1:;f.f' Universidade Tuiuti do Parana FACULDADE DE ClENCIAS Curso TERMO NOME DO ALUNO: LEILA GELDELINA HUMANAS, LETRAS E ARTES de Pedagogia DE APROVA<;:AO BODNAR FERREIRA DOS SANTOS o solo como eixo de articula~;jo transdisciplinar: A identidade do aluno com a ambiente. TITULO: TRABALHO DE CONCLUSAO PARA A OBTEN<;:AO PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FACULDADE TUIUTI DE CIENCIAS __ HUMANAS, .I ciL( ....~{···, MARIA CI'rISTINA : .. BORGES DA SILVA ORIENTADOR ',-..) iiiIlll: ,~\.l. PROF(a). OLGA MARIA SILVA MATTOS MEMBRO DA BANCA' L{_ "~~7c..-'•.: <(....<PROF(a) MAILDE MEMBRO DATA ADELIA u:;J._ : " CASAGRANDE DA BANCA 08/12/2004 MEDIA: __ 1._2" _ CURITIBA - PARANA 2004 COMO REQUISITO PARCIAL EM PEDAGOG lA, DO CURSO AVALlA[;),O,RA: t. '- PROF(a). APROVADO DE LlCENCIADO DO PARANA. MEMBROS DA COMIS;;AP I. DE CURSO DO GRAU LETRAS E ARTES. DE DA o SOLO UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Leila G. Bodnar Ferreira dos Santos COMO EIXO DE ARTICULACAO A IDENTIDADE DO ALUNO Curitiba 2004 TRANSDISCIPLINAR: COM 0 AMBIENTE Leila G. Bodnar Ferreira dos Santos o SOLO COMO EIXO DE ARTICULACAo A IDENTIDADE DO ALUNO TRANSDISCIPLINAR: COM 0 AMBIENTE Trabalho de Condusio de Curse apresentado ao curse de Pedagog!a, do setor da Faculdade de Ci6ncias Humanss, Letras e Artel da Universidade Tuiuti do Parana como requisite parcial para it obtenr;.io de grau de Pedagogia com ~nfase em SupelVisio, Gestio e Docencill na EducayAo Infantil e Series lniciais. Professor Silva. Curitiba 2004 •. Orientadora: Maria Cristina Borges da iii DEDICATORIA A todos os professores que por sua atua,ao plantaram sementes de conhecimento fazendo brotar em mim ideias e ideais, principalmente Il Professora, Mestra e Amiga Maria Cristina Borges da Silva por sua orienta,ilo especial e por sua confian,a em meu trabalho e por tudo de bom que tem feito aconteeer em minha vida .. iv AGRADECIMENTOS o presente traba/ho pretende pe/a co/abora,80 justificar e co/abora9/:Jes, rede de inten,l:Jes de assumir que pnoporcionou Gerson, a todos sabre alfabetizat;80, os companheinos e desarticu/ada meus dois preciosos um ambiente a minha Pessoa as co/egas e de uma Roberto domestico mae por todo apoio a meus irmaos Ivan, Airton e de tunna de gradua,ao, principa/mente E/iz8nge/a a,ilo e pnomover mais tempo aos meus estudos, e contrepontos, Oliveira, agrade9D responsabilidades logistico e pelos conselhos discussl:Jes que nenhuma portanto, Cannen por suas ideias, Henriques, a Debora Chavinski Xavier. Kamylla v SUMARIO INTRODUCAO 10 1.1 JUSTIFICATIVA 1.2 OBJETIVOS 10 1.2.1 Objelivo 1.2.2 Objelivos 2 METODOLOGIA 3 FUNDAMENT ACAO TEORICA 3.1 FASES DE DESENVOLVIMENTO.. 3.2 INTELIGENCIA 3.3 ENSINO, SOCIEDADE 3.4 ESCOLA 3.5 EDUCACAO. 3.6 DISCIPLINARIDADE 3.7 PLURIDISCIPLINARIDADE . . 11 . Geral.. Especificos .. 11 . 11 DA PESQUISA 12 15 . 16 . E NATUREZA. 16 .. . 17 .. 18 .. . 3.8 INTERDISCIPLINARIDADE. 3.9 TRANSDISCIPLINARIDADE 3.10 A EVOLUCAO 3.11 OS QUATRO 3.11.1 Aprender a conhecer 3.11.2 Aprender a fazer . 19 .. . 19 .. 20 . . DA DISCUssAo 20 . EDUCACIONAL PI LARES DA EDUCACAo 21 21 . . . 23 .. 24 .. 25 3.11.3 Aprender a viver junto, aprender a viver com os Qutros .. 3.11.4 Aprender 3.12 A LEGISLACAO DA EDUCACAO 3.13 PARAMETROS CURRICULARES 3.14 OS PCN'S E A EDUCACAo AMBIENTAL 3.15 A VISAO SIST~MICA 0 ENSINO 3.16 UMA NOVA CUL TURA AMBIENTAL 32 3.17 MEIO AMBIENTE 35 3.18 FORMACAO 4 SUBSIDIOS 4.1 SOLO. ................... PARA .................... AMBIENTAL NACIONAIS . . . 28 . 29 . COMO TEMA TRANSVERSAL FORMACAO DE PROFESSORES 27 . DE PROFESSORES A 25 ............... 26 a ser . 30 36 .. """""""""."""",,44 .. 44 vi 4.2 ESTUDANDO 4.3 A IMPORTANCIA 0 SOLO. . 4.4 CARACTERjSTICAS 4.4.1 G~nese 4.4.2 Produtos 4.4.3 Classificayao 4.4.4 Solos Tropicais 4.4.5 Os Solos Brasileiros 4.4.6 Recursos Minerais e econOmicos . 4.4.7 Depositos 4.4.8 Bacia do Parana .. .45 DO SOLO E SUA PRESERVA~Ao IMPORTANTES .46 . DO SOLO. .............. 50 do Solo . do Intemperismo . . 61 do Solo. . . ............... . Lateriticos A PRATICA .46 . POliTICO 64 64 ................... 66 . . 66 .............. . ESCOLAR. 62 PEDAGOGICO 68 70 . PROJETO 5.2 A ABORDAGEM 5.3 METODO DE AVALlA~Ao 6 ANALISE DE CAS OS 6.1 ESCOLA MUNICIPAL 6.2 CENTRO DE INTERA~AO 6.3 ESCOLA MUNICIPAL 6.4.1 Projeto 6.4 ESCOLA MUNICIPAL 6.4.1 Projetos Desenvolvidos 7 DISCUssAo 82 8 ANALlSE 83 9 RECOMENDA<;:OES 84 10 CONCLUsAo 86 11 GLOSSARIO 91 12 REFERENCIAS 93 DO SOLO NO LlVRO .... 70 5.1 70 DIDATICO DO RENDIMENTO ESCOLAR 71 73 DURIVAL BRITO E SILVA 73 ILHA DO MEL.. DONATILA CARON . DOS ANJOS.. Desenvolvido.. DOM MANUEL DA SILVEIRA D'ELBOUX 73 . 74 . 74 75 75 vii LlSTA DE FIGURAS FIGURA 1 - ESTRUTURA FIGURA 2 - FORMACAO INTERNA DA TERRA.. GEOLOGICA . .47 DO TERRITORIO FIGURA 3 - PERFIL DE AL TERACOES FIGURA 4 - PERFIL HIDROLOGICO FIGURA 5 - GRAFICO FIGURA 5A - MAPA DE DISTRIBUICAO FIGURA 6 - INFLUENCIA FIGURA 7 - SOLOS FIGURA 8 - UNIDADES FIGURA 9 - LATOSSOLO FIGURA 10 - ROCHA VULcANICA .48 E HORIZONTES DO SOLO 52 .. . DE DISTRIBUICAO DO CLiMA 56 DO INTERPERISMO 57 NO INTERPERISMO.. DO CONTINENTE CLiMATICAS 54 DO INTERPERISMO AMERICANO.. . 63 DO BRASIL.. . 67 NA BACIA DO PARANA.. . NA BACIA DO PARANA.. FIGURA 10A-CORTE FIGURA 11 - TERRARIO FIGURA 12 - ESCUL TURA ECOLOGICA.. FIGURA 13 - MINI JARDIM.. FIGURA 14 - PAIS NA ELABORACAO FIGURA 15 - OFICINA DE COMPOSTAGEM FIGURA 16 - PLANTIO DO PINHEIRO.. FIGURA 17 - TRABALHO 60 . . 68 69 AA 69 77 . . DO JARDIM.. EM MUTIRAO.. .. 77 78 . 78 . 80 . . 80 81 viii LlSTA DE TABELAS TABELA 1 - CLASSIFICA<;AO DO SOLO UTILIZADO PELA EMBRAPA 65 ix RESUMO Os Parametros Curriculares Nacionais recomendam que seja oferecido a todas as crianc;as brasileiras acesso aos recursos culturais relevantes para a conquista da cidadania. Tais recursos incluem tanto dominios do saber tradicional, presentes no trabalho escolar, quanta preocupac;Oes contemporAneas como meio ambiente, com a saude, com a sexualidade e com questOes eticas relativas a igualdade de direitos, a dignidade do ser humano e a solidariedade. Foram avaliados quatro projetos pedag6gicos de escolas que incluiam as questOes ambientais assim como suas aplicac;6es e condutas em diferentes situac;6es. 0 estudo discute como formar uma nova cultura ambiental, fundamentada no conhecimento cientifico desde a educaC;ao infantil e ensino fundamental, enfatizando 0 estudo do solo como tema principal na descoberta e analise ambiental, para poder estabelecer 0 conhecimento do ambiente como parte do todo. Eo de fundamental importancia na forma~ao de professores 0 conhecimento cientffico acerca do ambiente e do solo, e fundamentos filos6ficos do pensamento ambiental. 0 trabalho propOe 0 conhecimento sobre 0 solo e a necessidade da pratica din~micana escola, a experimenta~o de conceitos te6ricos de conteudos programaticos curriculares do ensino fundamental e medio. Com isso espera-se despertar no individuo a integraC;aoentre 0 ambiente escolar e o meio ambiente. A pesquisa pretende contribuir com uma proposta de trabalho pedag6gica, utilizando como eixo 0 estudo do solo de forma transdisciplinar utilizando-o como fundamento de identificac;:aodo aluno com seu ambiente. Palavras-chave: Ensino, Transdisciplinaridade, Nova Cultura Ambiental, Educa~ao Ambiental, Solos, Cidadania. 10 1 INTRODUC;:AO 1.1 JUSTIFICATIVA Esta pesquisa vern sendo construida no decorrer da graduay~o e durante as disciplinas e as estagios necessidade ern promover de pesquisa e pratica pedag6gica. percebendo assim a uma cultura ambiental de forma transdisciplinar, desde a educayao infantil, ensino fundamental e medio, enfatizando 0 estudo do solo como tema principal a ser abordado e trabalhado dentro e fora de sala de aula. 0 trabalho buscou diversos autores e seus pontos de vista diante da educay~o ambiental, bern como a necessidade da pratica e de como esta pratica pade ser dinamica e realmente executada em sala de aula. Uma Ionma diferente de abordar a educay~o atraves de recursos disponiveis ambiental, o estudo do solo pade vir a ser 0 escolar. no ambiente marco inicial para integrar seu ambiente, a tim de apresentar uma concepc;ao geografico e observado como socialmente produzido, ou seja, espac;o real, concreto, 0 individuo ao cientifica onde 0 0 espa90 meio ambiente e urn e organizado par homens igualmente reais e concretes interagindo e sendo parte integrada deste complexo sistema. Os Para metros Curriculares Nacionais recomendam que seja oferecido a todas as crian9as brasileiras pleno acesso aos recursos culturais relevantes para a conquista de sua cidadania. Tais recursos incluem tanto os dominios do saber tradicional presentes no trabalho escolar do ensino fundamental, quanto as preocupa<;Oes contemporaneas como meio ambiente, com a saude, com a sexualidade e com questOes Iltica. relativas a igualdade de direitos, a dignidade do ser humano e a solidariedade. o estudo do solo e uma ferramenta de grande valia para trabalhar a transdisciplinaridade, sendo uma proposta a experimenta<;a.ode conceitos te6ricos. A pesquisa se justifica por entender que h8 real necessidade de discutir e avaliar como sa.o as praticas utilizadas no ensino de solos, e desta forma poder contribuir com 0 processo de ensino e aprendizagem, de modo a despertar no individuo uma integra<;a.ocom 0 meio escolar, numa perspectiva que va ah~m de perceP9ao de conserva<;a.o e preserva<;ao do solo e da natureza, mas tam bern possibilidade de relacionar a integral'~o do aluno com 0 salientar a seu meio ambiente. 11 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Compreender se ha sensibilizaylio e ila,80 do individuo a uma visao de totalidade, identificando a homem como parte integrante do meio ambiente, tornado a ambiente escolar propicio a realiza,ao de atividades prilticas de utilizaylio e preserva,ao da natureza como lerramenta pedag6gica; 1.2.2 Objetivos E passive I Existem escola 0 Especificos estudo do solo como marco recursos dinamicos sem causar Ha metodologias e praticos custos ou deslocamento disponiveis inicial para a transdisciplinaridade? que poderiam ser apresentados na dos alunos? em que as educadores possam apoiar-se? Na lorma,ao universitaria dos prolessores, e tambem dos profissionais que atuam em disciplinas como ciencias possibilidade de conhecimentos e suas dintlmicas, bern como experimentais 0 que e basicos aces so solo oferece? educa<;ao ambiental, sobre a 9ama solo, sabre esta presente sistemas de possibilidades a ambientais pedag6gicas e 12 2 METODOLOGIA Para DA PESQUISA a elaborac;ao da pesquisa fcram utilizados varios referenciais sabre a tematica ambiental, sabre as varias correntes pedag6gicas, se conhecimento cienHfico sabre 0 solo, assim te6ricos e ainda buscou- como suas abordagens nos diversos niveis de ensina. Foram Sendo que 0 denominada 2001, avaliados quatro projetos que envolviam questOes ambientais esta~elecimentos de ensina da cidade de Curitiba e em diferentes diferentes primeiro Coronel ocorreu Durival na escola Brito e Silva, da Rede Municipal localizada de Ensino de Curitiba, no bairro do Cajuru, no ana de na disciplina de Pesquisa e Pratica Pedagogica - Contexto Educacional, possibilitou conhecer a realidade daquele ambiente, observar de epocas. 0 e reconhecer que as problemas ambientais que aletavam aquele contexto, entre eles a necessidade de corte de arvores do tipo Pinus Eliotti, pois as quantidades de folhas secas estavam entupindo 0 da eseola e no estacionamento sistema de drenagem de aguas pluviais e causando enchentes dos professores. Outro problema ambiental no patio ocorrido na epoca loi despejo de residuos de 61eos de lavagem de pe9as de motores de locomotivas lan<;:adossem tratamento, diretamente em c6rrego pr6ximo a escola. Sendo passivel observar quais as encaminhamentos dados pela eseela para equaciona-Ios. o segundo projeto avaliado foi no Centro de Intera9ao Ilha do Mel, localizado na area de invas~o e assentamento denominado Moradias 19U89U, situado as margens do Rio Igua9u no Bairro Uberaba, no ano de 2002, atendendo a disciplina de Pesquisa e Pratica Pedagogica em Educa9aO Infantil - Estagio Supervisionado; e tambem a disciplina Metodologia da Pesquisa cujo enloque direcionava-se 6 anos. ao meio ambiente. Neste A referida eseela espac;o foi passive I conhecer atende e avaliar criancras carentes problemas de 2 a ambientais enlrentados pela escola e comunidade, assim como a realiza9ao de a90es direcionadas o a tematica ambienta!. terceiro projeto avaliado foi na escola Donatila Caron dos Anjos, localizada no bairro Uberaba, as margens do Rio Belem, no ano de 2003, atendendo aos dispostos requeridos pela disciplina Pesquisa e Pratica Pedag6gica nas Series 13 Iniciais - Estagio Supervisionado; e a aplicac;ao de projeto solicitado pela discipHna Ensino das Ci"lncias Naturais - Conteudos e Metodologia, cujo tema foi a horta na escola; e a elabora,ilo de projeto de pesquisa para a disciplina de Metodologia da Pesquisa - Pradu,ao Cientifica cujo tema trabalhado foi Educa,ao Ambiental. o quarto projeto avaliado foi possibilitado por contato estabelecido a partir de visita tecnica a escola Dom Manoel D'Elboux, localizada no bairro Alto da XV, no ano de 2004, cnde foi passivel Percebeu-se cultura observar ac;6es e uma cultura ambientais ambiental efetivas, como a ativa e participativa. conscientiza9~o da comunidade escolar a respeito do talude na lateral da escola que estava submetido a processo erosao pela ayao de alunos estarem de transitando e correndo sobre 0 mesmo, provocando 0 descal,amento e possivel queda do mura de divisa da escola. Tal consci~nciaprovocou a execw;:ao voltado fotos do relata. de mobiliza~o dos alunos, pais e comunidade contenc;ao com meios 1550 desencadeou escola, como a pesquisa outras da origem naturais existentes ac;Oes ambientais, de lixo no entorna para mutirao no local conforme inclusive da escola, externas deixado a por catadores de papel, que faziam a sele,ilo do material recolhido em area em frente a escola, deixando abandonados ali 0 rejeito da sua coleta diaria. o Projeto de Extensao Universitaria - Solo na Escola - promovido pelo Departamento de Solos e Engenharia Agricola, Setor de Ci~ncias Agrarias da Universidade Federal do Parana possibilitou embasamento tecnico cientifico sobre solo e sua utilidade como recurso didatico. Durante participa,ao no II Congresso Mundial de Educa,ao Ambiental, realizado de 15 a 18 de setembro de 2004, na cidade do Rio de Janeiro, onde 0 presente trabalho foi apresentado ao Grupo de Trabalho numero 4, que discutiu Educa,ao Ambiental como tema transversal, chegou-se a conclusao que Meio Ambiente ensino e urn tern a que deve permear fundamental e media, sendo a pratica escolar disciplina como uma nova cultura, que deveria tornar-se obrigatoria no na forma,ao de profissionais ligados a educa,ao e tambem aos profissionais que trabalham com educa,ao ambiental ou ainda de prafissionais de outras ci~ncias inclusive sistemica, as exatas em que sofre interferEmcia e medicas, 0 homem de nossas para que seja visto como proprias acOes, seja estabelecida uma nova cultura parte de urn universo que interv~m e que as condic;oes de vida e saude e 14 Por todas essas observa¢es, e fundamental proporcionar aos profissionais da educac;lla e aas que trabalham cem meia ambiente, entre eles pedagagas, prafessares de hist6ria, geagrafia, bialagia, quimica, matematica, fisica, agronamia etc., uma disciplina curricular valtada para farrnac;lla cientifica de fundamentas sabre solos e suas caracteristicas bem como fundamentac;ao teorica voltada para principios filos6ficos com enfoque ambiental sistemico, capazes de consolidar essa nova cultura ambiental. Proporcionar formac;ao a todos as professores fundamental e media, para harmonizar e homogeneizar que atuam as fundamentos no ensina e criterios filas6ficas e te6ricas utilizadas na sua pratica, cam essa nava cultura ambiental sistemica, para embasar a forma<;ao do aluno nessa nova cultura. 15 3 FUNDAMENTACAO TEORICA Quando pensamos em Educa9i!0 Ambiental, projetos pedag6gicos e ambientais ou ainda temas transversa correntes pedag6gicas que nao podemos is, envolvem 0 esquecer das diversas processo ensino-aprendizagem. A Pedagogia tem orientado a pratiea edueativa baseando-se em estudos de autores consagrados no ambito Ambiental, tambem educacional. Assim, ao usarmos 0 termo Educa9~o nos reportamos a educa9~o formal e informal e a suas praticas. Oesta forma, faz-se necessario retomar algumas das teorias que permearam cotidiano escolares nas mais diversas fases do desenvolvimento 0 educacional. Eby (1962) destaea os principios educacionais e as contribui90es de Pestalozzi (1746-1827) e relata quando ele democratizou a educa9ao proclamando 0 direito da crianc;a de acesso a educa9~o e de ter garantido desenvolver plenamente. e pratica da educaC;ao Pestalozzi sejam defende baseadas a 0 direito de se escola publica e sugere que a teoria principios: 0 desenvolvimento nos seguintes e organico, sendo que a crian9a se desenvolve por leis definidas, a grada,i!o de tal processo deve ser respeitada; sensorial e fundamental objetos; a mente Ii 0 metoda deve seguir a natureza, a impress30 e os sentidos devem estar em contato direto com os ativa {grifo meu]; disponibiliza recursos para 0 0 cresci men to professor e comparado ao jardineiro que de suas plantas. Para ele a educac;ilo e meio de aperfeic;oamento individual e social, e conceitua a disciptina como sendo baseada na boa vontade reciproca e na coopera~o entre aluno e professor; propoe a utilizac;:lode recursos didaticos e metodot6gicos; a formac;ao de professores e 0 estudo da educac;ao como cil!ncia. Ele acreditava que a escola deveria aproximar-se de uma casa bem organizada, porque 0 lar era a melhor institui9i!0 de educa9ao, capaz de fornecer embasamento para a formac;:lomoral, politica e retigiosa. FrOebel (1782-1852) segundo Eby (op cit) trabalhou com Pestalozzi, e embora influenciado por ele, formulou seus pr6prios principios educacionais, entre eles a enfase no brinquedo, a atividade ludica, a importancia da familia nas rela90es humanas, valoriza excursoes e contato com a natureza. FrOebel em sua obra "A educa9i\o do homem", escrita em 1826 (Apud Eby, 1962) afirma que a educa9i\o e 0 processo pelo qual 0 individuo desenvolve a condic;:lohumana consciente, com seus poderes funcionando harmoniosamente, em 16 rela9aOa natureza e a sociedade. Alem do mais era 0 mesmo processo pelo qual a humanidade se elevou acima do plano animal e continuou a se desenvolver ate sua condi~o atual. Implica tanto a evolu9aO individual como a universal. Este conceito de parte e todo foi refor9ado por Froebel. Para ele cada objeto e parte de algo mais geral e e tambem uma unidade. Nas rela90es humanas 0 individuo e para ele uma unidade, mas mantem uma rela9aOcom 0 todo. 3.1 FASES DE DESENVOLVIMENTO Ao interpretar Jean Piaget (1896-1980) (Apud Mussen et ai, 1974) e 0 seu objetivo de desvendar como se da 0 processo de aprendizagem, observando desenvolvimento de seus filhos, fazenda testes, entrevistas e experimenta¢es Qutras crianc;as de mesmas faixas etarias, 0 0 com autar concluiu que existem rases de desenvolvimento semelhantes que todas as crianc;as passam, cad a urna a seu tempo, porern numa sequencia regular. As fases pertinentes a ressaltar seriam: Operatorio-concreto - ( 7 a 11 anos) - Neste periodo a crian9a desenvolve no90es de lempo, espa90, velocidade, ordem, casualidade, sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade, mas ainda depende do mundo concreto para chegar it abstrac;c3o. Operat6rio-formal - (12 anos em diante) - As estruturas cognitivas da crian9a alcanc;am seu nivel mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar 0 raciodnio logiee a todas as classes de problemas. Ate alcanc;ardoze anos, ou seja, durante todo 0 periodo da educac;:aoinfantil e do ensino fundamental, a crianc;:anecessita do apoio da pratica concreta para compreender conceitos, proceder as reorganizac;:Oesmentais e utilizar as esquemas construidos para desenvolver a capacidade de abstrair do mundo real para 0 mental. 3.2 INTELIGENCIA A intelig~ncia para Wallon (1879-1962) e nesse sentido, a teoria do e gem,tica e organicamente social, desenvolvimento psicog~nese da pessoa completa (WALLON, 1989). cognitiv~ e centrada na 17 Quando reconstruiu seu 0 modele de analise ao pensar no desenvolvimento humano, estudando-o a partir do desenvolvimento psiquico da crianc;a. Assim, 0 desenyolvimento da crianr;a aparece descontinuo, marcado par contradi<;Oese confiitos, resultado da matura<;~o e das condi<;Oes ambientais, provocando altera<;Oesqualitativas no seu comportamento em geral. e centrado na crian<;a contextualizada, Wallon realiza um estudo que a ritmo no qual marcado par se sucedem rupturas, eta pas 35 retrocessos e e do desenvolvimento reviravoltas, provocando onde descontinuo, em cada etapa profundas mudanc;:as nas anteriores. Nesse sentido, a passagem dos estagios de desenvolvimento n~o se da linearmente, passagem Wallon par amplia~o, de aponta uma etapa mementos mas par reformulaC;::3o, instalando-se Dutra, crises que afetam a hist6ricos cnde se tenta explicar no momento a conduta da a inteligencia da crianc;:a. e como se opera a passagem entre a inteligencia latente e as constru<;6es variaveis da inteligfmcia suporte explicita. das movimentos, Ela naD consiste associac;Oes que enriquecendo-se se em estruturas constrtuem entre com os complexos puramente certas ja realizados materia is, torna·se impressoes e certes por suas respostas face as situa<;oes correspondentes. A apar~ncia de escolha que disso resultaria receberia a nome de intelig~ncia. Ao estudar profundamente a obra de Piaget, Wallon constroi sua teoria da cogni<;aoe aponta 0 periodo em que a crian<;apassa por uma fase pre-categorial, para depois, atraves da linguagem que aprende a falar, na forma de pensar propria a seu meio, a crianc;a pode adotar as mesmas classificac;Oes ou categorias de coisas e de causas. Portanto, a constru~o do pensamento se da nessa rela<;aodo objeto real com processes mentais anteriormente construidos e da reconstruC;2e desses processos para atender novas situa<;Oes(WALLON, 1989). 3.3 ENSINO, SOCIEDADE E NATUREZA. A teoria marxista teve infiu~ncia fundamental no pensamento de Vygotsky (1896-1934). De acordo com Marx, mudan<;as historicas na sociedade e na vida material produzem mudanc;as na "natureza humana" atingindo consci~ncia e 18 comportamento. Ao relacionar essa proposta geral a questOes concretas, reelaborou de lorma criativa as conceP90es de Engels sobre 0 trabalho humano e 0 usa de instrumentos como as meios pelos quais 0 homem transforma a natureza e ao lazll-Io, translonma a si mesmo. Vygotsky (1988) explora 0 conceito de instrumento concordando com Engels de que a especializa9aO da mao - que implica instrumento e rea.;ao 0 instrumento implica a atividade humana especilica, possibilita a transformadora do homem sabre a natureza. Em sua interpretay~o, usa a natureza externa, mudando-a pela sua presenya; 0 0 animal homem atraves de suas 8<;oe5, faz com que a natureza sirva a seus propositos, dominando-a. Conclui que essa e a distin<;:ao final e essencial entre 0 homem e Qutros anima is. Vygotsky estende este concerto de media9ao na intera9ao do homemambiente pelo usa de instrumentos, ao usc de signos. Tais sistemas - linguagern, a escrita, numeros - assim como 0 sistema instrumental criado pelo homem ao longo da historia humana e que mudam a lonma social e 0 nivel de desenvolvimento cultural. Ele acredita que a internaliz8<;ao de sistemas de signos produzidos culturalmente provocam transforma90es comportamentais e estabelecem elos entre formas iniciais e tardias do desenvolvimento individual. Assim, para Vygotsky, 0 mecanisme da mudanc;a individual ao longo do desenvelvimento tem sua raiz na sociedade e na cultura (VYGOTSKY, op. Cit. 1988). 3.4 ESCOLA Ao longo da historia do desenvolvimento do homem no planeta, Harper (op cit., 2003), existiram sociedades sem escola institucionalizada. Na sociedade africana pre-colonial, educar-se significava viver a vida cotidiana da comunidade, plantar, participar das cerimOnias coletivas, escutar da boca des mais velhos as historias da tradi9iio oral. "A pnltica educativa consistia na aquisi9aO de instrumentos de trabalho e na interiorizac;~o de valores e comportamentos, enquanto 0 meio ambiente em seu conjunto era um contexto permanente de lonma9ao· (HARPER, p.23, 2003). Nilo havia prolessores, todo adulto ensinava. Aprendia-se a partir da propria experillncia e da experillncia dos outros. Aprendia-se lazendo, inseparavel 0 saber, a vida e 0 trabalho (HARPER, op cit). 0 que tornava 19 3.5 EDUCA9Ao Somente a partir da Idade Media, na Europa, a educa"ao tornou-se produto da escola e urn conjunto de pessoas (em sua malaria, religiosos) especializou-se na transmissao do saber. A atividade de ensinar passou ent~o a se desenvolver em espac;os especificos, cuidadosamente isolados do mundo dos adultos e sem rela9~o com a vida de todo dia. tambem a se cada vez mais fragmentado. Passou (HARPER, P 26, 2003). 3.6 DISCIPLINARIDADE Para conhecimento Morin, disciplina cientifico e e que definida como uma institui nesse conhecimento especializa~ao do trabalho respondendo categoria a diversidade de dominios que a organiza divisao e 0 a que as ciencias recobrem. Apesar de estar conjugada nurn ambiente cientifico amplo, uma disciplina tende naturalmente a autonomia pela delimita~ao de suas fronteiras, pela linguagem particular que estabelece, pelas tecnicas que elabora au utiliza e pelas teorias que Ihe sao proprias (MORIN, 2002). A organiza~ao disciplinar foi instituida no saculo XIX, principalmente com a formaC;ao das universidades modernas e desenvolveu-se no seculo xx com 0 progresso da pesquisa cientffica. Isso mostra que as disciplinas t~m uma hist6ria: nascimento, institucionaliza~ao, evolu"ao, decadencia. Esta hist6ria inscreve-se na historia da educa~ao e inscreve-se na hist6ria da sociedade. Ainda no mesmo ensaio, 0 autor adverte para a hiper-especializayao do investigador que a institucionalizayao disciplinar acarreta, e do objeto estudado, sob objeto com 0 0 0 risco da "coisificay:IO" risco de esquecer as liga~oes e solidariedades deste universe do qual faz parte. A fronteira disciplinar isola a disciplina em rela~ao as outras e em rela"ao aos problemas que ultrapassam as disciplinas. Morin (op. Cit., 2002), propoe uma abertura no olhar, que se comporte como o olhar ingenuo de um amador estranho a disciplina que resolve um problema cuja soluyao era invisivel a ela pr6pria, por nao conhecer os obstaculos que a teoria existente estabelece. 20 Nicolescu (1999) nAo tern precedentes conhecimento pequeno Po rem e a que grande, de nossa lado humano, e conhecemos significado social. E do universa, antes sobre se acelerada conhecimento a expansao do do infinitamente ao infinitamente e dos sistemas longo. naturais nos cada vez rna is lange nossa felicidade pergunta como mais nos afastamos de nossa vida e de nossa morte. proliferac;:ao curto Universo 0 dos saberes permitiu impensaveis: do infinitamente colocando autor 0 contemporAneo A disciplinaridade explorac;::fIo de escalas ao infinitamente afastam crescimento 0 humana. a soma dos conhecimentos individual 3.7 verifica na hist6ria explicar de nossa Questiona das disciplinas torne que quanta mais ess~ncia humana e do ainda como explicar que a cada vez mais ilus6ria a unidade do e do homem. PLURIDISCIPLINARIDADE Nicolescu estudo (op. cit., de urn objeto pesquisa 1999) define de uma mesma pluridisciplinar traz alga a mais a mais" esta a serviyo da disciplina 3.8 que pluridisciplinaridade e unica disciplina a disciplina diz por varias em questao, respeito ao disciplinas. A porem esse "alga original. INTERDISCIPLINARIDADE Para Nicolescu transferencia intedisciplinaridade, • • cit.,1999) a outra diz e prop6e tres respeito a graus de - A transferencia da epistemologia Grau de gera~Ao de novas disciplinas de particulas aplicados da matematica, teoria do caos. Portanto, a sua finalidade a utiliza~ao de metodos da fisica, levam a cria~ao de novos medicamentos; Grau epistemol6gico metodos para - em que, por exemplo, a medicina melhor compreensao fisica interdisciplinaridade disciplina que sao: Grau de aplicayao aplicados • (op. de metod os de uma permanece de metodos - em que a transferencia a astrofisica aplicados da 16gica formal, produz do direito; gera a fenOmenos a interdisciplinaridade na pesquisa meteorol6gicos ultrapassa disciplinar. de metod os da a cosmolagia quantica, au geram as disciplinas, a mas 3.9 TRANSDISCIPLINARIDADE Nicolescu (op. cit.,1999) pretende iluminar a origem do termo para que nao haja mal-entendido. A palavra "transdiciplinaridade" surgiu no sEkulo XX, quase que simultaneamente Edgar Morin nos trabalhos e muitos transposiC;ao de diferentes Qutros, das fronteiras para entre pesquisadores, traduzir a as disciplinas, entre eles Jean necessidade sobretudo de uma no campo Piaget, "jubilosa" do ensina e ir alem da pluri e interdisciplinaridade. e A abordagem transdisciplinar necessidade aDs desafios de responder redescoberta na medida em que h;j a sem precedentes de urn mundo dintimico como 0 nosso. Tal abordagem nos faz descobrir a ressurrei9~0 do individuo e 0 come<;o de uma nova etapa da hist6ria humana, mostrando 0 pesquisador transdisciplinar como "sujeito que resgata a esperan9a" (NICOLESCU, 1999). Este movimento acelerado cuja abordagem transdiciplinar naturalmente de riscos, mercantilista ou forma resultados como em tode de dominac;ao par ser discurso desprovido movimento sabre 0 de Qutro, ideias, e acompanhado da sua ou ainda par nao utilizac;ao produzir de conteudos. "A transdisciplinaridade interessa-se pela dinamica gerada pela a9aO de varios niveis de realidade ao mesmo tempo" (NICOLESCU, 1999). Portanto, sendo os quatro tenmos: disciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade eonheeimento nesta e transdiseiplinaridade serem W , pesquisa como mundo complementares, sendo campreender 0 presente esta centelha de esperanc;a - wflechas fica eleito 0 de transdiciplinaridade e considerar na unidade um mesmo area: termo mais adequado a realidade do conhecimento - par sua finalidade multidimensional, 0 do a constar de e canter a servic;o da compreens:io do sentido da vida de todas as criaturas (NICOLESCU,op. cit.,1999). 3.10 A EVOLU9.AO DA DISCUSS.AO EDUCACIONAL Em 1990 foi realizada a Confer~ncia Mundial de Educa9~0 para Todos em Jontien, Tailandia, convocada pela organiza9aO das Na90es Unidas para a Educa9iio, a Ciencia e Cultura (UNESCO); Fundo das Na<;6es Unidas para a Infancia (UNICEF); Programa das Na90es Unidas para 0 desenvolvimento (PNDU) e 22 o Banco Mundial referenles (BIRD), emergiram amplia-se denominada Enlendendo conhecer 0 lrabalho. essencial As rela90es sociais que habila possibilidade de sobrevivencia dos que da Educa9ao em lodos e para 0 que referem-se e nele, cercam. Tal consenso de ideias a do a conhecer 0 principalmenle colaborando a com a propoe a democratizaC;30 das diferen9as alunos, para diminuir as diferenQas sociais, considerando aspecto no mundo direlamenle sobreviver independenle Neste humane possibilidades, e de ao individuo para sobreviver a cercam. referem-se de da a ser as relac;6es sociais desenvolvimento para os paises, e a90es e debales, passa que se instumentalize dos polencial analise A denominac;ao surge a partir do que permeiam e de lrabalho seu defini90es a sociedade socia is e de lrabalho instrumentalizar-se 0 que do conhecimento~. a sobrevivimcia torna~se ambienle em que habita e possibilitar com varias entre eles que a responsabilidade momenlo que rela90es ambiente colaborando educayao do e progresso tecnol6gicos lrabalho. resullaram A partir da ampla relevantes, a partir como "sociedade desenvolvimento conferencia universalizadora. alguns consensos educac;lio nele, e desla a uma educac;lio particulares que na.o seria 0 dos acesso aos bens de consumo a (mica forma de diminuir essas desigualdades. A partir disso e de consensos influenciaram para estabelecidos a nova Lei 9394 de 20 de dezembro a Educa9ao professores Nacional, publicada [sem grifo no original] em no Brasil, tais discussOes de 1996, de Direlrizes 1996. Em esUio presenles e Bases II forma~ao rela9ao na legisla9ao de do art 61 dessa lei, as seguintes afirma90es: A forma9aO de profissionais da educa9aO, dos diferentes niveis e modalidades desenvolvimento I - a associa9ao educando, do entre teorias de modo a alender de ensino e as caracteristicas lera e praticas, inclusive como mediante aos objelivos de cad a fase do fundamenlo: a capacita9ao em servi90; II - aproveitamento da formac;a,o e experi~ncias anteriores em institui90es de ensino e outras atividades. Os dois itens do artigo ressattam professores - a rela~ao teoria e pratica. nas analises e fundamenta90es seu lrabalho. Portanlo, forma9ao professores de e pedag6gicas necessaria cuja urn aspecto Essa rela9aO dos professores a implemenla9ao conceP9aO essencial e molivo de pralica de na formac;ao de de queslionamenlos para a realiza9ao novas e leoria, lend~ncias numa forma de de de 23 utiliza9iio imediata do conhecimento no ambito da pratica pedag6gica, para isso a fonnac;:ao pass aria a privilegiar formas de transposic;:ao da teoria a pratica, muito mais efetivas. Em 1996, a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) apresenta estudo sobre as condi9~es da educa9aO no mundo. Esse e estudo urn relatorio, preparado pela Comissao Internacional sobre a Educa9ao para 0 Seculo XXI (editado em 1996), sob 0 titulo Educayao: Um tesouro a descobrir. 0 relatorio foi iniciado em mantO de 1993, leve a colaborac;:ao de varios especialistas do mundo em Educa9ao e foi coordenado pelo Presidente da Comissao Europeia (1985-1995), e ex-ministra da Economia e das Finan9as da Fran9a, Jacques Delors (dai ser conhecido como 0 Relatorio Delors).O trabalho discute quest~es que permeiam a educa9ao e cujo destaque pode ser concedido aos Quatra Pilares da Educa9aO,ou do Conhecimento: aprender a conhecer, isto e, adquirir as instrumentos meio envolvente; da compreensao; aprender aprender a viver juntos, Qutros em tad as as atividades a fazer, para poder a fim de participar humanas; e finalmente, agir sobre e cooperar aprender 0 com as a ser, via essencial que integra as tr~s precedentes. Este relat6rio prop~e analisar informayao, e sociedade 3.11 0 que vamos PILARES DA EDUCA<;Ao A educac;:ao deve se adequar e saber-fazer evolutivos educa<;3o orientar as pessoas informa<;ao conhecimento impacto da revolu9aO nas tecnologias de construir. OS QUATRO "saberes 0 impacto que as oP9~es de politica de educa9lio t~m no tipo de disponivel a selecionar nesse que vale, mas adaptar esses conhecimentos as novas tecnologias, adaptados novo 0 0 seculo. aproveitamento a para poder transmitir civiliza<;3o cognitiva". que e relevante Nao e mais e a capacidade nesse a Cabe excesso quantidade de aprofundar a de de e nesse mundo de mudan<;a. A missao da educaylio deve estar estruturada sobre quatra pilares fundamentais do conhecimento: • APR ENDER A CONHECER - adquirir instrumentos da compreensao. • APRENDER A FAZER - para poder agir sobre 0 meio envolvente. 24 • APRENDER PARA VIVER JUNTOS - a fim de participar e cooperar com as Qutros em todas as atividades humanas • APRENDER relacionam A SER - via essencial o ensino pilares, que integra as tr~s precedentes formal deve passar a ser regido pela aten9ao para que a educa9ao se tome uma experiencia igual a cada um dos global para ser feita ao longo da vida toda, tanto no cognitiv~ como no pratico, para membra e se inter- multiplamente. 0 individuo como pessoa e da sociedade. A Comissao formada para estruturar ideia que se faz da utilidade da educa9ao, 0 Relat6rio, cr~ imprescindfvel mudar a ultrapassando a visao instrumental da educa<,;:ao,pass and a a considera-Ia como meio de descobrir, reanimar e fortalecer potencial criativQ de cada urn e possibilitar a realiza<;3o da pessoa totalidade, aprende 3.11.1 0 a ser. Aprender Visa como a Conhecer dominic dos instrumentos do conhecimento, 0 0 que, na sua e pade ser considerado meio e a finalidade da vida humana. Meio comunicar e dignidade - para que desenvolver cad a urn compreenda suas capacidades, 0 para mundo que preservar a rodeia, minimamente para a do ser humano. Finalidade saberes - E 0 prazer de conhecer, compreender e descobrir; utilitarios e a tendencia a prolongar a escolaridade levar a crianc;:ae depois 0 e 0 e voltar-se aos tempo livre. Deveria adulto a apreciar a alegria do conhecimento e da pesquisa individual. o relat6rio pro pOe: "0 aumento dos saberes, que permitem compreender melhor 0 ambiente sob 05 seus diversos aspectos, favorece 0 despertar da curiosidade intelectual, estimula 0 s.entido critico e permite compreender 0 real, mediante a aquisi9Bo de autonomia na capacidade de discemir. E necessaria proporcionar a crian(:e aceuo 8 melodologias cientificas de modo a tornar*la -amiga da ciencia" A formacio cultural. cimento das sociedades no tempo e no espayo, implica na abenura a outros campos de conhecimento operando sinergia entre as disciplinas". (DELORS. 2003) 25 Aprender para conhecer supoe aprender a aprender, exercitando a aten,ao, mem6ria e pensamento. Cultivando a memoriz89ao associativa, naD para aprender memoria, deve ser uma pratica desde a infimcia. 0 ensina de cor, mas para treinar a basico pode ser considerado bom se transmitir as pessoas 0 impulso e as bases que fa,am com que continuem a aprender ao longo da vida, no trabalho e fora dele. 3.11.2 Aprender a Fazer Esta ligado ao aprender a conhecer, e tambem a pratica as seus conhecimentos ensinar ao aluno par em forma,ao profissional: a e adaptar a educac;:ao ao trabalho futuro, acompanhando a evolu,ao do mundo. Aprender a fazer nao pode se reduzir a transmissao desprezar 0 de praticas mais ou menes rotineiras, porem naD devemos valor formativQ que elas carregam. a Da no,1Io de qualifica,lio no,lio de competimcia - No mundo do trabalho, a pnltica tecnica requer dominic do cognitiv~ e do informativD, no,ao de qualifica,ao profissional, e valorizando a deixando de compet~ncia qualifica,ao, forma,ao profissional, comportamento social, aptidao para em equipe, a capacidade de iniciativa e o trabalho na economia informal 0 lado a pessoal, 0 trabalho 905tO pelo risco. - Em economias em desenvolvimento, uma pequena parcela da popula,ao tem emprego e recebe salario, 0 apenas restante participa da economia tradicional de subsistl!ncia. A aprendizagem destina-se a um objetivo mais amplo preparando mais como uma qualifica,lio social global do que profissional. Encarar cultura 0 cientifica futuro apoiando-se em uma aprendizagem ligada a aquisi,ao de que de acesso a tecnologla modema, sem negllgenciar capacidades especificas de inova,ao e cria,lio ligadas ao contexto local. A questao e como aprender cria,ao do futuro. a comportar-se, na incerteza e como participar efetivamente na 26 3.11.3 Aprender a Viver Junto, aprender a viver com os outros o maior desafio da educaylio e aprender a viver junto. Os conflitos humanos fazem parte da porem hist6ria, a perigo aumentou com potencial 0 de autodestruic;ao, criado a partir do seculo XX. A pergunta e se somos capazes de conceber uma educa9f1o capaz pacifica, desenvolvendo espiritualidade. A90es de evitar conflitos, conhecimento 0 como a dos ou de resolv~-Ios de maneira Qutros, nao violencia na escola, 0 sua cultura e sua cam bate aos preconceitos, a busca de objetivos e projetos comuns, a participac;aoe a igualdade, sao meios de atingir as metas. A descoberta conhecimento sobre semelhan9as atraves do outro - A missao da educaylio, alem de transmitir a diversidade e da interdependlmcia do dialogo humana, deve a levar consciencia entre todos os seres do planeta. e da troca de argumentos e urn dos instrumentos das 0 confronto indispensaveis a educac;aodo seculo XXI. Ter objetivos comuns - Valorizar que 0 e comum a todas, e nao as diferenc;as. A educaC;ao deve incluir jovens em projetos de cooperaC;ao, em atividades sociais, humanitarias, refer~ncia renovaC;ao servic;:os de para de bairros, solidariedade vida ajuda entre futura dos aos gerac;:oes, alunos, desfavorecidos, etc., capazes fortalecendo ac;:oes de ser relac;ao professor/aluno/comunidade. 3.11.4 Aprender a ser A educac;aodeve contribuir para 0 desenvolvimento total da pessoa "espirito e corpo, inteligencia e sensibilidade, sentido estetico, responsabilidade pessoal e espiritualidade" (DELORS, op cit., 2003). Toda pessoa deve ser preparada pela educac;:ao para elaborar valor, vida. e poder decidir, pensamentos por si mesmo, autOnomos como e criticos, formular agir nas diferentes seus juizos circunstancias de da Mais do que preparar necessario fornecer-Ihe a crianc;a para uma determinada forc;as e referlmcias intelectuais para compreender 0 mundo que a rodeia e coragem para comportar-se nele com responsabilidade e justi<;a. A educac;~otem como papel essencial conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginac;~onecessaria para desenvolver seus talentos e ser dono de seu proprio destino. Respeitando-se levados ate as personalidades, a autonomia e 0 espirito de iniciativa, limite da provocac;ao como suporte para a criatividade 0 e a inovaC;ao, pode funcionar como oportunidade de progresso para as sociedades. o relatorio pretende que completa expressoes do homem, em desenvolvimento tenha por objeto a realizayao a sua e dos seus compromissos: uma familia, cidadao, processo riqueza e na individuo, membra complexidade das suas de uma comunidade, de produtor, inventor de tecnicas e criador de sonhos. o desenvolvimento e um 0 toda diah!tico que se realiza ao longo de toda vida do ser humano come~a pelo conhecimento que abrir, em seguida Ii relayao com 0 outro e com 0 de si mesmo, para se meio [grifo meu]. A educa<;aoe antes de tudo, uma viagem interior, cujas etapas correspondem as da maturayao continua da personalidade. 3.12 A LEGISLA~AO DA EDUCA~Ao AMBIENTAL. o Brasil busca aperfei<;oarsua legisla<;aoeducacional, a inclusive relacionada educa<;ao ambiental, com a regulamenta<;aoda Lei n' 9.795 de 25 de abril de 1999, buscando atender os principios e objetivos estabelecidos pela Politica Nacional de Educa<;aoAmbiental e a diretrizes do Ministerio da Educa<;aoe Cultura MEC e do Ministerio do Meio Ambiente pensamento e rela<;Oescom educadores ambientais aptos voltado ao desenvolvimento formac;ao de professores 0 MMA, objetivando mudan<;as no ambiente, requerendo forma<;ao de professores e ao exercicio sustentavel e a do pracesso ensino-aprendizagem valorizac;~oe manutenyao exige fundamentacyao cientifica e tecnica da vida. A voltada para 0 conhecimento do ambiente, da biodiversidade, das questoes socioculturais, politicas e econOmicas. 28 o Decreto n· 4.281, de 25 de junho de 2002, em seu artigo primeiro preve que a pOlitica Nacional de Educa9ao Ambiental seja executada pelos orgaos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, pelas institui90es publicas e privadas dos sistemas de ensino, submetendo-se as delibera96es do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA e do Conselho Nacional de Educa9aO sistematizac;ao e CNE. No artigo terceiro, inciso quarto, requer a divulgac;::'o de diretrizes nacionais definidas, garantindo a discussao e participa~o efetiva da sociedade. 3.13 PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS Nos Parametros Curriculares Nacionais (PCN s) Ciancias Naturais (2001), indica-se como abjetivos do ensina fundamental que 0 aluno ao final da escolariza9ao seja capaz de: Compreender a cidadania como exercicio de direitos e deveres participa930 social e politica, assim politicos, civis e sociais, adotando como no dia-a-dia atitudes de solidariedade, coopera~o e repudio as injusti9as, respeitando outro e exigindo Posicionar-se para 5i 0 mesma de maneira critica, situa96es sociais, utilizando 0 0 respeito. responsavel e construtiva nas diferentes dialogo como forma de mediar confiitos e de tamar decisOes coletivas; Conhecer sociais, caracteristicas materiais fundamentais e culturais de identidade nacional e pessoal e Conhecer como e valorizar a pluralidade aspectos contra qualquer socio-culturais discriminary:'o social, de cren9as, do Brasil nas dimensOes como meio de construir 0 ambientais, progress iva mente a n09:'0 sentimento de pertin~ncia ao Pais. do patrimOnio sociocultural de outros baseada brasileiro, bem povos e naryOes, posicionando-se em diferenryas culturais, de sexo, de etnia ou outras caracterfsticas de cia sse individuais e sociais; Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando ativamente seus elementos e as intera90es para a melhoria do meio ambiente; entre eles, contribuindo 29 Desenvolver 0 conhecimento ajustado de si mesmo e 0 sentimento de confian<;a em suas capacidades afetiva, ffsica, cognitiva, etica, estetica, inter-rela9ao pessoal e de insen;:ao social, para agir com de perseveran<;a na busca de conhecimento e no exercicio da cidadania; Conhecer e cuidar do proprio corpo, valorizando e adotando habitos saudaveis como um dos aspectos basicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em rela~ao a sua saude e a saude coletiva; Utilizar diferentes linguagens: a verbal, matematica, gnifica, plastica e corporal - como meio de produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir as produyoes Gutturais, em contextos publicos e privados, atendendo a diferentes inten9i\es e srtua~Oesde comunica<;ijo; Saber utilizar diferentes fontes de infonma<;ijo e recursos tecnol6gicos para adquirir e construir conhecimentos; Questionar a realidade fonmulando-se problemas e tratando de resolv~-Ios, utilizando para iS50 0 pensamento logica, a criatividade, a intuiC;80, a capacidade de analise critica, selecionando procedirnentos e verificando sua adequa~ao. Estes itens referern-se com a questao etica, humana, e valores diretamente relacionados e fundamentados no conhecimento do homem sobre 0 ambiente e de seu papel transformador da sociedade como um todo din~mico,comprovando que n~opode ser dissociada educa<;:IO,vida, trabalho e sobreviv6ncia do cuidado com a natureza. 3.14 OS PCN's E A EDUCAc;:Ao AMBIENTAL Desenvolver valores, atitudes e posturas eticas, estes devem ser os objetivos a nortear assuntos ambientais PCN s - Meio Ambiente e saOde (2001), e sua inter-rela<;~o com as demais disciplinas curricula res abordadas em sala de aula. o professor deve mostrar que, para adquirir consci6ncia sobre as questoes ambientais, os alunos terao de se envolver em um aprendizado constante, pais as transfonma~Oesnaturais tambi!m se dao de maneira continuada. 30 Na cultura e no trabalho de diversos grupos humanos aparecem expressOes e conseqU~ncias de sua intera,ao com 0 ambiente. Oiante disto alguns tapicos devem ser levantados como: A importancia da agua para a vida e para a histaria dos povos. A agua essencial para manter a vida e determinante para a organiza,iio e das sociedades; o valor que aparecimento a materia orgtmica tern seja, disputas naturais entre as diversas tema, e para saneamento. 0 Desde 0 dos primeiros seres, existem as el05 entre a vida e a morte, au passive I formas de vida. Com base nesse fazer considerac;Oes sobre 0 lixo como materia orgtmica a ser aproveitada ou reciclada. A qualidade da agua depende da conserva,ao do solo, cuja qualidade depende da destinac;ao que se dol ao lixo, que depende diretamente da relac;ao do indivlduo com 0 seu ambiente. Par estarem intrinsecamente ligados, as sistemas devem ser tratados como partes que com pOe urn todo. o alimentares risco da transmiss~o de subst~ncias t6xicas esta presente em qualquer ecossistema. Elas nas cadeias pod em estar na agua, no solo [grilo meu) e no ar. Ainda segundo os PCNs , os alunos devem discutir medidas para impedir que essas substa.ncias entrem na alimentac;ao dos seres vivos. Tal discussao depende da postura critica do aluno e do acesso a conhecimentos hegemonia e informac;:6es isentos de ideologia de grupos que detem a baseada no interesse e poder economico. 3.15 VI SAO SISTEMICA PARA 0 ENSINO Segundo Capra (2002) as ultimas descobertas cientificas mostram que toda forma de vida - desde as celulas mais primitivas ate as sociedades Empresas segundo e Estados 0 ate mesmo sua economia humanas, suas global - organizam-se mesmo padrao e os mesmos principios basicos: 0 padrao em rede. Em todos os sistemas ocultas·, Nacionais, existem desenvolvendo 0 que 0 autor convencionou uma compreensao sistemica chamar e unificada de "conexOes que integra as 31 dimensces biol6gica, cognitiva e social da vida e demonstra claramente que a vida, em todes as seus nrveis, e inexplicavelmente interligada par redes complexas. Informa ainda que no contexto da globaliza<;ao, ha duas grandes comunidades as quais pertencem: todos nos somas membros da rac;a humana e todos fazemos parte da biosfera global. Somos moradores da 'casa terra" e devemos nos comportar como se comportam plantas, as animais e as microorganismos que os Qutros moradores que constituem cham amos "tera da vida", Essa rede se desenvolveu bilhoes de anos sem se romper. A capacidade a vasta dessa casa - as rede de rela¢es e evoluiu ao longo de intrinseca de sustentar a vida. Temas a obrigac;a.o de nos comportar de maneira a naD prejudicar e5sa capacidade. a sentido essencial Para 0 da sustentabilidade autor Capra (op. cit, 2002), propce uma colaboral'ao entre for Ecoliteracy Esse e ecol6gica. 0 Center - CEL - Centro de Eco-Alfabetizal'ao instituil'ao que coordena, Ministerio do Meio Ambiente e 0 0 Ministerio de Educa~ao, para a discussao da Alfabetiza<;aoEcol6gica no Brasil. Neste centro esta sendo desenvolvido um sistema de educac;ao para a vida sustentavel baseado na alfabetiza<;aoecol6gica e dirigido as escolas de primeiro e segundo grau. Esse sistema envolve uma pedagogia centro e a compreensao de 0 que e a vida; uma experiencia cujo de aprendizado no mundo real (plantar uma horta, explorar um divisor de aguas, restaurar um mangue), que supera a nossa separa9~0 em rela9ao a natureza, n09ao de qual e 0 lugar a que pertencemos; aprendem os fatos fundamentais e cria de novo em nos uma e um curriculo no qual as crian9as da vida - que os residuos de uma especie sao os alimentos de outra; que a materia circula continuamente pela teia da vida; que a energia que move os ciclos ecolOgicos vern do Sol; que a diversidade de sobrevivencia; e a garantia que a vida, desde os seus primordios ha mais de tres bilhoes de anos, nao tomou conta do planeta pela violencia, mas pela organizac;ao em redes. o principio basico do uso sustentavel do solo e garantia da manutenl'ao seu potencial produtivo para nossa sobrevive!ncia ponto de partida caracteristicas e e para as gera96es planejar 0 uso e ocupa<;ao do solo em comum futuras. de 0 acordo com as do meio onde esta inserido, isto e, de acordo com a sua aptidao, e com a tecnologia recomendada pra aquela area. Isto tambem impede a subutiliza<;ao de terras (TORRES E BOCHNIAK, p. 49, 2003) 32 3.16 UMA NOVA CULTURA AMBIENTAL Os peN s - Apresenta9ao dos temas transversat e etica (2001) recomenda utilizar recursos das ci~nciascomo conhecimento que colabora para a compreensAo do mundo e suas transforma90es, para reconhecer universe e como individua, levando-se em 0 conta homem como parte do que a construc;Ao de conhecimentos cientificos tern exigencias relativas a valores humanos. sao estes valores humanos que se pretende reintegrar a pratica escolar do ensina fundamental, na tentativa de resgatar a g~nero humane da crise civilizatoria em que se encontra. Ao estabelecer indicac;Oes para 0 caminho certo para 0 homem transpor 0 realismo materialista atual, em seu livro "Saber cuidar", Boll (1999) recomenda um novo paradigma de "re-liga91io, de re-encantamento pela natureza e de compaixao pelos que sofrem; inaugura-se uma nova ternura para com a vida e urn sentimento autentico de perten9a amorosa a Mae-Terra". o autor propOe que para a supera9ao deste momento critico, e importante que se reveja a sabedoria ancestral des pavos enos coloquemos na escola de uns e outros. Recomenda que busquemos construir uma nova "casa humana" que permita uma nova convivEmcia entre os humanos com os demais seres da comunidade biotica, e propicie uma refiexao face a complexidade das rela90es que sustentam todos e cad a um dos seres. Ainda segundo Boll (op. cit., 1999) discorre sobre a fabula do cuidado, em que de uses mitol6gicos disputam a primazia sobre que temos e tudo 0 0 homem, revelando que tudo 0 que somos, vem da terra, e quando nao restar mais nada de nossa estrutura que nos faz seres humanos, voltaremos a ser parte da terra. Nilo podemos nos esquecer que a palavra homem vem de "humus~ ou seja, terra fertil, e para que ela continue fertil para todos os seres que habitam 0 planeta Terra, devemos cuidar de nosso ambiente. Seguindo esse mesmo criterio, Morin (2002) convida a um despertar da educa9ao e educadores para a totalidade dos seres e do universo. Anuncia que a educa91io do futuro exige um esfor9Q transdisciplinar que seja capoz de rejuntar ci~ncias e humanidades e romper com a oposi~aO entre natureza e cultura. E 0 desafio que prop6e Morin a todos que estao empenhados em repensar 0 rumo da 33 educa,ao. A educa,ao do futuro necessita superar sete paradigmas que devem ser discutidos nos programas educativos de fonna,ao dos jovens, futuros cidadaos, os quais ele chama de ·05 sete buracos negros da educa,ao·. Sao eles: CONHECIMENTO - 0 ensino fornece conhecimento. Porem nunca se ensina e de fato conhecimento. e conhecimento 0 sempre conhecimento nao uma traduc;ao, seguida e reflexo da 0 que realidade. 0 reconstruc;:ao do real. de uma Quando analisamos qualquer fato, 0 fazemos a partir de percep,6es culturais, sociais e de origem. sao nossos pre-conceitos ace rca das pessoas ou fatos. CONHECIMENTO PERTINENTE - 0 conhecimento deve ser pertinente, nao pode mutilar 0 seu objeto. As disciplinas ajudaram existe entre as disciplinas e invisivel Nao e a quantidade de informa,Oes que faz de calocar cirmcia, como 0 0 conhecimento ela pade sentimento, 0 avan,o do conhecimento. 0 que e as conexOes no contexto. 0 entre elas tambem Portanto, por mais sofisticada errar em suas previsOes, se esquecer a paixao, 0 desejo, 0 e invisivel. conhecimento, mas sim a capacidade temar, 0 que seja a dos aspectos medc. humanos, wNao se pade conhecer as partes sem 0 todo, nem conhecer 0 todo sem conhecer as partes·. 0 contexto tem necessidade de seu pr6prio contexto. IDENTIDADE HUMANA - Os programas de instru~o identidade humana. sociedade como imprime. Morin parte acredita identidade humana. estranhos atraves rir, chorar, Ao mesmo de n65, tempo pois ser posslvel Somos fazemos desde 0 nossa a convergencia todos filhos do mesmo do nosso conhecimento sorrir, nao sao atos aprendidos s~o modulados de acordo com a educa~o. nao podem ignorar nossa parte de uma sociedade nascimenta entre cosmos todas enos e de nossa cultura. a nos as ciemcias e a transformamos e preciso ao longo da educalYao, e temes a cultura lembrar sao inatos, em que mas (MORIN, 2002). COMPREENSAo HUMANA - Nunca se ensina como compreender uns aos outros. Queremos sempre que nos compreendam. A compreensao humana vai alem, ela comporta empatia e identifica~o. 0 que faz com que se compreenda alguem que chora nao e analisar a lagrima no microscopio, mas saber emo~o. Compaixao significa sofrer junto. E 0 significado da dor, da isto que permite a verdadeira 34 comunicaCfAohumana. Por isso e importante compreender si mesma, pais a necessidade n~o 56 aos Qutros como a de analisar nossa esta cad a vez mais devastado pela incompreensao, mundo 0 de se auto-examinar, autojustificac;~o, e que a doenc;:a do relacionamento entre as seres humanos. A INCERTEZA - Apesar de nas escolas se ensinar somente certezas, e necessaria mostrar em todos as dominios, IS50 mostra a necessidade ao longo da hist6ria, de ensinar 0 surgimento 0 que chamamos do inesperado. de ecologia e a~o da atitude que se toma quando um ato e desencadeado e escapa ao desejo e as inten,oes daquele que a provocou, acendendo reflexos multiplos que podem desvia10 ate para a sentido oposto ao intencionado. 0 inesperado aconteceu e acontecera, porque nao lemos certeza nenhuma do futuro. Porem tal incerteza e uma incita,ao a coragem. A aventura humana nao e previsivel, mas 0 imprevisto nao e totalmente desconhecido. A CONDIC;;AoPLANETARIA - A interliga,ao da humanidade iniciou-se muito antes da descoberta de novos continentes, e e completada com a era da globaliza,ao. 0 planeta sempre foi um s6, porem hoje percebemos que tudo esta conectado. Isso e urn aspecto conectado, ainda informayees importante perigos naD explorado que nao conseguimos e para a ameac;:a ecologica, nas religioes. 0 fenOmeno processar e organizar. que ha um destino 56 para tad as da vida e da morte nucleares, pelo ensina, que tudo esta E preciso 0 a humanidade, como desencadeamento ver humanidade individual, humanos. de extremismos 0 Existem a ameac;:a das como uma comunidade natureza moral e etica que diferem e dependem os aspectos Pra que serve? 0 ponto as seres A ANTROPO-ETICA - Morin chama de antropo-etica Seriam em planeta com seus problemas, a acelera,ao hist6rica, a quantidade de 0 justificados de destino comum. aspecto dos problemas de da cultura e da natureza social e genetica, as armas ou de especie. Cabe humana. ao ser humano desenvolver a etica e a autonomia pessoal (responsabilidade pessoal), desenvolver a participa,ao social (responsabilidade social), participando do genero humano, E pois compartilhamos de um destino comum (responsabilidade importante orientar essa tam ada de cansciencia que 0 individuo possa exercer sua responsabiJidade. planetaria). social que leva a cidadania, para 35 3.17 MEIO AMBIENTE COMO TEMA TRANSVERSAL A estrutura dos par~metros curriculares nacionais para 0 ensino fundamental mostra as objetivos permeados gerais como pluralidade cultural e tambem escolarizac;ao semelhante sendo as areas disciplinares da eduC3C;aO, transversa is, tais como: etica, saude, orientac;a.o sexual, pelos temas sa.o valares 0 meio ambiente. Tais temas que permeiam a culturais e ao diferente. Tais a sedimentar temas 0 transitam respeito ao no universe ambiente, escolar, ao social e familiar do aluno podendo ser classificados como transdisciplinares. Nos PCN s volume quatro - ci~ncias naturais (2001) recomenda-se que em concordfmcia com 05 principios da educac;ao ambiental, meio ambiente (ou ainda, para 0 cuja tema transversal e estabelecimento desta nova cultura ambiental) aponta-se a necessidade da reconstru9ao da rela9ao homem-natureza, a fim de derrubar definitivamente ela, ampliando-se 0 a crenc;a do homem como senhor da natureza e alheio a conhecimento sobre como a natureza se comporta e como a vida se processa. Como conteudo escolar, a tematica ambiental perrnite apontar para as relac;oes reciprocas entre socledade humanas, seus conhecimentos o rela90es tema entre hist6ricos. transversal problemas Tais responsabilidade e ambiente, Meio Ambiente ambientais discuss6es marcadas pelas necessidades e valores. s~o aborda e fatores a discussao economicos, pertinentes se humana em beneficio do bem-estar forem a respeito politicos, voltadas das socia is e para a comum e ao desenvolvimento sustentado. Nos PCN s volume 8 - apresenta9ao dos temas transversais e "'tiea (2001), quando descreve 0 tema Meio Ambiente, Ngrande rede de seres interligados, seres vivos e elementos espa90 traz 0 relato da vida na Terra como uma interdependentes, num conjunto fisicos. Para cada ser vivo que habita ao seu redor com todos as outros elementos 0 que envolve planeta existe um e seres vivos que com ele interagem, por meio de rela90es de troea de energia: esse conjunto de elementos, seres e rela90es constitui 0 seu meio ambiente". Levando-se em conta nao s6 os aspectos fisicos e biol6gicos do meio ambiente, 0 homem Ii a liga~~o entre 0 meio ambiente e rela90es que sao estabelecidas: rela90es sociais, econOmicas e 36 culturais; tambem fazem parte desse meio e, portanto sao objetos da area ambiental e de acordo com a presente proposta sao tambem objeto primordial da educac;iio. o homem transformou-se no decurso da hist6ria humana pela modificac;iio do meio ambiente, criou cultura e transformou 0 ambiente. E preciso refletif sabre as rela<;OessocioeconOmicas e ambientais e tomar parte nas decisOes adequadas na direc;iio do crescimento cultural, a qualidade de vida e 0 equilibrio ambiental. No volume 9, Meio Ambiente e Saude - Temas transversa is (2001, p. 31) quando se propOe a discutir 0 conceito de meio ambiente, os autores dos PCN's avisam que tal conceitua<;ao ainda esta sendo construfda, e ainda nao encontra consenso no meio cientffico, sendo definido de modo diferente par especialistas de diferentes ciE!ncias. PropOes definir wmeio ambiente" como Mespac;o" (com seu componente bi6ticos e abioticos desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado e e suas interac;Oes) em que urn ser vive e se transfonmando-o. No caso do homem, soma-se ao espac;ofisico e biol6gico tambem o sociocultural. E fundamental conhecer a conjunto das rela~es na natureza para compreender a import~nciade decisOes relacionadas com os problemas ambientais. Tal conjunto de relac;Oesinicia-se no conhecimento do solo como suporte gerador do ambiente, evoluindo para a relac;iio homem-ambiente e chegando ao ponto em que o aluno sinta-se parte desse ambiente, com possibilidade de intervir em decisOes relacionadas ao seu meio. 3.18 FORMA<;:AO DE PROFESSORES A Secretaria de Educac;~o Infantil e Ensino Fundamental do Governo Federal, durante a gestao do ministro Crist6van Buarque no inicio do ano de 2003, lanc;aum documento para discussao dos trabalhadores da educac;iio; a cartilha, com 15 paginas. Apresenta a Politica Nacional de Valorizac;iio e Fonmac;iio de Professores, que institui um pi so salarial e regula a carreira docente; 0 Exame Nacional de Certificac;iio de Professores, a Boisa Federal de Incentivo a Formac;iio Continuada, a Contrapartida dos Entes Federados e a Rede Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da EducaC;a'odenominada "Toda Crianc;a Aprendendo", Matrizes 37 de Refer~ncia para Sistema Nacional de Formayao Continuada e Certificayao de 0 Professores. A proposta Ii a valarizayao dos professores e 0 sistema nacional de formayao continuada e certificayilo de professores, aliceryando sua politica educacional nos seguintes eixos: Igualdade de oportunidades educacionais e de acesso ao conhecimento (inclusao). A igualdade no acessa a escola nao e deve abardagem estatistica. A educayao nilo oportunidade, crian~as devem mas urn direito. ao conhecimento, efeliva Todas e sua presen9a as na escola ser somente deve apenas urna uma questao a ter acesso de escola e significar aprendizagem com escola e utilitaria. Qualidade social qualidade, que tecnologico. - A inclusao somente possibilile acesso Nao se consolida a se a bens efeliva culturais e urna ao de desenvolvimento inclus~o sem aprendizagem e sem ao aceSSD conhecimento. Resultados apontados pelo Sistema Nacional de Avaliayao da Educayao Basica mostram tendencias ao declinio do rendimento e na aquisiyao de compet,mcias cognitivas basicas por parte dos alunos. Resultados do Sistema de Avaliayao da Educayao Basica (SAEB) referente ao ano de 2001 indicam que adquiriram 59% crian9as as conhecimentos adquiriram os E e nesse de serie matematicos momenta de aprendizagem, 48 do ensina e as competemcias conhecimentos escolarizac;ao. processo das basicas apropriados que acontece 0 a grande pois as crianc;as com baixos fundamental de leilura nao e 52% nao faixa de essa estrangulamento nlveis de letramento do e de nOyOes basicas de conhecimentos matematicos terao dificuldades em prosseguir seus estudos. Este quadro reproduz e mant~m as desigualdades sociais. Valorizayao dos profissionais da educayao. A inclusao educacional com qualidade social, que Ii a sintese da escola ideal de qualidade para todos, se consolida com a valorizayao permanente dos profissionais da educayao. Todas as esferas governamentais, dos profissionais Democracia e de ensino instituiyOes formadoras s~o convidados Autonomia. Democracia e entidades a integrar-se representativas a esse objetivo. supOe liberdade, participayao, pluralismo, equidade e divis~o do poder. A consolidayao da cultura democratica efetiva na escola e nos sistemas de en sino esta relacionada com uma pro posta 38 polltico-pedag6gica que garanta inclusao e qualidade social. A eseDla democratica deve ter autonomia considera9ao suas para construir sua identidade levando especificidades regionais e culturais. Estabelece em pontes entre ensina publico que possui urna identidade coletiva e necessidades particulares de cada unidade escolar e sua propria identidade ainda nao e urna questao solucionada. Financiamento da Educa<;Ao. 0 Governo Federal oficialmente substitui a 6rgao de financiamento FUNDEF (Fundo de desenvolvimento do ensino fundamental) pelo FUNDEB (Fundo de desenvolvimento do ensino bilsico). 0 que representa direito a escolariza~ao basica desde a educa~ao infantil ate a 8' serie. propostas pretendem consolidar urna eseela pLiblica de qualidade para Tais todas, que contribua para a construyao de urna sociedade justa, democratica e solidaria, e que elimine as desigualdades de oportunidades, 0 que esta relacionado com a valorizac;aoe a formac;a.ode professores brasileiros. o Sistema Nacional de Forma~ao Continuada e Certifica~ao de Prolessores e a principal base institucional da politica de valoriza~ao do profissional docente. Sua meta e garantir a todos os professores 0 acesso a formac;:ao continuada ajustadas as necessidades, a desenvolver a ciancia e as tecnologias da educac;:ao,e promover criterios de carreira docente que possibilitem valorizar 0 aluno e 0 professor. Certificac;:ao e formac;:ao sao dais processos articulados que se complementam, e tem 0 objetivo de contribuir para a constru~ao da identidade profissional do Magisterio, ao mesmo tempo coloca 0 professor no centro da vida nacional, esteja ele onde estiver. Em relac;ao a formac;ao continuada de professores, a certificac;:aoconstitui estimulo e contribui para sua institucionalizayao. Nas palavras da Secretaria da Educa~o Fundamental, Maria Jose Vieira Feres, na apresenta~ao deste trabalho, a constru~ao da politica de valoriza~ao dos professores e um grande compromisso com a qualidade social da educac;:ao brasileira, exige de todos as envolvidos nesse processo disposic;:aode discutir e construir formas de reconhecimento publico da import~ncia do professor. Tal politica pretende elevar 0 nivel de aprendizagem adolescentes, jovens e adultos a partir de tras linhas de a~o: de crianc;:as, Exame Nacional de Certifica~o de Prolessores, aos que se candidatarem; Bolsa Federal de Incentivo a Forma~ao Continuada, cujo projeto de lei foi encaminhado pelo Ministerio da 39 Educa,ao ao Congresso Pesquisa Nacional e Desenvolvimento de alfabetiza~o e letramento, human as, artes e educa~o Os requisitos no documento respeite professores, 1. primeiro a implanta,ao matematica da Rede Nacional serao (Matriz e cientifica, ensina dos professores de Referencia, it fonna9Bo indispensciveis voltados de gestao e avalia~o a certifica,ao requisito conhecimentos de as areas de ci~ncias da educa,ao. estao relacionados op. cit., 2003), e atuayao e diz de todos as e sao: Compreender principais de educay80 e cujos trabalhos fisica, tecnologias necessarios como aos em 2003; da Educa,ao a significado instrtui,Oes identificar questao e dimensionar da cidadania influencia dos direitos do Estado problemas, em diferentes na sociedade civis, politicos e do Direito praticas contextos contemportmea, e socia is e Democratico, e ideias historicos nas escalas 0 papel das com possibilidades que envolvam em especial 6, local, regional, a sua nacional e internacional. 2. Compreender institui9:lo a educa~o social, transformadora 3. como estabelecer Estabelecer a processo rela9ao de organiza,ao 5. hist6rico as ensino, de ensino, de discussao 7. envolvidas de acordo com conhecimentos que coleta de na como brasileira democratica. amplas organiza~o e os processos 0 projeto politico ao processos combinar de de elaborar pedag6gico; para planejar aluno registro, dos que seja capaz e habilidades dados, que seja e programar observa~o, organiza9ao, comunica,ao, e avalia~o. aspectos melhoria da a9:lo didatico-pedagOgica. dos Compreender a dinamica aprendizagem se mescia conta da educac;ao e da gestao mais e avalia9aO, propiciem Analisar a diversidade especiais educacionais aprendizagem ensino experimenta9ao, 6. questOes de demonstrar situa96es e a escola e en sino, e a dimensao de democratiza9:io do ensino de qualidade entre polfticas planejamento, objetivos e historica e gestao da escola. Compreender capaz social entre educa9:lo deste processo. Compreender na busca da universaliza9ao 4. pratica rela~o dos alunos. livros dididicos e materiais da sala de aula, com aspectos cultural, etnica, instrucionais em que relacionais religiosa, 0 processo e culturais, de glmero de ensino levando-se e a visando e em necessidades 40 8. Conhecer diferentes linguagens, suas fun~Oese possibilidades de uso (verbais, 9. Compreender as manifesta~Oes artisticas e culturais em todas as suas formas nao verbais, artisticas, tecnicas. matematicas, cartograficas, etc.). como prodw;:6es hist6ricas, em constante dialogo com outras manifestac;oes culturais. 10. Fazer usc adequado modalidades da e variantes da linguagem, como locutor e interlocutor, nas lingua (regional, social e de usa individual) em contextos diversos. 11. Interpretar criticamente textos e generos distintos (Iiterarios e nao-literarios, verba is e nao-verbais), 12. veiculados em diferentes suportes. Conhecer a lingua em usa, em diferentes tipos de textos. 13. Compreender e utilizar coerentemente a linguagem matematica. 14. Utilizar conceitos basico de Aritmetica, Geometria, algebra e Estatistica para resolver situa~Oes-problemada vida cotidiana. 15. Reconhecer diferen~as e semelhan~as, transforma~Oes e permanencias, nas relac;6es socia is e de trabalho, em diversas epocas e espac;os geograficos. 16. Contextualizar e ordenar informac;Oes sobre processos ocorridos em dada realidade hist6rica e geografica, estabelecendo rela~Oes entre fatores sociais, economicos, politicos e culturais. 17. Compreender 0 significado da Ciencia e Tecnologia no mundo atual, entre elas explicar as relac;Oesentre ciencia, tecnologia e desenvolvimento econOmico e social, relacionar a preven~~o de doen~as a produ~o de alimentos e utiliza~ao de medicamentos. 18. Compreender 0 ambiente de forma ampla, estabelecendo rela~~o entre ambiente fisico e a dimens~ocultural, historicamente contextualizada, sendo capaz de identificar a trama de rela~6es ecologicas para a manuten~ao do equilibrio ambiental; reconhecer formas de polui~~o e outras agressOes ao ambiente local, identificando causas e intervenc;:Oes,visando a manutenc;:aoda saude e da qualidade de vida; perceber as implica~Oesglobais da apropria~ao humana dos recursos da natureza, destacando a import~ncia de atitudes responsclveis que assegurem a melhoria da qualidade de vida, sem maiores prejuizos ao meio ambiente. 41 Ainda no mesmo documento, como segunda parte da matriz de referencia, sao apresentados conhecimentos, competencias e habilidades nelativas ao exercicio da docencia nos quatro anos iniciais do ensina fundamental, e seriam: 1. Conhecer as relac;Oesentre desenvolvimento e aprendizagem, em diferentes momentos da infancia e da adolescencia. Estabelecer rela,ao entre 0 que e conhecido pelos alunos e idei8s as cientificas, mediante intervenC;ao problematizadora. 2. Saber utilizar diferentes textos que circulam socialmente como base para 0 trabalho de alfabetiza,ao, leitura e escrita. 3. Relacionar bases cientificas do processo de aquisiC;ao da leitura e da escrita com uma abordagem metodol6gica adequada. 4. desenvolver atividades com diferentes g,meros de textos e em diversas situa,Des de interlocu,ao que justifiquem a pnesen9" de variantes linguisticas. 5. Avaliar criticamente obras de literatura infantil quanto as qualidades esteticas (texto, projeto grafico, ilustra,ao) e ideol6gicas. 6. Criar estrategias que auxiliem 0 aprendiz a avanc;ar em relac;ao ao modo como concebe a leitura e escrita. 7. Relacionar a resolu9iio de problemas a constru,ao do conhecimento matematico e prop~r atividades adequadas aos objetivos pretendidos; propor problemas significativos para os quais 0 aluno tenha que selecionar dados, tra,ar um plano e executa-Io; Identificar a proporcionalidade em varias situa,Des, como: amplia,30, redu,30, maquete, rela,ao entre quantidade e pre,os. B. Relacionar entre sl canceitos matematicos de numera, medida, espac;:o e fonma;Associar questDes de contagem e opera,oes com mimeros a medidas e formas geometricas; visualizar formas geometricas na constrw;:ao de trajetos, nas planifica¢es de fonmas espaciais e na observa,ao de objetos a partir de diferentes pontos de vista. 9. Saber operar com numeros naturais e utiliza-Ios em suas diferentes formas e diferentes contextos. 10. Propor e resolver situa¢es-problema medidas, espa,o e forma. envolvendo numeros, operac;oes, 42 11. Relacionar as transforma~Oes da natureza aos trabalhos humanos e identifica-Ias em diferentes paisagens. 12. Compreender a complexidade e diversidade do patrimonio social, ambiental, religioso, cultural e hist6rico do Brasil, identificando as contribui~Oes das diferentes culturas e etnias para a forma~~o do povo brasileiro. 13. 14. a Propor atividades adequadas homem em diferentes Reconhecer produzem, tempos solo e as vegetais 0 por meio Identificar caracteristicas asseguram 16. sua Relacionar desempenham cicio de materia gerais 6rgAos e sistemas em conjunto, que afetivas sobre a saude. reconhe9a iniciadores as nutrientes e adaptat;:~o ao ambiente ampla, 17. como de fotossintese, Qutros seres vivos, nurn constante 15. compreensao do espa~o construido pelo hist6ricos. das teias alimentares, que sao transferidos aos que e fluxo de energia. especificas des seres do organismo compreendendo as influ~ncias as humano 0 ser humano das condi90es func;6es numa e polui<;ao reservat6rios, quimicas 18. tendo da em agua vista que e suas ocorremcias 0 conhecimento vita is que perspectiva ambientais, Interpretar situa~es do cotidiano, que envolvam a capta~~o, utilizac;ao vivos, em que vivem. naturais de suas 0 socia is e tratamento, a em diferentes propriedades fisicas, e 0 cicio da agua na natureza. Identificar diferentes manifesta~Oes da energia (Iuz, calor, eletricidade, som) observadas no cotidiano, tanto em fen6menos naturais, quanta em equipamentos, aparelhos, etc. 19. Relacionar as condiltOes consequimcias, 0 uso do solo nos ambientes climaticas identificando e a rurais e urbanos, presenc;a a solo como de fonte agua, aos tipos de solo, reconhecendo de materia suas is e componentes dos espa~os de viv~ncia, identificar os processos envolvidos na extragao, transformac;a.o 20. Propor e utilizac;a.o dos recursos atividades natura is, organizando adequadas situaltOes a minerais. compreensao de aprendizagem cientifica dos para desenvolver fenOmenos a noltao de ambiente. Tais competemcias e conhecimentos pertinentes a formac;ao do professor, podem ser trabalhados e fundamentados na educa~o do aluno a partir da pratica e da utiliza~ao de recursos presentes no ambiente escolar, partindo do conhecimento 43 do solo, sua funyao de promover e sustentar a vida no planeta, atraves da observay~o de fenomenos naturais presentes na cadeia da vida, pela pn;tica experimental, na execu~o de urn terrario, mini-jardim, jardim, horta, pomar, etc. Esse documento possibilitou discuss~o no ~mbito da educayao nacional, gerando a Portaria n' 1403, de 26 de junho de 2003, que institui de Certificay~o e Formay~o Continuada de Professores, amplamente discutido pela sociedade. 0 0 Sistema Nacional que ainda est'; sendo 44 4 SUBsiDIOS NO ENSINO A FORMA<;Ao UTILIZANDO Vinculando DE PROFESSORES questoes ambientais as PARA ATUAREM 0 SOLO COMO EIXO TRANSDISCIPLINAR com importancia que professores tenham acesso 0 ensina e de do solo, fundamental a fonma\Oaocontinuada para atualiza\Oao de conhecimentos e de novas praticas did<iticas e pedagogicas e de infonmaQ6es tecnico-cientificas sabre esse conteudo educacional, 0 solo, incluindo-se ai 0 acesso a ilustra\Ooesdos topicos para poder visualizar e compreender a dinamica ambiental e suas interac;Oes, 0 que possibilitara 0 entendimento forma9~o rochosa de que a sera responsavel par um determinado tipo de relevo, de solo de vegeta\Oao,de minerac;ao, etc.; 0 que possibilitara e 0 futuro entendimento 0 encadeamento das dinamicas ambientais da historico de usc e ocupac;ao de solo, a economia condiy6es s6cio-economicas, socio-ambientais, e suas interac;Oes, sera passivel Porque ninguem conhece ensina ou aprecia. aprofundar 0 que nao conhece Portanto 0 professor constru9~odo conhecimento de forma a enlender local, 0 processo sua distribuic;ao espacial, etc. Assim ao ter a visao de conjunto 0 processo de ensina e ninguem aprende conhecer a dinamica e aprendizagem. a cuidar do que nao do cicio da vida relacionado a importancia do solo neste processo e fundamental para possibilitar ao aluno a forma9ao de conceitos culturais permanentes relacionados a preserva~o da vida no planeta. 4.1 SOLO Ao utilizar a estudo do solo como ferramenta de aprendizagem capaz de conectar a crian9a com seu ambiente, Poderia caber a defini,ao do termo como sendo a pedologia, natural e integral da crian,a, sob a aspecto biologico, pSicologico, au seja, a forma,;;o da crian\Oa.Porem, 0 0 0 estudo antropologico e a conceito de pedologia que se reporta neste trabalho e originado a partir do termo pedogenese, que e a processo natural de fonma\Oaodo solo, que considera a intera\Oaode material, tempo, atividade biologica, clima. Par ser um material complexo, nao e facil definir a solo, pais seu conceito varia conforme a sua utiliza<;ao. Para 0 agr6nomo ou 0 agricultor 0 solo e 0 meio 45 necessaria para serve 0 de base prod uta da alterayaa fundamental e 0 material desenvolvimento das plantas; para 0 engenheiro au fundayaa das de abras rochas para pesquisas, civis; para na superficie; par servir a geolaga para de registro e a solo a arqueolago, de outras visto que como e a material civilizay6es; para 0 hidrologo a solo e 0 meio paraso que abriga reservatorios de aguas subterrfmeas. Assim cada uma das especialidades possui uma definiyaa que atende a seus objetivas. Porem, existe uma definiyao as principalmente simples adequada a todas as especialidades e Ciemcias da Terra e que considera solo como produto do intemperismo, do remanejamento e da organizayao das camadas superiores da crosta terrestre, sob a ayaa da atmosfera, energia envalvidas (TEIXEIRA Ao canceituar e/ al., 1998) interpretayoes basiccs hidrosfera, da biosfera solo com ideias de pesquisadores para farnecer utilitarias, de pedologia referencial pretende e das de dar uma relay6es das da ciimcia reccnhecimento visaa geral 4.2 de classes de do solo (Guerra do solo e suas e sintetica dos solos as paisagens brasileiras, levandowse em conta as aspectos de vegetayao substrata e das trocas et. al., 2000). com canceitos releva e primaria, rochaso. ESTUDANDO 0 SOLO Por suas caracteristicas como recurso natural dinilmico, 05010 ser degradado como conseqjj~ncia que a desempenha de suas funy6es do usa inadequado basicas pelo homem, fica severamente e passivel de condiyao em prejudicada, a que acarreta interferencias negativas no equilIbria ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade de vida nos ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a ac;:io humana como os sistemas agricolas e urbanos. A disseminac;ao de informac;oesdo papel que 0 solo exerce na natureza e sua import~ncia na vida do homem. sao condic;oes primordia is para sua proter;Ao e conservac;ao. e uma garantia espayo relegado da manutenyao dedicada de meio ambiente a este componente a um plano menar area urbana como rural. nos ccnteudos (CURVELLO sadia e auta-sustentavel. do sistema natural de ensino fundamental et aI, 1993). No entanta, e freqUentemente e media, 0 nula au tanto na 46 4.3 IMPORTANCIA o solo e0 DO SOLO E SUA PRESERVAc;:Ao recurso natural importante, pais dele prov~m as produtos para alimentar a popula,~o. Apesar de a solo tropical apresentar certa fragilidade, nas regi~esintertropicais acentua-se sua importancia, ne5sa regiao encontram-se quase todos as paises cuja economia depende da explora,~o dos recursos naturais, especialmente agricolas. Os processos pedogeneticos nessas regiOes pod em levar a formaC;8ode importantes dep6sitos de recursos minerais. Os solos nessas regiOes sao desenvolvidos em areas tectonicamente estaveis e sabre superficies aplainadas a partir do final do period a Mesozoico, sendo solos velhos, frageis, empobrecidos quimicamente e que se encontram em continua evoluc;80. Apresentam equilibrio preeMio, e impactos provocados par causas naturais ou par atividades antropicas podem leva-los a desestabiliza,ao dos sistemas. 0 desmatamento, cultivo agricola, usa de produtos agro-quimicos e explorayao mineral s~o atividades que devem ter assistencia de tecnicas cientificas, capazes de prevenir a eros~o e a contaminac;:ao do solo. Por ser recurso finito e nao renovavel, um solo recent.e pode levar muitos anos para se tornar uma terra pradutiva, e se for destrufdo desaparece para sempre. 4.4 CARACTERisTICAS Para compreender IMPORTANTES DO SOLO solo e necessario conhecer a formayao do planeta 0 Terra, nao como um ser amorfo, e sim como um ente dotado de caracteristicas e movimentos especiais. Segundo Teixeira et al (2000), em 1936, com seu estudo, a Sismologa Inga Lehman conclui que envolto em materia liquida, velocidade maior que interface entre 0 0 0 0 nucleo interno nucleo externo e composto por materia salida possui movimento de ratayao com movimento de rota,ao da crosta externa do planeta. manto e 0 Ha uma nucleo chamada de descontinuidade de Gutemberg. 0 manto forma 83% do volume da Terra. Ao descer atraves da crosta e do topo do manto superior encontra-se uma parte rfgida, acima da zona de baixa velocidade. A parte rigida que inciui crosta e parte do manto e denominada litosfera, enquanto que a parte ductil e denominada astenosfera. Na mesosfera abaixo da zona de baixa 47 velocidade, mais 0 manto, apesar de a temperatura ser mais alta, 0 que poderia torna·lo plastico, esta submetido a pressao mais alta, a que faz com que seja pouco plastico e totalmente s6lido. FIGURA 1 - ESTRUTURA INTERNA DA TERRA CROSTA FONTE: Teixeira et ai, 2000. Na figura acima, 0 modelo classico de primeira ordern, em camadas concentricas obtido a partir da velocidade escala, 2000. exceto para as crostas das ondas sismicas. Mant~m"se e a zona de baixa velocidade. as divisoes na devida Fonte: TEIXEIRA et ai, 48 Conlorme deftniu Guerra et al (1998), tridimensional internas da 5uperffcie, e externas, e territ6rio apresenta 0 limite inferior diversas 0 solo pDr conjunto com limites definidos superifcie terrestre brasileiro constituido e onde de e uma parcela dinamica e de caracteristicas peculiares expressa.o. 0 limite superior as process os pedogeneticos Idade radiometrica Co, c::::J _ .••_,~_,,<.~ r=:::::::J_ •••••••.•• ,.•••••• _UllU DO TERRITORIO BRASILEIRO em milhares de anos \i~ •••••••• _."' He. ••• ,•..•.••• a forma~6esde rochas, entre elas vulc~nicase sedimentares conlorme mapa geologico apresentado a seguir: FIGURA 2 - FORMA~AO GEOLOGICA e cessam. 0 Joe _ 0» ••• 49 Segundo Braga et al (2002 p.20) e possivel descrever caractertsticas do solo conforme apresentado na sequencia: Cor do Solo - A cor Ii a caracteristica mais prontamente perceptivel, os solos escuros, tendendo para 0 marrom, quase sempre pod em ser associados a presenr;a de materias organica em decomposi«1lo em teor elevado e podem indicar a quantidade de agua presente; a cor vermelha Ii indicativa da presenc;a de oxido de ferro e de solos bern drenados; as tonalidades acinzentadas, mais comumente encontradas junto a baixadas, sao indicios de solos freqOentemente encharcados. Granulometria - A granulometria descreve a propor9ao de particulas de sedimentos cujas dimens6es distintas sao componentes do solo. Urn exame mais atendo de urn solo, mostra que e constituido de particulas de diversos tamanhos, frequentemente agrupadas. Com referencia a granulometria das amostras de solos coletadas e classificadas, considerou-se a por~o argila, silte e a porc;a.o areia, respectivamente. A argila, e considerada a parcela "ativa" da frayao mineral por sediar as fenOmenos de troca de ions determinantes da fertilidade do solo (existencia de nutrientes em quantidade adequada) e da boa nutri9ao vegetal (capacidade de ceder os nutrientes a planta). Por sua vez as frac;oes minerais mais grossas presentes no solo sao tambem essenciais para assegurar a drenabilidade, a permeabilidade e a aera9ao indispensaveis para 0 equilibrio agua-ar e a capta«1lo dos nutrientes em solU9aOno solo. 4.4.1 Genese do Solo A genese do solo se da a partir das altera90es que ocorrem nas rochas aflorantes na crosta terrestre e a vida no planeta se mantE~m a partir dos materiais disponiveis e sao produtos das transformac;6es que a crosta terrestre sofre pela influencia de agentes da atmosfera, hidrosfera e biosfera, ou seja, (TEIXEIRA et al.p. 140, 2000). 0 intemperismo. 50 o e intemperismo conjunto 0 de modificac;oes de ordem fisica (desagregagao) e quimica (decomposigao) que as rochas sofrem ao afiorar na superficie terrestre, e os seus produtos, a rocha alterada e 0 Qutros processos alterando como: erosao, transporte e sedimentac;ao, solo, estao sujeitos a 0 relevo. Tais fatores sao controlados pela agao do clima, pela variagilo de temperatura e distribuigao de chuvas, 0 relevo que influi na infi~ragao e drenagem de aguas pluviais, a fauna e flora que fornecem proporcionam o a recombinac;ao intemperismo flsico temperatura termica dia/noite nos materia organica para as reac;:oes quimicas e de materiais. (desagregagao) e causado pela variagilo de estac;:oes do anD que provocam e nas materia is rochosos. fragmentando-os; as dilatac;:ao termica dos minerais rompem a coesao expansao e contrac;ao diferentes coeficientes mudanc;:acictica de tea res de umidade causa ex pan sao e contra9~o, variagao termica provoca regioes agua 0 enfraquecimento e a fragmenta,ilo sujeitas a temperatura nas fendas abaixo de zero, em que acontece provocadas em 9%, exercendo pressao na rocha e 0 pelo intemperismo, aumento das fraturas dos cristais, mas tambem congelamento 0 e fragmentagao pela expansao a e associada das rochas. Em ha aumento cristalizagilo de sais dissolvidos na agua de infiltragao provoca 56 pelo aumento de das particulas de rocha; a de do volume das rochas. A mesmo efeito, nilo 0 termica nesses crista is provocados pelo aumento da temperatura ao longo do dia ou pela absorgilo de agua. a intemperismo nas fissuras originarios fisico tambem das rochas, da alteragao sendo pode ser provo cad a por sais que se precipitam as mais comuns intemperica da propria as cloretos. sulfatos rocha, sao que e carbonatos dissolvidos pelas solu,oes percolantes provenientes das chuvas. 0 intemperismo fisico tambem pode ocorrer quando ha afloramento de rocha na superffcie. Com 0 alfvio da pressao ht3 a expansilo dos corpos rochosos. causando a abertura de fraturas paralelas a superffcie 0 nome ao longo do local onde de juntas crescimento a de alivio. au a pressao ainda, foi aliviada. e afetada provocado pela a rocha Tais fraturas recebem pel a pressao causada diferenc;a ambiente pelo das rafzes em suas fissuras. intemperismo qufmico e de na superflcie terrestre e as condigoes de pressao e temperaturas abaixo da superficie onde em geral ocorre a formagao da rocha. Quando a rocha aflora a minerais transformando~se entram em desequilfbrio sofrendo alterac;oes quimicas, superficie seus 51 ea em Qutros minerais mais estilveis a esse novo ambiente. Seu principal agente agua da chuva que infiltra e percola as rochas. Essa agua, rica em 02, em intera9~o com 0 COl. da atmosfera adquire carcHer acido, aumentado ainda mais pelo cantato com solo onde 0 organica a respirac;ao enriquecem das plantas 0 ambiente em pelas CO', raizes e a oxida,ao diminuindo ainda mais da materia seu pH. A degradaC;ao da materia orga,nica forma varia acidos, incorporando-os a aguas percolantes, aumentando intensificando assim 0 seu poder perfil intemperizado Urn transportados de ataque que safre perda pela agua passa pela fase soluvel. (neoformados) como e 0 0 (relac;ao aos de minerais minerais, soluveis mais 0 material que resta no perfil apos essa ayao, com poe a fase residual, sao as minerais mais comum em intemperismo quimica. primarios residuais, sendo a quartzo, e as minerais secundarios que se formaram causados pel a precipitac;ao de substancias dissolvidas no perfil na agua, case de oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio. Porem se as caracteristicas primarias forem preservadas parcialmente em sua estrutura, e chamada de minerais secundarios transformados, citando como exemplo a mica. o perfil de altera,ao ou perfil de solo tipico, composto da base para 0 topo pela rocha inalterada, saprolito e solum. 0 solum compreende os horizontes afetados solum. pel a pedogenese A descri,ao (0, A, E e B). 0 solo compreende dos horizontes do perfil do solo e composta 0 saprolito (C) e 0 por: 0- Horizonte rico em restos orgtmicos em vias de decomposi9ao. A - Horizonte escuro, com materia mineral e orgAnica de alta atividade biol6gica. E - Horizonte mais claro, marcado pela rem09~0 de particulas argilosas, materia orgfmica e oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio. B - Horizonte de acumula9ao de argila, materia orgtmica e oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio. C - Horizonte Pode ser de rocha alterada dividido em: (saprolito). Saprolito fino que e morfol6gica da rocha nao e mais reconhecida e inferior onde as estruturas e texturas a parte 0 superior onde a heran,a Saprolito grosseiro que e a parte da rocha estao conservadas (Figura 3) 52 FIGURA 3 - PERFIL DE ALTERA9AO FONTE: Teixeira et ai, 2000. DE SOLO E HORIZONTE DE SOLO 53 Sendo um elo importante no cicio das rochas e da forma~~o do solo, propicia uma fase residual primarios inalterados, principais que permanece nos continentes, secundarios minerais associa~Oes do manto e neoformados. transforrnados altera9a.o incluem de intemperismo 0 s~o as minerais que 0 quartzo, as As micas, argilominerais do grupo da caulinita e da esmectita e os oxi-hid6xidos de ferro e aluminio. Complementando a genese do manto de altera~~o ha uma fase Iiquida composta superficie de solw;Oes terrestre, aquosas tai5 ficas em elementos como s6dio, calcio, mais soluveis nas condic;Oes da magnesia potassio, e silicio .Em periodos de estabilidade tectonica tais solu<;6ess~o drenadas do perfil de altera~~o para locais mais rebaixados as mais importantes as na paisagem, bacias continente safre principalmente superficie, nas bacias origem a rochas de formando erosa.o quimica, sedimentares sedimentares dep6sitos sedimenta<;ao provocando hi! a precipita~o qufmicas, como sedimentares, marinhas. Assim 0 rebaixamento desses os calcarios. solutos Mudanc;as sendo quando 0 de sua que darao climaticas podem expor tais rochas tornando-os vulneraveis a a~o da erosao mecfmica. Os minerais primarios e secundarios formados no perfil carregados pela depositados nas bacias de sedimenta~~o relaciona-se a fonma~o sedimentares clasticas, tais como arenitos, folhelhos agua serao de rochas e argilitos. A agua esta presente em todos componentes do sistema terrestre, na atmosfera, na biosfera, no solo, sofrendo a a~ao da temperatura, tornando-se importante agente do intemperismo, sendo fundamental conhecer para conhecer a dinamica da agua nesse processo. 0 cicio hidrol6gico 54 FIGURA 4 - PERFil HIDROl6GICO .2 "- Ji / Fonte: Teixeira et ai, 2000. Adaptado. 55 Ambientes de intemperismo e ambientes de sedimenta9ao podem ser considerados complementares, sendo dominante no intemperismo a subtra9aO da materia enos ambientes cujo processo e sedimenta9ao ha a adi9ao da materia. Ainda segundo Teixeira et al (2000), as rea90es do intemperismo quimico pode ser representada pela equa9ao generica assim representada: Mineral I + solu~o de altera.,ao => Mineral II + solU9aOde lixivia9ao. Tais rea90es est:io sujeitas as leis do equilibria quimico e as oscila96es das condic;6es exemplo ambientais. a Se sao adicionados componentes agua em maior au menor quantidade, pade au retirados, acelerar DU como retardar processos qufmicos, gerando diferentes minerais secundarios e diferentes soluc;Oes de lixivia9aO A hidrata9ao dos minerais ocorre pela atra9ao de moleculas de agua pela estrutura do mineral modificando-a e formando urn novo mineral. A dissoluC;ao ocorre em minerais sujeitos a solubilizac;ao completa, mais comum em terrenos calcarios, podendo fonnar relevos carsticos, caracterizado par cavernas e dolinas. A hidr61ise e urn processo que ocorre nos principais minerais formadores das rochas, pela elimina9ao dos componentes soluveis. 0 grau de elimina9ao dos elementos define a intensidade da hidr6lise. Pode ocorrer: Hidr61isetotal - Acontece quando 100% da silica e do potassio sao eliminados, 0 alumfnio e 0 ferro permanecem no perfil, pois os dois elementos tem comportamento geoquimico muito semelhante a agua. Ao processo de elimina980 total da silica e forma9ao de oxi-hidr6xidos de aluminio e de ferro da-se 0 nome aiitiza9aO ou ferraliliza9ao. Hidr61ise parcial - Ocorre em condi¢es de drenagem menos eficientes, em que parte da silica permanece no perfil original, porem 0 potassio pode se eliminado total ou parcialmente. Esses elementos reagem com 0 alumfnio presente formando aluminossilicalos hidratados (argilominerais). Em fun.,ao da elimina9ao do potassio, ha a forma980 de dois resu~ados possiveis. Na hidr61ise parcial em que ha a forma~o de silicatos de aluminio 0 processo e denominado de sialitiza~o. Quando se origina argilominerais do tipo caulinita chama-se monossialitiza~ao. No caso de se formar argilominerais 0 processo e denominado bissiliatiza~ao. Acid61ise - A maior parte des processes de intemperismo qufmico sao de natureza hidrolitica. Porem em ambientes mais frios, onde a decomposi9aO da materia 56 orga.nica ocorre a forma<;a.o de acidos organicos nao e total, na agua sendo capazes de afetar 0 ferro e 0 aluminio, colocando-os em SOIUy20,ocorrendo a acid61ise 0 processo dominante de decomposiy1\odos minerais primarios. Oxidayao - Elementos presentes estado de oxida<;a.o, como 0 nos minerals, pod em apresentar mais de urn terro encontrado nos minerais ferromagnesianos primarios, como a biotita ao ser oxidada. A goethita pode transformar-se em hematita por desidratay20. Em geral na hidrolise ou na hidr6lise total 0 ferro e individualizado em oxidos e oxi-hidroxidos (hematita e goethita, principalmente). Esses minerais fornecem as coberturas intempericas, cores que variam de tons de castanho, vermelho, laranja e amarelo, comuns aos solos de zonas tropicais. Genericamente se da 0 nome de Jateritas constituidas por oxi-hidr6xidos de alumfnio respons8vel por essas a essas forma<;oes superficiais e de ferro e caulinita. E ao processo associa<;6esminerais da-se a nome de laterizayAo. A composiy20 do solo sofre infiu~ncia da distribuiy20 dos processos de alteray20 das rochas na superficie terrestre. Tal distribuiy20 se da a partir de tatores em fUny20 de parametros climaticos atuais, esquematizados principalmente em dois dominios: regioes sem alterayao qufmica - 14% da superficie dos continentes e regiOescom alterayao quimica - 86% da superficie dos continentes. FIGURA 5 - GRAFICO DE DISTRIBUI<;AO DOS PROCESSOS Fonte: Teixeirll et al. 2000, Adaptado. DE INTERPERISMO 57 I: __ AII"~' :l_"~~ ~z......•• _ •••••.••... ~ .•.. i"';t 'Z~ ••••~_ • z-_oua""' •.••• 7 Ec......ao '1IfOOi_:U"n~t_ttc ••• "••_.~, .•.•• (TA,l"" ••••••• IIIM' _"'*""" .••••..-.nl ....•. ,.,..ir.c._ 58 As regioes sem altera,ao quimica sao caraclerizadas pela total ausencia de liquido, como em regi~es polares, com temperaturas agua no estado inferiores a O·C, em que a agua se encontra em estado s6lido; ou ainda em regioes desMicas cujo meio apresenta secura extrema devido a auslincia de chuvas e pela forte evapora,ao. As regiOes caracterizadas altera~o quimica correspondem par das areas do planeta e possuem urna menes desenvolvida. Tais regiOes certa umidade e cobertura apresentam ao restante vegetal caracteristicas mais ou heterogeneas, divididas em quatro zonas de distribui,ao grosseiramente apresentadas de forma latitudinal, baseada em caracteristicas climaticas: Zona de acid6lise total (16% da superficie continental) sao as zonas frias do e planeta, cuja vegeta,ao degradam mais lentamente, cemposta por liquens e coniferas, cujos residuos se fornecendo complexos orgfmicos fazendo aluminio 0 migrar par acid61ise total. Os solos resultantes sao chamados solos podz6icos, ricas em quartzo e em materia orgfmica. Tal zona corresponde a regiao circumpolar do hemisferio norte. Zona de alitizayao (13,5% da superficie continental) sao as zonas predominantemente tropicais, cem precipitayao abundante, superior a 1500 mm, e vegeta980 exuberante. A caracteristica principal e a associa9ao mineral de oxi- hid6xidos de ferro e de aluminio, goethita e gibbsita, nesta ordem. Zona de monossialitiza9ao - subtropical umida com precipita9ao superior a 15° C. Tendo (18% da superior a como principais superffcie minerais e continental) 500 mm e temperatura resultantes a zona media anual a caulinita e oxi- hidr6xidos de ferro. Zona de bissialitiza,ao (39% da superficie continental) constituida por regioes temperadas e aridas, onde a altera9lio e a lixivia9ao sao pouco intensas, resultando na fonmayao de argilominerais secundarios em silicio. Tanto pode ser um ambiente hidrolitico de forma9ao terrosos, como aluminosas. Tal de esmectitas no ambiente esquema, ricas em elementos de acid61ise parcial, aceito em escala alcalinos e alcalino onde se formam esmectitas de analise do planeta, pode ser bastante modificado por condiyaes locais de relevo, microclima, tipo litol6gico predominante, etc. Como exemple pedemos analisar a Bacia Amaz6nica cujo 59 processo dominante seja a laterizac;ao, sobre rochas rieas em quartzo pode ocorrer acid61ise secundaria, resultando na perda de argilas e levando a formay80 de verdadeiros solos podz6icos. Varios os fatores que controlam a alteray1io intemper;ca com relayao a sua natureza, velocidade e intensidade. Sao fatores de controle de intemperismo representados pelo material parental, ciima, lopografia, biosfera e tempo. Material parental - A altera~o intemperica se da. a partir da natureza dos minerais constituintes da rocha, sua textura e estrutura. Uma rocha silicatica como 0 granito mais resistente a alterac;ao que uma rocha carbonatica como 0 e marmore. Os minerais constituintes das rochas de origem ao solo, alguns sao mais suscetiveis que outros a alterayao. 0 intemperismo fisico (fissuras e juntas) propicia a infiltrayao e percolac;aodas aguas contribuindo assim, com Clima - 0 clima 0 intemperismo quimico. e 0 fator que mais influencia 0 intemperismo, determinando 0 tipo e velocidade da alterayao em determinada regiao. Os parametros climaticos mais importantes, precipitayao e temperatura, regulam a natureza e a velocidade das reayOes quimicas. Quanto maior for a disponibilidade de agua (pluviosidade total) e mais freqOente for a sua renovayao (distribuiyao das chuvas) mais completa serao as reaC;Oes quimicas do intemperismo. processos, condicionando a a~o A temperatura tern uma a~o dupla nos da agua: ao mesmo tempo em que acelera as reayoes quimicas, aumenta a evapora,1io diminuindo a quantidade de agua disponfvel para a lixivia9~o dos elementos soluveis. A cada 10·C de aumento de temperatura a velocidade das rea,oes quimicas aumenta de duas a tres vezes. 60 FIGURA 6 -INFLU~NCIA DO CLiMA NO INTERPERISMO W' *----------------------------------------------------.-- Fonte: Teixeira Intemperismo fisico e quimico Intemperismo f!sieo leve muito leve Intemperismo f'sico Intemperisrno congelamento quimico rnoderlldocom a9io de Intemperismo quimico moderado Intemperismo quimico Intemperismo tisico forte Intemperismo congelamento quimico moderado com lIyio de Intemperismo fisico leve Intemperismo fisico e quimico moderado forte multo leve et ai, 2000. Topografia - A topografia em conjunto com a cobertura vegetal regula a velocidade do escoamento superficial das aguas pluviais, controlando, portanto a quantidade de agua que se infiltra nos perfis, proporcionando soluveis. As rea<;Oes quimicas do intemperismo a elimina9~o dos componentes ocorrem mais intensamente nos compartimentos do relevo onde ha boa infiltragao da agua, percolagao por tempo suficiente para a consumagao das reagOese a drenagem da lixiviagao dos produtos soluveis. Com a repeti<;ao do processo as componentes sohJveis sao removidos e a perfil se aprofunda. Diferentes situa<;oes de relevo influenciam diretamente na infiltragao das aguas e na drenagem interna dos perfis. Biosfera - A materia organica (vegetal e animal) se decompOe no solo, liberando CO', cuja concentragao no solo pode se ate 100 vezes maior que na atmosfera, diminuindo 0 pH das aguas de infiltragao. Portanto a qualidade da agua que 61 promove intemperismo quimico e bastante influenciada peta a<;iioda biosfera. Em 0 torno da raiz das ptantas enquanto 0 0 pH e ainda menor, na faixa de 2 a 4, e e mantido metabolismo da planta for mantido. tsso e importante para processamento do alumfnio, que sendo muito torna-se bastante soluvel em pH abaixo de 4. A soluvel nos meies pouco biosfera tambem 0 normais participa do processo intemperico atraves da forma<;iio de moh;culas organicas capazes de remover cations produzidos aluminio dos minerais, colocando-os dos silicates que as quimico mais soIU9~O. Os acldos de extrair ate mil vezes aguas da chuva. Superficies liquens que secretam acido ox.lico intemperismo em s~o capazes pelos microorganismos rochosas orgttnicos mais ferro e colonizadas por e acido fen6licos, sao atacadas pelo intensamente que rochas nuas, mesma diretamente expostas aDs Qutros agentes de intemperismo. Tempo - Em e necessaria condiyOes de intemperismo pouco agressivas urn tempo mais longo de exposi,ao as intemperies para que haja um perfl de altera,ao na rocha. 0 tempo necessario depende dos outros fatores que provocam 0 intemperismo, entre a resistencia dos minerais e a influ~nciado clima. eles estao Sob climas muito frios, como 0 da Escandinavia, superficies graniticas expostas ha cerca de 10.000 anos, apresentam manto de altera~o de poucos milimetros de espessura. Na india, cujo clima e tropical, cinzas vulcanicas datadas de 4.000 anos desenvolveram intemperismo camada para cultivo em apenas 4.4.2 de solo de lavas basalticas argiloso de recentes permitiu 1,8m de espessura. No Havai, 0 a formac;:ao de solo suficiente um ano. Produtos do Intemperismo o manto de intemperismo geralmente evolui na por,ao superfcial por processos de pedog~nese, para a forma,ao dos solos. Em condi,6es excepcionais, que exigem relativamente horizontes laterilicos uma conjunc;:ao agressivas enriquecidos ou depositos de em de varios intemperismo, minerais minerais. fatores, entre forma-se de interesse no os quais manto econOmico. sao de condi96es alterac;:ao os depositos 62 4.4.3 Classificac;:ao dos Solos as solos encontrados fun9ao das diferentes A classifica9ao caracteristicas origem a como estabelecer nos Estados geneticos, morfologicos vegeta9ao. americano. fun9ao Observe Unidos e que da considera a Figura e altitude, 7 apresentando estando 0 criterios, e em privilegiando mapa 0 que da a "Soil Taxonomy" 12 ordens em diferentes No mapa de solos evidencia-se latitude diversidade ou morfogeneticos A mais utilizada entre solos encontrados a classifica9ao. em apresentam de forma9Ao. de solo pode ser feita por diferentes criterios correla<;6es considerar da Terra de seus fatores varias classificac;Oes pedol6gicas. desenvolvida e zonal, na superficie combina<;6es de solos. que a distribui9ao relacionada dos Para regiOes e importante solos ao do solo clima e a do continente 63 FIGURA 7 - SOLOS DO CONTINENTE AMERICANO D "-0' _ oa O~ "1'010"'& AM.~Aa OPI ADA MONTANHClSA3 •. Fonte: Teixeira et ai, 2000, Adaptado. 64 4.4.4 Solos Tropicais Ainda segundo Teixeira et al (2000) 0 Brasil encontra·se em regiilo tropical, onde cada tipo de solo possui propriedades fisicas, quimicas e morfol6gicas especificas, porem apresentando eerto numero de atributos comuns a todos os tipos, como exemplo a composi91io mineral6gica simples, entre eles quartzo, caulinita, oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio; grande espessura e horizontes em cujas cores predomina a amarelo e 0 vermelho. Os solos tropicais possuem baixa fertilidade, sendo empobrecidos quimicamente par apresentarem composiC;c30 minerais com temperado, elementos de clima ricos em argilominerais e capazes de reter elementos quimicos metabolismo soluveis, vegetal. se comparados de com solos necessarios ao menes Tais solos sao ecossistemas frageis, vulneraveis a ac;ao antropica e sofrem as efeitos das tecnicas de utilizac;ao de manejo desapropriadas. 4.4.5 Os Solos Brasileiros Silo estudados pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria), que vern coletando dados cartograficos do territorio desde 1960. Tal trabalho permitiu desenvolver uma classifica9ilo propria, publicada em 1999, subdividindo as solos brasileiros em 14 classes, sendo: 65 TABELA 1 - CLASSIFICAyAO DO SOLO BRASILEIRO UTILIZADA PELA EMBRAPA Solo Neossolo Caracterlsticas Solo pouco evoluido, caracteristicas Vertissolo Solo com pre5en~ desenvolvimento Cambissolo Solo pouco Solo podendo Luvissolo Alissolo de horizontes b, predominam as original restrito. desenvolvido. apresenta com harizonte desenvolvimento media, ou nao apresentar Solo com atividade ausencia do material expansAo e contra9io pela de arg]'a 2: 1 expansivas Chernossolo com com herdadas horizonte b incipiente atuay40 acumulacJo Solo com horizonte horizonte 8 textural. de bissialitizayao, de calcio (B textural). farmada B de acumulayao alia (bissialitizayao) de processo de carbonate superior par argila de tixiviado com alto conteudo de aluminio, extraivel;sol0 acido Argissolo Solo bern evo/uido, argiloso apresenumdo mobilizaryio de argila da parte mais superficiel Niitolsolo Solo bem evoluido (estrutura latossolo (argila em blocos), Solo altamente caulinitica oxi-hidroxidos) apresentando evoluido, superficies lateriudo, fortemente brilhantes estruturoldo (cerosidade). rico em argilominerais 1:1 e oxi-droxidos de ferro e aluminio Espodossolo Solo evidenciando compostos PlanossoJo do processo com ou sem ferro; Solo com forte percla de argila argile Plintossoio a atua~o aluminoses, no horizonte de podzolizayao: prese~ forte eluviayAo de humus e nil!. parte superficial de seido. concentrayAo intenu de localizada de subsuperficial Solo com experessiva plintitizayAo (segrega'Yio e concentrsyao ferro) Gleissolo Solo hidrom6rfico apresentando Organosso[o Fonte: Teixeira intens. Solo essenciillmente et ai, 2000. (saturado redw;ao orgoinico; em agua), des compostos material original rico em materia orgllnica, de ferro constitui 0 proprio solo. 66 4.4.6 Recursos o Minerais e EconOmicos recurso mineral presente nas rochas intemperizadas define a forma~ao do tipo de solo, e fatores climaticos e hidrol6gicos contribuem para 0 tipo de vegeta~ao que se desenvolvera em determinado ambiente, gerando assim condi<;Oesde vida aos animais incluindo-se ai as animais presentes, determinando assim 0 minerais no solo presentes domesticados pelo homem, tipo dos recursos disponiveis. A explorayflo dos depositos brasileiro em sua maiaria de forma<;ao lateritica, utilizados pelo homem como materia prima para a industrializa<;ao de produtos a servi<;odo homem, sao tambem importantes tantes de recursos econ6micos. 4.4.7 Dep6sitos Lateriticos Pela localiza~ao em faixa de clima predominantemente tropical, capaz de proporcionar intenso intemperismo, par forma<;oes lateriticas. 0 Brasil passui 75% do territ6rio nacional coberto Tais forma¢es somente estao ausentes no clima semi- arido do Nordeste e no clima sub -tropical da regiao SuI. Para que um dep6sito lateritico se forme, e necessario um acumulo de fatores de ordem: litol6gica - natureza da rocha sobre a qual 0 intemperismo vai atuar; climatica - condi~Oesespeciais de pluviosidade e temperatura; morfotect6nica - caracterlsticas de relevo capazes de permitir drenagem e escoamento de soluc;:6esde ataque as rochas promovendo intense intemperismo. As fonma~Oeslateriticas comportam inumeras jazidas, cuja extra~ao mineral situa-se num indice de 30% da produ~ao brasileira, excetuando-se deste indice, 0 carvao e 0 petr6leo. Os principais recursos minerais concentrados por laterizac;:aono Brasil sao ferro, manganl!S, aluminio, niquel, ni6bio e fosfatos. Os dep6sitos lateriticos de ferro foram fonmados por sedimenta~ao quimica. A origem dos dep6sitos de lateritico, sao principalmente de ordem litol6gica e morfotectOnica. ferro 67 o solo ao ser analisado deve ser considerado, tempo, sob al'~o de latores ativos entre eles clima. vegetal'~o, topografia o no territ6rio brasileiro umido, (semi-.rido). Aliado clima dominante e no Nordeste que desde a period a Cretaceo propiciou a predomintincia sua parental), e 0 na locais e a racha original. formacao. Teriam - material tropical n~o sofreu movimenta90es importante 8 como a estabifidade de cobertura pedol6gica topograticas FIGURA tambem composicyao da que Ihe deu origem (sub-tropical) (rocha alem da rocha em que importtincia Unldad.sCllm6UcosdoBralil que evolui exceto estrutural no Sui das placas, de grande porte, 0 fator climatico secunda ria as no e bioslera. 0 que e a mais condicOes 68 No Brasil os latossolos po is ocorrem diferentes em tipos pedologicas sao os solos com mais representatividade praticamente de rochas. geram outros todas as regiiles bioclimaticas geogr;ifica, do Peculiaridades das condi90es de forma9ao tipos como semi-arido de solo, 0 clima Pais, sobre e evolu9aO do Nordeste brasileiro condiciona a formac;ao de vertissolos e entissolos. 4.4.8 Bacia do Parana Na regiao meridional do Brasil, localizada anomalia posit iva de gravidade, cujos valores causados pela alta densidade dos materiais na Bacia na superficie Serra Geral da Bacia do Parana e uma das maiores basaltico gerou do planeta, um tipo ferrieD. Pode originado especifico ha aproximadamente de solo ser observada 9 -LATOSSOLO Fonte: Mineropar - 2003 M uma predominante ou em profundidade. A manifestac;oes de vulcanism a 130 milhOes na regiao 0 de anos. latossolo Isso verrnelho a presenc;a de latossolos vermelhos no Bacia do Parana, com grande ocorrlmcia no estado do Parana. FIGURA do Parana, sao maiores do que as previstos e sao NA BACIA DO PARANA 69 FIGURA 10- ROCHA VULcANICA DA BACIA DO PARANA BRASIL __ A Vulcanlsmo da Bacia do Parana A' Fonte Teixeira et _I. 2000. FIGURA 10A - CORTE km vulcanicas basicas 20 40 Fonte Teixeira A A - ROCHA VULcANICA et III. 2000. DA BACIA DO PARANA rocilas 70 5 A PM 5.1 TICA ESCOLAR PROJETO o POliTICO PEDAG6GICO Projeto Politico-Pedagogico, segundo Vasconcelos (2000) 'e 0 plano global da institui9~O'. Pode ser entendido como a sistematiza9~o, nunca definitiva, de urn processo caminhada, de Planejamento que define Participativ~, claramente 0 tipo de que se aperfeh;:oa ayao educativa e se concretiza na E que se quer realizar. E um instrumento te6rico-metodologico para a interveny~o e mudanya da realidade. um elemento de organizayao e integray~o da atividade pratica da institui~o neste processo de transforma9~0. Braga (1997) propoe a necessidade do conhecimento da natureza terrestre, do espayo e das mudanr;as aprofundados numa uma seqO~ncia que ocorrem seqOencia horizontal, em nossa mundo. vertical iniciada Os conteudos de 101 ate 80 serie nao 56 entre as aspectos abordados, Qutros conteudos. Segundo as autores mencionados acima devem e integrados como tambem alguns aspectos ser em com a serern abordados s~o: - 0 Ser Humano - Os Materiais - E propoe e as Oemais Seres Vivos; e suas Transforma90es; A Terra como Planeta. necessaria estudar, correlacionar identificando, cotidiano da crian<;a e compreendendo a mundo 0 e a ciencia fisico seres vivos como sistemas din~micos. 5.2 DO SOLO NO LlVRO DIDATICO A ABORDAGEM Promover a modificac;:ao de conceitos da mudam.;:a de cultura necessaria basicos para a execuc;ao a respeito desse grande a que e a mundo do solo e projeto. se dos participar Trabalho esse que necessita de formayao de professores para a utiliza9~o do solo como ferramenta pedag6gica e didatica para a ato experimental de conceitos te6ricos de todas as disciplinas. Isso devera ser acompanhado de alualizayOes sobre 0 tema em literatura de apoio e tambem no livro didatico. 71 o livro didatico e apontado como fio condutor da pr<,ticapedagogica em sala 0 que e 0 estudo do solo, e cemo trabalha-Io, de aula, sendo ele quem determina reforr;:andoassim, a abordagem estatica, sem considerar 0 seu carater dinamico, 0 que acaba por reforr;:ara fragmentayao do saber (SECRETARIA DE EDUCAc;:iiO DO ESTADO DO PARANA, 1991). Braga e Moreira (1997) consideram que nao se justifica atraves de transmiss~o de registros alheios, logico do aluno. Segundo os autores, 0 estereis, desvinculado 0 aprendizado do pensamento professor precisa observar a graduar;:aodos centeudos, criando situay6es para que, a partir da curiosidade, da duvida, da formular;:ao de cenceitos, possa ocerrer a construr;:i'io de novos conhecimentos, novas possibilidades fenOrnenos 5.3 resultantes METODOS DE AVAUN;Ao Em muitos paises, dirigida estatal e explicac;ao cientffica a DO RENDIMENTO a avaliaC;3o educativa aula, foi, progressivamente, e, da investigac;ao dos diversos da natureza. transformando-se exercida em uma ESCOLAR rotineiramente em sala de avalia9aO padronizada, ista comprovar;:aoda aquisir;:aode "padroes" educativos fixados em niveis au nacional. 1550 se deve ao costume que muitos sistemas educativos tern de avaliar massivamente a popular;:aoescolar do pais mediante "testes padronizados" de lapis e de papel e, em geral, de multipia escola, em virtude do legitimo desejo de comprovar que esse 0 rendimento sistema e de seu sistema objetivo, educativo. nlpido, barato Seus e perrnite defensores estabelecer consideram camparac;Oes (RAMOS, 2000) A avaliac;~a de um curricula integrada com temas transversais implica um processo diferente em relar;:aoao tradicional. A maioria dos problemas diferentes em relar;:aoao tradicional. A maioria dos problemas e tarefas do mundo real, que sao as que nas trazem a transversalidade, nao tem resposta Simples, pelo que e impartante destacar essa visao simplista cem provas de avaliar;:aode verdadeiro I falso ou de multipla escolha. aprendizagem Urn curriculo relevantes, integrado isto e, deve girar mais em torna das atividades urn curricula integrado exige uma de avaliac;a.a integrada na qual 0 aluno passa aplicar os seus conhecimentos disciplinares em situar;:oesreais (RAMOS, 2000). 72 Avaliar os procedimentos, proposto por Torres e Bochniak (2003), pretende objetivar 0 processo ao inves de avaliar 0 produto. Segundo os autores este metodo de avalial'ao e desenvolvido em grupo, com uma regularidade estabelecida em lunl'ao da sequencia dos periodos especificos em que os alunos ja tenham desenvolvido as demais exercicios individualmente au em pequenos grupos. Para Capra, (1982), a ciimcia nao precisa ficar restrita a medil'oes e an;llises quantitativa, ele chama de cientifica qualquer abordagem do conhecimento que satisla\," duas condil'6es: todo conhecimento deve basear-se na observal'80 sistematica e expressar~se em termos de modelos autocoerentes, aproximados. Esses requisitos, segundo Capra, constru,80 cientifico. e mas limitados e a base empfrica e 0 processo de de modelos, representam, dois elementos essenciais do metodo Qutros aspectos, como a quantificay~o au usa da matematica, sao Propiciar urn ambiente onde cada membra apresente suas contribui<;oes que 0 freqOentemente desejaveis mas nao fundamentais. va~ sendo discutidas com as Qutros membros, que van completando, refutando au acrescentando ideias. E nesta constru,80 dialetica do processo educacional, em que o dialogo entre todos e uma via de mao dupla, onde todos lem uma al'ao reciproca sobre 0 texto, que se produz 0 conhecimento. (TORRES E BOCHNIAK, 2003) 73 6 ANALISE DE CASOS A Seguir utilizando que sera apresentado da criatividade proporcionaram a casas e de recursos de instituic;oes naturais de ensine conseguiram integrac;ao da comunidade escolar municipais desenvolver com que projetos a comunidade regional onde a escola esta instalada. 6.1 ESCOLA MUNICIPAL CORONEL DURIVAL BRITO E SILVA A Escola Durival Brito esta situada na Rua Emilio Bertolini, 44, no bairro Cajuru, atende ao ensina Fundamental e Educ8<;ao infantil. Mesmo que a escola n~o tenha um enfoque especifico voltado a educa~~o ambiental, entrenta situac;6es cotidianas que levam a comunidade escolar a refletir sobre sua atitude em rela~ao ao ambiente. A primeira situa~~o a destacar foi a enchente no patio da escola causada pelo entupimento da rede de drenagem pelo excesso de folhas que caiam das arvores no patio. Foram promovidas discussOes com a comunidade escolar, observado as conclus~o da necessidade de corte de comprometimento, condic;Oes das iuvares, chegando-se algumas espfkie que a apresentavam colocando em risco a seguran<;a dos alunos. A segunda situa~~o ocorrida foi a discussao a respeito da conduta de empresa localizada perto da escola que estava fazendo despejo de oleos e solventes a usados escola. Tal na limpeza evento de per;:as de motores, gerou ampla discuSS80 diretamente e mobilizar;:8o no c6rrego da pr6ximo escola e da comunidade. 6.2 CENTRO DE INTERA<;Ao o Centro de Intera~o INFANTIL IIha do Mel oj ILHA DO MEL. um local mantido pela comunidade em parceria com a Prefeitura de Curitiba e localiza-se no bairro Uberaba. A popula~~o que utiliza residem 0 espa~o do Centro de Intera~~o, em sua maioria, filhos de pessoas que na regiao de invasao nas margens do Rio Iguar;:u, em condir;:oes precarias de habita~ao, sobrevivendo de subemprego, como catadores de papel, operarios, 74 etc. e urn importante 0 centro de interac;:ao proporcionando eventos. possibilitando relac;:oes ponto de convivimcia e despertar entre eles bazares de amizade e comemoraC;Oes de datas associa~o dos moradores e cultural importantes para busear solu,oes para as diliculdades enlrentadas. 6.3 ESCOLA MUNICIPAL DONATILLA CARON A Escola Donatila Caron esta. situada Guabirotuba, e proporciona a ensino na Rua Alvorada, Fundamental n" 460 no bairro crianc;as durante para 0 dia, e a noite educagao basica de Jovens e Adultos. 6.3.1 Projeto Desenvolvido Pesquisa e pratica alternativa na educaC;:8o - Horta na Escola. Objetivos: Oesenvo[ver importancia conservar socializar a atenyao e 0 do meio ambiente; e cuidar do meio raciocfnio; perceber ambiente; conscientizar crianyas sobre a conscientizar para a nao poluiyao; com as colegas. Encaminhamento metodol6gico: loi discutido escola, as ligac;:ao do homem com a natureza; a com familia res dos alunos, convocando 0 projeto junto para uma reuniao a dire,ilo da com a gestao escolar e comunidade, e a identificagao dos interessados em participar da constru,ao e manuten,ao da horta na escola. o segundo passe loi a estruturagao de todo 0 projeto que envolveu as seguintes etapas: Escolha do local; organiza,ao do trabalho; prepara,ao do terreno e aduba,ilo; adubo; irriga,ilo; cultivo; teste de genmina<;ilo; como plantar as hortali98s; plantio de mudas; plantio delinitivo e direto de sementes; cuidados com a horta; colheita: Recursos Didaticos: terra, sementes, espa,o fisico. agua, adubo, areia, pedra (brita). ferramentas (pa, enxada, rastelo, colher de transplante, regador, pulverizador). Avalia,ilo: loi dinamica durante tadas as lases do processo, considerando atitudes, hipoteses e interac;oes entre 0 aluno e 0 objeto de aprendizagem e como resultado relatorio com observa<;6es dos alunos, leito em duplas ou em pequenos grupos. 75 Esse relatorio formalizou registros de cada fase do trabalho, para avalia,~o critica de todo 0 durante 0 processo. Ah~m disso, foi passivel observar procedimentos e autonomia desenvolvimento dos trabalhos. A avalia,ao ocorreu durante todo escola, compativel com 0 0 processo da constru,ao da horta na objetivo proposto, pois alguns principios importantes foram considerados per todos as que interagiram no processo, que fcram: a aprendizagem envolveu as alunos, a aprendizagem e pessoal, teve significac;ao no contexto dos alunos; po is envolve mudan<;as individuais e se taz par urn processo continuo; a aprendizagem envolveu todos as elementos do sistema, desenvolvendo possibilidades de aprimoramento de relacionamentos interpessoais. o ponto principal da educa~o voltou-se ao aluno aprender a aprender, saber pensar, ser critieD e analitico. E foj dentro dessa perspectiva que a avalia<;t!lo trabalhou. 6.4 ESCOLA MUNICIPAL DOM MANUEL DA SILVEIRA D'ELBOUX A Escola Dom Manuel D'Elboux - Ensino Fundamental localiza,se na Rua; Presidente Rodrigo Otavio, 1158 Bairro Hugo Lange. Originariamente mantida pela esfera estadual, foi municipalizada a partir de 2002, recebendo obras de reforma. A partir de junho de 2004, equipado, passa motivQ de orgulho a funcionar no para toda equipe predio novo, que foi totalmente educacional e a comunidade, e representa urn ganho significativo de recursos para todos as alunos da escola. 6.4.1 Projetos Desenvolvidos Projeto Educar para a Cultura da Paz. Objetivo: Melhorar a qualidade do ambienta escola, a partir da reflexao sobre os problemas existentes e busca de alternativas para sua resolu9ao, envolvendo a participa,ao da comunidade escolar em a,6es concretas. 76 ac;:Oes educacionais seguem um encadeamento Encaminhamento Metodol6gico: As e relacionam-se com ja em andamento projetos na eseela como a analise e complementa9ao das a96es realizadas em 2003 desenvolvidas no projeto "qualidade de vida depende de n6s", no qual loram levantados os problemas que a escola enfrentava relacionados a agua, a erosao e esgoto, sendo que algumas a9(3es fcram iniciadas naquele ano e outras continuaram concluidas neste ana. Obras que fcram iniciadas e 2003: floreiras - mura de contenyao de Talude que apresentava em instabilidade, horta ,drenagem de esgoto , poda de arvores. Tais resultados Icram buscados apos as seguintes analises: levantamento de problemas sabre 0 ambiente problemas socioambientais Como foi trabalhado 0 ensina na eseela 0 da eseela; estudo de tematicas relacionadas aos existentes na escola, visando a busea de 501u90e5. e estruturado par ciclos de aprendizagem, no Cicio 1 tema: Diversidade no ecossistema: l' etapa do cicio I: Compara9ao entre os seres vivos estabelecendo semelhan9as e diferen9as. A interdepend~ncia entre 05 seres vivos, considerando os aspectos biologicos e sociologicos da interferencia humana. 0 desenvolvimento da l' Etapa que versa va sobre diversidade socio-ambiental, terra rio em sala de aula; e durante 0 foi executado 0 projeto de mutirao de pais, os alunos participaram um da oficina da "escultura ecoI6gica". 2° etapa do cicio I: Estudou-se em diferentes ambientes. aspectos bio16gicos desenvolvimento e a agua, 0 ar, A interdependencia sociol6gicos da 2° etapa da foi executada a luz, 0 calor, 0 solo e os seres vivos entre os seres vivos, considerando interferencia a humana. Durante os 0 confec9~0 de uma arvore e suas partes em papel Kraft em sala de aula; painel de "dicas" sabre a preserva9~0 do meio ambiente em sala de aula; teste de germina9~0 de sementes em copinhos em sala de aula; e durante 0 mutir~o de pais loi proporcionada olicina de conlec9ao do mini-jardim. 77 RESULTADOS CICLO 1 - 1° E 2° FASE: Figura 11 - Terraria - Um ecossistema Fonte: Acervo da Escola FIGURA 12 - Escu~ura Fonte: Acervo da Escola Ecol6gica em Miniatura 78 FIGURA 13 - Mini Jardim Fonte: Acervo da Escola Figura 14 - Pais na Elabora<;ao do Jardim _~"1 Fonte: Acervo da Escola 79 No Cicio II 0 tema trabalhado foi a eros~o e recupera~o do solo, problema que a escola estava enfrentando naquele momento. 1° etapa do cicio II: estudou utilizayao e a transformac;:Jo - se as caracteristicas pelo ser humano', praticas poluentes no ambiente. Durante 0 e propriedades as causas e do solo' a consequemcias de desenvolvimento da primeira etapa foi possivel conhecer dados sobre compostagem, a compreensao da importiincia de nutrientes no solo e confect;ao de cartazes pelos alunos a partir da pesquisa, trabalho executado em sala de aula; 2° etapa do cicio II: a alimento da saude e crescimento como fonte de materia saudavel do corpo. e energia Alimentos para a manutenyao naturais; reaproveitamento dos alimentos; nutri~ao; piriimide dos alimentos. No desenvolvimento das atividades houve oportunidades de leitura, pesquisa, acesso a textos e elabora~o de cartazes sobre as ervas medicinais em sala de aula. Foi passivel plantio do pinhao discussao sobre reflorestamento e 0 a discussao e pnltica do contexto da lenda da gralha azul (simbolo do Parana); e depois disso foi oportunizado durante 0 mutirao de pais a oficina de plantio de pinheiro. Atividades complementares: Educa~~o fisica - trabalho de expressao corporal utilizando as musicas: "Que beleza" e "Planeta agua", em horario normal de aula. A apresenta~o de numeros artisticos pelos alunos da manha e da tarde no dia do mutirao; recrea~ao para todas as crianc;as da eseela, com vistas a organiz89:'o de tempo e espac;o. Educa~ao Artistica: leitura de textos da gralha azul em sala de aula; elabora~ao e escrita de textes em quadrinho sabre 0 tema; concurso pintado no muro dos fundos da escola durante 0 para escolha do painel a ser mutirao; banco de biodiversidade com a~o conjunta de coleta de sementes, confec~o do banco de distribui~ao no dia do Mutirao. 80 RESULTADOS CICLO FIGURA 15 - Oficina Fonte: Acervo FIGURA 11_10 E 20 FASES: de Compostagem da Escola 16 - Plantio do Pinheiro Fonte: Acervo da Escola 81 Figura 17 - Trabalhando Fonte: Acervo em Mutirilo da Escola As a90es foram avaliadas atraves do preen chimento de urn questionario enviado aos pais que compareceram no Mutir~o,com as seguintes quest6es: - dl! sua opiniao sabre as atividades realizadas nesta manha - deixe sua sugestilo para a continuidade do projeto de necupera930 ambiental da escola. A lazendo analise das parte da dinilmica discussOes geradas dos trabalhos foi importante e da aprendizagem, e atuando na gestao e no desenvolvimento escolar. com a comunidade participando, opinando 82 7 DISCUSSAO A busca da supera9ao de paradigmas que levaram a fragmenta9ao e individualiza9ao do saber, desarticulando a escola do mundo e da vida dos seres humanos tern se mostrado essa nova forma de olhar preocupaC;ao 0 homem e 0 mundial. E na escola que deve ser iniciada mundo. A fonma9ao de professores e forma~o continuada ja esta instituida na legisla9ao. A obrigatoriedade do ensino Msico e a educa9ao para 0 meio ambiente ja esta definida na legisla9ao brasileira. Cabe aos docentes cobrar das esferas institucionais recursos legislac;ao, para que com pOe a esfera escolar, para a pratica cotidiana Criar dentro ambiental e componente melhorar uma especifica para 0 que a deveres esta na de todos direcyao, professores e alunos e conhecer, para a comunidade de sentir 0 universe e conhecer a aprendizagem do recurso, uma e de ver a tarefa 0 nova cultura homem como mais urgente para socia is da educac;ao. tendo cantato sensorial da crianc;a durante Para executar tal pratica, a utilizac;ao e vivo e interdependente, e as resultados e concretiza ensino fundamental. e transpor hoHstica a aprendizagem facilita e transpor mas principalmente entre eles comunidade, da escola forma continuada, a direitos, escolar. deste sistema Aprender estudo, a formaC;ao nao 56 0 que concerne deve 0 com todo objeto de periodo do 0 0 docente alem da fonma9ao incorporar 0 planejamento de tais praticas no projeto politico pedag6gico da instrtui,ao, no projeto de trabalho e no plano de aula. 83 8 ANALISE A populac;~o em geral desconhece a importancia do solo para aumentar "solo" existente Parametros 0 descaso e 0 nos materia is didaticos, Curriculares 0 que contribui processo de altera~o e degradaC;ao. 0 conteudo normalmente, Nacionais (PCN's) e, esta em desacordo com as freqOentemente encontra-se desatualizado, incorreto ou fora da realidade brasileira. Nos livros de Ci~ncias, estudo do solo de memoriza9ao e tratado atraves dos conteudos, de exercicios impedindo 0 que desenvolvem apenas ato de pesquisar, raciocinar, 0 habilidades imaginar e criar (CURVELLO et ai, 1993, p. 192). o deveria processo de aprendizagem conter experiencias do conhecimento concretas a partir de urn fazer de solos no ensine que levern cientifico, 0 estudante levando fundamental a construc;ao em conta e media gradativa a vinculaC;ao da ciencia ao seu significado politico, social e cultural. Para tal objetivo, a horta, jardim, rnini-jardim ou pomar e recurso experimental de laborat6rio real capaz de proporcionar a complementa~o da teoria com a p"ltica da ac;ao e observaC;aodos resultados. 84 9 RECOMENDAc;OES Este projeto pretende servir como referencial para pesquisas futuras, para 0 desenvolvimento da pratica pedag6gica a prafissionais da educayao que busquem aprofundamento na tematica e que possam contribuir para estabelecer urna nova cultura humana e ambiental sistemica. • metodologias de pesquisa e ac;a.o experimental colaborando com Proper 0 docente para estabelecer os fundamentos de uma nova cultura ambiental. • Oesenvolver situac;oes pedag6gicas adequadas a compreens:io cientifica dos fenomenos naturais e suas influ~ncia5 sociais e culturais. • Planejar procedimentos didaticos significativos para as projetos de ensine adequados a compreensao do espa~o construido pelo homem em diferentes period os hist6ricos . • Organizar situac;Oes de aprendizagem para desenvolver a nCyao de ambiente e possibilitar a compreensao dos sistemas terrestres. • Oferecer espa~o de vivencia que reproduza 0 cotidiano, com aparato tecnol6gico e tambem com ambiente natural capaz de promover atividades de interac;:ao. • Estabelecer condic;:Oespara para 0 0 aluno observar e compreender desenvolvimento dos ciclos na natureza, 0 tempo necessario diminuindo a ansiedade provocada pelo desenvolvimento tecnol6gico. • Despertar 0 docente para desenvolver no aluno a capacidade de promover ambiente social baseado na integra~ao, colabora~ao, coopera~ao, etica, responsabilidade ambiental e social, e valores pertinentes a um relacionamento sadio com a natureza e com a proximo. 85 Mencionar informayoes aos alunos sabre trabalhando 0 modo com entrevistas, Outra proposta relac;Oes de estabelecendo caracteristicas fazer pinturas cola e agua. causa e pintura. inclusive Com da arte aprimoramento tal procedimento em buscando diversas regioes, do homem das tintas ate a atualidade. criadas as tintas pode-se de fei,Oes de origem, Podem mais a tecnica ser primitiv~ da e das morfologicas, releva visualizadas e clima, Qutras cor, etc. pade-se arte de um visual e a partir da mistura utilizadas falar na escola uma experiencia de horizontes, tintas ainda cria9ao, de concep90es efeito. utilizando Refinando rupestre ea a seus usuarios sequ~ncia gema de ovo e 61eo de cravo e teremos da de usa do solo, utilizada de solos com 0 material como: profundidade, Pode-se peneirada, e a ser implantada, oportuniza na elabora980 a distribui9~O formas a terra e pesquisas. interessante importancia alem de associar como leituras museu de solos, pais esta a~o tatil de grande as diferentes de trocar pelos grandes em tecnicas todos de terra a cola par mestres os tempos, utilizadas para 0 86 10 CONCLUsAo Utilizando a observa98.o de influlmcias como no Centro de Interayao sobre Educayao Ambiental terceira ana da gradua9ao, Escola" atendendo Donatila Caron. consciencia nas rela90es citando IIha do Mel. Em conjunto em 2003 foi desenvolvido as expectativas entre como exemplo construc;ao e solicita90es melhora professor-aluno. Foi e conceitos de canteiros de constru9ao multiplica9ao. Usou-se representa9ao de tabuada ciemcias e processos discussao de medicinais, ou ainda, horta requer. perspectiva com alunos das plantas, a interayc30 afetiva em que a participay~o de agregar a possibilitada valor afetivo no plantio subtra9ao, a divisao para do solo, alimentac;ao e de suas pelo trabalho e essencial, da comunidade a partir da possibilitando canteiras e correC;ao na aprendizagem e trabalhar serie, ou ainda canceitos e quarta na adubaC;ao da teoricos abstratos, na horta, dos na Escola de evolu9ao compreendidos de n09aO de adi9ao, no evolU9aO positiva perceber espacial iniciado de "Horta na escolar resultados da tabuada da terceira quimicos propriedades da comunidade em lin has pelos alunos dos conceitos conceitos projeto experimenta~o de conceitos visualiza9aO a e aplicado possivel de trabalho de Ciencias, no comportamento, mate maticos plantados contextos com um prajeto apresentando dos envolvidos, com a observac;ao significativa, em diferentes para a disci pi ina de Metodologia 0 trabalho foi gratificante, ambiental ambientais estagios, tanto na Escola Durival Brito das escolas municipais de Curitiba durante de saude na aplicac;6es em equipe que a e tam bern houve de mudas de flores objetivos estabelecidos, a para presentear no Dia das Maes. Tal trabalho continuidade uma cultura ambiental de professores requer de apreensao do prajeto politico com enfase nessa atingir os ao estagio do corpo docente para sustentar amplo experimenta90es melhor apesar no ano seguinte porque na~ da escola a horta como houve at raves de trabalho laboratorio de e possibilitem 0 valor e a significa9aO pelos alunos. pedag6gico, atividades de praticas, planejamento 0 planejamento ap6s que nova cultura e seus objetivos. relacionem das a90es, deve estar contido a concretizayao na~ a fundamentayc30 teve de de forma9ao inclusive porque conteudos e resultando da; na reformula9ao de fonma<;Bo de prafessores 87 Tentando necessidade compreender de trabalhar a situ8c;:ao dos professores, em diversos tumos e em diferentes observau-se locais, exigindo a as vezes grandes deslocamentos, ou ainda a fa~a de forma,~o do professor voltada para esses principios, tais reformula<;Oes metodol6gicas aumentam consideravelmente 0 e estruturais, tempo de trabalho de professores, requerem e tempo este que deveria ser remunerado como parte de atividades de penmanencia na escola. A reformula,!io do projeto politico pedagogico da escola, inserindo no eventos e programac;:Oes pertinentes calendario escolar a consecuc;:ao e verificac;:ao das atividades e avalia,~o dos resultados obtidos. o quarto projeto avaliado foi possibilitado por contato estabelecido a partir a escola Dom Manoel D'Elboux, cujo projeto desenvolveu a,Oes de visita tecnica ambientais par professores que ja tiveram acesso a conhecimentos pertinentes ao despertar sistemas da consci{mcia holistica do ser humano e das inter-relac;:oes entre todos as ambientais, despertando mobiliza<;:ao dos alunos, responsabilidade pais e comunidade ac;oes voltadas a melhoria do ambiente com 0 meio, para mutir:io voltado buscando a execuc;ao de escolar externo ao predio que passou por reforma, na mobiliza~o da comunidade para a execu~o da conten,~o do talude afetado por erosao com meios naturais existentes no local, como podados das arvores e barreira para conter a erosao executada fibroso proveniente estacas de galhos com material natural do corte de folhas de urn conjunto de arvores existente da escola, conforme fotos do relato. 1550desencadeou outras a¢es inclusive externas a escola, como a pesquisa no patio ambientais, da origem do lixo no entorno da escola, que depois de investiga~o procedida pelos alunos, descobriu-se ter sido deixado por catadores de papel, que faziam a sele~o do material recolhido em area gramada em frente a escola, deixando diaria. A descoberta possibilitou observac;ao de maneiras 0 diferentes atividades, e a preservac;ao abandonados ali os rejeitos da sua coleta dialogo dos alunos com os catadores de papel, a de sobreviv~ncia, 0 respeito por outras a dignidade do ser humano. Foi observado que trabalhar 0 ambiente e subsidio precioso para a fundamenta,ao da conexao da crian,a com 0 mundo, passando obrigatoriamente pelo solo como base de trabalho e de sustenta,ao do desenvolvimento da sociedade. Faz-se necessario promover uma nova cultura ambiental formac;ao de professores aos docentes, para para dal sim estabelecer proporcionar uma nova 88 cultura ambiental para 0 estudante na escola, embasada na identifica9ao do aluno com 0 seu meio partindo do solo, evoluindo para a concretizat;ao do sentimento de participa9aO nas decisOes que afetam a popula9aO direta ou indiretamente, possibilitando a constru9ao da no91iode cidadania critica e participativa. cidad~o possa se constituir Que esse se a urn modo de vida institucionalizado mundo em agente transformador question and a praticas e valores estabelecidos, 50ciedade, mais humano, justa e com individualista igualdade da nossa nao aceitando e desigual, de acesso submeter- buscando ao conhecimento urn e as oportunidades. A educa91io passa a ocupar, ao lado das politicas de Ci~ncia e Tecnologia, lugar central como fator importante para a qualifica91io dos recursos humanos requeridos pelo novo padrao de desenvolvimento no qual a produtividade e a qualidade sao decisivQs para a competitividade dos bens e produtos e educac;:ao igualitarias, parte indispens8vel solidarias do e integradas; esforc;o para a conhecimento tornar as internacional; sociedades e a informa9ao a mais unidos a urna visao mais ampla dos valores sao a base para a atua9aOdo cidadao em sociedades plurais, interligadas de surgir existente e cada vez mais complexas. reac;~o natural que leve um caminho de re-equilibrio Uma e um movimento capaz de descontentamento de fomentar humana e observadora infinitas partes de das urn todo a com nao poderia a limitada visao construc;:~ode uma nova vis~o da realidade; relac;:oes estabelecidas E universal. a esta entre nova as diversas, maneira de deixar cientifica mais ou talvez se buscar a realidade dentro de urn conjunto holistico, ou seja, 0 todo nao Ii 0 todo sem as partes e as partes nao sao nada fora do todo. Esse sistema Ii envolve uma pedagogia cujo centro e a compreensao de 0 que a vida; uma experiencia de aprendizado no mundo real (plantar uma horta, explorar urn divisor de aguas, em relagilo pertencemos; a e urn curriculo da vida - que os residuos circula continuamente vern restaurar urn mangue), que supera a nossa separac;:~o natureza, e cria de novo em nos uma n09ao de qual Ii 0 lugar a que no qual as crianc;:as aprendem de uma especie s~o os alimentos pela teia da vida; que a energia os fatos fundamentais de outra; que a materia que move as ciclos ecol6gicos do Sol; que a diversidade Ii a garantia de sobrevivencia; que a vida, desde os seus primordios ha mais de tres bilhOes de anos, nao tomou conta do planeta pela viole!ncia, mas pela organiza~o em redes. 89 o principia seu potencial basico do usc sustentavel de desenvolvimento e garantia do solo produtivo para beneficio da manuten9ao de todos as seres de que habitam 0 planeta, inclusive 0 homem. Utilizar fundamental 0 solo como ferramenta e media, servindo que transita todas as disciplinas do ensina de embasamento para uma cultura sistemica em que todos os organismos interagem promovendo a proteyao mutua dos seres e do ambiente. tematico 0 contata com e recurso 0 solo e as dinamicas pedagogica, possibilita que ele possibilita enquanto a crianya identificar-se como eixo agente capaz de interagir e melhorar 0 local onde vive. As sugestoes de metodologias prestam-se como referencias de utilizac;:ao dos recursos. o solo, alem de base de sustentayao de nossas construyoes, nutrientes para as plantas matematica (explorando e animais, cores, pode apoiar: texturas, artes, ciencias, plasticidade, fonte de portugues forma, e propriedades, composiyao, caracteristicas fisicas, experimentayao, descriyao, analise de dados, classificac;ao de resultados, relatos de experiencias, observaC;8o, pesquisa, resoluyao de problemas por experimentayao ou hipoteses, levantamento de resultados), compoe aprendizagem atraves da interayao dos sentidos com objeto 0 da aprendizagem. Os conhecimentos experimentaC;8o dinamica, de evitando-se Durante devem conceitos ser te6ricos construidos ensino compartimentado 0 a organizac;ao a partir sistematicamente e estanque das metodologias deve-se da observa9ao organizados de e forma de significados. questionar a significac;ao dos conteudos e das atividades. A proposta e usar recursos de explorayao do solo (existente em todas as escolas), concep9ao a fim de buscar de seu lugar no mundo fundamentar e da sua influencia para na crianc;a uma nova alterar seu ambiente cultural, social e natural. o que se observou na apresentayiio dos projetos escolares, e que a e 0 engajamento tanto dos professores quanto da comunidade pratica na efetiva9aO dos projetos e de suma importancia. 0 projeto da Escola Dom Manoel D'Elboux e promissor em aplica98o, que no caso beneficiou virtude pais com 0 bem estar do comprometimento da escola, dos professores com 0 tanto a comunidade escolar, 0 que nao ocorreu com a implantayao objetivo como a intera980 da dos do projeto horta na escola, apresentado na Escola Donatila Caron, que nao teve continuidade 90 em sua integra em fun9aOda falta de fonma9aOe prepara9ao de alguns professores e da falta de comprometimento da comunidade com as interesses escolares. Prevalece a tese que a pratica escolar dinamica e contextualizada deve ser aplicada, buscando intera~o entre todos os setores da escola, respeito com a educa9ao e fonmula9aOadequada dos objetivos a serem atingidos, identificando a escola como mediadora da a9aO. Para que integrado 0 trabalho pedag6gico do docente torne-se efetivo e esteja a uma nova proposta transcender segmentos consolidando 0 sistemica, holistica e ambiental deve-se buscar discurso tecnico e cientifico vigente de inte9ra<;80 entre disciplinas, da sociedade, essa entre eles escola, familia e comunidade, pratica dentro da escola, trocando conhecimentos, tecnicas de aprendizagem, buscando formac;ao continuada. realizando e discutindo 91 11 GLOSSARIO Antropico compreendendo Interferencia do homem sobre a as fatores politicos, eticos e natureza par suas socia is - econOmicos a,Oes, e culturais. Biodiversidade / Diversidade Biologica - Refere-se a variedade entre as organismos vivos, as sistemas ecol6gicos nos quais se encontram. Conserva,i\p - Serve de prote,ao ao espa,o e a paisagem, local que ja foi alterado, ajuda na introdu,ao de programas de gestao e/ou planejamento visando a melharia da qualidade do meio ambiente. Degrada,ao Ambiental - Qualifica as danos causados ao meio ambiente, pelos quais se perdem au se reduz algumas de suas propriedades. DidatiGo - Propria para instruir, destinado a instruir. Ecologia - Estudo da estrutura, fun<;lio e dinamica do meio ambiente. (OIKOS = lugar onde se vive / LOGIA + estudo) Educa9~O Ambiental - Conscientizar e educar a sociedade formais e informais, sabre as consequencias relacionadas par meios forma is, as questOes nao ambientais. Grada,ao - Aumento ou diminui,ao gradual. Passagem au transi,ao gradual. Holistica - Tendencia que se supOe seja propria do Universo, a sintetizar unidades em totalidades organizadas. Teoria segundo a qual 0 homem e urn todo indivisfvel, e que nao pode ser explicado pelos seus distintos componentes (fisico, psicologico au psiquico), considerados separadamente. lIa,ao - Aquila que se conclui de certos fatos; dedu<;lio,conclusao; inferencia. Llidico - Referente a, au que tem carater de jogos, brinquedo ou divertimento. 92 Meio Ambiente - E a relac;ao de integrac;ao entre os componentes fisicos, quimicos, biologicos e humanos que propiciam 0 desenvolvimento e a manutenC;80 da vida no planeta terra. Pedag6gico - Da au conforme a pedagogia, teo ria ou ciencia da educac;ao e do ensina. Planejamento Ambiental - Eo a proposta e a implementa9ao de medidas para melhorar a qualidade de vida presente e futura dos seres humanos, atraves da conservac;ao e preservac;ao e do melhoramento do meio ambiente. Preserva9ao ambientes que Resguardar, nao possibilitando a utiliza9ao, ou seja, delimitar naD sejam utilizados e explorados, evitando assim a degradac;ao e modificac;ao dos mesmos par 8c;oes antropicas. Recursos Naturais - Sao materia is ou bens que sao parte do meio fisico-bi6tico natural, que possibilitam a condi9ao de vida do homem. Os recursos podem ser renovaveis e naD renovilveis. 93 12 REFERENCIAS BOFF, Leonardo. Saber cuidar - etica do humano - compaixilo pela terra. 3 ed. Petr6polis: Vozes, 1999. BRAGA, Magda Friche. Metodo/ogia de ensino - Ciancias Fisicas e Biologicas. Belo Horizonte: ed. Le Funda,ao Helena Antipoff, 1997. BRAGA, Hespanhol, et al. Introdu,iio a Engenharia Ambiental. S~o Paulo: Prentice Hall,2002. BRASIL. Secretaria de Educa~o Infantil e Ensino Fundamental - Toda crian,a Aprendendo - Matrizes do sistema Nacional de forma,ilo continuada e cerlifica,ilo de professores. Brasilia:a Secretaria, 2003. BRASIL. Secretaria de Educa,~o Fundamental. 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