CAPÍTULO 4 - DERIVADAS 4.1- Incrementos e Razão Incremental Seja y = f (x) uma função real de variável real, contínua em um dado intervalo do qual fazem parte os números reais x1 e x2 e esses números são muito próximos entre si, isto é, |x2 – x1| < δ ou x2 – x1 tende a zero. Nestas condições são aceitas as seguintes definições: 1) Incremento da variável independente x: A variável independente x pode variar, aumentar ou diminuir de x1 até x2, variação esta, denominada incremento ou acréscimo da variável x, indicada por: ∆x = x2 – x1. 2) Incremento da função y = f (x) A função ou variável dependente y pode variar de f (x1) até f (x2), variação esta denominada aumento ou acréscimo da função y = f (x), o qual é indicado por: ∆y = f (x2) – f (x1). 3) Razão Incremental da y = f (x) Denomina-se razão incremental da função y = f (x) a razão entre os incrementos ∆y f (x 2 ) − f (x1 ) = ∆x ∆x x 2 = x1 + ∆x ∆y ∆y e ∆x → . ∆x ∆y f (x1 + ∆x ) − f (x1 ) = ∆x ∆x 4) Derivada de uma Função y = f (x) Seja y = f (x) definida e contínua em um dado intervalo real, denomina-se função derivada ou derivada de y = f (x) a função que se obtém através do limite da razão incremental de y = f (x) quando o incremento dy df d ( f ( x )) da variável independente x tende a zero. Tal função é indicada por: y’; f ’ (x); ; ; . dx dx dx ∆y f (x − ∆x ) − f ( x ) f ' ( x ) = lim ⇒ lim Se este limite existir e for finito. ∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x Exercícios 1) Seja f (x) = x2 determine f ’(x). f (x + ∆x ) − f ( x ) 0 f ' ( x ) = lim = indeterminação ∆x →0 0 ∆x f ( x ) = x2 f (x + ∆x ) = (x + ∆x )2 f ' ( x ) = lim (x + ∆x )2 − x 2 ∆x x + 2 x∆x + ∆x 2 − x 2 = lim ∆x →0 ∆x ∆x.(2 x + ∆x ) = lim ∆x →0 ∆x = lim 2 x + ∆x ∆x →0 2 ∆x →0 = 2x + 0 = 2x Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 55 f (x ) = x 2 → f ' (x ) = 2 x 2) f (x ) = a x f ' (x ) = lim ∆x →0 f (x + ∆x ) − f (x ) ∆x f ( x ) = ax f ( x + ∆x ) = a x + ∆x = a x .a ∆x a x .a ∆x − a x ∆x →0 ∆x ∆x a −1 = a x . lim ∆x →0 ∆x au − 1 Lembrar : lim = ln a u →0 u = a x . ln a f ' ( x ) = lim ( ) f ' ( x ) = a x . ln a 3) f ( x ) = log a x f (x + ∆x ) − f ( x ) ∆x f ' ( x ) = lim ∆x →0 f ( x ) = log a x f (x + ∆x ) = log a (x + ∆x ) log a (x + ∆x ) − log a x ∆x (x + ∆x ) 1 = lim log a ∆x →0 ∆x x f ' ( x ) = lim ∆x →0 1 ∆x ∆x = lim log a 1 + ∆x →0 x 1 ∆x ∆x = log a lim 1 + ∆x →0 x = 1 ∞ → Indeterminação 1 Lembrar : lim (1 + u ) u = e u →0 log a 1 ex = 1 log a e x 4.2- Derivada de uma função y = f (x) em um ponto x = x0 Seja y = f (x) contínua em um domínio D e x0 um ponto de acumulação de D. Denomina-se derivada de f (x) no f ( x ) − f ( x0 ) ponto x0 ao limite: lim . x → x0 x − x0 Notação: f ' (x0 ) = dy dx x = x0 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 56 Exercícios 1) Seja f(x) = x3, determinar a derivada de f no ponto que x0 =1. x3 −1 f ' (1) = lim x3 - 1 x-1 x →1 x − 1 3 -x + x2 x2 +x +1 = lim x 2 + x + 1 = 3 x2 - 1 x →1 -x2 + x x-1 -x + 1 0 f ' (1) = 3 2) Seja f (x) = sen x, determinar a derivada de f no ponto que x0 = 0. f (x ) − f (x0 ) f ' (x0 ) = lim → x 0 x − x0 f (0 ) = sen(0 ) = 0 sen x − 0 f ' (0 ) = lim x →0 x −0 sen x = lim =1 x →0 x f ' (0 ) = 1 3) f (x ) = 3 x para x0 = 0. f ' (0 ) = lim 3 x →0 = lim 3 x →0 = lim x −0 x −0 x x 1 3 x x →0 x 1 = lim x 3 .x −1 x →0 = lim x − 2 3 x →0 = lim x →0 3 1 x2 1 = +∞ 0+ f ' (0 ) = ∃ = 4.3- Teorema da Existência da Derivada em um Ponto Existirá a derivada de uma função y = f (x) definida e contínua em um ponto x0 se e somente se as derivadas laterais no ponto de abcissa x0 forem iguais, isto é: 4.3.1- Derivadas Laterais ( ) ∗ f ' x0 − = lim − ( ) x → x0 ∗ f ' x0 + = lim + x → x0 f ( x ) − f ( x0 ) x − x0 f ( x ) − f ( x0 ) x − x0 ( ) = f ' (x ). f ' (x0 ) existirá se e somente se f ' x0 f ( x ) − f ( x0 ) ∃ lim x → x0 x − x0 ⇔ − 0 . + f ( x ) − f ( x0 ) f ( x ) − f ( x0 ) ∃ lim + = lim − x − x0 x − x0 x → x0 x → x0 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 57 Exercícios 1) Verificar se existe a derivada de f (x) = |x| em x0 = 0. x se x ≥ 0 ∗ f (x ) = − x se x < 0 f ' (0 ) = lim x →0 = lim f ( x ) − f ( x0 ) x −0 x −0 x −0 x = lim =∃ x →0 x x ∗ lim+ = lim+ x →0 x x →0 x ∗ lim− = lim− x →0 x x →0 f ' (0 ) = ∃ x →0 x = lim 1 = 1 x x →0 + −x = lim− − 1 = −1 x →0 x são diferentes 4.4- Interpretação Geométrica da Derivada Seja y = f (x) uma função contínua e derivável em um domínio D. y tangente f (x0+∆x) β ∆x f (x0) x0 f ' (x0 ) = lim ∆x →0 α x0+∆x x f (x0 + ∆x ) − f (x0 ) ∆x f (x0 + ∆x ) − f (x0 ) = tan β ∆x f (x0 + ∆x ) − f (x0 ) • lim = tan α ∆x →0 ∆x • 4.4.1- Equação da Reta Tangente à curva y = f (x) no ponto P0 (x0, y0) P0 (x0 , y 0 ) m = f ' (x 0 ) y − y 0 = m.(x − x0 ) Exercícios 1) Determinar a equação da reta tangente à curva y = x2 no ponto onde x0 = 2. m = f ' (2 ) y − y 0 = m( x − x 0 ) P0 ( x0 , y 0 ) f ' (x ) = 2 x y − 4 = 4(x − 2 ) P0 (2 ,4 ) f ' (2 ) = 2.2 = 4 y − 4 = 4x − 8 m=4 y − 4 x + 4 = 0 → Equação da reta tangente Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 58 Observação: A derivada de uma função y = f (x) em um ponto é um número que corresponde ao coeficiente angular da reta tangente à curva y = f (x) no ponto x = x0. 4.4.2-Equação da Reta Normal a uma curva y = f (x) no ponto P0 (x0, y0) y − y0 = − 1 .(x − x0 ) m onde, m = f ’(x0) Exercícios 1) Determinar as equações da reta tangente e da reta normal à curva definida pela equação y = x3 onde x0 = 1. x0 = 1 → y0 = 1 ∴ P0 (1,1) m= dy dx Equação da reta tangente ⇒ lim x →1 x0 =1 3 x −1 =3 x −1 ∴m = 3 y − y 0 = m( x − x 0 ) y − 1 = 3(x − 1) y − 1 = 3x − 3 y − 3x + 2 = 0 Equação da reta normal 1 (x − x 0 ) m 1 1 y −1= − x + 3 3 3 y − 3 = −x + 1 y − y0 = − 3y + x − 4 = 0 4.5- Álgebra das Derivadas Suponha que u = h (x) , y = f (x) e z = g (x) em que: h{ (x) = f{ (x) + g{ (x) u y (Derivada da Soma) z u + ∆u = h(x + ∆x ) y + ∆y = f (x + ∆x ) z + ∆z = g (x + ∆x ) a) Derivada da Soma Demonstração: u=y+z u + ∆u = y + ∆y + z + ∆z ∆u = y + ∆y + z + ∆z − u ∗ Substituindo : − u = − y − z ∆u = y + ∆y + z + ∆z − y − z ∆u = ∆y + ∆z (÷ ∆x ) ∆u ∆y ∆z = + ∆x ∆x ∆x ∆y ∆u ∆z lim = lim + lim ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x ∆x ∆x du dy dz = + dx dx dx ∗ se u = y + z u' = y' + z' Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni A derivada da soma ou da diferença é a soma ou a diferença das derivadas. 59 Exercícios 1) y = x2 + ax y’ = 2x + ax. ln a b) Derivada do Produto u = y⋅z u + ∆u = ( y + ∆y ) ⋅ ( z + ∆z ) ∆u = ( y + ∆y ) ⋅ ( z + ∆z ) − u ∗ Substituindo : − u = − y ⋅ z ∆u = ( y + ∆y ) ⋅ ( z + ∆z ) − yz ∆u = yz + y∆z + z∆y + ∆y∆z − yz ∆u = y∆z + z∆y + ∆y∆z (÷ ∆x ) ∆u y∆z z∆y ∆y∆z = + + ∆x ∆x ∆x ∆x ∆y ∆u ∆z ∆z = y lim + z lim + ∆y lim lim ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x ∆x ∆x ∆x ∗ y + ∆y = f (x + ∆x ) quando ∆x → 0 ∆y → 0 dy du dz dz =y +z +0 dx dx dx dx ∗ se u = y ⋅ z u' = y ⋅ z' + z ⋅ y' Exemplo: 1) y = x2 . ax y’ = x2.ax.lna + ax.2x c) Derivada do Quociente y u= z y + ∆y u + ∆u = z + ∆z y + ∆y ∆u = −u z + ∆z y + ∆y y ∆u = − z + ∆z z z( y + ∆y ) − y( z + ∆z ) ∆u = z( z + ∆ z ) zy + z∆y − yz + y∆z ∆u = z( z + ∆z ) z∆y + y∆z ∆u = ( ÷∆x ) z( z + ∆z ) z∆y + y∆z ∆u = ∆x ∆x( z 2 + z∆z ) ∗ z∆z = 0 quando ∆x → 0 ∆z → 0 ∆y 1 ∆u ∆z = 2 z lim − y lim ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x z ∆x ∆x du 1 dy dz = −y z dx z 2 dx dx y ∗ se u = z lim ∆x → 0 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 60 u' = z ⋅ y' − y ⋅ z' z2 Exercícios x2 1) y = x a a x .2 x − x 2 .a x . ln a y' = (a x )2 d) Derivada das Funções Elementares ∗f(x)= k f ( x + ∆x ) − f ( x ) k − k f ' ( x ) = lim = =0 ∆x → 0 ∆x ∆x f'( x ) = 0 ∗f(x)=0 f ' ( x ) = lim ∆x → 0 f (x + ∆x ) − f (x ) ∆x • f(x)= x • f (x + ∆x ) = x + ∆x x + ∆x − x f ' ( x ) = lim =1 ∆x → 0 ∆x f ' (x ) = 1 ∗ f ( x ) = xn f ' ( x ) = lim (x + ∆x ) ∆x → 0 n − xn ∆x • f ( x ) = xn • f ( x + ∆x ) = ( x + ∆x ) n x(x + ∆x ) n x + ∆x ( x + ∆x ) n = =x x x n n n x + ∆x n xn −x x f ' (x ) = lim ∆x → 0 ∆x n x + ∆x −1 x n = x lim ∆x → 0 ∆x n ∆x 1 + −1 x 1 n lim =x 1 x ∆x →0 ∆x x 1 xn n = n.x n −1 = xn n = x x Lembrar • lim (1 + u )a − 1 = a • lim (1 + k.u )a − 1 = k.a u →0 u →0 u u f ' (x ) = n.x n −1 Exercícios 1) f (x) = x5 f ’(x)= 5 . x4 2) f (x) = x –3 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 61 f ’(x)= -3 . x -4 1 = x −5 x5 f ’(x) = -5 . x –6 3) f ( x ) = Formulário de Derivadas 1) y = k → y’ = 0 (Derivada do constante k em relação a x) 2) y = x → y’ = 1 3) y = xn → y’ = n.x n-1 4) y = ax → y’ = ax.lna 5) y = log x a → y' = 6) y = ln x → y’ = 1 x. ln a 1 x 7) y = sen x → y’ = cos x 8) y = cos x → y’ = - sen x 9) y = tan x → y’ = sec2 x 10) y = cot x → y’ = - cossec2 x 11) y = sec x → y’ = sec x . tan x 12) y = cossec x → y’ = - cossec x . cot x Demonstrações Fórmula 5: f (x ) = log a x f (x + ∆x ) = log a (x + ∆x ) log a (x + ∆x ) − log a x ∆x →0 ∆x 1 x + ∆x f ' (x ) = lim log a ∆x →0 ∆x x f ' (x ) = lim 1 ∆x ∆x f ' (x ) = lim log a 1 + ∆x →0 x 144244 3 Lembrar 1 lim (1 + ku ) u = e k u →0 1 ex f ' (x ) = log a 1 ex 1 log a e x 1 1 f ' (x ) = x log e a f ' (x ) = f ' (x ) = 1 x. ln a Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 62 Fórmula 7: f (x ) = sen x f (x + ∆x ) = sen (x + ∆x ) sen x. cos ∆x + sen ∆x. cos x − sen x f ' (x ) = lim ∆x →0 ∆x sen x (cos ∆x − 1) sen ∆x. cos x f ' (x ) = lim + ∆x →0 x ∆ 14 4∆ 2x44 3 = cos x cos ∆x − 1 f ' (x ) = sen x ⋅ lim + cos x ∆x →0 ∆x f ' (x ) = sen x ⋅ 0 + cos x f ' (x ) = cos x Fórmula 9: sen x cos x u vu'−uv' ∗ Se y = → y' = v v2 cos x. cos x − sen x.(− sen x ) f ' (x ) = cos 2 x =1 448 6447 2 cos x + sen 2 x f ' (x ) = cos 2 x 1 f ' (x ) = cos 2 x f (x ) = tan x = f ' (x ) = sec 2 x Fórmula 11: f (x ) = sec x 1 f (x ) = cos x cos x.(0 ) − 1(− sen x ) f ' (x ) = cos 2 x 0 + sen x f ' (x ) = cos 2 x sen x f ' (x ) = cos 2 x sen x f ' (x ) = cos x. cos x f ' (x ) = tan x. sec x Propriedades 1) y = k . v → y’ = k . v’ 2) y = u ± v → y’ = u’ ± v’ 3) y = u . v → y’ = u.v’ + v.u’ u v ⋅ u' −u ⋅ v' 4) y = → y' = v v2 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 63 4.6- Regra da Cadeia para Derivação de Função Composta Seja a função composta y = h (x) = fog = f (g(x)) sendo g derivável em relação a x e f derivável em relação a g (x). Nessas condições demostra-se que a derivada dessa função h' (x ) = f ' (g( x )) g' ( x ) . Sendo u = g (x) e y = f (u), dy dy du = ⋅ → Regra da Cadeia dx du dx 4.6.1-Generalização da Regra da Cadeia para Derivada das Funções Compostas y = f 1 (u ) u = f 2 (w) y = f (x ) w = f 3 (v ) v = f 4 (x ) dy dy du dw dv = ⋅ ⋅ ⋅ → Regra da Cadeia dx du dw dv dx Exercícios 1) y = e x 2 +1 dy u u y = e → du = e u = x 2 + 1 → du = 2 x dx dy dy du = ⋅ dx du dx 2 dy = e x +1 ⋅ 2 x dx 2) ( y = sen x 3 + 5 x ) dy y = sen u → du = cos u u = x 3 + 5 x → du = 3 x + 5 dx dy dy du = ⋅ dx du dx dy = cos x 3 + 5 x ⋅ (3 x + 5 ) dx ( ) 3) y = sen 3 x dy y = sen u → = cos u du u = 3 x → du = 3 dx dy = cos u .3 dx dy = (cos 3 x ) ⋅ 3 dx 4) ( y = sen x 2 + 10 x − 7 ) 2 y' = cos( x + 10 x − 7 ).( 2 x + 10 ) Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 64 5) y = e (x 3 +5 x 2 +4 y' = e (x 3 ) +5 x 2 +4 ) .(3 x 2 + 10 x ) 4.6.2- Regras da Derivada das Funções Compostas Sejam u e v funções em x, e k, a e n constantes. 1) y = k → y’ = 0 2) y = x → y’ = 1 3) y = un → y’ = n.u n-1.u’ 4) y = au → y’ = au.lna.u’ 5) y = eu → y’ = eu . u’ 1 ⋅ u' 6) y = log b u → y' = u . ln b u' 7) y = ln u → y’ = u 8) y = sen u → y’ = cos u . u’ 9) y = cos u → y’ = - sen u . u’ 10) y = tan u → y’ = sec2 u . u’ 11) y = cot u → y’ = - cossec2 u . u’ 12) y = sec u → y’ = sec u . tan u . u’ 13) y = cossec u → y’ = - cossec u . cot u . u’ Propriedades 1) y = k . v → y’ = k . v’ 2) y = u ± v → y’ = u’ ± v’ 3) y = u . v → y’ = u.v’ + v.u’ u v ⋅ u '− u ⋅ v' 4) y = → y' = v v2 4.7- Derivação de Função Dada Implicitamente Consideremos uma equação nas variáveis x e y. Dizemos que uma função y = f (x) é dada implicitamente por tal equação se, para todo x no domínio de f, o ponto (x,f(x)) for solução da equação. F (x, y) = 0 mas y = f (x) Exercícios Determinar y’ = 1) dy dx x 2 + y 3 − 5x + 2 y − 4 = 0 2 x + 3 y 2 . y' −5 + 2 y' = 0 ( ) y' 3 y 2 + 2 = −2 x + 5 − 2x + 5 y' = 3y 2 + 2 2) u 2 + v 3 + sen v + 5u 3 = 0 2u + 3v 2 v' + cos v.v' +15u 2 = 0 ( ) v' 3v 2 + cos v = −15u 2 − 2u v' = 2 − 15u − 2u 3v 2 + cos v Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 65 x3 y2 − y3 + 5 = 0 3) x3 .2 y . y' + y 2 .3 x 2 − 3 y 2 . y' = 0 ( ) y' 2 x 3 y − 3 y 2 = −3 x 2 y 2 y' = − 3x2 y2 2 x3 y − 3 y 2 ( ) xy 2 − x 2 y + x 2 − 2 y 2 = 0 4) ( ) x.2 y . y' + y 2 − x 2 . y' + y .2 x + 2 x − 4 y .y' = 0 2 2 x.2 y . y' + y − x . y' − y .2 x + 2 x − 4 y . y' = 0 ( ) y' = 2 xy − 2 x − y 2 2 xy − x 2 − 4 y y' 2 xy − x 2 − 4 y = 2 xy − 2 x − y 2 4.8- Interpretação de dy como um quociente diferencial dx 4.8.1- Diferencial Até aqui, dy tem sido visto como uma simples notação para a derivada de y=f(x). O que faremos a seguir é dx dy como um quociente entre dois acréscimos. Inicialmente, vamos olhar para dx como um acréscimo em x dx e, em seguida, procuraremos uma interpretação para o acréscimo dy. dy = f ' (x ) . Se olharmos, então, Sabemos que f ' (x ) é o coeficiente angular da reta tangente T, no ponto (x,f(x)), e que dx dy para dy como acréscimo na ordenada da reta tangente T, correspondente ao acréscimo dx em x, teremos = f ' (x ) . dx Observe pelo gráfico sobre a interpretação geométrica de derivada que ∆y = f (x + dx ) − f (x ) é o acréscimo que a função sofre quando se passa de x a x+dx. O acréscimo dy pode então ser olhado como um valor aproximado para ∆y ; evidentemente, o erro ∆y − dy que se comete na aproximação de ∆y por dy será tanto menor quanto menor for dx. Definição: Seja f ( x ) uma função e sejam x e y , variáveis e relacionadas por y = f ( x ) . Então a diferencial interpretar dx é um número qualquer do domínio de f ( x ) para o qual f ′( x ) existe , a diferencial de dy é definida por dy = f ′( x )dx Exemplo: Se y = f ( x ) = 3 x 2 − 2 x + 1 , achar dy . Solução: f ′( x ) = 6 x − 2 ⇒ dy = (6 x − 2 )dx Deve observar-se a diferença entre a diferencial dx da variável independente x e a diferencial dy da variável dependente y . Pois, dx pode assumir qualquer valor, mas o valor de dy depende de x , dx , f ( x ) e, por tanto, de f ′( x ) . 4.8.2- Interpretação geométrica de dy comparando-o a ∆ y Aqui, supõe-se que f ( x ) é diferenciável em x1 e toma-se dx = ∆ x , incremento no valor x1 até x 1 + ∆ x 1 e ∆ y será representa-se ∆ x como um variação correspondente em y 1 , isto é, y 2 = y 1 + ∆ y . Entretanto, desde que f ′( x ) é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f ( x ) em ( x 1 , f ( x 1 ) ) , isto é, (x 1 , y 1 ) ,segue-se que dy = f ′( x )dx será o incremento correspondente no valor de y , seguindo–se a direção da tangente. Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 66 Y ∆x = x 2 − x1 ∆y = y 2 − y1 ∆y ≅ dy = f ′( x)dx f (x ) S Q y1 P y2 reta S secante por P e Q T } dy } ∆y X x2 x1 1 424 3 Reta tangente T em P ∆x Reta tangente T ao ponto P= ( x1 , y 1 ) da função f ( x ) e reta secante S que passa por P= (x 1 , y 1 ) e Q= ( x 1 + ∆ x , y 1 + ∆ y ) da função f ( x ) . Na Figura , tem-se que o incremento da função y = f ( x ) que é dada por ∆ y = f (x + ∆ x ) − f (x ) Note que quando se dá o incremento ∆ x , o ponto P desloca para Q , e observe que no ponto P passa uma reta tangente (T ) , enquanto por P e Q , passa uma reta secante (S ) . Aplicando o conceito de limite, quando ∆ x tende para zero ( ∆ x → 0 ) , o ponto Q tende para o ponto P , e a reta secante tende para a reta tangente em P , o acréscimo ∆y tende para a diferencial dy e ∆ x tende para a diferencial dx . Assim, dy = lim ∆x→ 0 ∆ y = lim ∆x→ 0 [ f (x + ∆ x ) − f ( x )] ∆y dy = lim ∆ y = lim ⋅ ∆ x = y ′dx , ∆x→ 0 ∆x→ 0 ∆ x ou finalmente : dy = y ′dx = f ′(x )dx A expressão acima é a própria definição de diferencial, e pela Figura observa-se que quanto menor for ∆ x , menor será a diferença entre o acréscimo ∆ y e a diferencial dy . Assim, a diferencial de uma função é obtida pelo produto da derivada da função pela diferencial da variável de derivação. Para uma função f (x ) , a diferencial segue a seqüência abaixo Função y = f (x ) y = g (t ) derivada dy = f ′( x ) y′ = dx dg y ′ = g ′(t ) = dt Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni Diferencial dy = f ′(x )dx dy = g ′(t )dt = dg 67 Exercícios 1- Achar a diferencial da função y = 3 x 2 − 2x + 5 Solução: Primeiro acha-se a sua derivada, que é y′ = 6 x − 2 em seguida escreve-se a diferencial, dy = y ′dx = (6 x − 2 ) dx . 2-Diferenciar a função g (t ) = e ( 2t −5 )⋅ 2 , portanto a diferencial é )dt dg ( t ) = g ′( t )dt = 2 (e Solução: g ′(t ) = e 2 t −5 2 t −5 Da Figura fica claro que dy pode ser considerado uma boa aproximação de ∆y desde que dx = ∆x e que ∆x seja suficientemente pequeno. A razão pequeno α , donde dy ∆y → f ′(x ) quando ∆x → 0 que difere de por um número extremamente ∆x dx ∆y dy = +α ∆x dx dy dy ⇒ ∆y = + α ∆x ⇒ ∆y = ∆x + α ∆x dx dx ∆y dy = +α ∆x dx dy ⇒ ∆y = + α ∆x ⇒ dx dy lim ∆y = lim ∆x + α ∆x ∆x →0 ∆x →0 dx dy dy dy lim ∆y = lim ∆x + α ∆x ⇒ dy = dx + lim (α ∆x ) = dx x 0 ∆x →0 dx ∆ → dx 14243 dx ∆x → 0 =0 dy = Assim, dy dx ⇒ dy = f ′(x )dx dx ⇒ ∆y ≈ dy ∆y = f (x + ∆x ) − f (x ) f (x + ∆ x ) − f (x ) ≈ f ′(x )dx Observação: A diferencial pode ser usada para efetuar cálculos aproximados. Exercícios 1- Calcular a raiz y = f ( x ) = 3 x 2 − 2 x + 4 , para x1 = 1, dx = ∆x = 0 ,02 a) Calcular ∆y = f (x1 + ∆x ) − f (x1 ) exatamente b) Fazer uma estimativa de ∆y , usando dy = f ′(x1 )dx c) Determinar o erro ε = ∆y − dy Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 68 a) ∆y = f (x1 + ∆x ) − f (x1 ) f (x 1 ) = 3 (1 )2 − 2 (1 ) + 4 = 5 f (x 1 + ∆ x ) = 3 (1 ,02 )2 − 2 (1 ,02 ) + 4 = 5 ,0812 ∆ y = 5 ,0812 − 5 = 0 ,0812 b) dy = f ′(x1 )dx f ′(x1 ) = 6 x − 2 ⇒ dy = (6 x − 2 )(0 ,02 ) = 0 ,08 c) O erro é: ε = ∆ y − dy = 0 ,0812 − 0 ,08 = 0 ,0012 2- Usar diferenciais para estimar a) Para isso y = 36 35 . toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, ⇒ 35 = dx = ∆x = 35 − 36 = −1 ⇒ ∆x = −1 , então 36 + ∆ y ≈ 6 + f ′ ( x )dx 1 f ′(x1 ) = 2 1 1 ⇒ ∆y ≅ dy = 2 36 1 1 1 1 (− 1) = − ⋅ = − = −0 ,0833K 2 6 12 36 1 = 6 − 0 ,0833 K = 5 ,9166 K 12 35 = 6 3- Calcular a raiz 3 28 . Para isso toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, Assim, y + ∆y = 3 x + ∆x = 3 28 , logo ∆x = dx ⇒ 3 1 28 = 3 + ∆ y ≈ 3 + y ′dx = 3 + 3 3 36 = 6 e faz-se 28 = 3 + 3 x 2 3 27 = 3 e faz-se y = 3 x = 3 27 . dx = 28 − 27 = 1 , então 1 dx = 3 + 3 3 3 6 (1 ) = 3 + 1 3 .3 6 3 1 1 1 = 3+ 3 = 3+ = 3 + 0 ,037 = 3 ,037 2 27 3 .3 3 ( ). 4- Avaliar por diferenciais o cos 44 o ( ) Para isso toma-se o coseno conhecido mais próxima como referência, ou seja, cos 45 o = ( ) ( ) y = cos(x ) = cos 45 o . Assim, y + ∆y = cos(x + ∆x ) = cos 44 o , logo π ∆x = dx ⇒ dx = 44 0 − 45 0 = −10 × = −0 ,01745 K , então 180 o ( o )= ( o )= cos 44 cos 44 ( ( 2 2 2 + ∆y = + f ′ ( x )dx = + − sen 45 2 2 2 2 2 + − (− 0 ,01745 K ) = 0 ,7194 K 2 2 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni o 2 e faz-se 2 ))dx 69 5- O raio de uma esfera de aço mede 1,5 cm e sabe-se que o erro cometido na medição é menor ou igual a 0 ,1 cm . Estimar o erro possível no cálculo do volume da esfera. O volume de uma esfera é calculado a partir do raio é V = aço terá como medida r = (1,5 ± ∆r ) cm , 4 π r 3 . Note-se que, nesse caso, o raio da esfera de 3 onde ∆r ≤ 0 ,1 cm , por tanto, V = 4 4 π (1,5 ± 01)3 ≠ V = π (1,5 )3 3 3 ⇒ ∆V = 4 4 π (1,5 ± 01)3 − V = π (1,5 )3 , 3 3 Estimando-se ∆V por dV = V ′( r )dr , V ′(r ) = dV d 4 3 2 = π r = 4π r dr dr 3 e como ∆r = dr ⇒ ⇒ ∆V = 4π r 2 dr dr = 0 ,1 cm , tem-se ∆V = 4π r 2 dr = 4π (1,5 )2 (± 0 ,1) = ±4π (2 ,25 )(0 ,1) = ±0 ,9π , ∆V = ±0 ,9π = ±2 ,827 ⇒ ∆V = 0 ,9π = 2 ,827 cm 3 que é o erro possível no cálculo do volume da esfera, ou seja, ε = 2 ,827 cm 3 . 6- Usar Diferenciais para encontrar o volume aproximado de uma casca cilíndrica circular VC , com altura de 6 cm , cujo raio interno mede 2 cm e possui espessura 0 ,1 cm . O volume de um cilindro é calculado a partir do raio e da base, isto é, V = h × b , onde h = 6 cm e b = π r 2 , assim o volume é V = 6π r 2 . Como a espessura da casca é ∆r = dr ⇒ dr = 0 ,1 cm , tem-se que volume da casca cilíndrica circular é ∆V , portanto, estimando-se ∆V por dV = V ′( r )dr , V ′(r ) = ( ) dV d = 6π r 2 = 12π r dr dr ⇒ ∆V = 12π r dr 1 12π cm 3 ∆V = 12π r dr = 12π (2 )(0 ,1) = 24π = 10 5 o volume aproximado da casca cilíndrica circular, ou seja, VC = 7 ,5 cm 3 . Como foi visto pode ser importante determinar a diferencial dy , de uma função qualquer y. Porém uma vez que se dy dy dessa função sempre é fácil determinar dy , pois dy = dx , isto é, dy = f ′(x )dx , como no dx dx dy du dv du dv caso da função y (x ) = u (x ) + v(x ) ⇒ = + ⇒ dy = + dx ⇒ dy = f ′(x )dx dx dx dx dx dx possua a derivada 7- Encontrar a diferencial dy da função y = 47 x 3 − 21x 2 + 3 x − 1 ( )x dy = (47 )(3 )x 2 − (21)(2 )x + (3) dx −1 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni −2 = 141x 2 − 42 x − 3 x2 70 3 dy = 141x 2 − 42 x − 2 dx x 8- Encontrar a diferencial dy da função y = 3 − x 5 ( y = 3 − x5 = 3 − x5 ( dy 1 = 3 − x5 dx 2 5 dy = − 2 ) 1 2 ) (5 x ) = − 52 −1 2 4 x4 3 − x5 dx 5 3−x x4 9- Encontrar a diferencial dy da função x 3 + 4 x 2 y + y 3 = 2 ( ) ( ) ( ) d x3 d 4x2 y d y3 d (2 ) dy + + = ⇒ 3 x 2 + 4 2 xy + x 2 + 3 y 2 =0 dx dx dx dx dx 3 x 2 + 8 xy + 4 x 2 (4 x 2 + 3y2 [ dy dy + 3y2 =0 ⇒ dx dx ) dy = −(3 x dx 2 + 8 xy ) (4 x 2 + 3y2 ] ) dy = −(3 x dx dy 3 x 2 + 8 xy =− 2 dx 4x + 3y2 ⇒ 2 + 8 xy ⇒ dy = − ) 3 x 2 + 8 xy 4x2 + 3y2 dx 10- Encontrar a diferencial dy da função y cos(x ) + 2 xy 2 + x 2 y 2 = 0 y cos (x ) + 2 xy 2 + x 2 y 2 = 0 ⇒ [( ( ) y cos (x ) + 2 x + x 2 y 2 = 0 ) ] d [ y cos(x)] d 2 x + x 2 y 2 + =0 ⇒ dx dx ( ) dy dy cos(x) + y[− sen(x)] + (2 + 2 x) y 2 + 2 x + x 2 2 y = 0 dx dx [cos(x) + 2 y(2x + x )] dydx = y sen(x) − (2 + 2x)y 2 dy y sen(x) − (2 + 2 x) y 2 = dx cos(x) + 2 y 2x + x 2 ( ) ⇒ dy = 2 ⇒ dy y sen(x) − (2 + 2 x) y 2 = dx cos(x) + 2 y 2 x + x 2 ( ) y sen(x) − (2 + 2x) y 2 ( cos(x) + 2 y 2 x + x 2 ) dx 4.9- Derivadas Sucessivas ou Derivadas de Ordem Superior (ordem n ou enésimas) Seja y = f (x) definida contínua e derivável em um intervalo real. Nessas condições a derivada de y = f (x), dy f (x + ∆x ) − f (x ) indicada por y’; . ; f ’(x) é definida por f ' ( x ) = lim ∆x →0 dx ∆x Se este limite existir e for finito teremos então a f ’(x), se esta função f ’(x) for derivável a sua derivada de f ' (x + ∆x ) − f ' (x ) acordo com a definição poderá ser calculada por lim , se este limite existir e for finito teremos ∆x →0 ∆x Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 71 uma função indicada por f ’’(x) ou y’’ ou 4 ou d y dx 4 ; e y v ou f v (x) ou → y n ou f n (x) ou dx 2 ;sucessivamente teríamos y’’’ ou f ’’’(x) ou d3y dx 3 ; e y iv ou f iv (x) 5 d y dx 5 dny dx n d2y . . Exercícios: 1) Determine a derivada de 5a ordem de f (x) = 5.x5 – 3.x3. f ’(x) = 25x4 – 9x2 f ’’(x) = 100x3 – 18x f ’’’(x) = 300x2 - 18 f iv (x) = 600x f v (x) = 600 2) Dada f (x) = x4 – 2x3 + 4x2 – 1, calcular f ’’(-1) e f vi(15): f ’(x) = 4x3 – 6x2 + 8x f ’’(x) = 12x2 – 12x + 8 f ’’(-1) = 12(-1)2 – 12(-1) + 8 = 32 → f ’’(-1) = 32 f ’’’(x) = 24x - 12 f iv (x) = 24 f v (x) = 0 f vi (x) =0 → f vi (15) = 0 4.10- Derivada das Funções Inversas Trigonométricas y = arcsen x → x = sen y Determinar y’: x = sen y sen2 y + cos2 y = 1 1 = cos y . y’ cos y = y’ = 1 cos y y' = 1 1− x 2 * sen2 y = x2 cos y = 1) 1 − sen 2 y y = arcsen u → y’ = 1− x2 u' 1− u 2 y = arccos x x = cos y Derivando implicitamente: 1 = - sen y . y’ → y’ = − 1 sen y sen2 y = 1 – cos2 y sen y = 1 − cos 2 y * x = cos y sen y = 1− x 2 1 y’ = − 1− x 2 Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni x2 = cos2 y 72 2) u' y = arccos u → y’ = − 1− u 2 y = arctan x x = tan y Derivando implicitamente: 1 1 = sec2 y . y’ → y’ = sec 2 y 2 2 1 + tan y = sec y 1 y' = 1 + tan 2 y y' = * x = tan y 1 x2 = tan2 y 1+ x 2 u' 3) y = arctan u → y’ = 4) y = arccot u → y’ = − 5) y = arcsec u → y’ = 6) y = arccosec u → y’ = − 1+ u 2 u' 1+ u 2 u' u u2 − 1 u' u u2 − 1 Exercícios: 1) y = arcsen ( 3x-5 ) 3 y' = 1 − (3 x − 5 )2 2) y = arctan (x2 – 5) 2x y’ = 2 1+ x2 − 5 ( 3) ) y = arcsen x 1 y' = y' = 1 −2 ⋅x 2 1 x 2 . x −1 1 2x x − 1 4) arcsen (cos x) − sen x y' = =1 1 − cos 2 x Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 73 5) y = arccos (ln x) −1 x y' = 1 − ln 2 x 4.11- Derivada da Função Inversa Seja y = f (x) derivável e inversível em um dado intervalo real. Se y = f (x) admite sua inversa que dx 1 dx = toma-se simplesmente a expressão : indicamos por x = f -1 (y) , então para determinar a derivada dy dy dy dx Exercícios 1) Se y = 2x + 1, determinar dx : dy dy =2 dx dx 1 = dy dy dx dx 1 = dy 2 ∗ 2) Se x2 – y2 = 4xy, determinar dx ou x’: dy x2 – y2 - 4xy = 0 Determinar y’: 2x – 2yy’ – 4(xy’ + y) = 0 2x – 2yy’ – 4xy’ – 4y = 0 y’ (-2y – 4x) = 4y – 2x 4 y − 2x −2 y − 4 x y’ = → x’ = 4 y − 2x − 2 y − 4x ou Determinar x’: 2xx’-2y-4(x+yx’)=0 2xx’-2y-4x-4yx’=0 x’ (2x – 4y) = 2y + 4x 4x + 2 y x’ = 2x − 4 y 4.12- Derivada da Função na Forma Paramétrica x = f 1 (t ) y = f 2 (t ) Exercícios x = 2t − 1 1) y = t 2 − 4t Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 74 t= x +1 2 y = f (t ) t = f (x ) dy dy dt = ⋅ , mas dx dt dx dt 1 , então = dx dx dt dy dy dt dy dy 1 = ⋅ ∴ = dx dt dx dx dx dt dt dy 2t − 4 = dx 2 2) x = e 2t − 1 dy , determinar : 2 dx y = t − 3t dy dy dt = dx dx dt dy 2t − 3 = dx e 2t .2 3) x = t 3 − 2t + 4 y = t 2 − 5t dy 2t − 5 = 2 dx 3t − 2 4.13- Funções Hiperbólicas Introdução: As funções hiperbólicas são construídas a partir das funções e x e e − x . Elas têm interesse porque têm muitas propriedades análogas às das funções trigonométricas e porque aparecem no estudo da queda dos corpos, cabos suspensos, ondas no oceano e outros tópicos em Ciência e Engenharia. 4.13.1- O seno e o co-seno hiperbólicos O seno e o co-seno hiperbólicos são representados por senh x e cosh x. Eles têm as seguintes definições: Definição 1: Para qualquer número x e x − e −x e x + e −x e cosh x = 2 2 Observemos que senh x, como sen x, tem o valor 0 em x=0 e que cosh x tem o valor 1 em x=0. d x d −x e = ex e e = −e − x nos levam às formulas de derivação A derivada dx dx senh x = d d senh x = cosh x e cosh x = senh x dx dx Exercício Calcular a derivada de senh 6 x 7 − 5 x ( ) 4.13.2- Os gráficos de senh x e cosh x Os gráficos de senh x e cosh x são mostrados nas figuras abaixo. Seus aspectos chave podem ser facilmente obtidos da definição e das fórmulas de derivação, lembrando que e x e e − x são positivas para todo x, que e x tende a Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 75 ∞ , quando x tende a ∞ , e tende a 0 quando x tende a −∞ e que e − x tende a 0 quando x tende a ∞ e tende a ∞ quando x tende a −∞ . 4.13.3- Outras funções hiperbólicas As definições de tangente, co-tangente, secante e co-secante hiperbólicas são análogas às definições das funções trigonométricas correspondentes. Definição: A tangente e a secante hiperbólicas são definidas para todo x e a co-tangente e a co-secante hiperbólicas, para todo x≠0 por tgh x = senh x e x − e − x = cosh x e x + e − x cosh x e x + e − x 1 = = tgh x senh x e x − e − x 1 2 sec h x = = cosh x e x + e − x cot gh x = cos ech x = 1 2 = x senh x e − e − x As fórmulas dessas quatro funções são análogas às fórmulas para as funções trigonométricas correspondentes, mas não são muito importantes. Os gráficos das funções tgh x, cotgh x, sech x e cosech x são mostradas nas figuras abaixo. Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 76 4.13.4- Funções Hiperbólicas Inversas Assim como as funções hiperbólicas foram definidas em termos de funções exponenciais, as funções hiperbólicas inversas inversas arc senh x, arc cosh x etc. podem ser expressas em termos do logaritmo natural. Exercício 1- Dar uma expressão para arc senh x em função do logaritmo natural. 1 Solução. Consideramos x=senh y= e y − e − y e calculamos o valor de y = arc senh x . Multiplicando por 2e y , 2 ( ) ( ) obtemos a equação 2 xe y = e 2 y − 1 , que reescrevemos sob a forma e y quadrática. 2 ( ) − 2 x e y − 1 = 0 . Então pela fórmula 2x ± 4x 2 + 4 = x ± x2 +1 2 Devemos usar o sinal mais, pois e y é positivo. Portanto, y = arcsen h x = ln x + x 2 + 1 ey = Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I Prof. Salete Souza de Oliveira Buffoni 77