandrae através da cultura in
vitro de segmentos nodais.
Figura 2- Contaminação no tratamento 6
Metodologia
Desinfecção: Utilizar-se-á gemas axilares de plantas previamente cultivadas
em viveiros da Região de Tubarão, submetidas à limpeza prévia com TWEEN
20% (Baixa), água corrente, água destilada, álcool em diversas
concentrações, produtos antioxidantes (ácido ascórbico, ácido cítrico, cloreto
de sódio e outros), métodos físicos de inativação enzimática
(branqueamento) e posteriormente desinfecção em câmara de fluxo
utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% de cloro ativo durante minutos que
serão estabelecidos. Para concluir a fase de desinfecção o material foi
lavado com água destilada, fazendo sucessivos enxágües. Isolamento:
Após o processo de desinfecção, as gemas foram inoculadas individualmente
em tubos de ensaio (20 x 150mm), contendo meio basal de Murashige &
Skoog (1962) (MS0), acrescido de 3% de sacarose e solidificado com 0,25 %
de Phytagel. Todos os meios de cultura tiveram seu pH ajustado para 5,8 e
serão autoclavados por 30 minutos a 1,1kgf/cm2 e temperatura de 25°C.
Ambiente de cultivo:As culturas foram mantidas em sala de crescimento
apropriada, submetidas a fotoperíodo de 12 horas providos por lâmpadas
fluorescentes Phillips TDL com intensidade luminosa de 23µmol.m-1.s-1, à
temperatura de 25°C+/- 2°C, e umidade relativa em torno de 70%.
Multiplicação in vitro: Segmentos nodais isolados das plântulas deveriam
ser subculturados no meio de cultura descrito anteriormente. Aclimatação: A
transferência das plantas, das condições assépticas encontradas no
laboratório para condições heterotróficas, típicas da cultura de tecidos para o
crescimento em ambiente externo deveria ser realizada gradativamente e
cuidadosamente, para garantir a sobrevivência das plantas.
Figura 3- Contaminação no tratamento 10
Figura 4- Contaminação no tratamento 11
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