Psicologia da Educação 2010/2011 Data: 11 de Outubro de 2010 Conteúdo (s): Nomes que fizeram/fazem a história da psicologia da educação Principais teorias no âmbito da Psicologia da Educação Aula Nº: 7 Esta aula iniciou com uma reflexão sobre o provérbio “De médico e de louco todos temos um pouco”. De facto este provérbio, nunca perdeu, nem perderá a sua actualidade. Quanto à loucura, é tanta que nada se pode fazer, se bem que por vezes até pode ser útil e, quanto a ser médico, todos se comportam como tal. Fazem-se diagnósticos, estabelecem-se as terapêuticas mais mirabolantes, os prognósticos são frequentemente estabelecidos, curiosamente, de uma forma positiva, quando são instituídas as medidas de cada um. E de Psicólogo será que também todos temos um pouco? De facto, qualquer um de nós já procurou explicar o comportamento de alguém. Diariamente deparamo-nos com situações que procuramos responder á luz dos nossos olhos, ou seja, tentamos ser psicólogos. (explicações sociais acerca de um determinado fenómeno humano, maus hábitos, etc.) Neste sentido, surge a diferença entre Senso comum e Conhecimento Científico. Senso comum Conhecimento científico – Determina o nosso comportamento, as - Necessita ser colocado à prova; nossas práticas. Ex: uma senhora que - Procura compreender o fenómeno sob tem uma crença não vai deixar de a fazer diferentes pontos de vista, por isso é relativo. só porque o médico lhe disse que não Deste modo, surgem as diferentes teorias da podia fazê-la. psicologia que procuram explicar os fenómenos humanos de diferentes formas. Nesta aula foi ainda questionado o que é o Inconsciente. Na linguagem corrente, o termo inconsciente é utilizado como adjectivo, para designar o conjunto dos processos mentais que não são conscientemente pensados. Pode também ser empregado como substantivo, com uma conotação pejorativa, para falar de um individuo irresponsável ou louco, incapaz de prestar contas dos seus actos. Joana Filipa Pinto Correia Psicologia da Educação 2010/2011 Definimos inconsciente como algo que desconhecemos e impensável, é um acto irreflectido e involuntário que surge em resposta a um estímulo positivo ou negativo. Segundo Freud o inconsciente é regido pelo prazer. A Teoria de Sigmund Freud é bastante complexa. Para se compreender o ser humano tem de se admitir a existência do inconsciente, que define como uma zona do psiquismo constituída por desejos e pulsões recalcadas, especialmente de carácter sexual. Freud apresenta duas concepções do psiquismo da mente humana: a primeira e a segunda tópica. Na primeira tópica recorre à imagem do iceberg: o consciente corresponde à parte do visível, enquanto o inconsciente – que exerce uma forte influência no comportamento - corresponde a parte invisível. É possível aceder ao consciente através da introspecção. Há uma censura que impede este acesso às pulsões e desejos inconscientes, recalcando-os. O recalcamento é um mecanismo de defesa que devolve ao inconsciente os materiais que procuram tornar-se conscientes. Id – zona inconsciente, primitiva e instintiva, a partir da qual se formam o ego e o superego. Existe desde o nascimento e visa a satisfação imediata de pulsões e desejos – princípio do prazer. Estruturado pela libido. Não se orienta por normas. Ego – zona fundamental consciente, que se forma a partir do id. Rege-se pelo princípio da realidade, pelo que é o mediador entre as pulsões inconscientes e as exigências do mundo real – decide quais os desejos do id que podem ser realizados. Superego – zona no psiquismo que corresponde à interiorização de normas e dos valores sociais e morais. Resulta do processo de socialização, da interiorização de modelos. Em suma, podemos dizer que somos dominados pelo inconsciente, estando à mercê dos nossos instintos, desejos e prazeres. A Psicologia Social trabalha o inconsciente de maneira diferente da Psicanálise. Segundo esta, existem muitas coisas que se encontram enraizadas em cada um de nós inconscientemente, as quais acabamos por nos apropriar. Na minha opinião é necessário tempo para reflectir, pensar sobre o dia-a-dia, ficar em silêncio para estabelecer as nossas ideias, não descurando as teorias que temos vindo a estudar pois estão profundamente envolvidas na nossa vida. Joana Filipa Pinto Correia