1:;f.f' Universidade Tuiuti do Parana
FACULDADE
DE ClENCIAS
Curso
TERMO
NOME DO ALUNO:
LEILA GELDELINA
HUMANAS,
LETRAS E ARTES
de Pedagogia
DE APROVA<;:AO
BODNAR
FERREIRA DOS SANTOS
o solo como eixo de articula~;jo transdisciplinar: A
identidade do aluno com a ambiente.
TITULO:
TRABALHO
DE CONCLUSAO
PARA A OBTEN<;:AO
PEDAGOGIA
DA
UNIVERSIDADE
FACULDADE
TUIUTI
DE CIENCIAS
__
HUMANAS,
.I
ciL( ....~{···,
MARIA CI'rISTINA
: ..
BORGES DA SILVA
ORIENTADOR
',-..)
iiiIlll: ,~\.l.
PROF(a). OLGA MARIA SILVA MATTOS
MEMBRO
DA BANCA'
L{_ "~~7c..-'•.: <(....<PROF(a) MAILDE
MEMBRO
DATA
ADELIA
u:;J._ :
"
CASAGRANDE
DA BANCA
08/12/2004
MEDIA: __
1._2"
_
CURITIBA
- PARANA
2004
COMO
REQUISITO
PARCIAL
EM PEDAGOG lA, DO CURSO
AVALlA[;),O,RA:
t.
'-
PROF(a).
APROVADO
DE LlCENCIADO
DO PARANA.
MEMBROS DA COMIS;;AP
I.
DE CURSO
DO GRAU
LETRAS
E ARTES.
DE
DA
o SOLO
UNIVERSIDADE
TUIUTI DO PARANA
Leila G. Bodnar
Ferreira
dos Santos
COMO EIXO DE ARTICULACAO
A IDENTIDADE
DO ALUNO
Curitiba
2004
TRANSDISCIPLINAR:
COM 0 AMBIENTE
Leila G. Bodnar Ferreira dos Santos
o SOLO COMO EIXO DE ARTICULACAo
A IDENTIDADE
DO ALUNO
TRANSDISCIPLINAR:
COM 0 AMBIENTE
Trabalho
de Condusio
de Curse apresentado
ao
curse de Pedagog!a,
do setor da Faculdade de
Ci6ncias
Humanss,
Letras
e
Artel
da
Universidade
Tuiuti do Parana
como
requisite
parcial para it obtenr;.io de grau de Pedagogia
com ~nfase em SupelVisio, Gestio e Docencill
na
EducayAo Infantil e Series lniciais.
Professor
Silva.
Curitiba
2004
•. Orientadora:
Maria
Cristina
Borges
da
iii
DEDICATORIA
A
todos os professores
que por sua atua,ao plantaram sementes de conhecimento
fazendo brotar em mim ideias e ideais, principalmente
Il Professora,
Mestra e Amiga
Maria Cristina Borges da Silva por sua orienta,ilo
especial e por sua confian,a
em
meu trabalho e por tudo de bom que tem feito aconteeer em minha vida ..
iv
AGRADECIMENTOS
o presente
traba/ho pretende
pe/a co/abora,80
justificar
e co/abora9/:Jes,
rede de inten,l:Jes
de assumir
que pnoporcionou
Gerson,
a todos
sabre alfabetizat;80,
os companheinos
e desarticu/ada
meus dois preciosos
um ambiente
a minha
Pessoa
as co/egas
e
de uma
Roberto
domestico
mae por todo apoio
a meus irmaos Ivan, Airton e
de tunna de gradua,ao,
principa/mente
E/iz8nge/a
a,ilo
e pnomover
mais tempo aos meus estudos,
e contrepontos,
Oliveira,
agrade9D
responsabilidades
logistico e pelos conselhos
discussl:Jes
que nenhuma
portanto,
Cannen
por suas ideias,
Henriques,
a Debora Chavinski Xavier.
Kamylla
v
SUMARIO
INTRODUCAO
10
1.1
JUSTIFICATIVA
1.2
OBJETIVOS
10
1.2.1
Objelivo
1.2.2
Objelivos
2
METODOLOGIA
3
FUNDAMENT ACAO TEORICA
3.1
FASES DE DESENVOLVIMENTO..
3.2
INTELIGENCIA
3.3
ENSINO, SOCIEDADE
3.4
ESCOLA
3.5
EDUCACAO.
3.6
DISCIPLINARIDADE
3.7
PLURIDISCIPLINARIDADE
.
.
11
.
Geral..
Especificos
..
11
.
11
DA PESQUISA
12
15
.
16
.
E NATUREZA.
16
..
.
17
..
18
..
.
3.8
INTERDISCIPLINARIDADE.
3.9
TRANSDISCIPLINARIDADE
3.10
A EVOLUCAO
3.11
OS QUATRO
3.11.1
Aprender
a conhecer
3.11.2
Aprender
a fazer .
19
..
.
19
..
20
.
.
DA DISCUssAo
20
.
EDUCACIONAL
PI LARES DA EDUCACAo
21
21
.
.
.
23
..
24
..
25
3.11.3
Aprender a viver junto, aprender a viver com os Qutros ..
3.11.4
Aprender
3.12
A LEGISLACAO
DA EDUCACAO
3.13
PARAMETROS
CURRICULARES
3.14
OS PCN'S E A EDUCACAo
AMBIENTAL
3.15
A VISAO SIST~MICA
0 ENSINO
3.16
UMA NOVA CUL TURA AMBIENTAL
32
3.17
MEIO AMBIENTE
35
3.18
FORMACAO
4
SUBSIDIOS
4.1
SOLO.
...................
PARA
....................
AMBIENTAL
NACIONAIS
.
.
.
28
.
29
.
COMO TEMA TRANSVERSAL
FORMACAO
DE PROFESSORES
27
.
DE PROFESSORES
A
25
............... 26
a ser .
30
36
.. """""""""."""",,44
..
44
vi
4.2
ESTUDANDO
4.3
A IMPORTANCIA
0 SOLO.
.
4.4
CARACTERjSTICAS
4.4.1
G~nese
4.4.2
Produtos
4.4.3
Classificayao
4.4.4
Solos Tropicais
4.4.5
Os Solos Brasileiros
4.4.6
Recursos Minerais e econOmicos .
4.4.7
Depositos
4.4.8
Bacia do Parana ..
.45
DO SOLO E SUA PRESERVA~Ao
IMPORTANTES
.46
.
DO SOLO.
.............. 50
do Solo .
do Intemperismo
.
.
61
do Solo.
.
.
...............
.
Lateriticos
A PRATICA
.46
.
POliTICO
64
64
................... 66
.
.
66
..............
.
ESCOLAR.
62
PEDAGOGICO
68
70
.
PROJETO
5.2
A ABORDAGEM
5.3
METODO
DE AVALlA~Ao
6
ANALISE
DE CAS OS
6.1
ESCOLA
MUNICIPAL
6.2
CENTRO
DE INTERA~AO
6.3
ESCOLA
MUNICIPAL
6.4.1
Projeto
6.4
ESCOLA
MUNICIPAL
6.4.1
Projetos
Desenvolvidos
7
DISCUssAo
82
8
ANALlSE
83
9
RECOMENDA<;:OES
84
10
CONCLUsAo
86
11
GLOSSARIO
91
12
REFERENCIAS
93
DO SOLO NO LlVRO
....
70
5.1
70
DIDATICO
DO RENDIMENTO
ESCOLAR
71
73
DURIVAL
BRITO E SILVA
73
ILHA DO MEL..
DONATILA
CARON
.
DOS ANJOS..
Desenvolvido..
DOM MANUEL
DA SILVEIRA
D'ELBOUX
73
.
74
.
74
75
75
vii
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA
1 - ESTRUTURA
FIGURA
2 - FORMACAO
INTERNA
DA TERRA..
GEOLOGICA
.
.47
DO TERRITORIO
FIGURA
3 - PERFIL
DE AL TERACOES
FIGURA
4 - PERFIL
HIDROLOGICO
FIGURA
5 - GRAFICO
FIGURA
5A - MAPA DE DISTRIBUICAO
FIGURA
6 - INFLUENCIA
FIGURA
7 - SOLOS
FIGURA
8 - UNIDADES
FIGURA
9 - LATOSSOLO
FIGURA
10 - ROCHA VULcANICA
.48
E HORIZONTES
DO SOLO
52
..
.
DE DISTRIBUICAO
DO CLiMA
56
DO INTERPERISMO
57
NO INTERPERISMO..
DO CONTINENTE
CLiMATICAS
54
DO INTERPERISMO
AMERICANO..
.
63
DO BRASIL..
.
67
NA BACIA DO PARANA..
.
NA BACIA DO PARANA..
FIGURA
10A-CORTE
FIGURA
11 - TERRARIO
FIGURA
12 - ESCUL TURA ECOLOGICA..
FIGURA
13 - MINI JARDIM..
FIGURA
14 - PAIS NA ELABORACAO
FIGURA
15 - OFICINA
DE COMPOSTAGEM
FIGURA
16 - PLANTIO
DO PINHEIRO..
FIGURA
17 - TRABALHO
60
.
.
68
69
AA
69
77
.
.
DO JARDIM..
EM MUTIRAO..
..
77
78
.
78
.
80
.
.
80
81
viii
LlSTA DE TABELAS
TABELA
1 - CLASSIFICA<;AO
DO SOLO UTILIZADO
PELA EMBRAPA
65
ix
RESUMO
Os Parametros Curriculares Nacionais recomendam que seja oferecido a todas as
crianc;as brasileiras acesso aos recursos culturais relevantes para a conquista da
cidadania. Tais recursos incluem tanto dominios do saber tradicional, presentes no
trabalho escolar, quanta preocupac;Oes contemporAneas como meio ambiente, com
a saude, com a sexualidade e com questOes eticas relativas a igualdade de direitos,
a dignidade do ser humano e a solidariedade. Foram avaliados quatro projetos
pedag6gicos de escolas que incluiam as questOes ambientais assim como suas
aplicac;6es e condutas em diferentes situac;6es. 0 estudo discute como formar uma
nova cultura ambiental, fundamentada
no conhecimento
cientifico desde a educaC;ao
infantil e ensino fundamental, enfatizando 0 estudo do solo como tema principal na
descoberta e analise ambiental, para poder estabelecer 0 conhecimento do
ambiente como parte do todo. Eo de fundamental importancia na forma~ao de
professores 0 conhecimento cientffico acerca do ambiente e do solo, e fundamentos
filos6ficos do pensamento ambiental. 0 trabalho propOe 0 conhecimento sobre 0
solo e a necessidade da pratica din~micana escola, a experimenta~o de conceitos
te6ricos de conteudos programaticos curriculares do ensino fundamental e medio.
Com isso espera-se despertar no individuo a integraC;aoentre 0 ambiente escolar e
o meio ambiente. A pesquisa pretende contribuir com uma proposta de trabalho
pedag6gica, utilizando como eixo 0 estudo do solo de forma transdisciplinar
utilizando-o como fundamento de identificac;:aodo aluno com seu ambiente.
Palavras-chave: Ensino, Transdisciplinaridade, Nova Cultura Ambiental, Educa~ao
Ambiental, Solos, Cidadania.
10
1 INTRODUC;:AO
1.1
JUSTIFICATIVA
Esta pesquisa vern sendo construida no decorrer da graduay~o e durante as
disciplinas e as estagios
necessidade
ern promover
de pesquisa e pratica pedag6gica. percebendo assim a
uma cultura
ambiental
de
forma transdisciplinar,
desde
a
educayao infantil, ensino fundamental e medio, enfatizando 0 estudo do solo como
tema principal a ser abordado e trabalhado dentro e fora de sala de aula. 0 trabalho
buscou diversos autores e seus pontos de vista diante da educay~o ambiental, bern
como a necessidade da pratica e de como esta pratica
pade ser dinamica
e
realmente executada em sala de aula. Uma Ionma diferente de abordar a educay~o
atraves de recursos disponiveis
ambiental,
o estudo do solo pade vir a ser 0
escolar.
no ambiente
marco inicial para integrar
seu ambiente, a tim de apresentar uma concepc;ao
geografico e observado como socialmente produzido, ou seja,
espac;o real, concreto,
0
individuo ao
cientifica onde
0
0
espa90
meio ambiente
e urn
e organizado par homens igualmente reais e concretes
interagindo e sendo parte integrada deste complexo sistema.
Os Para metros
Curriculares Nacionais recomendam que seja oferecido a
todas as crian9as brasileiras pleno acesso aos recursos culturais relevantes para a
conquista de sua cidadania. Tais recursos incluem tanto os dominios do saber
tradicional presentes no trabalho escolar do ensino fundamental, quanto as
preocupa<;Oes contemporaneas como meio ambiente, com a saude, com a
sexualidade e com questOes Iltica. relativas a igualdade de direitos, a dignidade do
ser humano e a solidariedade.
o
estudo do solo e uma ferramenta de grande valia para trabalhar a
transdisciplinaridade, sendo uma proposta
a
experimenta<;a.ode conceitos te6ricos.
A pesquisa se justifica por entender que h8 real necessidade de discutir e avaliar
como sa.o as praticas utilizadas no ensino de solos, e desta forma poder contribuir
com
0
processo de ensino e aprendizagem, de modo a despertar no individuo uma
integra<;a.ocom 0 meio escolar, numa perspectiva que va ah~m de perceP9ao de
conserva<;a.o e preserva<;ao do solo e da natureza, mas tam bern
possibilidade de relacionar a integral'~o do aluno com
0
salientar a
seu meio ambiente.
11
1.2
OBJETIVOS
1.2.1
Objetivo Geral
Compreender se ha sensibilizaylio e ila,80 do individuo a uma visao de
totalidade, identificando a homem como parte integrante do meio ambiente, tornado
a ambiente escolar propicio
a
realiza,ao de atividades prilticas de utilizaylio e
preserva,ao da natureza como lerramenta pedag6gica;
1.2.2 Objetivos
E
passive I
Existem
escola
0
Especificos
estudo do solo como marco
recursos
dinamicos
sem causar
Ha metodologias
e praticos
custos ou deslocamento
disponiveis
inicial para a transdisciplinaridade?
que
poderiam
ser apresentados
na
dos alunos?
em que as educadores
possam
apoiar-se?
Na lorma,ao universitaria dos prolessores, e tambem dos profissionais que
atuam em disciplinas como ciencias
possibilidade
de conhecimentos
e suas dintlmicas,
bern como
experimentais
0
que
e
basicos
aces so
solo oferece?
educa<;ao ambiental,
sobre
a 9ama
solo, sabre
esta presente
sistemas
de possibilidades
a
ambientais
pedag6gicas
e
12
2 METODOLOGIA
Para
DA PESQUISA
a elaborac;ao
da pesquisa
fcram
utilizados
varios
referenciais
sabre a tematica ambiental, sabre as varias correntes pedag6gicas,
se conhecimento
cienHfico
sabre
0
solo, assim
te6ricos
e ainda buscou-
como suas abordagens
nos diversos
niveis de ensina.
Foram
Sendo
que
0
denominada
2001,
avaliados
quatro
projetos que envolviam
questOes
ambientais
esta~elecimentos de ensina da cidade de Curitiba e em diferentes
diferentes
primeiro
Coronel
ocorreu
Durival
na escola
Brito e Silva,
da Rede
Municipal
localizada
de Ensino
de Curitiba,
no bairro do Cajuru,
no ana de
na disciplina de Pesquisa e Pratica Pedagogica - Contexto Educacional,
possibilitou
conhecer
a realidade
daquele
ambiente,
observar
de
epocas.
0
e reconhecer
que
as
problemas ambientais que aletavam aquele contexto, entre eles a necessidade de
corte de arvores do tipo Pinus Eliotti, pois as quantidades de folhas secas estavam
entupindo
0
da eseola
e no estacionamento
sistema de drenagem
de aguas
pluviais e causando enchentes
dos professores.
Outro
problema
ambiental
no patio
ocorrido
na epoca loi despejo de residuos de 61eos de lavagem de pe9as de motores de
locomotivas lan<;:adossem tratamento, diretamente em c6rrego pr6ximo a escola.
Sendo
passivel
observar
quais
as encaminhamentos
dados
pela
eseela
para
equaciona-Ios.
o
segundo projeto avaliado foi no Centro de Intera9ao Ilha do Mel,
localizado
na area
de
invas~o e assentamento
denominado
Moradias
19U89U,
situado as margens do Rio Igua9u no Bairro Uberaba, no ano de 2002, atendendo a
disciplina de Pesquisa e Pratica Pedagogica em Educa9aO Infantil - Estagio
Supervisionado; e tambem a disciplina Metodologia da Pesquisa cujo enloque
direcionava-se
6 anos.
ao meio ambiente.
Neste
A referida
eseela
espac;o foi passive I conhecer
atende
e avaliar
criancras carentes
problemas
de 2 a
ambientais
enlrentados pela escola e comunidade, assim como a realiza9ao de a90es
direcionadas
o
a tematica
ambienta!.
terceiro projeto avaliado foi na escola Donatila Caron dos Anjos,
localizada no bairro Uberaba, as margens do Rio Belem, no ano de 2003, atendendo
aos dispostos requeridos pela disciplina Pesquisa e Pratica Pedag6gica nas Series
13
Iniciais - Estagio
Supervisionado;
e a aplicac;ao
de projeto
solicitado
pela discipHna
Ensino das Ci"lncias Naturais - Conteudos e Metodologia, cujo tema foi a horta na
escola; e a elabora,ilo de projeto de pesquisa para a disciplina de Metodologia da
Pesquisa - Pradu,ao Cientifica cujo tema trabalhado foi Educa,ao Ambiental.
o quarto projeto avaliado foi possibilitado por contato estabelecido a partir
de visita tecnica
a escola Dom Manoel D'Elboux, localizada no bairro Alto da XV, no
ano de 2004,
cnde foi passivel
Percebeu-se
cultura
observar
ac;6es
e
uma cultura
ambientais
ambiental
efetivas,
como
a
ativa e participativa.
conscientiza9~o da
comunidade escolar a respeito do talude na lateral da escola que estava submetido
a processo
erosao pela ayao de alunos estarem
de
transitando
e correndo
sobre
0
mesmo, provocando 0 descal,amento e possivel queda do mura de divisa da escola.
Tal
consci~nciaprovocou
a execw;:ao
voltado
fotos do relata.
de
mobiliza~o dos alunos, pais e comunidade
contenc;ao
com meios
1550 desencadeou
escola, como a pesquisa
outras
da origem
naturais
existentes
ac;Oes ambientais,
de lixo no entorna
para
mutirao
no local conforme
inclusive
da escola,
externas
deixado
a
por
catadores de papel, que faziam a sele,ilo do material recolhido em area em frente a
escola, deixando abandonados ali 0 rejeito da sua coleta diaria.
o
Projeto de Extensao Universitaria - Solo na Escola - promovido pelo
Departamento de Solos e Engenharia Agricola, Setor de Ci~ncias Agrarias da
Universidade Federal do Parana possibilitou embasamento tecnico cientifico sobre
solo e sua utilidade
como recurso didatico.
Durante participa,ao no II Congresso Mundial de Educa,ao Ambiental,
realizado de 15 a 18 de setembro de 2004, na cidade do Rio de Janeiro, onde 0
presente trabalho foi apresentado ao Grupo de Trabalho numero 4, que discutiu
Educa,ao Ambiental como tema transversal, chegou-se a conclusao que Meio
Ambiente
ensino
e urn tern a que deve permear
fundamental
e media,
sendo
a pratica escolar
disciplina
como uma nova cultura,
que deveria
tornar-se
obrigatoria
no
na
forma,ao de profissionais ligados a educa,ao e tambem aos profissionais que
trabalham com educa,ao ambiental ou ainda de prafissionais de outras ci~ncias
inclusive
sistemica,
as
exatas
em que
sofre interferEmcia
e medicas,
0
homem
de nossas
para
que
seja visto como
proprias
acOes,
seja
estabelecida
uma
nova
cultura
parte de urn universo
que interv~m
e que as condic;oes
de vida e saude
e
14
Por todas essas observa¢es,
e fundamental
proporcionar aos profissionais
da educac;lla e aas que trabalham cem meia ambiente, entre eles pedagagas,
prafessares de hist6ria, geagrafia, bialagia, quimica, matematica, fisica, agronamia
etc., uma disciplina curricular valtada para farrnac;lla cientifica de fundamentas sabre
solos
e
suas
caracteristicas
bem
como
fundamentac;ao teorica voltada
para
principios filos6ficos com enfoque ambiental sistemico, capazes de consolidar essa
nova cultura ambiental.
Proporcionar formac;ao a todos as professores
fundamental
e
media, para harmonizar e homogeneizar
que
atuam
as fundamentos
no ensina
e
criterios
filas6ficas e te6ricas utilizadas na sua pratica, cam essa nava cultura ambiental
sistemica, para embasar a forma<;ao do aluno nessa nova cultura.
15
3 FUNDAMENTACAO
TEORICA
Quando pensamos em Educa9i!0 Ambiental, projetos pedag6gicos e
ambientais
ou ainda
temas
transversa
correntes pedag6gicas que
nao podemos
is,
envolvem
0
esquecer das diversas
processo ensino-aprendizagem.
A
Pedagogia tem orientado a pratiea edueativa baseando-se em estudos de autores
consagrados no ambito
Ambiental, tambem
educacional. Assim, ao usarmos 0 termo Educa9~o
nos reportamos
a
educa9~o formal e informal e a suas praticas.
Oesta forma, faz-se necessario retomar algumas das teorias que permearam
cotidiano
escolares
nas mais diversas
fases do desenvolvimento
0
educacional.
Eby (1962) destaea os principios educacionais e as contribui90es de
Pestalozzi (1746-1827) e relata quando ele democratizou a educa9ao proclamando 0
direito da crianc;a de acesso a educa9~o e de ter garantido
desenvolver
plenamente.
e pratica da educaC;ao
Pestalozzi
sejam
defende
baseadas
a
0
direito de se
escola publica e sugere que a teoria
principios: 0 desenvolvimento
nos seguintes
e organico, sendo que a crian9a se desenvolve por leis definidas, a grada,i!o de tal
processo deve ser respeitada;
sensorial
e
fundamental
objetos; a mente
Ii
0
metoda deve seguir a natureza, a impress30
e os sentidos devem estar em contato direto com os
ativa {grifo meu];
disponibiliza recursos para
0
0
cresci men to
professor
e
comparado ao jardineiro que
de suas plantas. Para ele a educac;ilo
e
meio de aperfeic;oamento individual e social, e conceitua a disciptina como sendo
baseada na boa vontade reciproca e na coopera~o
entre aluno e professor; propoe
a utilizac;:lode recursos didaticos e metodot6gicos; a formac;ao de professores e
0
estudo da educac;ao como cil!ncia. Ele acreditava que a escola deveria aproximar-se
de uma casa bem organizada, porque 0 lar era a melhor institui9i!0 de educa9ao,
capaz de fornecer embasamento para a formac;:lomoral, politica e retigiosa.
FrOebel (1782-1852) segundo Eby (op cit) trabalhou com Pestalozzi, e
embora influenciado por ele, formulou seus pr6prios principios educacionais, entre
eles a enfase no brinquedo, a atividade ludica, a importancia da familia nas rela90es
humanas, valoriza excursoes e contato com a natureza.
FrOebel em sua obra "A educa9i\o do homem", escrita em 1826 (Apud Eby,
1962) afirma que a educa9i\o
e
0 processo pelo qual 0 individuo desenvolve a
condic;:lohumana consciente, com seus poderes funcionando harmoniosamente, em
16
rela9aOa natureza e a sociedade. Alem do mais era 0 mesmo processo pelo qual a
humanidade se elevou acima do plano animal e continuou a se desenvolver ate sua
condi~o atual. Implica tanto a evolu9aO individual como a universal. Este conceito
de parte e todo foi refor9ado por Froebel. Para ele cada objeto e parte de algo mais
geral e e tambem uma unidade. Nas rela90es humanas 0 individuo
e para ele uma
unidade, mas mantem uma rela9aOcom 0 todo.
3.1
FASES DE DESENVOLVIMENTO
Ao interpretar Jean Piaget (1896-1980) (Apud Mussen et ai, 1974) e 0 seu
objetivo de desvendar como se da
0
processo de aprendizagem, observando
desenvolvimento de seus filhos, fazenda testes, entrevistas e experimenta¢es
Qutras crianc;as de mesmas faixas etarias,
0
0
com
autar concluiu que existem rases de
desenvolvimento semelhantes que todas as crianc;as passam, cad a urna
a
seu
tempo, porern numa sequencia regular. As fases pertinentes a ressaltar seriam:
Operatorio-concreto - ( 7 a 11 anos) - Neste periodo a crian9a desenvolve
no90es de lempo, espa90, velocidade, ordem, casualidade, sendo capaz de
relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade, mas ainda depende do
mundo concreto para chegar
it abstrac;c3o.
Operat6rio-formal - (12 anos em diante) - As estruturas cognitivas da crian9a
alcanc;am seu nivel mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar
0
raciodnio logiee a todas as classes de problemas.
Ate
alcanc;ardoze anos, ou seja, durante todo 0 periodo da educac;:aoinfantil
e do ensino fundamental, a crianc;:anecessita do apoio da pratica concreta para
compreender conceitos, proceder as reorganizac;:Oesmentais e utilizar as esquemas
construidos para desenvolver a capacidade de abstrair do mundo real para 0 mental.
3.2
INTELIGENCIA
A intelig~ncia para Wallon (1879-1962)
e nesse
sentido,
a
teoria
do
e gem,tica e organicamente social,
desenvolvimento
psicog~nese da pessoa completa (WALLON, 1989).
cognitiv~
e
centrada na
17
Quando
reconstruiu
seu
0
modele
de
analise
ao
pensar
no
desenvolvimento humano, estudando-o a partir do desenvolvimento psiquico da
crianc;a.
Assim,
0 desenyolvimento
da crianr;a
aparece
descontinuo,
marcado
par
contradi<;Oese confiitos, resultado da matura<;~o e das condi<;Oes ambientais,
provocando altera<;Oesqualitativas no seu comportamento em geral.
e centrado na crian<;a contextualizada,
Wallon realiza um estudo que
a ritmo
no
qual
marcado par
se sucedem
rupturas,
eta pas
35
retrocessos
e
e
do desenvolvimento
reviravoltas,
provocando
onde
descontinuo,
em
cada
etapa
profundas mudanc;:as nas anteriores.
Nesse sentido, a passagem dos estagios de desenvolvimento n~o se da
linearmente,
passagem
Wallon
par amplia~o,
de
aponta
uma
etapa
mementos
mas par reformulaC;::3o,
instalando-se
Dutra, crises que afetam
a
hist6ricos
cnde se tenta explicar
no momento
a conduta
da
a inteligencia
da
crianc;:a.
e como
se
opera a passagem entre a inteligencia latente e as constru<;6es variaveis da
inteligfmcia
suporte
explicita.
das
movimentos,
Ela
naD consiste
associac;Oes
que
enriquecendo-se
se
em estruturas
constrtuem
entre
com os complexos
puramente
certas
ja realizados
materia is, torna·se
impressoes
e certes
por suas
respostas
face as situa<;oes correspondentes. A apar~ncia de escolha que disso resultaria
receberia
a nome de
intelig~ncia.
Ao estudar profundamente a obra de Piaget, Wallon constroi sua teoria da
cogni<;aoe aponta
0
periodo em que a crian<;apassa por uma fase pre-categorial,
para depois, atraves da linguagem que aprende a falar, na forma de pensar propria a
seu meio, a crianc;a pode adotar as mesmas
classificac;Oes
ou categorias
de coisas e
de causas.
Portanto, a constru~o do pensamento se da nessa rela<;aodo objeto real
com
processes
mentais anteriormente
construidos
e
da
reconstruC;2e
desses
processos para atender novas situa<;Oes(WALLON, 1989).
3.3
ENSINO,
SOCIEDADE
E NATUREZA.
A teoria marxista teve infiu~ncia fundamental no pensamento de Vygotsky
(1896-1934). De acordo com Marx, mudan<;as historicas na sociedade e na vida
material
produzem
mudanc;as
na
"natureza
humana"
atingindo
consci~ncia e
18
comportamento. Ao relacionar essa proposta geral a questOes concretas, reelaborou de lorma criativa as conceP90es de Engels sobre
0
trabalho humano e
0
usa de instrumentos como as meios pelos quais 0 homem transforma a natureza e
ao lazll-Io, translonma a si mesmo. Vygotsky (1988) explora
0
conceito de
instrumento concordando com Engels de que a especializa9aO da mao - que implica
instrumento e
rea.;ao
0
instrumento implica a atividade humana especilica, possibilita a
transformadora do homem sabre a natureza. Em sua interpretay~o,
usa a natureza externa, mudando-a pela sua presenya;
0
0
animal
homem atraves de suas
8<;oe5, faz com que a natureza sirva a seus propositos, dominando-a. Conclui que
essa
e a distin<;:ao final e essencial entre
0
homem e Qutros anima is.
Vygotsky estende este concerto de media9ao na intera9ao do homemambiente pelo usa de instrumentos, ao usc de signos. Tais sistemas - linguagern, a
escrita, numeros - assim como
0
sistema instrumental
criado pelo homem ao longo
da historia humana e que mudam a lonma social e 0 nivel de desenvolvimento
cultural. Ele acredita que a internaliz8<;ao de sistemas de signos produzidos
culturalmente provocam transforma90es comportamentais e estabelecem elos entre
formas iniciais e tardias do desenvolvimento individual. Assim, para Vygotsky,
0
mecanisme da mudanc;a individual ao longo do desenvelvimento tem sua raiz na
sociedade e na cultura (VYGOTSKY, op. Cit. 1988).
3.4
ESCOLA
Ao longo da historia do desenvolvimento do homem no planeta, Harper (op
cit.,
2003), existiram sociedades sem escola institucionalizada. Na sociedade
africana pre-colonial, educar-se significava viver a vida cotidiana da comunidade,
plantar, participar das cerimOnias coletivas, escutar da boca des mais velhos as
historias da tradi9iio oral.
"A pnltica educativa consistia na aquisi9aO de instrumentos de trabalho e na
interiorizac;~o
de valores e comportamentos, enquanto
0
meio ambiente em seu
conjunto era um contexto permanente de lonma9ao· (HARPER, p.23, 2003).
Nilo havia prolessores, todo adulto ensinava. Aprendia-se a partir da propria
experillncia e da experillncia dos outros. Aprendia-se lazendo,
inseparavel 0 saber, a vida e
0
trabalho (HARPER, op cit).
0
que tornava
19
3.5
EDUCA9Ao
Somente a partir da Idade Media, na Europa, a educa"ao tornou-se produto
da escola e urn conjunto de pessoas (em sua malaria, religiosos) especializou-se na
transmissao do saber. A atividade de ensinar passou ent~o a se desenvolver em
espac;os especificos, cuidadosamente isolados do mundo dos adultos e sem rela9~o
com
a vida de todo
dia.
tambem a se cada vez mais fragmentado.
Passou
(HARPER, P 26, 2003).
3.6
DISCIPLINARIDADE
Para
conhecimento
Morin,
disciplina
cientifico
e
e
que
definida
como
uma
institui
nesse
conhecimento
especializa~ao do trabalho respondendo
categoria
a diversidade de dominios
que
a
organiza
divisao
e
0
a
que as ciencias
recobrem. Apesar de estar conjugada nurn ambiente cientifico amplo, uma disciplina
tende naturalmente
a autonomia pela delimita~ao de suas fronteiras, pela linguagem
particular que estabelece, pelas tecnicas que elabora au utiliza e pelas teorias que
Ihe sao proprias (MORIN, 2002).
A organiza~ao disciplinar foi instituida no saculo XIX, principalmente com a
formaC;ao
das universidades modernas e desenvolveu-se
no seculo xx com 0
progresso da pesquisa cientffica. Isso mostra que as disciplinas t~m uma hist6ria:
nascimento, institucionaliza~ao, evolu"ao, decadencia. Esta hist6ria inscreve-se na
historia da educa~ao e inscreve-se na hist6ria da sociedade.
Ainda no mesmo ensaio,
0
autor adverte para a hiper-especializayao do
investigador que a institucionalizayao disciplinar acarreta, e
do objeto estudado, sob
objeto com
0
0
0
risco da "coisificay:IO"
risco de esquecer as liga~oes e solidariedades deste
universe do qual faz parte. A fronteira disciplinar isola a disciplina em
rela~ao as outras e em rela"ao aos problemas que ultrapassam as disciplinas.
Morin (op. Cit., 2002), propoe uma abertura no olhar, que se comporte como
o olhar ingenuo de um amador estranho a disciplina que resolve um problema cuja
soluyao era invisivel a ela pr6pria, por nao conhecer os obstaculos que a teoria
existente estabelece.
20
Nicolescu
(1999)
nAo tern precedentes
conhecimento
pequeno
Po rem
e a
que
grande,
de nossa lado humano,
e
conhecemos
significado
social.
E
do universa,
antes
sobre
se
acelerada
conhecimento
a expansao
do
do infinitamente
ao infinitamente
e dos sistemas
longo.
naturais nos
cada vez rna is lange nossa felicidade
pergunta
como
mais nos afastamos
de nossa vida e de nossa morte.
proliferac;:ao
curto
Universo
0
dos saberes
permitiu
impensaveis:
do infinitamente
colocando
autor
0
contemporAneo
A disciplinaridade
explorac;::fIo de escalas
ao infinitamente
afastam
crescimento
0
humana.
a soma dos conhecimentos
individual
3.7
verifica
na hist6ria
explicar
de nossa
Questiona
das disciplinas torne
que
quanta
mais
ess~ncia humana e do
ainda como explicar que a
cada vez mais ilus6ria a unidade
do
e do homem.
PLURIDISCIPLINARIDADE
Nicolescu
estudo
(op. cit.,
de urn objeto
pesquisa
1999)
define
de uma mesma
pluridisciplinar
traz alga a mais
a mais" esta a serviyo da disciplina
3.8
que
pluridisciplinaridade
e unica
disciplina
a disciplina
diz
por varias
em questao,
respeito
ao
disciplinas.
A
porem esse "alga
original.
INTERDISCIPLINARIDADE
Para
Nicolescu
transferencia
intedisciplinaridade,
•
•
cit.,1999)
a
outra
diz
e prop6e
tres
respeito
a
graus
de
- A transferencia
da epistemologia
Grau de gera~Ao de novas disciplinas
de particulas
aplicados
da matematica,
teoria do caos. Portanto,
a sua finalidade
a utiliza~ao
de metodos
da fisica,
levam a cria~ao de novos medicamentos;
Grau epistemol6gico
metodos
para
- em que, por exemplo,
a medicina
melhor compreensao
fisica
interdisciplinaridade
disciplina
que sao:
Grau de aplicayao
aplicados
•
(op.
de metod os de uma
permanece
de metodos
- em que a transferencia
a astrofisica
aplicados
da 16gica formal,
produz
do direito;
gera
a fenOmenos
a interdisciplinaridade
na pesquisa
meteorol6gicos
ultrapassa
disciplinar.
de metod os da
a cosmolagia
quantica,
au
geram
as disciplinas,
a
mas
3.9
TRANSDISCIPLINARIDADE
Nicolescu (op. cit.,1999)
pretende iluminar a origem do termo para que nao
haja mal-entendido. A palavra "transdiciplinaridade" surgiu no sEkulo XX, quase que
simultaneamente
Edgar
Morin
nos trabalhos
e muitos
transposiC;ao
de diferentes
Qutros,
das fronteiras
para
entre
pesquisadores,
traduzir
a
as disciplinas,
entre eles Jean
necessidade
sobretudo
de
uma
no campo
Piaget,
"jubilosa"
do ensina
e ir
alem da pluri e interdisciplinaridade.
e
A abordagem transdisciplinar
necessidade
aDs desafios
de responder
redescoberta na medida em que h;j a
sem precedentes
de urn mundo
dintimico
como 0 nosso. Tal abordagem nos faz descobrir a ressurrei9~0 do individuo e 0
come<;o de
uma
nova
etapa
da
hist6ria
humana,
mostrando
0
pesquisador
transdisciplinar como "sujeito que resgata a esperan9a" (NICOLESCU, 1999).
Este movimento acelerado cuja abordagem transdiciplinar
naturalmente
de riscos,
mercantilista
ou forma
resultados
como
em
tode
de dominac;ao
par ser discurso
desprovido
movimento
sabre
0
de
Qutro,
ideias,
e
acompanhado
da sua
ou ainda
par
nao
utilizac;ao
produzir
de conteudos.
"A transdisciplinaridade interessa-se pela dinamica gerada pela a9aO de
varios niveis de realidade ao mesmo tempo" (NICOLESCU, 1999).
Portanto, sendo os quatro tenmos: disciplinaridade, pluridisciplinaridade,
interdisciplinaridade
eonheeimento
nesta
e transdiseiplinaridade
serem
W
,
pesquisa
como
mundo
complementares,
sendo
campreender
0
presente
esta centelha
de esperanc;a
-
wflechas
fica eleito
0
de
transdiciplinaridade
e considerar
na unidade
um
mesmo
area:
termo mais adequado
a realidade
do conhecimento
-
par
sua
finalidade
multidimensional,
0
do
a constar
de
e canter
a servic;o da compreens:io
do sentido da vida de todas as criaturas (NICOLESCU,op. cit.,1999).
3.10 A EVOLU9.AO
DA DISCUSS.AO
EDUCACIONAL
Em 1990 foi realizada a Confer~ncia Mundial de Educa9~0 para Todos em
Jontien, Tailandia, convocada pela organiza9aO das Na90es Unidas para a
Educa9iio, a Ciencia e Cultura (UNESCO); Fundo das Na<;6es Unidas para a
Infancia (UNICEF); Programa das Na90es Unidas para 0 desenvolvimento (PNDU) e
22
o Banco
Mundial
referenles
(BIRD),
emergiram
amplia-se
denominada
Enlendendo
conhecer
0
lrabalho.
essencial
As rela90es
sociais
que
habila
possibilidade
de
sobrevivencia
dos que
da Educa9ao
em lodos
e
para
0
que
referem-se
e
nele,
cercam. Tal consenso de ideias
a
do
a conhecer
0
principalmenle
colaborando
a
com
a
propoe a democratizaC;30
das diferen9as
alunos, para diminuir as diferenQas sociais, considerando
aspecto
no mundo
direlamenle
sobreviver
independenle
Neste
humane
possibilidades,
e de
ao individuo
para sobreviver
a cercam.
referem-se
de
da
a ser
as relac;6es sociais
desenvolvimento
para
os paises,
e a90es
e debales,
passa
que se instumentalize
dos
polencial
analise
A denominac;ao surge a partir do
que permeiam
e de lrabalho
seu
defini90es
a sociedade
socia is e de lrabalho
instrumentalizar-se
0
que
do conhecimento~.
a sobrevivimcia
torna~se
ambienle
em
que habita e possibilitar
com
varias
entre eles que a responsabilidade
momenlo
que rela90es
ambiente
colaborando
educayao
do
e progresso tecnol6gicos
lrabalho.
resullaram
A partir da ampla
relevantes,
a partir
como "sociedade
desenvolvimento
conferencia
universalizadora.
alguns consensos
educac;lio
nele,
e desla
a uma educac;lio
particulares
que na.o seria
0
dos
acesso
aos bens de consumo a (mica forma de diminuir essas desigualdades.
A partir disso e de consensos
influenciaram
para
estabelecidos
a nova Lei 9394 de 20 de dezembro
a Educa9ao
professores
Nacional,
publicada
[sem grifo no original]
em
no Brasil,
tais discussOes
de 1996, de Direlrizes
1996.
Em
esUio presenles
e Bases
II forma~ao
rela9ao
na legisla9ao
de
do art 61 dessa
lei, as seguintes afirma90es:
A forma9aO de profissionais
da educa9aO,
dos diferentes niveis e modalidades
desenvolvimento
I - a associa9ao
educando,
do
entre teorias
de modo a alender
de ensino e as caracteristicas
lera
e praticas,
inclusive
como
mediante
aos objelivos
de cad a fase do
fundamenlo:
a capacita9ao
em
servi90;
II - aproveitamento
da formac;a,o e experi~ncias
anteriores em institui90es de ensino
e outras atividades.
Os dois itens do artigo ressattam
professores
- a rela~ao
teoria
e pratica.
nas analises e fundamenta90es
seu lrabalho.
Portanlo,
forma9ao
professores
de
e
pedag6gicas
necessaria
cuja
urn aspecto
Essa rela9aO
dos professores
a implemenla9ao
conceP9aO
essencial
e molivo
de
pralica
de
na formac;ao de
de queslionamenlos
para a realiza9ao
novas
e leoria,
lend~ncias
numa
forma
de
de
de
23
utiliza9iio imediata do conhecimento no ambito da pratica pedag6gica, para isso a
fonnac;:ao
pass aria
a privilegiar
formas
de transposic;:ao
da teoria
a pratica,
muito
mais efetivas. Em 1996, a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and
Cultural Organization) apresenta estudo sobre as condi9~es da educa9aO no mundo.
Esse
e
estudo
urn relatorio,
preparado
pela
Comissao
Internacional
sobre
a
Educa9ao para 0 Seculo XXI (editado em 1996), sob 0 titulo Educayao: Um tesouro
a descobrir.
0 relatorio foi iniciado em mantO de 1993, leve a colaborac;:ao de varios
especialistas do mundo em Educa9ao e foi coordenado pelo Presidente da
Comissao Europeia (1985-1995), e ex-ministra da Economia e das Finan9as da
Fran9a, Jacques Delors (dai ser conhecido como
0
Relatorio Delors).O trabalho
discute quest~es que permeiam a educa9ao e cujo destaque pode ser concedido
aos Quatra Pilares da Educa9aO,ou do Conhecimento: aprender a conhecer, isto e,
adquirir
as instrumentos
meio envolvente;
da compreensao;
aprender
aprender
a viver juntos,
Qutros em tad as as atividades
a fazer,
para poder
a fim de participar
humanas; e finalmente,
agir sobre
e cooperar
aprender
0
com as
a ser, via essencial
que integra as tr~s precedentes.
Este relat6rio prop~e analisar
informayao, e
sociedade
3.11
0
que vamos
PILARES
DA EDUCA<;Ao
A educac;:ao deve se adequar
e saber-fazer
evolutivos
educa<;3o orientar as pessoas
informa<;ao
conhecimento
impacto da revolu9aO nas tecnologias de
construir.
OS QUATRO
"saberes
0
impacto que as oP9~es de politica de educa9lio t~m no tipo de
disponivel
a selecionar
nesse
que vale, mas
adaptar esses conhecimentos
as novas tecnologias,
adaptados
novo
0
0
seculo.
aproveitamento
a
para poder transmitir
civiliza<;3o
cognitiva".
que e relevante
Nao
e
mais
e a capacidade
nesse
a
Cabe
excesso
quantidade
de aprofundar
a
de
de
e
nesse mundo de mudan<;a.
A missao da educaylio deve estar estruturada sobre quatra pilares
fundamentais do conhecimento:
• APR ENDER A CONHECER - adquirir instrumentos da compreensao.
• APRENDER A FAZER - para poder agir sobre 0 meio envolvente.
24
•
APRENDER
PARA
VIVER
JUNTOS
- a fim de participar
e cooperar
com
as
Qutros em todas as atividades humanas
•
APRENDER
relacionam
A SER - via essencial
o ensino
pilares,
que integra
as tr~s precedentes
formal
deve passar a ser regido pela aten9ao
para que a educa9ao
se tome uma experiencia
igual a cada um dos
global para ser feita ao longo
da vida toda, tanto no cognitiv~ como no pratico, para
membra
e se inter-
multiplamente.
0
individuo como pessoa e
da sociedade.
A Comissao formada para estruturar
ideia que se faz da utilidade
da educa9ao,
0
Relat6rio, cr~ imprescindfvel mudar a
ultrapassando
a visao
instrumental
da
educa<,;:ao,pass and a a considera-Ia como meio de descobrir, reanimar e fortalecer
potencial
criativQ de cada urn e possibilitar a realiza<;3o da pessoa
totalidade,
aprende
3.11.1
0
a ser.
Aprender
Visa
como
a Conhecer
dominic dos instrumentos do conhecimento,
0
0
que, na sua
e pade ser considerado
meio e a finalidade da vida humana.
Meio
comunicar
e
dignidade
-
para
que
desenvolver
cad a urn compreenda
suas
capacidades,
0
para
mundo
que
preservar
a rodeia,
minimamente
para
a
do ser humano.
Finalidade
saberes
- E
0
prazer de conhecer,
compreender
e descobrir;
utilitarios e a tendencia a prolongar a escolaridade
levar a crianc;:ae depois
0
e
0
e
voltar-se
aos
tempo livre. Deveria
adulto a apreciar a alegria do conhecimento
e da pesquisa
individual.
o
relat6rio
pro pOe:
"0 aumento dos saberes, que permitem compreender
melhor 0 ambiente
sob 05 seus diversos
aspectos,
favorece
0 despertar
da curiosidade
intelectual, estimula 0 s.entido critico e permite compreender
0 real, mediante
a aquisi9Bo de autonomia
na capacidade
de discemir.
E necessaria
proporcionar a crian(:e aceuo 8 melodologias cientificas de modo a tornar*la
-amiga da ciencia" A formacio cultural. cimento das sociedades no tempo e
no espayo, implica na abenura a outros campos de conhecimento operando
sinergia entre as disciplinas".
(DELORS.
2003)
25
Aprender para conhecer supoe aprender a aprender, exercitando a aten,ao,
mem6ria e pensamento.
Cultivando a memoriz89ao
associativa,
naD para aprender
memoria, deve ser uma pratica desde a infimcia. 0 ensina
de cor, mas para treinar a
basico pode ser considerado bom se transmitir as pessoas
0
impulso e as bases que
fa,am com que continuem a aprender ao longo da vida, no trabalho e fora dele.
3.11.2
Aprender
a Fazer
Esta ligado ao aprender a conhecer, e tambem
a
pratica as seus conhecimentos
ensinar ao aluno par em
forma,ao profissional: a
e adaptar
a
educac;:ao ao
trabalho futuro, acompanhando a evolu,ao do mundo. Aprender a fazer nao pode se
reduzir
a
transmissao
desprezar
0
de praticas mais ou menes
rotineiras,
porem naD devemos
valor formativQ que elas carregam.
a
Da no,1Io de qualifica,lio
no,lio
de competimcia - No mundo do trabalho, a
pnltica
tecnica requer dominic do cognitiv~ e do informativD,
no,ao
de qualifica,ao
profissional, e valorizando
a
deixando
de
compet~ncia
qualifica,ao, forma,ao profissional, comportamento social, aptidao para
em equipe, a capacidade de iniciativa e
o
trabalho
na economia
informal
0
lado a
pessoal,
0
trabalho
905tO pelo risco.
- Em economias
em desenvolvimento,
uma pequena parcela da popula,ao tem emprego e recebe salario,
0
apenas
restante
participa da economia tradicional de subsistl!ncia. A aprendizagem destina-se a um
objetivo mais amplo preparando mais como uma qualifica,lio social global do que
profissional.
Encarar
cultura
0
cientifica
futuro apoiando-se em uma aprendizagem ligada a aquisi,ao de
que
de
acesso
a
tecnologla
modema,
sem
negllgenciar
capacidades especificas de inova,ao e cria,lio ligadas ao contexto local. A questao
e
como aprender
cria,ao do futuro.
a comportar-se,
na incerteza
e como participar efetivamente
na
26
3.11.3
Aprender
a Viver Junto, aprender
a viver com os outros
o maior desafio da educaylio e aprender a viver junto. Os conflitos humanos
fazem
parte
da
porem
hist6ria,
a
perigo
aumentou
com
potencial
0
de
autodestruic;ao, criado a partir do seculo XX. A pergunta e se somos capazes de
conceber
uma educa9f1o capaz
pacifica,
desenvolvendo
espiritualidade.
A90es
de evitar conflitos,
conhecimento
0
como a
dos
ou de
resolv~-Ios de maneira
Qutros,
nao violencia na escola,
0
sua
cultura
e
sua
cam bate aos preconceitos,
a busca de objetivos e projetos comuns, a participac;aoe a igualdade, sao meios de
atingir as metas.
A descoberta
conhecimento
sobre
semelhan9as
atraves
do outro - A missao da educaylio, alem de transmitir
a
diversidade
e da interdependlmcia
do dialogo
humana,
deve
a
levar
consciencia
entre todos os seres do planeta.
e da troca de argumentos
e urn dos instrumentos
das
0 confronto
indispensaveis
a educac;aodo seculo XXI.
Ter
objetivos
comuns
- Valorizar
que
0
e
comum
a todas,
e nao
as
diferenc;as. A educaC;ao deve incluir jovens em projetos de cooperaC;ao, em
atividades
sociais,
humanitarias,
refer~ncia
renovaC;ao
servic;:os de
para
de
bairros,
solidariedade
vida
ajuda
entre
futura
dos
aos
gerac;:oes,
alunos,
desfavorecidos,
etc.,
capazes
fortalecendo
ac;:oes
de
ser
relac;ao
professor/aluno/comunidade.
3.11.4
Aprender
a ser
A educac;aodeve contribuir para
0
desenvolvimento total da pessoa "espirito
e corpo, inteligencia e sensibilidade, sentido estetico, responsabilidade pessoal e
espiritualidade" (DELORS, op cit., 2003). Toda pessoa deve ser preparada pela
educac;:ao para elaborar
valor,
vida.
e poder
decidir,
pensamentos
por si mesmo,
autOnomos
como
e criticos,
formular
agir nas diferentes
seus juizos
circunstancias
de
da
Mais do que preparar
necessario fornecer-Ihe
a crianc;a para uma determinada
forc;as e referlmcias
intelectuais para compreender
0
mundo
que a rodeia e coragem para comportar-se nele com responsabilidade e justi<;a.
A educac;~otem como papel essencial conferir a todos os seres humanos a
liberdade de pensamento,
discernimento,
sentimentos
e
imaginac;~onecessaria para
desenvolver seus talentos e ser dono de seu proprio destino.
Respeitando-se
levados ate
as personalidades,
a autonomia
e
0
espirito de iniciativa,
limite da provocac;ao como suporte para a criatividade
0
e a inovaC;ao,
pode funcionar como oportunidade de progresso para as sociedades.
o relatorio pretende que
completa
expressoes
do
homem,
em
desenvolvimento tenha por objeto a realizayao
a sua
e dos seus compromissos:
uma familia, cidadao,
processo
riqueza
e
na
individuo, membra
complexidade
das
suas
de uma comunidade,
de
produtor, inventor de tecnicas e criador de sonhos.
o desenvolvimento
e um
0
toda
diah!tico
que se realiza ao longo de toda vida do ser humano
come~a pelo conhecimento
que
abrir, em seguida Ii relayao com
0
outro e com
0
de si mesmo,
para se
meio [grifo meu]. A educa<;aoe
antes de tudo, uma viagem interior, cujas etapas correspondem as da maturayao
continua da personalidade.
3.12 A LEGISLA~AO
DA EDUCA~Ao
AMBIENTAL.
o Brasil busca aperfei<;oarsua legisla<;aoeducacional,
a
inclusive relacionada
educa<;ao ambiental, com a regulamenta<;aoda Lei n' 9.795 de 25 de abril de
1999, buscando atender os principios e objetivos estabelecidos pela Politica
Nacional de Educa<;aoAmbiental e a diretrizes do Ministerio da Educa<;aoe Cultura MEC e do Ministerio do Meio Ambiente pensamento e rela<;Oescom
educadores
ambientais
aptos
voltado ao desenvolvimento
formac;ao de professores
0
MMA, objetivando mudan<;as no
ambiente, requerendo forma<;ao de professores e
ao
exercicio
sustentavel
e a
do
pracesso
ensino-aprendizagem
valorizac;~oe manutenyao
exige fundamentacyao
cientifica e tecnica
da vida. A
voltada
para
0
conhecimento do ambiente, da biodiversidade, das questoes socioculturais, politicas
e econOmicas.
28
o Decreto n· 4.281, de 25 de junho de 2002, em seu artigo primeiro preve
que a pOlitica Nacional de Educa9ao Ambiental seja executada pelos orgaos e
entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, pelas
institui90es publicas e privadas dos sistemas de ensino, submetendo-se as
delibera96es do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA e do Conselho
Nacional de Educa9aO sistematizac;ao
e
CNE. No artigo terceiro, inciso quarto, requer a
divulgac;::'o de
diretrizes
nacionais
definidas,
garantindo
a
discussao e participa~o efetiva da sociedade.
3.13
PARAMETROS
CURRICULARES
NACIONAIS
Nos Parametros Curriculares Nacionais (PCN s) Ciancias Naturais (2001),
indica-se
como
abjetivos
do
ensina
fundamental
que
0
aluno
ao
final
da
escolariza9ao seja capaz de:
Compreender
a cidadania
como
exercicio de direitos e deveres
participa930
social e politica,
assim
politicos, civis e sociais, adotando
como
no dia-a-dia
atitudes de solidariedade, coopera~o e repudio as injusti9as, respeitando
outro e exigindo
Posicionar-se
para
5i 0
mesma
de maneira
critica,
situa96es sociais, utilizando
0
0
respeito.
responsavel
e construtiva
nas diferentes
dialogo como forma de mediar confiitos e de
tamar decisOes coletivas;
Conhecer
sociais,
caracteristicas
materiais
fundamentais
e culturais
de identidade nacional e pessoal e
Conhecer
como
e valorizar a pluralidade
aspectos
contra
qualquer
socio-culturais
discriminary:'o
social, de cren9as,
do Brasil nas dimensOes
como meio de construir
0
ambientais,
progress iva mente a n09:'0
sentimento de pertin~ncia ao Pais.
do patrimOnio sociocultural
de outros
baseada
brasileiro,
bem
povos e naryOes, posicionando-se
em
diferenryas culturais,
de sexo, de etnia ou outras caracterfsticas
de
cia sse
individuais
e
sociais;
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando
ativamente
seus
elementos
e
as
intera90es
para a melhoria do meio ambiente;
entre
eles,
contribuindo
29
Desenvolver 0 conhecimento ajustado de si mesmo e 0 sentimento de
confian<;a em suas capacidades afetiva, ffsica, cognitiva, etica, estetica,
inter-rela9ao
pessoal
e de insen;:ao social,
para agir com
de
perseveran<;a na
busca de conhecimento e no exercicio da cidadania;
Conhecer e cuidar do proprio corpo, valorizando e adotando habitos saudaveis
como um dos aspectos basicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em rela~ao a sua saude e a saude coletiva;
Utilizar diferentes linguagens: a verbal, matematica, gnifica, plastica e corporal
- como meio de produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e
usufruir as produyoes Gutturais,
em contextos publicos e privados, atendendo a
diferentes inten9i\es e srtua~Oesde comunica<;ijo;
Saber utilizar diferentes fontes de infonma<;ijo e recursos tecnol6gicos para
adquirir e
construir conhecimentos;
Questionar a realidade fonmulando-se problemas e tratando de resolv~-Ios,
utilizando
para
iS50
0
pensamento
logica, a criatividade,
a
intuiC;80, a
capacidade de analise critica, selecionando procedirnentos e verificando sua
adequa~ao.
Estes itens referern-se com a questao etica, humana, e valores diretamente
relacionados e fundamentados no conhecimento do homem sobre
0
ambiente e de
seu papel transformador da sociedade como um todo din~mico,comprovando que
n~opode ser dissociada educa<;:IO,vida, trabalho e sobreviv6ncia do cuidado com a
natureza.
3.14 OS PCN's E A EDUCAc;:Ao
AMBIENTAL
Desenvolver valores, atitudes e posturas eticas, estes devem ser os
objetivos a nortear assuntos ambientais PCN s - Meio Ambiente e saOde (2001), e
sua inter-rela<;~o com as demais disciplinas curricula res abordadas em sala de aula.
o
professor deve mostrar que, para adquirir consci6ncia sobre as questoes
ambientais, os alunos terao de se envolver em um aprendizado constante, pais as
transfonma~Oesnaturais tambi!m se dao de maneira continuada.
30
Na cultura e no trabalho de diversos grupos humanos aparecem expressOes
e conseqU~ncias de sua intera,ao com
0
ambiente. Oiante disto alguns tapicos
devem ser levantados como:
A importancia da agua para a vida e para a histaria dos povos. A agua
essencial para manter a vida e determinante para a organiza,iio
e
das
sociedades;
o
valor
que
aparecimento
a
materia orgtmica
tern
seja, disputas naturais entre as diversas
tema,
e
para
saneamento.
0
Desde
0
dos primeiros seres, existem as el05 entre a vida e a morte, au
passive I
formas de vida. Com base nesse
fazer considerac;Oes sobre
0
lixo como materia orgtmica a
ser aproveitada ou reciclada.
A qualidade da agua depende da conserva,ao do solo, cuja qualidade
depende da destinac;ao que se dol ao lixo, que depende diretamente da relac;ao do
indivlduo com
0
seu ambiente.
Par estarem
intrinsecamente
ligados, as sistemas
devem ser tratados como partes que com pOe urn todo.
o
alimentares
risco
da
transmiss~o
de
subst~ncias t6xicas
esta presente em qualquer ecossistema.
Elas
nas
cadeias
pod em estar na agua, no
solo [grilo meu) e no ar. Ainda segundo os PCNs , os alunos devem discutir
medidas
para impedir que essas
substa.ncias entrem
na alimentac;ao
dos seres
vivos. Tal discussao depende da postura critica do aluno e do acesso a
conhecimentos
hegemonia
e
informac;:6es isentos
de
ideologia
de
grupos
que
detem
a
baseada no interesse e poder economico.
3.15 VI SAO SISTEMICA
PARA 0 ENSINO
Segundo Capra (2002) as ultimas descobertas cientificas mostram que toda
forma de vida - desde as celulas mais primitivas ate as sociedades
Empresas
segundo
e Estados
0
ate mesmo
sua economia
humanas,
suas
global - organizam-se
mesmo padrao e os mesmos principios basicos: 0 padrao em rede. Em
todos os sistemas
ocultas·,
Nacionais,
existem
desenvolvendo
0
que
0
autor convencionou
uma compreensao
sistemica
chamar
e unificada
de "conexOes
que integra as
31
dimensces biol6gica, cognitiva e social da vida e demonstra claramente que a vida,
em todes as seus nrveis,
e inexplicavelmente
interligada
par redes complexas.
Informa ainda que no contexto da globaliza<;ao, ha duas grandes
comunidades
as quais pertencem:
todos nos somas membros
da rac;a humana
e
todos fazemos parte da biosfera global. Somos moradores da 'casa terra" e
devemos
nos comportar como se comportam
plantas, as animais e as microorganismos
que
os Qutros moradores
que constituem
cham amos "tera da vida", Essa rede se desenvolveu
bilhoes de anos sem se romper. A capacidade
a vasta
dessa casa - as
rede de rela¢es
e evoluiu
ao longo de
intrinseca de sustentar a vida. Temas
a obrigac;a.o de nos comportar de maneira a naD prejudicar e5sa capacidade.
a sentido essencial
Para
0
da sustentabilidade
autor Capra (op. cit, 2002), propce uma colaboral'ao entre
for Ecoliteracy
Esse e
ecol6gica.
0
Center
- CEL - Centro de Eco-Alfabetizal'ao instituil'ao que coordena,
Ministerio do Meio Ambiente e
0
0
Ministerio de Educa~ao, para a discussao da
Alfabetiza<;aoEcol6gica no Brasil. Neste centro esta sendo desenvolvido um sistema
de educac;ao para a vida sustentavel baseado na alfabetiza<;aoecol6gica e dirigido
as escolas de primeiro e segundo grau. Esse sistema envolve uma pedagogia
centro
e
a compreensao
de 0 que e a vida; uma experiencia
cujo
de aprendizado
no
mundo real (plantar uma horta, explorar um divisor de aguas, restaurar um mangue),
que supera a nossa
separa9~0 em rela9ao
a
natureza,
n09ao de qual e 0 lugar a que pertencemos;
aprendem
os fatos fundamentais
e cria de novo em nos uma
e um curriculo
no qual as crian9as
da vida - que os residuos de uma especie sao os
alimentos de outra; que a materia
circula continuamente
pela teia da vida; que a
energia que move os ciclos ecolOgicos vern do Sol; que a diversidade
de sobrevivencia;
e a garantia
que a vida, desde os seus primordios ha mais de tres bilhoes de
anos, nao tomou conta do planeta pela violencia, mas pela organizac;ao em redes.
o principio basico do uso sustentavel do solo e garantia da manutenl'ao
seu potencial
produtivo para nossa sobrevive!ncia
ponto de partida
caracteristicas
e
e para as gera96es
planejar 0 uso e ocupa<;ao do solo em comum
futuras.
de
0
acordo com as
do meio onde esta inserido, isto e, de acordo com a sua aptidao,
e
com a tecnologia recomendada pra aquela area. Isto tambem impede a subutiliza<;ao
de terras (TORRES E BOCHNIAK, p. 49, 2003)
32
3.16
UMA NOVA CULTURA
AMBIENTAL
Os peN s - Apresenta9ao dos temas transversat e etica (2001) recomenda
utilizar recursos das ci~nciascomo conhecimento que colabora para a compreensAo
do mundo e suas transforma90es, para reconhecer
universe
e
como
individua,
levando-se
em
0
conta
homem como parte do
que
a
construc;Ao
de
conhecimentos cientificos tern exigencias relativas a valores humanos.
sao estes valores humanos que se pretende reintegrar
a
pratica escolar do
ensina fundamental, na tentativa de resgatar a g~nero humane da crise civilizatoria
em que se encontra.
Ao estabelecer indicac;Oes para
0
caminho certo para
0
homem transpor
0
realismo materialista atual, em seu livro "Saber cuidar", Boll (1999) recomenda um
novo paradigma de "re-liga91io, de re-encantamento pela natureza e de compaixao
pelos que sofrem; inaugura-se uma nova ternura para com a vida e urn sentimento
autentico de perten9a amorosa a Mae-Terra".
o autor propOe que para a supera9ao deste
momento critico, e importante
que se reveja a sabedoria ancestral des pavos enos coloquemos na escola de uns e
outros. Recomenda que busquemos construir uma nova "casa humana" que permita
uma nova convivEmcia entre os humanos com os demais seres da comunidade
biotica, e propicie uma refiexao face a complexidade das rela90es que sustentam
todos e cad a um dos seres.
Ainda segundo Boll (op. cit., 1999) discorre sobre a fabula do cuidado, em
que de uses mitol6gicos disputam a primazia sobre
que temos e tudo
0
0
homem, revelando que tudo
0
que somos, vem da terra, e quando nao restar mais nada de
nossa estrutura que nos faz seres humanos, voltaremos a ser parte da terra. Nilo
podemos nos esquecer que a palavra homem vem de "humus~ ou seja, terra fertil, e
para que ela continue fertil para todos os seres que habitam
0
planeta Terra,
devemos cuidar de nosso ambiente.
Seguindo esse mesmo criterio, Morin (2002) convida a um despertar da
educa9ao e educadores para a totalidade dos seres e do universo. Anuncia que a
educa91io do futuro exige um esfor9Q transdisciplinar que seja capoz de rejuntar
ci~ncias e humanidades e romper com a oposi~aO entre natureza e cultura. E 0
desafio que prop6e Morin a todos que estao empenhados em repensar
0
rumo da
33
educa,ao. A educa,ao do futuro necessita superar sete paradigmas que devem ser
discutidos nos programas educativos de fonna,ao dos jovens, futuros cidadaos, os
quais ele chama de ·05 sete buracos negros da educa,ao·. Sao eles:
CONHECIMENTO - 0 ensino fornece conhecimento. Porem nunca se ensina
e
de
fato
conhecimento.
e
conhecimento
0
sempre
conhecimento
nao
uma traduc;ao, seguida
e
reflexo
da
0
que
realidade.
0
reconstruc;:ao do real.
de uma
Quando analisamos qualquer fato, 0 fazemos a partir de percep,6es culturais,
sociais e de origem.
sao
nossos pre-conceitos
ace rca das pessoas ou fatos.
CONHECIMENTO PERTINENTE - 0 conhecimento deve ser pertinente, nao pode
mutilar
0
seu objeto. As disciplinas ajudaram
existe entre as disciplinas
e invisivel
Nao e a quantidade de informa,Oes que faz
de calocar
cirmcia,
como
0
0
conhecimento
ela pade
sentimento,
0
avan,o do conhecimento. 0 que
e as conexOes
no contexto.
0
entre
elas tambem
Portanto,
por mais sofisticada
errar em suas previsOes, se esquecer
a paixao,
0
desejo,
0
e invisivel.
conhecimento, mas sim a capacidade
temar,
0
que seja a
dos aspectos
medc.
humanos,
wNao se pade conhecer
as
partes sem 0 todo, nem conhecer 0 todo sem conhecer as partes·. 0 contexto tem
necessidade de seu pr6prio contexto.
IDENTIDADE HUMANA - Os programas de instru~o
identidade
humana.
sociedade
como
imprime.
Morin
parte
acredita
identidade
humana.
estranhos
atraves
rir, chorar,
Ao mesmo
de
n65,
tempo
pois
ser posslvel
Somos
fazemos
desde
0
nossa
a convergencia
todos filhos do mesmo
do nosso conhecimento
sorrir, nao sao atos aprendidos
s~o modulados de acordo com a educa~o.
nao podem ignorar nossa
parte de uma sociedade
nascimenta
entre
cosmos
todas
enos
e de nossa cultura.
a
nos
as ciemcias
e a
transformamos
e preciso
ao longo da educalYao,
e temes
a cultura
lembrar
sao inatos,
em
que
mas
(MORIN, 2002).
COMPREENSAo HUMANA - Nunca se ensina como compreender uns aos outros.
Queremos
sempre
que nos compreendam.
A compreensao
humana
vai alem,
ela
comporta empatia e identifica~o. 0 que faz com que se compreenda alguem que
chora nao
e analisar a lagrima no microscopio, mas saber
emo~o.
Compaixao significa sofrer junto.
E
0
significado da dor, da
isto que permite a verdadeira
34
comunicaCfAohumana. Por isso e importante compreender
si mesma,
pais
a necessidade
n~o 56 aos Qutros como a
de analisar nossa
esta cad a vez mais devastado pela incompreensao,
mundo
0
de se auto-examinar,
autojustificac;~o,
e
que
a doenc;:a
do relacionamento entre as seres humanos.
A INCERTEZA - Apesar de nas escolas se ensinar somente certezas, e necessaria
mostrar em todos as dominios,
IS50 mostra a necessidade
ao longo da hist6ria,
de ensinar
0
surgimento
0 que chamamos
do inesperado.
de ecologia
e
a~o
da
atitude que se toma quando um ato e desencadeado e escapa ao desejo e as
inten,oes daquele que a provocou, acendendo reflexos multiplos que podem desvia10 ate para a sentido oposto ao intencionado. 0 inesperado aconteceu e acontecera,
porque nao lemos certeza nenhuma do futuro. Porem tal incerteza e uma incita,ao a
coragem.
A aventura
humana nao
e previsivel,
mas
0
imprevisto nao
e totalmente
desconhecido.
A CONDIC;;AoPLANETARIA - A interliga,ao da humanidade iniciou-se muito antes
da descoberta de novos continentes, e e completada com a era da globaliza,ao. 0
planeta sempre foi um s6, porem hoje percebemos que tudo esta conectado. Isso e
urn aspecto
conectado,
ainda
informayees
importante
perigos
naD explorado
que nao conseguimos
e
para
a ameac;:a ecologica,
nas religioes.
0 fenOmeno
processar e organizar.
que ha um destino 56 para tad as
da vida e da morte
nucleares,
pelo ensina,
que
tudo esta
E preciso
0
a humanidade,
como
desencadeamento
ver humanidade
individual,
humanos.
de extremismos
0
Existem
a ameac;:a das
como uma comunidade
natureza moral e etica que diferem e dependem
os aspectos
Pra que serve? 0 ponto
as seres
A ANTROPO-ETICA - Morin chama de antropo-etica
Seriam
em
planeta com seus problemas, a acelera,ao hist6rica, a quantidade de
0
justificados
de destino comum.
aspecto dos problemas de
da cultura e da natureza
social e genetica,
as
armas
ou de especie.
Cabe
humana.
ao ser
humano desenvolver a etica e a autonomia pessoal (responsabilidade pessoal),
desenvolver a participa,ao social (responsabilidade social), participando do genero
humano,
E
pois compartilhamos
de um destino comum (responsabilidade
importante orientar essa tam ada de cansciencia
que
0
individuo possa exercer sua responsabiJidade.
planetaria).
social que leva a cidadania,
para
35
3.17
MEIO AMBIENTE
COMO TEMA TRANSVERSAL
A estrutura dos par~metros curriculares nacionais para 0 ensino fundamental
mostra
as
objetivos
permeados
gerais
como
pluralidade cultural e tambem
escolarizac;ao
semelhante
sendo
as
areas
disciplinares
da
eduC3C;aO,
transversa is, tais como: etica, saude, orientac;a.o sexual,
pelos temas
sa.o valares
0
meio ambiente. Tais temas que permeiam a
culturais
e ao diferente.
Tais
a sedimentar
temas
0
transitam
respeito
ao
no universe
ambiente,
escolar,
ao
social
e
familiar do aluno podendo ser classificados como transdisciplinares.
Nos PCN s volume quatro - ci~ncias naturais (2001) recomenda-se que em
concordfmcia
com
05
principios da educac;ao ambiental,
meio ambiente (ou ainda, para
0
cuja tema
transversal
e
estabelecimento desta nova cultura ambiental)
aponta-se a necessidade da reconstru9ao da rela9ao homem-natureza, a fim de
derrubar definitivamente
ela, ampliando-se
0
a crenc;a do homem como senhor da natureza e alheio a
conhecimento
sobre como a natureza
se comporta
e como a
vida se processa.
Como conteudo escolar, a tematica ambiental perrnite apontar para as
relac;oes reciprocas entre socledade
humanas, seus conhecimentos
o
rela90es
tema
entre
hist6ricos.
transversal
problemas
Tais
responsabilidade
e ambiente,
Meio Ambiente
ambientais
discuss6es
marcadas
pelas
necessidades
e valores.
s~o
aborda
e fatores
a discussao
economicos,
pertinentes
se
humana em beneficio do bem-estar
forem
a respeito
politicos,
voltadas
das
socia is e
para
a
comum e ao desenvolvimento
sustentado.
Nos PCN s volume 8 - apresenta9ao dos temas transversais e "'tiea (2001),
quando descreve
0
tema Meio Ambiente,
Ngrande rede de seres interligados,
seres vivos e elementos
espa90
traz
0
relato da vida na Terra como uma
interdependentes,
num conjunto
fisicos. Para cada ser vivo que habita
ao seu redor com todos as outros elementos
0
que envolve
planeta existe um
e seres vivos que com ele
interagem, por meio de rela90es de troea de energia: esse conjunto de elementos,
seres e rela90es constitui 0 seu meio ambiente".
Levando-se
em conta nao s6 os
aspectos fisicos e biol6gicos do meio ambiente, 0 homem Ii a liga~~o entre 0 meio
ambiente e rela90es que sao estabelecidas: rela90es sociais, econOmicas e
36
culturais; tambem fazem parte desse meio e, portanto sao objetos da area ambiental
e de acordo com a presente proposta sao tambem objeto primordial da educac;iio.
o
homem transformou-se no decurso da hist6ria humana pela modificac;iio
do meio ambiente, criou cultura e transformou
0
ambiente. E preciso refletif sabre as
rela<;OessocioeconOmicas e ambientais e tomar parte nas decisOes adequadas na
direc;iio do crescimento cultural, a qualidade de vida e 0 equilibrio ambiental.
No volume 9, Meio Ambiente e Saude - Temas transversa is (2001, p. 31)
quando se propOe a discutir
0
conceito de meio ambiente, os autores dos PCN's
avisam que tal conceitua<;ao ainda esta sendo construfda, e ainda nao encontra
consenso no meio cientffico,
sendo definido de modo diferente par especialistas de
diferentes ciE!ncias. PropOes definir wmeio ambiente" como Mespac;o" (com seu
componente
bi6ticos e abioticos
desenvolve,
trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado e
e suas interac;Oes)
em que
urn ser vive e se
transfonmando-o. No caso do homem, soma-se ao espac;ofisico e biol6gico tambem
o sociocultural.
E
fundamental
conhecer a conjunto
das
rela~es
na
natureza
para
compreender a import~nciade decisOes relacionadas com os problemas ambientais.
Tal conjunto de relac;Oesinicia-se no conhecimento do solo como suporte gerador do
ambiente, evoluindo para a relac;iio homem-ambiente e chegando ao ponto em que
o aluno sinta-se parte desse ambiente, com possibilidade de intervir em decisOes
relacionadas ao seu meio.
3.18
FORMA<;:AO DE PROFESSORES
A Secretaria de Educac;~o Infantil e Ensino Fundamental do Governo
Federal, durante a gestao do ministro Crist6van Buarque no inicio do ano de 2003,
lanc;aum documento para discussao dos trabalhadores da educac;iio; a cartilha, com
15 paginas. Apresenta a Politica Nacional de Valorizac;iio e Fonmac;iio de
Professores, que institui um pi so salarial e regula a carreira docente;
0
Exame
Nacional de Certificac;iio de Professores, a Boisa Federal de Incentivo a Formac;iio
Continuada, a Contrapartida dos Entes Federados e a Rede Nacional de Pesquisa e
Desenvolvimento da EducaC;a'odenominada "Toda Crianc;a Aprendendo", Matrizes
37
de Refer~ncia para
Sistema Nacional de Formayao Continuada e Certificayao de
0
Professores.
A proposta Ii a valarizayao dos professores e 0 sistema nacional de
formayao continuada e certificayilo de professores, aliceryando sua politica
educacional nos seguintes eixos:
Igualdade de oportunidades educacionais e de acesso ao conhecimento
(inclusao).
A
igualdade
no acessa
a escola
nao
e
deve
abardagem estatistica. A educayao
nilo
oportunidade,
crian~as devem
mas urn direito.
ao conhecimento,
efeliva
Todas
e sua presen9a
as
na escola
ser
somente
deve
apenas
urna
uma questao
a
ter acesso
de
escola
e
significar
aprendizagem
com
escola
e utilitaria.
Qualidade
social
qualidade,
que
tecnologico.
-
A
inclusao somente
possibilile
acesso
Nao se consolida
a
se
a bens
efeliva
culturais
e
urna
ao
de
desenvolvimento
inclus~o sem aprendizagem
e sem
ao
aceSSD
conhecimento. Resultados apontados pelo Sistema Nacional de Avaliayao da
Educayao Basica mostram tendencias ao declinio do rendimento e na aquisiyao
de compet,mcias cognitivas basicas por parte dos alunos. Resultados do
Sistema de Avaliayao da Educayao Basica (SAEB) referente ao ano de 2001
indicam
que
adquiriram
59%
crian9as
as conhecimentos
adquiriram
os
E
e nesse
de
serie
matematicos
momenta
de aprendizagem,
48
do ensina
e as competemcias
conhecimentos
escolarizac;ao.
processo
das
basicas
apropriados
que acontece
0
a
grande
pois as crianc;as com baixos
fundamental
de leilura
nao
e 52%
nao
faixa
de
essa
estrangulamento
nlveis de letramento
do
e
de nOyOes basicas de conhecimentos matematicos terao dificuldades em
prosseguir seus estudos. Este quadro reproduz e mant~m as desigualdades
sociais.
Valorizayao dos profissionais da educayao. A inclusao educacional com
qualidade social, que Ii a sintese da escola ideal de qualidade para todos, se
consolida com a valorizayao permanente dos profissionais da educayao. Todas
as esferas
governamentais,
dos profissionais
Democracia
e
de ensino
instituiyOes
formadoras
s~o convidados
Autonomia.
Democracia
e entidades
a integrar-se
representativas
a esse objetivo.
supOe liberdade,
participayao,
pluralismo, equidade e divis~o do poder. A consolidayao da cultura democratica
efetiva
na escola
e nos sistemas
de
en sino esta relacionada
com uma
pro posta
38
polltico-pedag6gica que garanta inclusao e qualidade social. A eseDla
democratica deve ter autonomia
considera9ao
suas
para
construir sua identidade
levando
especificidades regionais e culturais. Estabelece
em
pontes
entre ensina publico que possui urna identidade coletiva e necessidades
particulares de cada unidade escolar e sua propria identidade ainda nao e urna
questao solucionada.
Financiamento da Educa<;Ao. 0 Governo Federal oficialmente substitui a 6rgao
de financiamento FUNDEF (Fundo de desenvolvimento do ensino fundamental)
pelo FUNDEB (Fundo de desenvolvimento do ensino bilsico). 0 que representa
direito a escolariza~ao basica desde a educa~ao infantil ate a 8' serie.
propostas pretendem consolidar urna eseela pLiblica de qualidade para
Tais
todas, que contribua
para a
construyao de urna sociedade justa, democratica e
solidaria, e que elimine as desigualdades de oportunidades,
0
que esta relacionado
com a valorizac;aoe a formac;a.ode professores brasileiros.
o
Sistema Nacional de Forma~ao Continuada e Certifica~ao de Prolessores
e a principal base institucional da politica de valoriza~ao do profissional docente.
Sua meta
e
garantir a todos os professores
0
acesso
a
formac;:ao continuada
ajustadas as necessidades, a desenvolver a ciancia e as tecnologias da educac;:ao,e
promover criterios de carreira docente que possibilitem valorizar
0
aluno e
0
professor. Certificac;:ao e formac;:ao sao dais processos articulados que se
complementam, e tem
0
objetivo de contribuir para a constru~ao da identidade
profissional do Magisterio, ao mesmo tempo coloca
0
professor no centro da vida
nacional, esteja ele onde estiver. Em relac;ao a formac;ao continuada de professores,
a certificac;:aoconstitui estimulo e contribui para sua institucionalizayao.
Nas palavras da Secretaria da Educa~o Fundamental, Maria Jose Vieira
Feres, na apresenta~ao deste trabalho, a constru~ao da politica de valoriza~ao dos
professores e um grande compromisso com a qualidade social da educac;:ao
brasileira, exige de todos as envolvidos nesse processo disposic;:aode discutir e
construir formas de reconhecimento publico da import~ncia do professor.
Tal politica pretende elevar
0
nivel de aprendizagem
adolescentes, jovens e adultos a partir de tras linhas de a~o:
de crianc;:as,
Exame Nacional de
Certifica~o de Prolessores, aos que se candidatarem; Bolsa Federal de Incentivo a
Forma~ao Continuada,
cujo projeto de lei foi encaminhado pelo Ministerio da
39
Educa,ao
ao Congresso
Pesquisa
Nacional
e Desenvolvimento
de alfabetiza~o
e letramento,
human as, artes e educa~o
Os requisitos
no documento
respeite
professores,
1.
primeiro
a
implanta,ao
matematica
da Rede Nacional
serao
(Matriz
e cientifica,
ensina
dos professores
de Referencia,
it fonna9Bo
indispensciveis
voltados
de gestao e avalia~o
a certifica,ao
requisito
conhecimentos
de
as areas
de ci~ncias
da educa,ao.
estao
relacionados
op. cit., 2003),
e atuayao
e diz
de todos
as
e sao:
Compreender
principais
de
educay80
e
cujos trabalhos
fisica, tecnologias
necessarios
como
aos
em 2003;
da Educa,ao
a significado
instrtui,Oes
identificar
questao
e dimensionar
da cidadania
influencia
dos direitos
do Estado
problemas,
em diferentes
na sociedade
civis, politicos
e do Direito
praticas
contextos
contemportmea,
e socia is e
Democratico,
e ideias
historicos
nas escalas
0
papel das
com possibilidades
que
envolvam
em especial
6,
local, regional,
a
sua
nacional
e
internacional.
2.
Compreender
institui9:lo
a educa~o
social,
transformadora
3.
como
estabelecer
Estabelecer
a processo
rela9ao
de organiza,ao
5.
hist6rico
as
ensino,
de ensino,
de
discussao
7.
envolvidas
de acordo
com
conhecimentos
que
coleta
de
na
como
brasileira
democratica.
amplas
organiza~o
e os processos
0
projeto
politico
ao
processos
combinar
de
de elaborar
pedag6gico;
para planejar
aluno
registro,
dos
que seja capaz
e habilidades
dados,
que seja
e programar
observa~o,
organiza9ao,
comunica,ao,
e avalia~o.
aspectos
melhoria
da a9:lo didatico-pedagOgica.
dos
Compreender
a dinamica
aprendizagem
se mescia
conta
da educac;ao
e da gestao
mais
e avalia9aO,
propiciem
Analisar
a diversidade
especiais
educacionais
aprendizagem
ensino
experimenta9ao,
6.
questOes
de demonstrar
situa96es
e a escola
e en sino, e a dimensao
de democratiza9:io
do ensino de qualidade
entre polfticas
planejamento,
objetivos
e historica
e gestao da escola.
Compreender
capaz
social
entre educa9:lo
deste processo.
Compreender
na busca da universaliza9ao
4.
pratica
rela~o
dos alunos.
livros
dididicos
e materiais
da sala de aula,
com aspectos
cultural,
etnica,
instrucionais
em que
relacionais
religiosa,
0
processo
e culturais,
de
glmero
de ensino
levando-se
e
a
visando
e
em
necessidades
40
8.
Conhecer diferentes linguagens, suas fun~Oese possibilidades de uso (verbais,
9.
Compreender as manifesta~Oes artisticas e culturais em todas as suas formas
nao verbais, artisticas,
tecnicas.
matematicas, cartograficas, etc.).
como prodw;:6es hist6ricas, em constante dialogo
com outras manifestac;oes
culturais.
10.
Fazer
usc
adequado
modalidades
da
e variantes
da
linguagem,
como
locutor
e
interlocutor,
nas
lingua (regional, social e de usa individual) em
contextos diversos.
11. Interpretar criticamente textos e generos distintos (Iiterarios e nao-literarios,
verba is e nao-verbais),
12.
veiculados em diferentes suportes.
Conhecer a lingua em usa, em diferentes tipos de textos.
13. Compreender e utilizar coerentemente a linguagem matematica.
14. Utilizar conceitos basico de Aritmetica, Geometria, algebra e Estatistica para
resolver situa~Oes-problemada vida cotidiana.
15. Reconhecer diferen~as e semelhan~as, transforma~Oes e permanencias, nas
relac;6es
socia is e de trabalho,
em
diversas epocas e espac;os geograficos.
16. Contextualizar e ordenar informac;Oes sobre processos ocorridos em dada
realidade hist6rica e geografica, estabelecendo rela~Oes entre fatores sociais,
economicos, politicos e culturais.
17. Compreender
0
significado da Ciencia e Tecnologia no mundo atual, entre elas
explicar as relac;Oesentre ciencia, tecnologia e desenvolvimento econOmico e
social, relacionar a preven~~o de doen~as a produ~o de alimentos e utiliza~ao
de medicamentos.
18. Compreender
0
ambiente de forma ampla, estabelecendo rela~~o entre
ambiente fisico e a dimens~ocultural, historicamente contextualizada, sendo
capaz de identificar a trama de rela~6es ecologicas para a manuten~ao do
equilibrio ambiental; reconhecer formas de polui~~o e outras agressOes ao
ambiente local, identificando causas e intervenc;:Oes,visando a manutenc;:aoda
saude e da qualidade de vida; perceber as implica~Oesglobais da apropria~ao
humana dos recursos da natureza, destacando a import~ncia de atitudes
responsclveis que assegurem a melhoria da qualidade de vida, sem maiores
prejuizos ao meio ambiente.
41
Ainda no mesmo documento, como segunda parte da matriz de referencia,
sao apresentados conhecimentos, competencias e habilidades nelativas ao exercicio
da docencia nos quatro anos iniciais do ensina fundamental, e seriam:
1.
Conhecer as relac;Oesentre desenvolvimento e aprendizagem, em diferentes
momentos da infancia e da adolescencia. Estabelecer rela,ao entre 0 que e
conhecido
pelos
alunos
e
idei8s
as
cientificas,
mediante
intervenC;ao
problematizadora.
2.
Saber utilizar diferentes textos que circulam socialmente como base para 0
trabalho de alfabetiza,ao, leitura e escrita.
3.
Relacionar bases cientificas do processo de aquisiC;ao da leitura e da escrita
com uma abordagem metodol6gica adequada.
4.
desenvolver atividades com diferentes g,meros de textos e em diversas
situa,Des de interlocu,ao que justifiquem a pnesen9" de variantes linguisticas.
5.
Avaliar criticamente obras de literatura infantil quanto as qualidades esteticas
(texto, projeto grafico, ilustra,ao) e ideol6gicas.
6.
Criar estrategias que auxiliem
0
aprendiz a avanc;ar em relac;ao ao modo
como concebe a leitura e escrita.
7.
Relacionar a resolu9iio de problemas a constru,ao
do conhecimento
matematico e prop~r atividades adequadas aos objetivos pretendidos; propor
problemas significativos para os quais 0 aluno tenha que selecionar dados,
tra,ar
um plano e executa-Io; Identificar a proporcionalidade em varias
situa,Des, como: amplia,30, redu,30, maquete, rela,ao entre quantidade e
pre,os.
B.
Relacionar
entre
sl canceitos
matematicos de numera, medida,
espac;:o e
fonma;Associar questDes de contagem e opera,oes com mimeros a medidas e
formas geometricas; visualizar formas geometricas na constrw;:ao de trajetos,
nas planifica¢es de fonmas espaciais e na observa,ao de objetos a partir de
diferentes pontos de vista.
9.
Saber operar com numeros
naturais e utiliza-Ios em suas diferentes formas e
diferentes contextos.
10.
Propor e resolver situa¢es-problema
medidas, espa,o e forma.
envolvendo numeros, operac;oes,
42
11.
Relacionar as transforma~Oes da natureza aos trabalhos humanos e
identifica-Ias em diferentes paisagens.
12.
Compreender a complexidade e diversidade do patrimonio social, ambiental,
religioso, cultural e hist6rico do Brasil, identificando as contribui~Oes das
diferentes culturas e etnias para a forma~~o do povo brasileiro.
13.
14.
a
Propor atividades adequadas
homem
em diferentes
Reconhecer
produzem,
tempos
solo e as vegetais
0
por meio
Identificar
caracteristicas
asseguram
16.
sua
Relacionar
desempenham
cicio de materia
gerais
6rgAos e sistemas
em conjunto,
que
afetivas
sobre a saude.
reconhe9a
iniciadores
as nutrientes
e
adaptat;:~o ao ambiente
ampla,
17.
como
de fotossintese,
Qutros seres vivos, nurn constante
15.
compreensao do espa~o construido pelo
hist6ricos.
das teias alimentares,
que
sao transferidos
aos
que
e fluxo de energia.
especificas
des
seres
do organismo
compreendendo
as influ~ncias
as
humano
0
ser humano
das condi90es
func;6es
numa
e polui<;ao
reservat6rios,
quimicas
18.
tendo
da
em
agua
vista
que
e suas
ocorremcias
0 conhecimento
vita is que
perspectiva
ambientais,
Interpretar situa~es do cotidiano, que envolvam a capta~~o,
utilizac;ao
vivos,
em que vivem.
naturais
de suas
0
socia is e
tratamento, a
em
diferentes
propriedades
fisicas,
e 0 cicio da agua na natureza.
Identificar diferentes manifesta~Oes da energia (Iuz, calor, eletricidade, som)
observadas
no
cotidiano,
tanto
em
fen6menos
naturais,
quanta
em
equipamentos, aparelhos, etc.
19.
Relacionar
as
condiltOes
consequimcias,
0 uso do solo nos ambientes
climaticas
identificando
e
a
rurais e urbanos,
presenc;a
a solo como
de
fonte
agua,
aos tipos de solo,
reconhecendo
de materia
suas
is e componentes
dos espa~os de viv~ncia, identificar os processos envolvidos na extragao,
transformac;a.o
20.
Propor
e utilizac;a.o dos recursos
atividades
natura is, organizando
adequadas
situaltOes
a
minerais.
compreensao
de aprendizagem
cientifica
dos
para desenvolver
fenOmenos
a noltao de
ambiente.
Tais
competemcias
e conhecimentos
pertinentes
a formac;ao
do professor,
podem ser trabalhados e fundamentados na educa~o do aluno a partir da pratica e
da utiliza~ao de recursos presentes no ambiente escolar, partindo do conhecimento
43
do solo, sua
funyao de promover
e sustentar
a vida
no planeta,
atraves
da
observay~o de fenomenos naturais presentes na cadeia da vida, pela pn;tica
experimental, na execu~o de urn terrario, mini-jardim, jardim, horta, pomar, etc.
Esse documento possibilitou discuss~o no ~mbito da educayao nacional,
gerando a Portaria n' 1403, de 26 de junho de 2003, que institui
de Certificay~o e Formay~o Continuada de Professores,
amplamente discutido pela sociedade.
0
0
Sistema Nacional
que ainda est'; sendo
44
4 SUBsiDIOS
NO ENSINO
A FORMA<;Ao
UTILIZANDO
Vinculando
DE PROFESSORES
questoes ambientais
as
PARA ATUAREM
0 SOLO COMO EIXO TRANSDISCIPLINAR
com
importancia que professores tenham acesso
0
ensina
e de
do solo,
fundamental
a fonma\Oaocontinuada para atualiza\Oao
de conhecimentos e de novas praticas did<iticas e pedagogicas e de infonmaQ6es
tecnico-cientificas
sabre esse conteudo
educacional,
0
solo, incluindo-se
ai
0
acesso
a ilustra\Ooesdos topicos para poder visualizar e compreender a dinamica ambiental
e suas interac;Oes,
0 que possibilitara
0 entendimento
forma9~o rochosa
de que a
sera responsavel par um determinado tipo de relevo, de solo de vegeta\Oao,de
minerac;ao,
etc.; 0 que possibilitara
e 0 futuro entendimento
0 encadeamento
das dinamicas
ambientais
da
historico de usc e ocupac;ao de solo, a economia
condiy6es
s6cio-economicas,
socio-ambientais,
e suas
interac;Oes, sera passivel
Porque
ninguem
conhece
ensina
ou aprecia.
aprofundar
0 que nao conhece
Portanto
0
professor
constru9~odo conhecimento
de forma a enlender
local,
0 processo
sua distribuic;ao
espacial,
etc. Assim ao ter a visao de conjunto
0
processo
de ensina
e ninguem
aprende
conhecer
a dinamica
e aprendizagem.
a cuidar do que nao
do cicio da vida
relacionado a importancia do solo neste processo e fundamental para possibilitar ao
aluno a forma9ao
de conceitos
culturais
permanentes
relacionados
a
preserva~o da
vida no planeta.
4.1
SOLO
Ao utilizar a estudo do solo como ferramenta de aprendizagem capaz de
conectar
a crian9a
com seu ambiente,
Poderia caber a defini,ao do termo como sendo a pedologia,
natural e integral da crian,a,
sob a aspecto biologico,
pSicologico, au seja, a forma,;;o da crian\Oa.Porem,
0
0
0
estudo
antropologico e a
conceito de pedologia que se
reporta neste trabalho e originado a partir do termo pedogenese, que e a processo
natural de fonma\Oaodo solo, que considera a intera\Oaode material, tempo, atividade
biologica, clima.
Par ser um material complexo, nao e facil definir a solo, pais seu conceito
varia conforme
a sua utiliza<;ao.
Para
0
agr6nomo
ou
0
agricultor
0
solo e
0
meio
45
necessaria para
serve
0
de base
prod uta da alterayaa
fundamental
e 0 material
desenvolvimento das plantas; para 0 engenheiro
au fundayaa
das
de abras
rochas
para pesquisas,
civis;
para
na superficie;
par servir
a geolaga
para
de registro
e
a solo
a arqueolago,
de outras
visto
que
como
e a material
civilizay6es;
para
0
hidrologo a solo e 0 meio paraso que abriga reservatorios de aguas subterrfmeas.
Assim
cada
uma
das
especialidades
possui
uma
definiyaa
que
atende
a seus
objetivas.
Porem, existe uma definiyao
as
principalmente
simples
adequada
a todas as especialidades
e
Ciemcias da Terra e que considera solo como produto do
intemperismo, do remanejamento e da organizayao das camadas superiores da
crosta terrestre,
sob a ayaa da atmosfera,
energia envalvidas
(TEIXEIRA
Ao canceituar
e/
al.,
1998)
interpretayoes
basiccs
hidrosfera,
da biosfera
solo com ideias de pesquisadores
para
farnecer
utilitarias,
de pedologia
referencial
pretende
e das
de
dar
uma
relay6es
das
da ciimcia
reccnhecimento
visaa
geral
4.2
de
classes
de
do solo (Guerra
do
solo
e
suas
e sintetica
dos
solos
as paisagens
brasileiras, levandowse em conta as aspectos de vegetayao
substrata
e das trocas
et. al., 2000).
com
canceitos
releva e
primaria,
rochaso.
ESTUDANDO 0 SOLO
Por suas caracteristicas como recurso natural dinilmico, 05010
ser degradado
como conseqjj~ncia
que a desempenha
de suas funy6es
do usa inadequado
basicas
pelo homem,
fica severamente
e passivel de
condiyao em
prejudicada,
a que
acarreta interferencias negativas no equilIbria ambiental, diminuindo drasticamente a
qualidade de vida nos ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais
diretamente a ac;:io humana como os sistemas agricolas e urbanos. A disseminac;ao
de informac;oesdo papel que 0 solo exerce na natureza e sua import~ncia
na vida do
homem. sao condic;oes primordia is para sua proter;Ao e conservac;ao. e uma
garantia
espayo
relegado
da manutenyao
dedicada
de meio ambiente
a este componente
a um plano menar
area urbana como rural.
nos ccnteudos
(CURVELLO
sadia e auta-sustentavel.
do sistema
natural
de ensino fundamental
et aI, 1993).
No entanta,
e freqUentemente
e media,
0
nula au
tanto na
46
4.3
IMPORTANCIA
o
solo
e0
DO SOLO E SUA PRESERVAc;:Ao
recurso natural importante, pais dele prov~m as produtos para
alimentar a popula,~o. Apesar de a solo tropical apresentar certa fragilidade, nas
regi~esintertropicais acentua-se sua importancia, ne5sa regiao encontram-se quase
todos as paises cuja economia depende da explora,~o dos recursos naturais,
especialmente agricolas. Os processos pedogeneticos nessas regiOes
pod em levar
a formaC;8ode importantes dep6sitos de recursos minerais. Os solos nessas regiOes
sao desenvolvidos em areas tectonicamente estaveis e sabre superficies aplainadas
a partir do final do period a Mesozoico, sendo solos velhos, frageis, empobrecidos
quimicamente
e que se encontram
em continua
evoluc;80.
Apresentam
equilibrio
preeMio, e impactos provocados par causas naturais ou par atividades antropicas
podem leva-los a desestabiliza,ao dos sistemas. 0 desmatamento, cultivo agricola,
usa de produtos agro-quimicos e explorayao mineral s~o atividades que devem ter
assistencia de tecnicas cientificas, capazes de prevenir a eros~o e a contaminac;:ao
do solo.
Por ser recurso finito e nao renovavel, um solo recent.e pode levar muitos
anos para se tornar uma terra pradutiva, e se for destrufdo desaparece para sempre.
4.4
CARACTERisTICAS
Para compreender
IMPORTANTES
DO SOLO
solo e necessario conhecer a formayao do planeta
0
Terra, nao como um ser amorfo, e sim como um ente dotado de caracteristicas e
movimentos especiais. Segundo Teixeira et al (2000), em 1936, com seu estudo, a
Sismologa Inga Lehman conclui que
envolto em materia liquida,
velocidade maior que
interface entre
0
0
0
0
nucleo interno
nucleo externo
e composto por materia salida
possui movimento de ratayao com
movimento de rota,ao da crosta externa do planeta.
manto e
0
Ha uma
nucleo chamada de descontinuidade de Gutemberg. 0
manto forma 83% do volume da Terra. Ao descer atraves da crosta e do topo do
manto superior encontra-se uma parte rfgida, acima da zona de baixa velocidade. A
parte rigida que inciui crosta e parte do manto e denominada litosfera, enquanto que
a parte ductil e denominada astenosfera. Na mesosfera abaixo da zona de baixa
47
velocidade,
mais
0 manto,
apesar
de a temperatura
ser mais alta, 0 que poderia
torna·lo
plastico, esta submetido a pressao mais alta, a que faz com que seja pouco
plastico
e totalmente
s6lido.
FIGURA 1 - ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
CROSTA
FONTE: Teixeira et ai, 2000.
Na figura acima,
0
modelo
classico de primeira ordern, em camadas concentricas
obtido a partir da velocidade
escala,
2000.
exceto para as crostas
das ondas
sismicas.
Mant~m"se
e a zona de baixa velocidade.
as divisoes
na devida
Fonte: TEIXEIRA
et ai,
48
Conlorme deftniu Guerra et al (1998),
tridimensional
internas
da 5uperffcie,
e externas,
e
territ6rio
apresenta
0
limite inferior
diversas
0
solo
pDr conjunto
com limites definidos
superifcie terrestre
brasileiro
constituido
e onde
de
e
uma parcela dinamica e
de caracteristicas
peculiares
expressa.o. 0 limite superior
as process os pedogeneticos
Idade radiometrica
Co,
c::::J _ .••_,~_,,<.~
r=:::::::J_ •••••••.••
,.••••••
_UllU
DO TERRITORIO
BRASILEIRO
em milhares de anos
\i~
••••••••
_."'
He.
•••
,•..•.•••
a
forma~6esde rochas, entre elas vulc~nicase
sedimentares conlorme mapa geologico apresentado a seguir:
FIGURA 2 - FORMA~AO GEOLOGICA
e
cessam. 0
Joe
_
0»
•••
49
Segundo Braga et al (2002 p.20) e possivel descrever caractertsticas do solo
conforme apresentado na sequencia:
Cor do Solo - A cor Ii a caracteristica mais prontamente perceptivel, os solos
escuros, tendendo para
0
marrom, quase sempre pod em ser associados
a
presenr;a
de materias organica em decomposi«1lo em teor elevado e podem indicar a
quantidade de agua presente; a cor vermelha Ii indicativa da presenc;a de oxido de
ferro e de solos bern drenados;
as tonalidades
acinzentadas,
mais comumente
encontradas junto a baixadas, sao indicios de solos freqOentemente encharcados.
Granulometria - A granulometria descreve a propor9ao de particulas de sedimentos
cujas dimens6es distintas
sao componentes do solo. Urn exame mais atendo de urn
solo, mostra que e constituido de particulas de diversos tamanhos, frequentemente
agrupadas. Com referencia a granulometria das amostras de solos coletadas e
classificadas, considerou-se a por~o
argila, silte e a porc;a.o areia, respectivamente.
A argila, e considerada a parcela "ativa" da frayao mineral por sediar as fenOmenos
de troca de ions determinantes da fertilidade do solo (existencia de nutrientes em
quantidade adequada) e da boa nutri9ao vegetal (capacidade de ceder os nutrientes
a planta).
Por sua vez
as
frac;oes
minerais
mais
grossas
presentes
no solo sao
tambem essenciais para assegurar a drenabilidade, a permeabilidade e a aera9ao
indispensaveis para
0
equilibrio agua-ar e a capta«1lo dos nutrientes em solU9aOno
solo.
4.4.1
Genese do Solo
A genese do solo se da a partir das altera90es que ocorrem nas rochas
aflorantes na crosta terrestre e a vida no planeta se mantE~m a partir dos materiais
disponiveis e sao produtos das transformac;6es que a crosta terrestre sofre pela
influencia de agentes da atmosfera, hidrosfera e biosfera, ou seja,
(TEIXEIRA et al.p. 140, 2000).
0
intemperismo.
50
o
e
intemperismo
conjunto
0
de
modificac;oes
de
ordem
fisica
(desagregagao) e quimica (decomposigao) que as rochas sofrem ao afiorar na
superficie terrestre, e os seus produtos, a rocha alterada e
0
Qutros processos
alterando
como: erosao,
transporte
e sedimentac;ao,
solo, estao sujeitos a
0
relevo.
Tais
fatores sao controlados pela agao do clima, pela variagilo de temperatura e
distribuigao de chuvas, 0 relevo que influi na infi~ragao e drenagem de aguas
pluviais, a fauna e flora que fornecem
proporcionam
o
a recombinac;ao
intemperismo flsico
temperatura
termica
dia/noite
nos
materia organica para as reac;:oes quimicas e
de materiais.
(desagregagao) e causado pela variagilo de
estac;:oes do anD que provocam
e nas
materia is rochosos.
fragmentando-os;
as
dilatac;:ao termica dos minerais rompem a coesao
expansao e contrac;ao
diferentes
coeficientes
mudanc;:acictica de tea res de umidade causa ex pan sao e contra9~o,
variagao termica provoca
regioes
agua
0
enfraquecimento e a fragmenta,ilo
sujeitas a temperatura
nas fendas
abaixo de zero, em que acontece
provocadas
em 9%, exercendo
pressao
na rocha
e
0
pelo intemperismo,
aumento
das fraturas
dos cristais,
mas tambem
congelamento
0
e fragmentagao
pela expansao
a
e associada
das rochas. Em
ha aumento
cristalizagilo de sais dissolvidos na agua de infiltragao provoca
56 pelo aumento
de
das particulas de rocha; a
de
do volume
das rochas.
A
mesmo efeito, nilo
0
termica
nesses
crista is
provocados pelo aumento da temperatura ao longo do dia ou pela absorgilo de
agua. a intemperismo
nas fissuras
originarios
fisico tambem
das rochas,
da alteragao
sendo
pode ser provo cad a por sais que se precipitam
as mais comuns
intemperica
da propria
as cloretos.
sulfatos
rocha,
sao
que
e carbonatos
dissolvidos
pelas
solu,oes percolantes provenientes das chuvas. 0 intemperismo fisico tambem pode
ocorrer quando
ha afloramento
de rocha na superffcie.
Com
0
alfvio da pressao
ht3 a
expansilo dos corpos rochosos. causando a abertura de fraturas paralelas
a
superffcie
0
nome
ao longo do local onde
de juntas
crescimento
a
de alivio.
au
a pressao
ainda,
foi aliviada.
e
afetada
provocado
pela
a rocha
Tais
fraturas
recebem
pel a pressao
causada
diferenc;a
ambiente
pelo
das rafzes em suas fissuras.
intemperismo
qufmico
e
de
na
superflcie terrestre e as condigoes de pressao e temperaturas abaixo da superficie
onde em geral ocorre a formagao da rocha. Quando a rocha aflora
a
minerais
transformando~se
entram
em desequilfbrio
sofrendo
alterac;oes
quimicas,
superficie seus
51
ea
em Qutros minerais mais estilveis a esse novo ambiente. Seu principal agente
agua da chuva que infiltra e percola as rochas. Essa agua, rica em 02, em intera9~o
com 0 COl. da atmosfera adquire carcHer acido, aumentado ainda mais pelo cantato
com
solo onde
0
organica
a respirac;ao
enriquecem
das plantas
0 ambiente
em
pelas
CO',
raizes
e a oxida,ao
diminuindo
ainda
mais
da materia
seu
pH.
A
degradaC;ao da materia orga,nica forma varia acidos, incorporando-os a aguas
percolantes,
aumentando
intensificando assim
0
seu
poder
perfil intemperizado
Urn
transportados
de
ataque
que
safre
perda
pela agua passa pela fase soluvel.
(neoformados)
como
e
0
0
(relac;ao aos
de
minerais
minerais,
soluveis
mais
0 material que resta no perfil apos
essa ayao, com poe a fase residual, sao as minerais
mais comum
em
intemperismo quimica.
primarios
residuais,
sendo a
quartzo, e as minerais secundarios que se formaram
causados
pel a precipitac;ao
de substancias
dissolvidas
no
perfil
na agua,
case de oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio. Porem se as caracteristicas
primarias forem preservadas parcialmente em sua estrutura, e chamada de minerais
secundarios transformados, citando como exemplo a mica.
o
perfil de altera,ao
ou perfil de solo tipico,
composto
da base para
0
topo
pela rocha inalterada, saprolito e solum. 0 solum compreende os horizontes
afetados
solum.
pel a pedogenese
A descri,ao
(0, A, E e B). 0 solo compreende
dos horizontes
do perfil do solo e composta
0
saprolito
(C)
e
0
por:
0- Horizonte rico em restos orgtmicos em vias de decomposi9ao.
A -
Horizonte escuro, com materia mineral e orgAnica de alta atividade biol6gica.
E -
Horizonte mais claro, marcado pela rem09~0 de particulas argilosas, materia
orgfmica e oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio.
B - Horizonte de acumula9ao de argila, materia orgtmica e oxi-hidr6xidos de ferro e
aluminio.
C - Horizonte
Pode
ser
de rocha alterada
dividido
em:
(saprolito).
Saprolito
fino
que
e
morfol6gica da rocha nao e mais reconhecida e
inferior onde as estruturas
e texturas
a parte
0
superior
onde
a heran,a
Saprolito grosseiro que e a parte
da rocha estao conservadas
(Figura
3)
52
FIGURA 3 - PERFIL DE ALTERA9AO
FONTE: Teixeira et ai, 2000.
DE SOLO E HORIZONTE
DE SOLO
53
Sendo um elo importante no cicio das rochas e da forma~~o do solo,
propicia
uma fase
residual
primarios inalterados,
principais
que permanece
nos continentes,
secundarios
minerais
associa~Oes do manto
e neoformados.
transforrnados
altera9a.o incluem
de
intemperismo
0
s~o as minerais
que
0
quartzo,
as
As
micas,
argilominerais do grupo da caulinita e da esmectita e os oxi-hid6xidos de ferro e
aluminio. Complementando a genese do manto de altera~~o ha uma fase Iiquida
composta
superficie
de solw;Oes
terrestre,
aquosas
tai5
ficas em elementos
como
s6dio,
calcio,
mais
soluveis nas condic;Oes da
magnesia
potassio,
e silicio
.Em
periodos de estabilidade tectonica tais solu<;6ess~o drenadas do perfil de altera~~o
para locais mais rebaixados
as
mais
importantes
as
na paisagem,
bacias
continente
safre principalmente
superficie,
nas bacias
origem
a rochas
de
formando
erosa.o quimica,
sedimentares
sedimentares
dep6sitos
sedimenta<;ao
provocando
hi! a precipita~o
qufmicas,
como
sedimentares,
marinhas.
Assim
0 rebaixamento
desses
os calcarios.
solutos
Mudanc;as
sendo
quando
0
de sua
que
darao
climaticas
podem expor tais rochas tornando-os vulneraveis a a~o da erosao mecfmica. Os
minerais
primarios
e secundarios
formados
no perfil carregados
pela
depositados nas bacias de sedimenta~~o relaciona-se a fonma~o
sedimentares
clasticas,
tais como arenitos,
folhelhos
agua
serao
de rochas
e argilitos.
A agua esta presente em todos componentes do sistema terrestre, na
atmosfera, na biosfera, no solo, sofrendo a a~ao da temperatura, tornando-se
importante agente do intemperismo, sendo fundamental conhecer
para conhecer
a dinamica
da agua nesse processo.
0
cicio hidrol6gico
54
FIGURA 4 - PERFil
HIDROl6GICO
.2 "-
Ji
/
Fonte: Teixeira
et ai, 2000. Adaptado.
55
Ambientes de intemperismo e ambientes de sedimenta9ao podem ser
considerados complementares, sendo dominante no intemperismo a subtra9aO da
materia enos ambientes cujo processo e sedimenta9ao ha a adi9ao da materia.
Ainda segundo Teixeira et al (2000), as rea90es do intemperismo quimico
pode ser representada pela equa9ao generica assim representada:
Mineral I + solu~o de altera.,ao => Mineral II + solU9aOde lixivia9ao.
Tais rea90es est:io sujeitas as leis do equilibria quimico e as oscila96es das
condic;6es
exemplo
ambientais.
a
Se
sao adicionados
componentes
agua em maior au menor
quantidade,
pade
au
retirados,
acelerar
DU
como
retardar
processos qufmicos, gerando diferentes minerais secundarios e diferentes soluc;Oes
de lixivia9aO A hidrata9ao dos minerais ocorre pela atra9ao de moleculas de agua
pela estrutura do mineral modificando-a e formando urn novo mineral. A dissoluC;ao
ocorre em minerais sujeitos a solubilizac;ao
completa, mais comum em terrenos
calcarios, podendo fonnar relevos carsticos, caracterizado par cavernas e dolinas.
A hidr61ise
e
urn processo que ocorre nos principais minerais formadores
das rochas, pela elimina9ao dos componentes soluveis. 0 grau de elimina9ao dos
elementos define a intensidade da hidr6lise. Pode ocorrer:
Hidr61isetotal - Acontece quando 100% da silica e do potassio sao eliminados, 0
alumfnio e
0
ferro permanecem no perfil, pois os dois elementos tem comportamento
geoquimico muito semelhante a agua. Ao processo de elimina980 total da silica e
forma9ao de oxi-hidr6xidos de aluminio e de ferro da-se 0 nome aiitiza9aO ou
ferraliliza9ao.
Hidr61ise parcial - Ocorre em condi¢es
de drenagem menos eficientes,
em que
parte da silica permanece no perfil original, porem 0 potassio pode se eliminado total
ou parcialmente. Esses elementos reagem com
0
alumfnio presente formando
aluminossilicalos hidratados (argilominerais). Em fun.,ao da elimina9ao do potassio,
ha a forma980 de dois resu~ados possiveis. Na hidr61ise parcial em que ha a
forma~o de silicatos de aluminio 0 processo
e denominado de sialitiza~o.
Quando
se origina argilominerais do tipo caulinita chama-se monossialitiza~ao. No caso de
se formar argilominerais
0
processo
e denominado
bissiliatiza~ao.
Acid61ise - A maior parte des processes de intemperismo qufmico sao de natureza
hidrolitica. Porem em ambientes mais frios, onde a decomposi9aO da materia
56
orga.nica
ocorre a forma<;a.o de acidos organicos
nao e total,
na agua
sendo capazes
de afetar 0 ferro e 0 aluminio, colocando-os em SOIUy20,ocorrendo a acid61ise 0
processo dominante de decomposiy1\odos minerais primarios.
Oxidayao
-
Elementos
presentes
estado de oxida<;a.o, como
0
nos minerals,
pod em
apresentar
mais de urn
terro encontrado nos minerais ferromagnesianos
primarios, como a biotita ao ser oxidada. A goethita pode transformar-se em
hematita por desidratay20. Em geral na hidrolise ou na hidr6lise total 0 ferro
e
individualizado em oxidos e oxi-hidroxidos (hematita e goethita, principalmente).
Esses minerais fornecem as coberturas intempericas,
cores que variam de tons de
castanho, vermelho, laranja e amarelo, comuns aos solos de zonas tropicais.
Genericamente
se
da
0
nome de Jateritas
constituidas por oxi-hidr6xidos de alumfnio
respons8vel
por essas
a essas forma<;oes superficiais
e de ferro e caulinita. E ao processo
associa<;6esminerais da-se a nome de laterizayAo.
A composiy20 do solo sofre infiu~ncia da distribuiy20 dos processos de
alteray20 das rochas na superficie terrestre. Tal distribuiy20 se da a partir de tatores
em fUny20 de parametros climaticos atuais, esquematizados principalmente em dois
dominios: regioes
sem alterayao qufmica - 14% da superficie dos continentes e
regiOescom alterayao quimica - 86% da superficie dos continentes.
FIGURA 5 - GRAFICO DE DISTRIBUI<;AO DOS PROCESSOS
Fonte: Teixeirll
et al. 2000, Adaptado.
DE INTERPERISMO
57
I: __
AII"~'
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_ •••••.••...
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•••••••
IIIM'
_"'*""" .••••..-.nl ....•. ,.,..ir.c._
58
As regioes sem altera,ao quimica sao caraclerizadas pela total ausencia de
liquido, como em regi~es polares, com temperaturas
agua no estado
inferiores
a
O·C, em que a agua se encontra em estado s6lido; ou ainda em regioes desMicas
cujo meio apresenta secura extrema
devido
a
auslincia de chuvas e pela forte
evapora,ao.
As regiOes caracterizadas
altera~o quimica correspondem
par
das areas do planeta e possuem urna
menes
desenvolvida.
Tais
regiOes
certa umidade e cobertura
apresentam
ao restante
vegetal
caracteristicas
mais ou
heterogeneas,
divididas em quatro zonas de distribui,ao grosseiramente apresentadas de forma
latitudinal, baseada em caracteristicas climaticas:
Zona de acid6lise total (16% da superficie continental) sao as zonas frias do
e
planeta, cuja vegeta,ao
degradam
mais lentamente,
cemposta por liquens e coniferas, cujos residuos se
fornecendo
complexos
orgfmicos
fazendo
aluminio
0
migrar par acid61ise total. Os solos resultantes sao chamados solos podz6icos, ricas
em quartzo e em materia
orgfmica. Tal zona corresponde
a
regiao circumpolar do
hemisferio norte.
Zona
de
alitizayao
(13,5%
da
superficie
continental)
sao
as
zonas
predominantemente tropicais, cem precipitayao abundante, superior a 1500 mm, e
vegeta980
exuberante.
A caracteristica
principal
e
a associa9ao
mineral
de oxi-
hid6xidos de ferro e de aluminio, goethita e gibbsita, nesta ordem.
Zona
de
monossialitiza9ao
-
subtropical umida com precipita9ao
superior
a 15° C. Tendo
(18%
da
superior a
como principais
superffcie
minerais
e
continental)
500 mm e temperatura
resultantes
a
zona
media anual
a caulinita
e oxi-
hidr6xidos de ferro.
Zona de bissialitiza,ao (39% da superficie continental) constituida por regioes
temperadas
e aridas, onde a altera9lio e a lixivia9ao sao pouco intensas, resultando
na fonmayao de argilominerais secundarios em silicio. Tanto pode ser um ambiente
hidrolitico
de forma9ao
terrosos,
como
aluminosas.
Tal
de esmectitas
no ambiente
esquema,
ricas em
elementos
de acid61ise parcial,
aceito
em
escala
alcalinos
e alcalino
onde se formam
esmectitas
de analise
do planeta,
pode
ser
bastante modificado por condiyaes locais de relevo, microclima, tipo litol6gico
predominante,
etc.
Como
exemple
pedemos
analisar
a Bacia
Amaz6nica
cujo
59
processo dominante seja a laterizac;ao, sobre rochas rieas em quartzo pode ocorrer
acid61ise secundaria, resultando na perda de argilas e levando a formay80 de
verdadeiros solos podz6icos.
Varios os fatores que controlam a alteray1io intemper;ca com relayao a sua
natureza, velocidade e intensidade. Sao fatores de controle de intemperismo
representados pelo material parental, ciima, lopografia, biosfera e tempo.
Material parental - A altera~o
intemperica se da. a partir da natureza dos minerais
constituintes da rocha, sua textura e estrutura. Uma rocha silicatica como 0 granito
mais
resistente
a
alterac;ao que uma rocha carbonatica como
0
e
marmore. Os
minerais constituintes das rochas de origem ao solo, alguns sao mais suscetiveis
que outros a alterayao. 0 intemperismo fisico (fissuras e juntas) propicia a infiltrayao
e percolac;aodas aguas contribuindo assim, com
Clima - 0 clima
0
intemperismo quimico.
e 0 fator que mais influencia 0 intemperismo,
determinando
0
tipo e
velocidade da alterayao em determinada regiao. Os parametros climaticos mais
importantes, precipitayao e temperatura, regulam a natureza e a velocidade das
reayOes quimicas. Quanto maior for a disponibilidade de agua (pluviosidade total) e
mais freqOente for a sua renovayao (distribuiyao das chuvas) mais completa serao
as reaC;Oes quimicas
do intemperismo.
processos, condicionando a a~o
A temperatura
tern uma
a~o
dupla nos
da agua: ao mesmo tempo em que acelera as
reayoes quimicas, aumenta a evapora,1io diminuindo a quantidade de agua
disponfvel para a lixivia9~o dos elementos soluveis. A cada 10·C de aumento de
temperatura a velocidade das rea,oes quimicas aumenta de duas a tres vezes.
60
FIGURA 6 -INFLU~NCIA
DO CLiMA NO INTERPERISMO
W'
*----------------------------------------------------.--
Fonte: Teixeira
Intemperismo
fisico e quimico
Intemperismo
f!sieo leve
muito leve
Intemperismo
f'sico
Intemperisrno
congelamento
quimico rnoderlldocom a9io de
Intemperismo
quimico moderado
Intemperismo
quimico
Intemperismo
tisico forte
Intemperismo
congelamento
quimico moderado com lIyio de
Intemperismo
fisico leve
Intemperismo
fisico e quimico
moderado
forte
multo leve
et ai, 2000.
Topografia - A topografia em conjunto com a cobertura vegetal regula a velocidade
do escoamento superficial das aguas pluviais, controlando, portanto a quantidade de
agua
que se infiltra nos perfis, proporcionando
soluveis. As rea<;Oes quimicas do intemperismo
a
elimina9~o dos componentes
ocorrem
mais intensamente
nos
compartimentos do relevo onde ha boa infiltragao da agua, percolagao por tempo
suficiente para a consumagao das reagOese a drenagem da lixiviagao dos produtos
soluveis. Com a repeti<;ao do processo as componentes sohJveis sao removidos e a
perfil se aprofunda.
Diferentes
situa<;oes de
relevo
influenciam
diretamente
na
infiltragao das aguas e na drenagem interna dos perfis.
Biosfera - A materia organica (vegetal e animal) se decompOe no solo, liberando
CO', cuja concentragao no solo pode se ate 100 vezes maior que na atmosfera,
diminuindo
0
pH das aguas de infiltragao. Portanto a qualidade da agua que
61
promove
intemperismo quimico e bastante influenciada peta a<;iioda biosfera. Em
0
torno da raiz das ptantas
enquanto
0
0
pH e ainda menor, na faixa de 2 a 4, e e mantido
metabolismo da planta for mantido. tsso e importante para
processamento
do alumfnio,
que
sendo
muito
torna-se bastante soluvel em pH abaixo de 4. A
soluvel nos meies
pouco
biosfera
tambem
0
normais
participa
do
processo intemperico atraves da forma<;iio de moh;culas organicas capazes de
remover
cations
produzidos
aluminio
dos minerais,
colocando-os
dos silicates
que as
quimico
mais
soIU9~O. Os acldos
de extrair ate mil vezes
aguas da chuva. Superficies
liquens que secretam acido ox.lico
intemperismo
em
s~o capazes
pelos microorganismos
rochosas
orgttnicos
mais ferro e
colonizadas
por
e acido fen6licos, sao atacadas pelo
intensamente
que
rochas
nuas,
mesma
diretamente
expostas aDs Qutros agentes de intemperismo.
Tempo
- Em
e necessaria
condiyOes de intemperismo pouco agressivas
urn
tempo
mais longo de exposi,ao as intemperies para que haja um perfl de altera,ao na
rocha. 0
tempo necessario depende dos outros fatores que provocam 0
intemperismo,
entre
a resistencia dos minerais e a influ~nciado clima.
eles estao
Sob climas muito frios, como
0
da Escandinavia,
superficies
graniticas
expostas
ha
cerca de 10.000 anos, apresentam manto de altera~o de poucos milimetros de
espessura. Na india, cujo clima e tropical, cinzas vulcanicas datadas de 4.000 anos
desenvolveram
intemperismo
camada
para cultivo em apenas
4.4.2
de solo
de lavas
basalticas
argiloso
de
recentes
permitiu
1,8m
de
espessura.
No
Havai,
0
a formac;:ao de solo suficiente
um ano.
Produtos do Intemperismo
o
manto de intemperismo geralmente evolui na por,ao superfcial
por
processos de pedog~nese, para a forma,ao dos solos. Em condi,6es excepcionais,
que
exigem
relativamente
horizontes
laterilicos
uma
conjunc;:ao
agressivas
enriquecidos
ou depositos
de
em
de
varios
intemperismo,
minerais
minerais.
fatores,
entre
forma-se
de interesse
no
os
quais
manto
econOmico.
sao
de
condi96es
alterac;:ao
os depositos
62
4.4.3
Classificac;:ao dos Solos
as
solos encontrados
fun9ao das diferentes
A classifica9ao
caracteristicas
origem a
como
estabelecer
nos
Estados
geneticos,
morfologicos
vegeta9ao.
americano.
fun9ao
Observe
Unidos
e que
da
considera
a Figura
e altitude,
7 apresentando
estando
0
criterios,
e
em
privilegiando
mapa
0 que da
a "Soil Taxonomy"
12 ordens
em diferentes
No mapa de solos evidencia-se
latitude
diversidade
ou morfogeneticos
A mais utilizada
entre solos encontrados
a classifica9ao.
em
apresentam
de forma9Ao.
de solo pode ser feita por diferentes
criterios
correla<;6es
considerar
da Terra
de seus fatores
varias classificac;Oes pedol6gicas.
desenvolvida
e zonal,
na superficie
combina<;6es
de
solos.
que a distribui9ao
relacionada
dos
Para
regiOes e importante
solos
ao
do solo
clima
e a
do continente
63
FIGURA 7 - SOLOS DO CONTINENTE AMERICANO
D "-0'
_
oa
O~
"1'010"'&
AM.~Aa
OPI ADA
MONTANHClSA3
•.
Fonte: Teixeira et ai, 2000, Adaptado.
64
4.4.4
Solos Tropicais
Ainda segundo Teixeira et al (2000) 0 Brasil encontra·se em regiilo tropical,
onde cada tipo de solo possui propriedades fisicas, quimicas e morfol6gicas
especificas, porem apresentando eerto numero de atributos comuns a todos os
tipos, como exemplo a composi91io mineral6gica simples, entre eles quartzo,
caulinita, oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio; grande espessura e horizontes em cujas
cores predomina
a amarelo
e
0
vermelho.
Os solos tropicais
possuem
baixa
fertilidade, sendo empobrecidos quimicamente par apresentarem composiC;c30
minerais
com
temperado,
elementos
de clima
ricos em argilominerais e capazes de reter elementos
quimicos
metabolismo
soluveis,
vegetal.
se comparados
de
com solos
necessarios ao
menes
Tais
solos sao ecossistemas
frageis,
vulneraveis a ac;ao antropica e sofrem as efeitos das tecnicas de utilizac;ao de
manejo desapropriadas.
4.4.5
Os Solos Brasileiros
Silo
estudados pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de
Pesquisa
Agropecuaria), que vern coletando dados cartograficos do territorio desde 1960. Tal
trabalho permitiu desenvolver uma classifica9ilo propria, publicada em 1999,
subdividindo as solos brasileiros em 14 classes, sendo:
65
TABELA 1 -
CLASSIFICAyAO DO SOLO BRASILEIRO UTILIZADA PELA
EMBRAPA
Solo
Neossolo
Caracterlsticas
Solo
pouco
evoluido,
caracteristicas
Vertissolo
Solo
com
pre5en~
desenvolvimento
Cambissolo
Solo pouco
Solo
podendo
Luvissolo
Alissolo
de
horizontes
b,
predominam
as
original
restrito.
desenvolvido.
apresenta
com harizonte
desenvolvimento
media,
ou nao apresentar
Solo com
atividade
ausencia
do material
expansAo
e contra9io
pela
de arg]'a 2: 1 expansivas
Chernossolo
com
com
herdadas
horizonte
b incipiente
atuay40
acumulacJo
Solo com horizonte
horizonte
8 textural.
de bissialitizayao,
de calcio
(B textural).
farmada
B de acumulayao
alia (bissialitizayao)
de processo
de carbonate
superior
par
argila
de
tixiviado
com alto conteudo
de aluminio,
extraivel;sol0
acido
Argissolo
Solo
bern
evo/uido,
argiloso
apresenumdo
mobilizaryio
de argila
da
parte
mais superficiel
Niitolsolo
Solo bem evoluido
(estrutura
latossolo
(argila
em blocos),
Solo altamente
caulinitica
oxi-hidroxidos)
apresentando
evoluido,
superficies
lateriudo,
fortemente
brilhantes
estruturoldo
(cerosidade).
rico em argilominerais
1:1 e oxi-droxidos
de ferro e aluminio
Espodossolo
Solo evidenciando
compostos
PlanossoJo
do processo
com ou sem ferro;
Solo com forte percla de argila
argile
Plintossoio
a atua~o
aluminoses,
no horizonte
de podzolizayao:
prese~
forte eluviayAo
de humus
e
nil!. parte superficial
de
seido.
concentrayAo
intenu
de
localizada
de
subsuperficial
Solo com experessiva
plintitizayAo
(segrega'Yio
e concentrsyao
ferro)
Gleissolo
Solo
hidrom6rfico
apresentando
Organosso[o
Fonte: Teixeira
intens.
Solo essenciillmente
et ai, 2000.
(saturado
redw;ao
orgoinico;
em
agua),
des compostos
material
original
rico
em
materia
orgllnica,
de ferro
constitui
0
proprio
solo.
66
4.4.6 Recursos
o
Minerais e EconOmicos
recurso mineral presente nas rochas intemperizadas define a forma~ao do
tipo de solo, e fatores climaticos e hidrol6gicos contribuem para 0 tipo de vegeta~ao
que se desenvolvera em determinado ambiente, gerando assim condi<;Oesde vida
aos animais
incluindo-se ai as animais
presentes,
determinando assim
0
minerais
no solo
presentes
domesticados
pelo
homem,
tipo dos recursos disponiveis. A explorayflo dos depositos
brasileiro
em
sua
maiaria
de
forma<;ao lateritica,
utilizados pelo homem como materia prima para a industrializa<;ao de produtos a
servi<;odo homem, sao tambem importantes tantes de recursos econ6micos.
4.4.7 Dep6sitos
Lateriticos
Pela localiza~ao em faixa de clima predominantemente tropical, capaz de
proporcionar intenso intemperismo,
par forma<;oes lateriticas.
0
Brasil passui 75% do territ6rio nacional coberto
Tais forma¢es
somente
estao ausentes no clima semi-
arido do Nordeste e no clima sub -tropical da regiao SuI.
Para que um dep6sito lateritico se forme,
e
necessario um acumulo de
fatores de ordem:
litol6gica - natureza da rocha sobre a qual
0
intemperismo vai atuar;
climatica - condi~Oesespeciais de pluviosidade e temperatura;
morfotect6nica - caracterlsticas
de relevo capazes
de permitir drenagem
e
escoamento de soluc;:6esde ataque as rochas promovendo intense intemperismo.
As fonma~Oeslateriticas comportam inumeras jazidas, cuja extra~ao mineral
situa-se num indice de 30% da produ~ao brasileira, excetuando-se deste indice, 0
carvao e
0
petr6leo.
Os principais recursos minerais concentrados por laterizac;:aono Brasil sao
ferro, manganl!S, aluminio, niquel, ni6bio e fosfatos. Os dep6sitos lateriticos de ferro
foram fonmados por sedimenta~ao quimica. A origem dos dep6sitos de
lateritico, sao principalmente de ordem litol6gica e morfotectOnica.
ferro
67
o solo ao ser
analisado
deve ser considerado,
tempo,
sob al'~o de latores
ativos entre eles clima. vegetal'~o,
topografia
o
no territ6rio
brasileiro
umido,
(semi-.rido).
Aliado
clima dominante
e no Nordeste
que desde a period a Cretaceo
propiciou
a predomintincia
sua
parental),
e
0
na
locais e a racha original.
formacao.
Teriam
-
material
tropical
n~o sofreu movimenta90es
importante
8
como
a estabifidade
de cobertura pedol6gica
topograticas
FIGURA
tambem
composicyao da
que Ihe deu origem
(sub-tropical)
(rocha
alem da
rocha
em que
importtincia
Unldad.sCllm6UcosdoBralil
que evolui
exceto
estrutural
no Sui
das placas,
de grande porte,
0
fator climatico
secunda ria
as
no
e bioslera.
0
que
e a mais
condicOes
68
No Brasil os latossolos
po is ocorrem
diferentes
em
tipos
pedologicas
sao os solos com mais representatividade
praticamente
de rochas.
geram
outros
todas
as
regiiles
bioclimaticas
geogr;ifica,
do
Peculiaridades
das condi90es
de forma9ao
tipos
como
semi-arido
de solo,
0
clima
Pais,
sobre
e evolu9aO
do
Nordeste
brasileiro condiciona a formac;ao de vertissolos e entissolos.
4.4.8 Bacia do Parana
Na regiao
meridional
do Brasil,
localizada
anomalia posit iva de gravidade, cujos valores
causados
pela alta densidade
dos materiais
na Bacia
na superficie
Serra Geral da Bacia do Parana e uma das maiores
basaltico
gerou
do planeta,
um tipo
ferrieD.
Pode
originado
especifico
ha aproximadamente
de solo
ser observada
9 -LATOSSOLO
Fonte: Mineropar
- 2003
M
uma
predominante
ou em profundidade.
A
manifestac;oes de vulcanism a
130 milhOes
na regiao
0
de anos.
latossolo
Isso
verrnelho
a presenc;a de latossolos vermelhos no Bacia do
Parana, com grande ocorrlmcia no estado do Parana.
FIGURA
do Parana,
sao maiores do que as previstos e sao
NA BACIA DO PARANA
69
FIGURA
10-
ROCHA VULcANICA
DA BACIA DO PARANA
BRASIL
__
A
Vulcanlsmo da
Bacia do
Parana
A'
Fonte Teixeira
et _I. 2000.
FIGURA
10A - CORTE
km
vulcanicas basicas
20
40
Fonte Teixeira
A A - ROCHA VULcANICA
et III. 2000.
DA BACIA DO PARANA
rocilas
70
5 A PM
5.1
TICA ESCOLAR
PROJETO
o
POliTICO
PEDAG6GICO
Projeto Politico-Pedagogico, segundo Vasconcelos (2000)
'e
0
plano
global da institui9~O'. Pode ser entendido como a sistematiza9~o, nunca definitiva,
de urn processo
caminhada,
de Planejamento
que define
Participativ~,
claramente
0
tipo de
que se aperfeh;:oa
ayao educativa
e se concretiza
na
E
que se quer realizar.
E
um instrumento te6rico-metodologico para a interveny~o e mudanya da realidade.
um elemento de organizayao e integray~o da atividade pratica da institui~o neste
processo de transforma9~0.
Braga (1997) propoe a necessidade do conhecimento da natureza terrestre,
do espayo
e das mudanr;as
aprofundados
numa
uma seqO~ncia
que ocorrem
seqOencia
horizontal,
em nossa mundo.
vertical
iniciada
Os conteudos
de 101 ate 80 serie
nao 56 entre as aspectos
abordados,
Qutros conteudos. Segundo as autores mencionados
acima
devem
e integrados
como tambem
alguns
aspectos
ser
em
com
a serern
abordados s~o:
-
0 Ser Humano
-
Os Materiais
-
E
propoe
e as Oemais
Seres Vivos;
e suas Transforma90es;
A Terra como Planeta.
necessaria
estudar,
correlacionar
identificando,
cotidiano
da crian<;a
e compreendendo
a mundo
0
e a ciencia
fisico
seres vivos como sistemas
din~micos.
5.2
DO SOLO NO LlVRO DIDATICO
A ABORDAGEM
Promover
a modificac;:ao de conceitos
da mudam.;:a de cultura
necessaria
basicos
para a execuc;ao
a respeito
desse
grande
a que
e a mundo
do solo
e
projeto.
se
dos
participar
Trabalho
esse que necessita de formayao de professores para a utiliza9~o do solo como
ferramenta
pedag6gica
e didatica
para a ato experimental
de conceitos
te6ricos
de
todas as disciplinas. Isso devera ser acompanhado de alualizayOes sobre 0 tema em
literatura de apoio e tambem no livro didatico.
71
o
livro didatico
e apontado como fio condutor da pr<,ticapedagogica em sala
0 que e 0 estudo do solo, e cemo trabalha-Io,
de aula, sendo ele quem determina
reforr;:andoassim, a abordagem estatica, sem considerar
0
seu carater dinamico,
0
que acaba por reforr;:ara fragmentayao do saber (SECRETARIA DE EDUCAc;:iiO
DO ESTADO DO PARANA, 1991).
Braga e Moreira (1997) consideram que nao se justifica
atraves
de transmiss~o
de registros
alheios,
logico do aluno. Segundo os autores,
0
estereis,
desvinculado
0
aprendizado
do pensamento
professor precisa observar a graduar;:aodos
centeudos, criando situay6es para que, a partir da curiosidade, da duvida, da
formular;:ao de cenceitos, possa ocerrer a construr;:i'io de novos conhecimentos,
novas possibilidades
fenOrnenos
5.3
resultantes
METODOS DE AVAUN;Ao
Em muitos paises,
dirigida
estatal
e explicac;ao
cientffica
a
DO RENDIMENTO
a avaliaC;3o educativa
aula, foi, progressivamente,
e,
da investigac;ao
dos diversos
da natureza.
transformando-se
exercida
em uma
ESCOLAR
rotineiramente
em sala de
avalia9aO padronizada,
ista
comprovar;:aoda aquisir;:aode "padroes" educativos fixados em niveis
au nacional.
1550 se deve ao costume
que muitos sistemas
educativos
tern de
avaliar massivamente a popular;:aoescolar do pais mediante "testes padronizados"
de lapis e de papel e, em geral, de multipia escola, em virtude do legitimo desejo de
comprovar
que
esse
0
rendimento
sistema
e
de seu sistema
objetivo,
educativo.
nlpido, barato
Seus
e perrnite
defensores
estabelecer
consideram
camparac;Oes
(RAMOS, 2000)
A avaliac;~a de um curricula
integrada
com temas
transversais
implica
um
processo diferente em relar;:aoao tradicional. A maioria dos problemas diferentes em
relar;:aoao tradicional. A maioria dos problemas e tarefas do mundo real, que sao as
que nas trazem
a transversalidade,
nao tem resposta
Simples,
pelo que
e impartante
destacar essa visao simplista cem provas de avaliar;:aode verdadeiro I falso ou de
multipla
escolha.
aprendizagem
Urn curriculo
relevantes,
integrado
isto
e,
deve girar mais em torna das atividades
urn curricula
integrado
exige
uma
de
avaliac;a.a
integrada na qual 0 aluno passa aplicar os seus conhecimentos disciplinares em
situar;:oesreais (RAMOS, 2000).
72
Avaliar os procedimentos, proposto por Torres e Bochniak (2003), pretende
objetivar 0 processo ao inves de avaliar 0 produto. Segundo os autores este metodo
de avalial'ao e desenvolvido em grupo, com uma regularidade estabelecida em
lunl'ao da sequencia dos periodos especificos em que os alunos ja tenham
desenvolvido as demais exercicios individualmente au em pequenos grupos.
Para Capra, (1982), a ciimcia nao precisa ficar restrita a medil'oes e an;llises
quantitativa,
ele chama
de cientifica
qualquer
abordagem
do conhecimento
que
satisla\," duas condil'6es: todo conhecimento deve basear-se na observal'80
sistematica
e
expressar~se em termos de modelos autocoerentes,
aproximados. Esses requisitos, segundo Capra,
constru,80
cientifico.
e
mas limitados e
a base empfrica e
0
processo de
de modelos, representam, dois elementos essenciais do metodo
Qutros aspectos,
como a
quantificay~o au
usa da matematica,
sao
Propiciar urn ambiente onde cada membra apresente suas contribui<;oes
que
0
freqOentemente desejaveis mas nao fundamentais.
va~ sendo discutidas com as Qutros membros, que van completando, refutando au
acrescentando ideias.
E nesta constru,80
dialetica do processo educacional, em que
o dialogo entre todos e uma via de mao dupla, onde todos lem uma al'ao reciproca
sobre 0 texto, que se produz 0 conhecimento. (TORRES E BOCHNIAK, 2003)
73
6 ANALISE DE CASOS
A Seguir
utilizando
que
sera
apresentado
da criatividade
proporcionaram
a
casas
e de recursos
de instituic;oes
naturais
de ensine
conseguiram
integrac;ao da comunidade
escolar
municipais
desenvolver
com
que
projetos
a comunidade
regional onde a escola esta instalada.
6.1
ESCOLA
MUNICIPAL
CORONEL
DURIVAL
BRITO E SILVA
A Escola Durival Brito esta situada na Rua Emilio Bertolini, 44, no bairro
Cajuru,
atende
ao ensina
Fundamental
e
Educ8<;ao infantil.
Mesmo que a escola n~o tenha um enfoque especifico voltado a educa~~o
ambiental, entrenta situac;6es cotidianas
que levam a comunidade
escolar
a refletir
sobre sua atitude em rela~ao ao ambiente. A primeira situa~~o a destacar foi a
enchente no patio da escola causada pelo entupimento da rede de drenagem pelo
excesso de folhas que caiam das arvores no patio. Foram promovidas discussOes
com a comunidade
escolar,
observado
as
conclus~o da necessidade
de corte
de
comprometimento,
condic;Oes das iuvares, chegando-se
algumas
espfkie
que
a
apresentavam
colocando em risco a seguran<;a dos alunos.
A segunda situa~~o ocorrida foi a discussao a respeito da conduta de
empresa localizada perto da escola que estava fazendo despejo de oleos e
solventes
a
usados
escola.
Tal
na limpeza
evento
de per;:as de motores,
gerou
ampla
discuSS80
diretamente
e mobilizar;:8o
no c6rrego
da
pr6ximo
escola
e da
comunidade.
6.2
CENTRO
DE INTERA<;Ao
o Centro de Intera~o
INFANTIL
IIha do Mel
oj
ILHA DO MEL.
um local mantido pela comunidade em
parceria com a Prefeitura de Curitiba e localiza-se no bairro Uberaba. A popula~~o
que utiliza
residem
0
espa~o do Centro de Intera~~o, em sua maioria, filhos de pessoas que
na regiao de invasao
nas margens
do Rio Iguar;:u, em condir;:oes precarias
de habita~ao, sobrevivendo de subemprego, como catadores de papel, operarios,
74
etc.
e urn importante
0 centro de interac;:ao
proporcionando
eventos.
possibilitando
relac;:oes
ponto de convivimcia e despertar
entre eles bazares
de
amizade
e comemoraC;Oes
de datas
associa~o dos moradores
e
cultural
importantes
para
busear
solu,oes para as diliculdades enlrentadas.
6.3
ESCOLA
MUNICIPAL
DONATILLA
CARON
A Escola Donatila Caron esta. situada
Guabirotuba,
e proporciona
a ensino
na Rua Alvorada,
Fundamental
n" 460 no bairro
crianc;as durante
para
0
dia, e
a
noite educagao basica de Jovens e Adultos.
6.3.1 Projeto Desenvolvido
Pesquisa e pratica alternativa
na educaC;:8o - Horta na Escola.
Objetivos:
Oesenvo[ver
importancia
conservar
socializar
a atenyao
e
0
do meio ambiente;
e cuidar
do meio
raciocfnio;
perceber
ambiente;
conscientizar
crianyas
sobre
a
conscientizar
para
a nao
poluiyao;
com as colegas.
Encaminhamento metodol6gico: loi discutido
escola,
as
ligac;:ao do homem com a natureza;
a
com familia res dos alunos, convocando
0
projeto junto
para uma reuniao
a
dire,ilo da
com a gestao
escolar e comunidade, e a identificagao dos interessados em participar da
constru,ao e manuten,ao da horta na escola.
o
segundo passe loi a estruturagao de todo
0
projeto que envolveu as
seguintes etapas: Escolha do local; organiza,ao do trabalho; prepara,ao do terreno
e aduba,ilo;
adubo; irriga,ilo;
cultivo; teste de genmina<;ilo; como plantar as
hortali98s; plantio de mudas; plantio delinitivo e direto de sementes; cuidados com a
horta; colheita:
Recursos Didaticos: terra, sementes, espa,o fisico. agua, adubo, areia, pedra (brita).
ferramentas (pa, enxada, rastelo, colher de transplante, regador, pulverizador).
Avalia,ilo: loi dinamica durante tadas as lases do processo, considerando atitudes,
hipoteses
e interac;oes
entre
0
aluno e
0
objeto
de aprendizagem
e como
resultado
relatorio com observa<;6es dos alunos, leito em duplas ou em pequenos grupos.
75
Esse relatorio formalizou registros de cada fase do trabalho, para avalia,~o critica
de todo
0
durante
0
processo. Ah~m disso, foi passivel observar procedimentos e autonomia
desenvolvimento dos trabalhos.
A avalia,ao ocorreu durante todo
escola, compativel com
0
0
processo da constru,ao da horta na
objetivo proposto, pois alguns principios importantes foram
considerados per todos as que interagiram no processo, que fcram:
a aprendizagem
envolveu
as alunos,
a aprendizagem
e pessoal,
teve
significac;ao
no contexto
dos
alunos;
po is envolve mudan<;as individuais e se taz par
urn processo continuo;
a aprendizagem envolveu todos as elementos do sistema, desenvolvendo
possibilidades de aprimoramento de relacionamentos interpessoais.
o
ponto principal da
educa~o voltou-se ao aluno aprender
a aprender,
saber pensar, ser critieD e analitico. E foj dentro dessa perspectiva que a avalia<;t!lo
trabalhou.
6.4
ESCOLA
MUNICIPAL
DOM MANUEL
DA SILVEIRA
D'ELBOUX
A Escola Dom Manuel D'Elboux - Ensino Fundamental localiza,se na Rua;
Presidente Rodrigo Otavio, 1158 Bairro Hugo Lange. Originariamente mantida pela
esfera estadual, foi municipalizada a partir de 2002, recebendo obras de reforma. A
partir de junho de 2004,
equipado,
passa
motivQ de orgulho
a funcionar
no
para toda equipe
predio novo, que foi totalmente
educacional
e a comunidade,
e
representa urn ganho significativo de recursos para todos as alunos da escola.
6.4.1 Projetos Desenvolvidos
Projeto Educar para a Cultura da Paz.
Objetivo: Melhorar a qualidade do ambienta escola, a partir da reflexao sobre os
problemas existentes e busca de alternativas para sua resolu9ao, envolvendo a
participa,ao da comunidade escolar em a,6es concretas.
76
ac;:Oes educacionais seguem um encadeamento
Encaminhamento
Metodol6gico:
As
e relacionam-se
com
ja em andamento
projetos
na eseela
como
a
analise e
complementa9ao das a96es realizadas em 2003 desenvolvidas no projeto "qualidade
de vida depende de n6s", no qual loram levantados os problemas que a escola
enfrentava relacionados a agua, a erosao e esgoto, sendo que algumas a9(3es fcram
iniciadas naquele ano e outras continuaram
concluidas
neste ana.
Obras que fcram iniciadas e
2003: floreiras - mura de contenyao de Talude que apresentava
em
instabilidade, horta ,drenagem de esgoto , poda de arvores.
Tais resultados Icram buscados apos as seguintes analises: levantamento de
problemas
sabre
0
ambiente
problemas socioambientais
Como
foi trabalhado
0
ensina na eseela
0
da eseela;
estudo
de tematicas
relacionadas
aos
existentes na escola, visando a busea de 501u90e5.
e estruturado
par ciclos de aprendizagem, no Cicio 1
tema: Diversidade no ecossistema:
l' etapa do cicio I: Compara9ao entre os seres vivos estabelecendo semelhan9as e
diferen9as.
A interdepend~ncia
entre
05
seres vivos,
considerando
os aspectos
biologicos e sociologicos da interferencia humana. 0 desenvolvimento da l' Etapa
que versa va sobre diversidade
socio-ambiental,
terra rio em sala de aula; e durante
0
foi executado
0
projeto de
mutirao de pais, os alunos participaram
um
da
oficina da "escultura ecoI6gica".
2° etapa do cicio I: Estudou-se
em diferentes ambientes.
aspectos
bio16gicos
desenvolvimento
e
a agua, 0 ar,
A interdependencia
sociol6gicos
da 2° etapa
da
foi executada
a luz, 0 calor, 0 solo e os seres vivos
entre os seres vivos, considerando
interferencia
a
humana.
Durante
os
0
confec9~0 de uma arvore e suas
partes em papel Kraft em sala de aula; painel de "dicas" sabre a preserva9~0 do
meio ambiente em sala de aula; teste de germina9~0 de sementes em copinhos em
sala de aula; e durante 0 mutir~o de pais loi proporcionada olicina de conlec9ao do
mini-jardim.
77
RESULTADOS
CICLO
1 - 1° E 2° FASE:
Figura 11 - Terraria
- Um ecossistema
Fonte: Acervo da Escola
FIGURA
12 - Escu~ura
Fonte: Acervo da Escola
Ecol6gica
em Miniatura
78
FIGURA
13 - Mini Jardim
Fonte: Acervo
da Escola
Figura 14 - Pais na Elabora<;ao do Jardim
_~"1
Fonte: Acervo
da Escola
79
No Cicio II 0 tema trabalhado foi a eros~o e recupera~o do solo, problema
que a escola estava enfrentando naquele momento.
1° etapa do cicio II: estudou
utilizayao
e a transformac;:Jo
- se as caracteristicas
pelo
ser
humano',
praticas poluentes no ambiente. Durante
0
e propriedades
as causas
e
do solo'
a
consequemcias de
desenvolvimento da primeira etapa foi
possivel conhecer dados sobre compostagem, a compreensao da importiincia de
nutrientes
no solo
e
confect;ao
de
cartazes
pelos
alunos
a partir
da
pesquisa,
trabalho executado em sala de aula;
2° etapa do cicio II: a alimento
da saude
e crescimento
como fonte de materia
saudavel
do corpo.
e energia
Alimentos
para a manutenyao
naturais;
reaproveitamento
dos alimentos; nutri~ao; piriimide dos alimentos. No desenvolvimento das atividades
houve oportunidades de leitura, pesquisa, acesso a textos e elabora~o de cartazes
sobre
as ervas
medicinais
em sala de aula.
Foi passivel
plantio do pinhao discussao sobre reflorestamento e
0
a
discussao e pnltica do
contexto da lenda da gralha
azul (simbolo do Parana); e depois disso foi oportunizado durante
0
mutirao de pais
a oficina de plantio de pinheiro.
Atividades complementares:
Educa~~o fisica - trabalho de expressao corporal utilizando as musicas: "Que
beleza" e "Planeta agua", em horario normal de aula. A apresenta~o de numeros
artisticos pelos alunos da manha e da tarde no dia do mutirao; recrea~ao para todas
as
crianc;as da eseela, com vistas
a organiz89:'o
de tempo
e espac;o.
Educa~ao Artistica: leitura de textos da gralha azul em sala de aula; elabora~ao e
escrita
de textes em quadrinho
sabre 0 tema; concurso
pintado no muro dos fundos da escola durante
0
para escolha
do painel
a ser
mutirao; banco de biodiversidade
com a~o conjunta de coleta de sementes, confec~o do banco de distribui~ao no
dia do Mutirao.
80
RESULTADOS
CICLO
FIGURA
15 - Oficina
Fonte: Acervo
FIGURA
11_10 E 20 FASES:
de Compostagem
da Escola
16 - Plantio do Pinheiro
Fonte: Acervo da Escola
81
Figura 17 - Trabalhando
Fonte: Acervo
em Mutirilo
da Escola
As a90es
foram avaliadas
atraves do preen chimento
de urn questionario
enviado aos pais que compareceram no Mutir~o,com as seguintes quest6es:
- dl! sua opiniao sabre as atividades realizadas nesta manha
- deixe sua sugestilo
para a continuidade
do projeto
de necupera930
ambiental
da
escola.
A
lazendo
analise
das
parte da dinilmica
discussOes
geradas
dos trabalhos
foi importante
e da aprendizagem,
e atuando na gestao e no desenvolvimento escolar.
com
a comunidade
participando,
opinando
82
7 DISCUSSAO
A busca da supera9ao de paradigmas que levaram a fragmenta9ao e
individualiza9ao do saber, desarticulando a escola do mundo e da vida dos seres
humanos
tern se mostrado
essa nova forma de olhar
preocupaC;ao
0
homem
e
0
mundial.
E na
escola
que deve ser iniciada
mundo.
A fonma9ao de professores e forma~o
continuada ja esta instituida na
legisla9ao. A obrigatoriedade do ensino Msico e a educa9ao para
0
meio ambiente
ja esta definida na legisla9ao brasileira. Cabe aos docentes cobrar das esferas
institucionais
recursos
legislac;ao,
para
que com pOe a esfera
escolar,
para a pratica cotidiana
Criar dentro
ambiental
e
componente
melhorar
uma
especifica
para
0 que
a deveres
esta
na
de todos
direcyao, professores e alunos
e conhecer,
para a comunidade
de sentir
0
universe
e conhecer
a aprendizagem
do recurso,
uma
e de ver
a tarefa
0
nova cultura
homem
como
mais urgente
para
socia is da educac;ao.
tendo
cantato
sensorial
da crianc;a durante
Para executar tal pratica,
a utilizac;ao
e
vivo e interdependente,
e as resultados
e concretiza
ensino fundamental.
e transpor
hoHstica
a aprendizagem
facilita
e transpor
mas principalmente
entre eles comunidade,
da escola
forma
continuada,
a direitos,
escolar.
deste sistema
Aprender
estudo,
a formaC;ao
nao 56 0 que concerne
deve
0
com
todo
objeto
de
periodo
do
0
0
docente alem da fonma9ao
incorporar
0 planejamento
de tais
praticas no projeto politico pedag6gico da instrtui,ao, no projeto de trabalho e no
plano de aula.
83
8 ANALISE
A populac;~o em geral desconhece a importancia do solo
para aumentar
"solo" existente
Parametros
0
descaso e
0
nos materia is didaticos,
Curriculares
0
que contribui
processo de altera~o e degradaC;ao. 0 conteudo
normalmente,
Nacionais
(PCN's)
e,
esta
em desacordo
com
as
freqOentemente encontra-se
desatualizado, incorreto ou fora da realidade brasileira. Nos livros de Ci~ncias,
estudo
do solo
de memoriza9ao
e tratado
atraves
dos conteudos,
de exercicios
impedindo
0
que desenvolvem
apenas
ato de pesquisar,
raciocinar,
0
habilidades
imaginar
e criar (CURVELLO et ai, 1993, p. 192).
o
deveria
processo
de aprendizagem
conter experiencias
do conhecimento
concretas
a partir de urn fazer
de solos no ensine
que levern
cientifico,
0
estudante
levando
fundamental
a construc;ao
em conta
e media
gradativa
a vinculaC;ao
da
ciencia ao seu significado politico, social e cultural. Para tal objetivo, a horta, jardim,
rnini-jardim
ou
pomar
e
recurso
experimental
de
laborat6rio
real
capaz
de
proporcionar a complementa~o da teoria com a p"ltica da ac;ao e observaC;aodos
resultados.
84
9 RECOMENDAc;OES
Este projeto pretende servir como referencial para pesquisas futuras, para
0
desenvolvimento da pratica pedag6gica a prafissionais da educayao que busquem
aprofundamento
na tematica
e que possam contribuir para estabelecer
urna nova
cultura humana e ambiental sistemica.
•
metodologias de pesquisa e ac;a.o experimental colaborando com
Proper
0
docente para estabelecer os fundamentos de uma nova cultura ambiental.
• Oesenvolver situac;oes pedag6gicas adequadas a compreens:io cientifica dos
fenomenos naturais e suas influ~ncia5 sociais e culturais.
•
Planejar
procedimentos
didaticos
significativos
para
as
projetos
de
ensine
adequados a compreensao do espa~o construido pelo homem em diferentes
period os hist6ricos .
• Organizar
situac;Oes
de aprendizagem
para desenvolver
a
nCyao de ambiente e
possibilitar a compreensao dos sistemas terrestres.
• Oferecer espa~o de vivencia que reproduza 0 cotidiano, com aparato tecnol6gico
e tambem com ambiente natural capaz de promover atividades de interac;:ao.
• Estabelecer condic;:Oespara
para
0
0
aluno observar e compreender
desenvolvimento dos ciclos na natureza,
0
tempo necessario
diminuindo a ansiedade
provocada pelo desenvolvimento tecnol6gico.
• Despertar
0
docente para desenvolver no aluno a capacidade de promover
ambiente social baseado na integra~ao, colabora~ao, coopera~ao, etica,
responsabilidade ambiental e social, e valores pertinentes a um relacionamento
sadio com a natureza e com a proximo.
85
Mencionar
informayoes
aos alunos
sabre
trabalhando
0
modo
com entrevistas,
Outra proposta
relac;Oes de
estabelecendo
caracteristicas
fazer pinturas
cola e agua.
causa
e
pintura.
inclusive
Com
da arte
aprimoramento
tal procedimento
em
buscando
diversas
regioes,
do homem
das tintas ate a atualidade.
criadas
as tintas
pode-se
de fei,Oes
de origem,
Podem
mais a tecnica
ser
primitiv~
da
e das
morfologicas,
releva
visualizadas
e clima,
Qutras
cor, etc.
pade-se
arte
de um
visual e
a partir da mistura
utilizadas
falar
na escola
uma experiencia
de horizontes,
tintas
ainda
cria9ao,
de concep90es
efeito.
utilizando
Refinando
rupestre
ea
a seus usuarios
sequ~ncia
gema de ovo e 61eo de cravo e teremos
da
de usa do solo,
utilizada
de solos com 0 material
como: profundidade,
Pode-se
peneirada,
e
a ser implantada,
oportuniza
na elabora980
a distribui9~O
formas
a terra
e pesquisas.
interessante
importancia
alem de associar
como
leituras
museu de solos, pais esta a~o
tatil de grande
as diferentes
de
trocar
pelos grandes
em
tecnicas
todos
de terra
a cola par
mestres
os tempos,
utilizadas
para
0
86
10 CONCLUsAo
Utilizando
a observa98.o
de influlmcias
como no Centro
de Interayao
sobre Educayao
Ambiental
terceira
ana da gradua9ao,
Escola"
atendendo
Donatila
Caron.
consciencia
nas
rela90es
citando
IIha do Mel. Em conjunto
em 2003 foi desenvolvido
as expectativas
entre
como exemplo
construc;ao
e solicita90es
melhora
professor-aluno.
Foi
e
conceitos
de canteiros
de constru9ao
multiplica9ao.
Usou-se
representa9ao
de tabuada
ciemcias
e processos
discussao
de
medicinais,
ou ainda,
horta requer.
perspectiva
com alunos
das
plantas,
a interayc30 afetiva
em que a participay~o
de agregar
a
possibilitada
valor afetivo
no plantio
subtra9ao,
a
divisao
para
do solo,
alimentac;ao
e
de
suas
pelo trabalho
e essencial,
da comunidade
a partir da
possibilitando
canteiras
e correC;ao
na
aprendizagem
e
trabalhar
serie, ou ainda canceitos
e quarta
na adubaC;ao
da
teoricos abstratos,
na horta,
dos
na Escola
de evolu9ao
compreendidos
de n09aO de adi9ao,
no
evolU9aO positiva
perceber
espacial
iniciado
de "Horta na
escolar
resultados
da tabuada
da terceira
quimicos
propriedades
da comunidade
em lin has pelos alunos
dos conceitos
conceitos
projeto
experimenta~o de conceitos
visualiza9aO
a
e aplicado
possivel
de trabalho
de Ciencias,
no comportamento,
mate maticos
plantados
contextos
com um prajeto
apresentando
dos envolvidos,
com a observac;ao
significativa,
em diferentes
para a disci pi ina de Metodologia
0 trabalho foi gratificante,
ambiental
ambientais
estagios, tanto na Escola Durival Brito
das escolas municipais de Curitiba durante
de
saude
na
aplicac;6es
em equipe
que a
e tam bern houve
de mudas
de flores
objetivos
estabelecidos,
a
para presentear
no Dia das Maes.
Tal
trabalho
continuidade
uma cultura
ambiental
de professores
requer
de
apreensao
do prajeto
politico
com enfase
nessa
atingir
os
ao estagio
do corpo docente
para sustentar
amplo
experimenta90es
melhor
apesar
no ano seguinte
porque
na~
da escola
a horta como
houve
at raves de trabalho
laboratorio
de
e possibilitem
0 valor e a significa9aO
pelos alunos.
pedag6gico,
atividades
de praticas,
planejamento
0 planejamento
ap6s
que
nova cultura e seus objetivos.
relacionem
das a90es,
deve estar contido
a concretizayao
na~
a fundamentayc30
teve
de
de forma9ao
inclusive
porque
conteudos
e
resultando
da;
na reformula9ao
de fonma<;Bo de prafessores
87
Tentando
necessidade
compreender
de trabalhar
a
situ8c;:ao
dos
professores,
em diversos tumos e em diferentes
observau-se
locais, exigindo
a
as
vezes grandes deslocamentos, ou ainda a fa~a de forma,~o do professor voltada
para esses principios, tais reformula<;Oes metodol6gicas
aumentam
consideravelmente
0
e estruturais,
tempo de trabalho de professores,
requerem
e
tempo este que
deveria ser remunerado como parte de atividades de penmanencia na escola.
A reformula,!io do projeto politico pedagogico da escola, inserindo no
eventos e programac;:Oes pertinentes
calendario escolar
a
consecuc;:ao e verificac;:ao
das atividades e avalia,~o dos resultados obtidos.
o quarto projeto avaliado foi possibilitado por contato estabelecido a partir
a escola Dom Manoel D'Elboux, cujo projeto desenvolveu a,Oes
de visita tecnica
ambientais par professores que ja tiveram acesso a conhecimentos pertinentes ao
despertar
sistemas
da consci{mcia holistica do ser humano e das inter-relac;:oes entre todos as
ambientais,
despertando
mobiliza<;:ao dos alunos,
responsabilidade
pais e comunidade
ac;oes voltadas a melhoria do ambiente
com
0
meio,
para mutir:io voltado
buscando
a execuc;ao de
escolar externo ao predio que passou por
reforma, na mobiliza~o da comunidade para a execu~o da conten,~o do talude
afetado por erosao com meios naturais existentes no local, como
podados das arvores e barreira para conter a erosao executada
fibroso proveniente
estacas de galhos
com material natural
do corte de folhas de urn conjunto de arvores existente
da escola, conforme fotos do relato. 1550desencadeou outras a¢es
inclusive externas
a escola,
como a pesquisa
no patio
ambientais,
da origem do lixo no entorno
da
escola, que depois de investiga~o procedida pelos alunos, descobriu-se ter sido
deixado por catadores de papel, que faziam a sele~o do material recolhido em area
gramada
em frente a escola, deixando
diaria. A descoberta possibilitou
observac;ao
de
maneiras
0
diferentes
atividades, e a preservac;ao
abandonados
ali os rejeitos da sua coleta
dialogo dos alunos com os catadores de papel, a
de
sobreviv~ncia,
0
respeito
por
outras
a dignidade do ser humano.
Foi observado que trabalhar 0 ambiente e subsidio precioso para a
fundamenta,ao da conexao da crian,a com
0
mundo, passando obrigatoriamente
pelo solo como base de trabalho e de sustenta,ao
do desenvolvimento da
sociedade.
Faz-se
necessario
promover
uma nova cultura ambiental
formac;ao de professores
aos docentes,
para
para dal sim estabelecer
proporcionar
uma nova
88
cultura ambiental para 0 estudante na escola, embasada na identifica9ao do aluno
com
0
seu meio partindo
do solo, evoluindo
para a concretizat;ao
do sentimento
de
participa9aO nas decisOes que afetam a popula9aO direta ou indiretamente,
possibilitando a constru9ao da no91iode cidadania critica e participativa.
cidad~o possa se constituir
Que esse
se a urn modo de vida institucionalizado
mundo
em agente
transformador
question and a praticas e valores estabelecidos,
50ciedade,
mais
humano,
justa
e com
individualista
igualdade
da nossa
nao aceitando
e desigual,
de acesso
submeter-
buscando
ao conhecimento
urn
e as
oportunidades.
A educa91io passa a ocupar, ao lado das politicas de Ci~ncia e Tecnologia,
lugar central como fator importante para a qualifica91io dos recursos humanos
requeridos pelo novo padrao de desenvolvimento no qual a produtividade e a
qualidade
sao decisivQs para a competitividade
dos bens e produtos
e
educac;:ao
igualitarias,
parte
indispens8vel
solidarias
do
e integradas;
esforc;o
para
a conhecimento
tornar
as
internacional;
sociedades
e a informa9ao
a
mais
unidos
a urna
visao mais ampla dos valores sao a base para a atua9aOdo cidadao em sociedades
plurais, interligadas
de surgir
existente
e cada vez mais complexas.
reac;~o natural que leve um caminho de re-equilibrio
Uma
e um movimento
capaz
de descontentamento
de fomentar
humana
e observadora
infinitas
partes
de
das
urn todo
a
com
nao poderia
a limitada
visao
construc;:~ode uma nova vis~o da realidade;
relac;:oes estabelecidas
E
universal.
a esta
entre
nova
as diversas,
maneira
de
deixar
cientifica
mais
ou talvez
se buscar
a
realidade dentro de urn conjunto holistico, ou seja, 0 todo nao Ii 0 todo sem as
partes e as partes nao sao nada fora do todo.
Esse sistema
Ii
envolve
uma pedagogia
cujo centro e a compreensao
de
0
que
a vida; uma experiencia de aprendizado no mundo real (plantar uma horta,
explorar
urn divisor de aguas,
em relagilo
pertencemos;
a
e urn curriculo
da vida - que os residuos
circula continuamente
vern
restaurar
urn mangue),
que supera
a nossa
separac;:~o
natureza, e cria de novo em nos uma n09ao de qual Ii 0 lugar a que
no qual as crianc;:as aprendem
de uma especie
s~o os alimentos
pela teia da vida; que a energia
os fatos fundamentais
de outra; que a materia
que move as ciclos ecol6gicos
do Sol; que a diversidade Ii a garantia de sobrevivencia; que a vida, desde os
seus primordios ha mais de tres bilhOes de anos, nao tomou conta do planeta pela
viole!ncia, mas pela
organiza~o em redes.
89
o
principia
seu potencial
basico do usc sustentavel
de desenvolvimento
e garantia
do solo
produtivo
para
beneficio
da manuten9ao
de todos
as seres
de
que
habitam 0 planeta, inclusive 0 homem.
Utilizar
fundamental
0
solo como ferramenta
e media,
servindo
que transita todas as disciplinas do ensina
de embasamento
para uma cultura sistemica
em que
todos os organismos interagem promovendo a proteyao mutua dos seres e do
ambiente.
tematico
0 contata com
e recurso
0
solo e as dinamicas
pedagogica,
possibilita
que ele possibilita enquanto
a crianya
identificar-se
como
eixo
agente
capaz de interagir e melhorar 0 local onde vive. As sugestoes de metodologias
prestam-se
como referencias
de utilizac;:ao dos recursos.
o solo, alem de base de sustentayao de nossas construyoes,
nutrientes
para as plantas
matematica
(explorando
e animais,
cores,
pode apoiar:
texturas,
artes,
ciencias,
plasticidade,
fonte de
portugues
forma,
e
propriedades,
composiyao, caracteristicas fisicas, experimentayao, descriyao, analise de dados,
classificac;ao
de
resultados,
relatos
de
experiencias,
observaC;8o,
pesquisa,
resoluyao de problemas por experimentayao ou hipoteses, levantamento de
resultados), compoe aprendizagem atraves da interayao dos sentidos com
objeto
0
da aprendizagem.
Os
conhecimentos
experimentaC;8o
dinamica,
de
evitando-se
Durante
devem
conceitos
ser
te6ricos
construidos
ensino compartimentado
0
a organizac;ao
a
partir
sistematicamente
e estanque
das metodologias
deve-se
da
observa9ao
organizados
de
e
forma
de significados.
questionar
a significac;ao
dos conteudos e das atividades. A proposta e usar recursos de explorayao do solo
(existente
em todas as escolas),
concep9ao
a fim de buscar
de seu lugar no mundo
fundamentar
e da sua influencia
para
na crianc;a uma nova
alterar
seu ambiente
cultural, social e natural.
o que se observou na apresentayiio dos projetos escolares, e que a
e
0
engajamento
tanto
dos professores
quanto
da comunidade
pratica
na efetiva9aO
dos
projetos e de suma importancia. 0 projeto da Escola Dom Manoel D'Elboux e
promissor
em
aplica98o,
que no caso beneficiou
virtude
pais com 0 bem estar
do comprometimento
da escola,
dos
professores
com
0
tanto a comunidade
escolar,
0 que nao ocorreu
com a implantayao
objetivo
como a intera980
da
dos
do projeto
horta na escola, apresentado na Escola Donatila Caron, que nao teve continuidade
90
em sua integra em fun9aOda falta de fonma9aOe prepara9ao de alguns professores
e da falta de comprometimento da comunidade com as interesses escolares.
Prevalece
a tese que a pratica escolar dinamica e contextualizada
deve ser
aplicada, buscando intera~o entre todos os setores da escola, respeito com a
educa9ao e fonmula9aOadequada dos objetivos a serem atingidos, identificando a
escola como mediadora da a9aO.
Para que
integrado
0
trabalho pedag6gico do docente torne-se efetivo e esteja
a uma nova proposta
transcender
segmentos
consolidando
0
sistemica, holistica e ambiental
deve-se
buscar
discurso tecnico e cientifico vigente de inte9ra<;80 entre disciplinas,
da sociedade,
essa
entre eles escola,
familia
e comunidade,
pratica dentro da escola, trocando conhecimentos,
tecnicas de aprendizagem, buscando formac;ao continuada.
realizando
e
discutindo
91
11 GLOSSARIO
Antropico compreendendo
Interferencia do homem sobre a
as fatores
politicos,
eticos e
natureza par suas
socia is - econOmicos
a,Oes,
e culturais.
Biodiversidade / Diversidade Biologica - Refere-se a variedade entre as organismos
vivos, as sistemas ecol6gicos nos quais se encontram.
Conserva,i\p - Serve de prote,ao ao espa,o e a paisagem, local que ja foi alterado,
ajuda na introdu,ao de programas de gestao e/ou planejamento visando a melharia
da qualidade do meio ambiente.
Degrada,ao Ambiental - Qualifica as danos causados ao meio ambiente, pelos
quais se perdem au se reduz algumas de suas propriedades.
DidatiGo -
Propria para instruir, destinado
a instruir.
Ecologia - Estudo da estrutura, fun<;lio e dinamica do meio ambiente. (OIKOS =
lugar onde se vive / LOGIA + estudo)
Educa9~O
Ambiental - Conscientizar
e educar a sociedade
formais e informais, sabre as consequencias relacionadas
par meios forma is,
as questOes
nao
ambientais.
Grada,ao - Aumento ou diminui,ao gradual. Passagem au transi,ao gradual.
Holistica - Tendencia que se supOe seja propria do Universo, a sintetizar unidades
em totalidades organizadas.
Teoria segundo a qual
0
homem
e
urn todo indivisfvel,
e que nao pode ser explicado pelos seus distintos componentes (fisico, psicologico
au psiquico), considerados separadamente.
lIa,ao - Aquila que se conclui de certos fatos; dedu<;lio,conclusao; inferencia.
Llidico - Referente a, au que tem carater de jogos, brinquedo ou divertimento.
92
Meio Ambiente - E a relac;ao de integrac;ao entre os componentes fisicos, quimicos,
biologicos e humanos que propiciam 0 desenvolvimento e a manutenC;80 da vida no
planeta terra.
Pedag6gico
-
Da au conforme
a pedagogia,
teo ria ou ciencia da educac;ao
e do
ensina.
Planejamento Ambiental - Eo a proposta e a implementa9ao de medidas para
melhorar
a qualidade
de vida presente
e futura dos seres
humanos,
atraves da
conservac;ao e preservac;ao e do melhoramento do meio ambiente.
Preserva9ao ambientes
que
Resguardar, nao possibilitando a utiliza9ao, ou seja, delimitar
naD sejam utilizados e explorados, evitando assim a degradac;ao e
modificac;ao dos mesmos par 8c;oes antropicas.
Recursos Naturais - Sao materia is ou bens que sao parte do meio fisico-bi6tico
natural, que possibilitam a condi9ao de vida do homem. Os recursos podem ser
renovaveis e naD renovilveis.
93
12 REFERENCIAS
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Download

o SOLO COMO EIXO DE ARTICULACAo - TCC On-line