ESTABELECIMENTO IN VITRO DE REBENTOS DE Agave sisalana PERRINE
FABIO RIBEIRO GARCIA1; MOEMA ANGÉLICA ROCHA CHAVES2; CRISTINA
FERREIRA NEPOMUCENO2; MARIA ANGELICA PEREIRA DE CARVALHO
COSTA3; FRANCELI DA SILVA3; ANA CRISTINA FERMINO SOARES3; ILA
ADRIANE MACIEL DE FARO4
1
Engenheiro Agrônomo, doutorando em Ciências Agrárias, Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, [email protected];
2
Bolsita PNPD Fapesb-Capes, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia;
3
Professor do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, Brasil;
4
Estudante de graduação em Agronomia, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
O Brasil é considerado o maior produtor e exportador de sisal do mundo e o seu plantio
tornou-se uma das atividades econômicas mais importantes na região do semiárido
baiano. Embora esta cultura desenvolva um papel de grande importância no país, nos
últimos anos, vem sofrendo queda na área plantada e na produtividade. Uma das causas
desse declínio se dá devido a uma doença denominada podridão vermelha ou podridão
do tronco, causada pelo fungo de solo Aspergilus niger. No estabelecimento in vitro um
dos principais problemas é a contaminação, sobretudo quando a fonte de explante é
procedente de material de campo, que pode apresentar altas taxas de contaminação por
fungos e/ou bactérias. O objetivo desse trabalho foi estabelecer condições ideais de
desinfestação para introdução in vitro dessa espécie. O ensaio foi desenvolvido no
laboratório de Recursos Genéticos Vegetais da Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia, localizado no Campus de Cruz das Almas. Como fonte de explante foram
utilizados rebentos de Agave sisalana. Em câmara de fluxo laminar os explantes foram
imersos em álcool 70% por 1 minuto, seguido de imersão em hipoclorito de sódio a
2,5%, 2:1 (v/v) por 20 minutos, seguindo de imersão em solução de Carbendazim a 0,0,
0,1%, 0,2% ou 0,3% por 10, 20 ou 30 minutos, seguido de três lavagens em água
destilada autoclavada. Após a desinfestação os explantes foram reduzidos para
aproximadamente 2 cm de comprimento e em seguida inoculados em tubos de ensaio
contendo 10 mL de meio de cultura ½ MS. O pH do meio foi ajustado para 5,7± 0,1
antes da autoclavagem à temperatura de 120°C por 20 minutos. As culturas foram
mantidas em sala de crescimento com temperatura de 25 ± 2ºC, densidade de fluxo de
fótons de 22 µmol m-2 s-1 e fotoperíodo de 16 h luz dia-1 onde permaneceram por 15
dias, após este período os explantes foram transferidos para um novo meio. Após 30
dias foi avaliada a porcentagem de contaminação. Foi verificado que as concentrações
de Carbendazim testadas em conjunto com os diferentes períodos de imersão dos
explantes contribuíram para a redução da taxa de contaminação in vitro de Agave
sisalana, sendo que a concentração de 0,3% combinada com 30 minutos de imersão dos
explantes apresentou a menor porcentagem de contaminação.
Palavras-chave: Desinfestação; Rebentos; Fungicida; Cultura de tecidos.
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ESTABELECIMENTO IN VITRO DE REBENTOS DE Agave sisalana