Inconsciente
Símbolo - Imagem
Quando pensamos em educação surgem diante de nós os
diversos níveis da existência humana: o corpo, as emoções e
a energia, a mente e os valores .
Quando uma criança nasce, uma boa parte de nossa
preocupação se dirige para seu corpo.
Mais tarde quando a vontade e a intenção despertam,
quando ela expressa desejos mais diferenciados, prestamos
atenção em suas emoções e nos seus impulsos vitais.
Quando ela nos faz as primeiras perguntas, tão difíceis
às vezes de responder, notamos a atividade de sua mente, a
busca de soluções, e a indagação do intelecto.
A Individuação, em si, é um processo natural de
amadurecimento e desdobramento inerente à psique de todo
ser humano.
Seu objetivo é a inteireza, ou seja, a realização da
personalidade
original
(potencial)
do
indivíduo.
Uma
educação continuada que se prolonga por toda a vida
incluindo-se aí a auto educação.
A Psique se constitui de duas dimensões, que se
complementam, mas que têm propriedades opostas: a
consciência e o inconsciente. O inconsciente é a matriz da
consciência; é‚ nele que estão os germes de novas
possibilidades de vida.
A consciência representa uma pequena parte da
Psique total. A história da humanidade nos mostrou que ela é
o resultado de uma diferenciação tardia.
A consciência é o estar desperto e atento, observando
e registrando o que acontece no mundo em torno e dentro de
cada um de nós.
Nossa Psique é moldada e influenciada por experiências
da humanidade em toda a sua história de desenvolvimento.
O ego humano e a consciência são largamente
definidos e moldados pelo mundo cultural em que a pessoa
cresce e é educada.
O inconsciente, em sua dimensão coletiva, tende a
manifestar-se através de certas imagens típicas de natureza
simbólica em certas situações da vida do ser humano.
Essas imagens referem-se a comportamentos, percepções
e sentimentos que se manifestam quando a experiência do
sujeito consciente não é suficiente para enfrentar uma
determinada situação.
Jung afirma que além de ter uma origem individual, a
fantasia criadora dos homens se utiliza de uma camada
arcaica soterrada há muito tempo, que se manifesta em
imagens peculiares reveladas nas mitologias de todos os
tempos e de todos os povos.
Para Campbell a função do artista é a mitologização do
que acontece no mundo, ou seja, a capacidade de refazer a
ponte entre a consciência e os conteúdos do Inconsciente
Pessoal e Coletivo.
Como se fosse para fechar um ciclo, depois que a
consciência individual lentamente se desprendeu do cosmos
externo e da convivência coletiva e inconsciente, formando
uma personalidade cada vez mais individual, agora seria o
momento de superar os limites desta existência pessoal e
voltar às raízes do Inconsciente Coletivo, no cosmos interior,
que aparece nas imagens criadas .
A
vida
psíquica
se
dá
predominantemente
por
imagens. Os conceitos correspondem a uma elaboração
posterior da mente humana, representando uma atitude
analítica.
A imagem emergente une e centraliza os fatos que
estão constelados num determinado momento do processo.
A imaginação sempre foi um espaço de liberdade que
lembra eventos passados e nos permite viver o futuro no
espaço de vida do presente: uma realidade simbólica, um
espaço intermediário entre o mundo interno e o externo
Tanto o signo como o símbolo são necessários (para o
homem), mas não devem ser confundidos entre si. O signo é
uma unidade de significado que representa uma entidade
conhecida. A partir dessa definição, a língua é um sistema de
signos, e não de símbolos.
O
símbolo,
por
outro
lado,
é
uma
imagem
ou
representação que indica algo essencialmente desconhecido.
O símbolo tem um significado polivalente, que exprime um
fato psíquico da melhor forma possível.
A experiência de criar pode ter vários efeitos. Um deles
é a canalização da energia contida. A imagem representada é
a atualização de possibilidades até então não conscientes
que passam a assumir uma forma definida.
A criatividade do artista se mostra essencialmente na
habilidade de se deslocar do nível interno para o externo e
vice versa.
Ele pode se valer de imagens internas e incorporá-las
em obras externas, refazendo esse caminho de inspiração
quantas vezes for necessário.
À medida que essas imagens criativas são realizadas
na obra de um artista, sua
própria personalidade
pode
integrar os conteúdos simbólicos e oferecer também ao
mundo à sua volta a possibilidade de fazer o mesmo.
O artista, como genuíno porta voz do ser humano e de
suas necessidades existenciais, seria o transmissor do mito
de sua época
O trabalho do artista é como uma força da natureza,
que vai além do destino pessoal. O processo criativo é visto
por Jung como ativação inconsciente da imagem arquetípica
e sua elaboração e configuração até atingir uma obra
acabada.
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