INTERTEXTUALIDADE
Equipe:
Adriano Albano Venâcio
Cristiano Alves
Mateus Vória
Mariane Oliveira Dias
Werley Batista
Professora: Maria Aparecida César Amorim
Disciplina: Português
A grosso modo, pode-se definir a intertextualidade como sendo um
"diálogo" entre textos. Esse diálogo pressupõe um universo cultural muito
amplo e complexo, pois implica a identificação e o
reconhecimento de
remissões a obras ou a trechos mais ou menos conhecidos. Dependendo da
situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos
textos/ contextos em que ela é inserida.
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, não se
restringindo única e exclusivamente a textos literários.
TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE
PODE-SE DESTACAR SETE TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE:

Epígrafe - constitui uma escrita introdutória a outra.

Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas.

Paráfrase - é a reprodução do texto do outro com a palavra do autor. Ela
não se confunde com o plágio, pois o autor deixa claro sua intenção e a
fonte.

Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo
retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela perverte o texto
anterior, visando à ironia,ou à crítica.

Pastiche - uma recorrência a um gênero.

Tradução - a tradução está no campo da intertextualidade porque implica
na recriação de um texto.

Referência e alusão.
EPÍGRAFE
Em literatura, epígrafe é um título ou frase curta, que, colocado no início de
uma obra, serve como tema ou assunto para resumir ou introduzir a mesma.
Constitui uma escrita introdutória a outra.
Exemplo: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, tu não poderás comer
dela: no dia em que tu comeres tu poderás certamente morrer. ”
Epígrafe retirada do livro Crepúsculo"
CITAÇÃO
As citações na produção textual são feitas para apoiar uma hipótese,
sustentar uma idéia ou ilustrar um raciocínio. Sua função é oferecer ao leitor o
respaldo necessário para que ele possa comprovar a veracidade das
informações fornecidas e possibilitar o seu aprofundamento.
Exemplo:
O valor da informação está relacionado com o poder de ajuda aos tomadores de
decisões a atingirem os objetivos da empresa (FRUTAO, 1998).
PARÁFRASE
Paráfrase representa uma reescritura do texto original com novas
palavras sem que o sentido do mesmo seja modificado. Assim, a paráfrase é
uma reprodução da idéia do autor com as palavras do discente (aluno),
utilizando-se de sinônimos, inversões de períodos, etc. Trata-se de reescrever
o texto original com as palavras do aluno, mas sem alterar o sentido. O autor
da paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a idéia do texto.
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
PARÓDIA
A Paródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma
composição literária, (também existem paródias de filmes e músicas), sendo
portanto, uma imitação que geralmente possui efeito cômico, utilizando
a ironia e o deboche. Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase
sempre tem sentidos diferentes. Na literatura a paródia é um processo de
intertextualização, com a finalidade de desconstruir ou reconstruir um texto.
EXEMPLOS DE PARÓDIA
"*Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.“
(Canção do exílio - Gonçalves Dias)
A paródia de Oswald de Andrade:
"Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá"
PASTICHE
Pastiche é definido como obra literária ou artística em que se
imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, músicos,
etc. O pastiche pode ser plágio, por isso tem sentido pejorativo, ou é
uma recorrência a um gênero. Modernamente, o pastiche pode ser
visto como uma espécie de colagem ou montagem, tornando-se uma
paródia em série ou colcha de retalhos de vários textos.
NO TRECHO ABAIXO, MACHADO DE ASSIS, EM SEU CONTO "O
CÔNEGO OU A METAFISÍCA DO ESTILO", FAZ UM PASTICHE BÍBLICO:
Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano, vem... As
mandrágoras deram o seu cheiro. Temos as nossas portas
toda a casta de pombos...”
”eu vos conjuro, filhas de Jerusalém, que se encontrardes
com meu amado, lhe façais saber que estou enferma de
amor... “
TRADUÇÃO
Tradução é uma atividade que abrange a interpretação do significado de um texto
em uma língua — o texto fonte — e a produção de um novo texto em outra língua mas que
exprima o texto original da forma mais exata possível na língua destino; O texto
resultante também se chama tradução.
Quem desconhece o processo de tradução quase sempre trata o tradutor como
mero conhecedor de dois ou mais idiomas. Traduzir vai além disso. Há um famoso jogo
de palavras em italiano que diz "Traduttore, Traditore", cuja tradução é "Tradutor, traidor".
Primeiramente, a tradução envolve dois idiomas, mas não para aí. As áreas ou
tipos de textos traduzidos é variadíssimo. Um bom tradutor de romances não é
obrigatoriamente um bom tradutor de textos científicos, e vice-versa.
REFERÊNCIA
Referência bibliográfica ou citação bibliográfica (não confundir
com citação) é um conjunto de elementos de uma obra escrita (como título,
autor, editora, local de publicação e outras) que permite a sua identificação.
A um conjunto de referências bibliográficas, normalmente
apresentadas no final de uma obra, dá-se o nome de "referências
bibliográficas" ou apenas "referências".
EXEMPLOS

Eco, Umberto, Como se faz uma tese em Ciências Humanas, 6.ª
edição, Lisboa, Editorial Presença, 1995. — norma Umberto Eco/UE:

Eco, Umberto. Como se faz uma tese em Ciências Humanas. 6.ª
edição. Lisboa: Editorial Presença. 1995. — norma da ABNT/NP

Eco, Umberto. Como se faz uma tese em Ciências Humanas. 6.ª
edição. Lisboa, Editorial Presença, 1995. — norma Emanuel Araújo
ALUSÃO
Referência explícita ou implícita a uma obra de arte, um facto histórico ou
um autor, para servir de termo de comparação, e que apela à capacidade
de associação de idéias do leitor.
Vem do verbo ALUDIR
fazer alusão;
mencionar;
referir-se.
Quando você faz uma alusão, você está mencionando algo. Por exemplo:
O titulo da reportagem: “Infinito, mas enquanto durou” se referindo ao verso de
Vinicius de Moraes “que seja infinito enquanto dure” que, por sua vez, faz
alusão ao pensamento de Sofocleto: “o amor é eterno enquanto dura”.
OUTROS EXEMPLOS DE INTERTEXTUALIDADE
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