AVALIAÇÃO DE TRÊS MEIOS NUTRITIVOS NO CULTIVO IN VITRO DE
EXPLANTES FOLIARES DE CAPRARIA BIFLORA L.
Gabriela de Carvalho Fernandes (1), Rosa Elayne Marques de Freitas (2), Maria Izabel Gallão (3), Fábio Rossi
Cavalcanti (4), Cristina Paiva da Silveira Carvalho (5)
1. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil
2. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil
3. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Biologia, Fortaleza, CE, Brasil
4. Universidade Federal do Piauí, Departamento de Engenharia Florestal, Bom Jesus, PI, Brasil
5. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil
Capraria biflora L. (Scrophulariaceae) é uma planta arbustiva conhecida popularmente como
chá-do-rio que acumula, em suas raízes, uma naftoquinona com propriedades antibióticas e
antitumorais denominada biflorina. Este composto é sintetizado em concentrações muito
baixas, sendo necessário aproximadamente 500 g de raiz para obter 100 mg da substância.
Este trabalho tem como objetivo testar três diferentes composições nutricionais que
favoreçam o processo de rizogênese a partir de folhas de C. biflora e o acúmulo de biflorina.
Explantes foliares obtidos de plantas após dois meses da semeadura in vitro foram cultivados,
por quatro semanas, em placas de Petri contendo os meios de cultura MS, B5 e SH. Todos os
meios foram suplementados com 0,5 mg/L de ácido indolil-3-acético (AIA). As culturas
foram mantidas em câmara de C. O experimento foi conduzido 2 germinação, sob
fotoperíodo de 12 horas a 25 em delineamento inteiramente casualizado, com dez repetições
por tratamento, cada repetição composta por uma placa de Petri contendo dez explantes. Após
uma semana de cultivo, o meio mais favorável à formação de raízes foi o SH, resultando em
87% dos explantes com formação de raiz. Este meio também foi o mais favorável à formação
de raízes secundárias a partir da segunda semana. Ao final de quatro semanas, o percentual de
explantes com formação de raízes variou entre 96 e 99% nos três meios. A ocorrência de
pigmentos vermelhos nas raízes, um indicativo do acúmulo de biflorina, foi detectada em 66%
dos explantes cultivados em meio SH, 68% dos explantes cultivados em meio B5 e 1% dos
explantes cultivados em meio MS. Além de raízes, calos e brotos foram formados,
preferencialmente, nos meios MS e SH respectivamente. Dentre as principais diferenças entre
os meios MS e SH, destacam-se: ausência de nitrato de amônio, presença de fosfato de
amônio e maiores concentrações de mio-inositol, ácido nicotínico e tiamina. Em relação aos
meios MS e B5, destacam-se, além da ausência de nitrato de amônio, a presença de sulfato de
amônio e de fosfato de sódio e a elevada concentração de tiamina do meio B5. Apesar de ser o
meio de cultura mais empregado para efeito de micropropagação, o meio MS foi o menos
favorável em induzir rizogênese e em favorecer o acúmulo de biflorina. Os resultados levam a
concluir que o meio SH e o meio B5 são os mais favoráveis ao cultivo de tecidos de C.
biflora. (CNPq, Banco do Nordeste)
Palavras-Chave: Sais MS, B5 e SH, Scrophulariaceae, Chá-do-rio
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