Centro de Estudo DCB Análise da Vulnerabilidade da População Brasileira aos Impactos Sanitários das Mudanças Climáticas Diana Pinheiro Marinho DCB / PMAGS [email protected] Rio, 07/05/2007 Introdução Projeto Financiamento Análise da Vulnerabilidade da População Brasileira aos Impactos Sanitários das Mudanças Climáticas Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT): Coordenação de Pesquisas em Mudanças Climáticas Período 2000 a 2003 Período Estudo retrospectivo de Jan1996 a Dez 2001 Parcerias Áreas de estudadas ABRASCO, CPTEC e UFRJ Todas as UFs, DF e cinco municípios: Belém, Recife, Rio de Janeiro, Itajaí e Blumenau. Objetivos Medir a vulnerabilidade da população brasileira levando em conta três dimensões: Epidemiológico, Socioeconômico e Climático. Desenvolver um Sistema de Informação Geográfico (SIG) estático. Criar mapas temáticas dos temas. Modelo Conceitual da Vulnerabilidade Social Tempestades Inundações Secas Eventos Climáticos (“Hazard”) Situação Geográfica Infraestrutura Características ambientais transporte Tipo e qualidade de serviço saneamento habitação Aquecimento Global Exposição Perfil Demográfico Tipo e Localização espacial Fatores Individuais idade trabalho lazer População Morbidade e Mortalidade sexo Resposta Determinantes Imediatos Percepção do Risco etnia capacidade física Educação Fatores Informação Organização Atenção Defesa Individuais e Percepção Comunitária Médica Civil do Risco Vulnerabilidade Poder Político Cultura Determinantes Primários Renda Modelo Conceitual Geral do Projeto PASSADO / PRESENTE Eventos Climáticos Extremos FUTURO Possível situação de saúde Situação de saúde conhecida (histórica) Ambiente Mortalidade Morbidade Malária População Variabilidade Climática Cenários climáticos modelados Situação Situação A B Ambiente População Situação C Dengue Cólera Vulnerabilidade Atual Vulnerabilidade Futura Leptospirose REDUÇÃO Leishmanioses Renda, Habitação, Escolaridade, Demografia, etc Hantavírus Políticas Públicas Situação D Índices Índice de Vulnerabilidade Socioeconômico - IVSE Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica - IVE Índice de Vulnerabilidade Climático - IVC IVSE IVE Demografia Malária Renda Dengue Cólera Educação Leptospirose Saneamento Leishmaniose Visceral e Tegumentar Saúde Hantavírus IVC Pluviometria IVG Metodologia Fases da Construção dos Índices Desafio: Construir os índices adaptando a metodologia do IDH de 1995. IDH: Produz um único índice; construção simples e fácil interpretação, apesar de não existir um software e possibilitar varias maneiras de construção Etapas: Primeira etapa Selecionar indicadores e agrupar-los por dimensões Segunda etapa Transformar todos os indicadores em índices nos quais os valores variem entre 0 e 1. Terceira etapa Construir um índice sintético por dimensão a partir dos índices construídos na etapa anterior. Quarta etapa Atribuir um peso a cada índice sintético de cada dimensão e calcular o índice sintético geral. Classificação dos Indicadores Tipo I: Um valor alto do indicador representa uma situação de menor vulnerabilidade MAIOR VALOR I padronizado Tipo MENOR VULNERABILIDADE MáximoI -I observado = MáximoI - MínimoI Um valor baixo do indicador representa uma situação de menor II: vulnerabilidade MENOR VALOR I padronizado MENOR VULNERABILIDADE Iobservado - MínimoI = MáximoI - MínimoI Etapas: Terceira e Quarta IDim = 1 n (w1 IPad1 + w2 IPad 2 + L+ wn IPadn ) onde I Dim= Índice da dimensão, Ipad = Indicador Padronizado, w=peso, n é o número de dimensões consideradas 1 IV = (w1 IDim1 + w2 IDim 2 + L+ wN IDimN ) N onde IV = Índice de Vulnerabilidade, I Dim= Índice de uma dimensão, w = peso, N é o número de componentes consideradas Vulnerabilidade Socioeconômica Objetivo Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica - IVSE Construir um índice combinando informações de vários indicadores num único indicador sintético que permita estabelecer uma ordenação das UFs em função do nível de vulnerabilidade socioeconômica definida neste estudo. Indicadores Sociais Selecionados Dimensões Definições (1) Fontes DEMOGRAFIA Densidade demográfica População por km2 IBGE, 2000 Urbanização % da população que vive em área urbana IDB, 2002 Pobreza % da população com renda familiar percápita menor a 1/2 salário mínimo. IBGE, 2000 Densidade por cômodo % de domicílios com 2 ou mais pessoas por cômodo IDB, 2002 % da população de 15 anos ou mais com menos de 4 anos de estudo IDB, 2002 RENDA EDUCAÇÃO Escolaridade Indicadores Sociais Selecionados Dimensões Definições (2) Fontes SANEAMENTO Abastecimento de água % de domicílios com abastecimento de água IBGE, 2000 a partir de rede pública, poço ou fonte Serviço sanitário % de domicílios com serviço sanitário: rede IBGE, 2000 pública ou fossa % de domicílios onde o lixo é coletado, IBGE, 2000 queimado ou enterrado Destino do lixo SAÚDE Mortalidade Infantil Número de óbitos infantis, por 1000 nascidos vivos. IDB, 2002 Esperança de vida ao nascer Número médio de anos que as pessoas vivem a partir do nascimento. IDB, 2002 Plano de Saúde % da população que tem algum plano de saúde. IBGE, 2000 Classificação dos Indicadores Tipo I: MAIOR VALOR MENOR VULNERABILIDADE Grau de Urbanização, Abastecimento de Água, Serviço Sanitário, Destino do Lixo, Esperança de Vida, Plano de Saúde Tipo II: MENOR VALOR MENOR VULNERABILIDADE Densidade Demográfica, Densidade por Cômodo (mais que 2 pessoas por cômodo), Pobreza, Escolaridade (inferior a 4 anos), Mortalidade Infantil Valores Máximo e Mínimo Os valores máximos e mínimos correspondem aos maiores e menores valores observados de cada indicador entre todas as UFs Máximo Densidade demográfica Grau de urbanização (%) Densidade por cômodo (%) Pobreza (%) Escolaridade (%) Abastecimento de água (%) Serviço sanitário (%) Destino do lixo (%) Mortalidade Infantil Esperança de vida (anos) Plano de saúde (%) 353,5 97,0 19,9 57,0 50,0 99,1 99,2 99,1 62,5 71,6 35,8 Mínimo 1,5 63,0 0,6 12,0 15,0 75,3 55,5 67,5 15,1 63,2 1,9 Cálculo dos índices por dimensão • O índice de uma dimensão é a média aritmética simples de seus indicadores padronizados. • Os índices por dimensão tem valores entre 0 e 1. • Quanto mais próximo de 1, pior é a situação relativa. IDEMOG = 1 2 ( IDensidade + IUrbana ) IRENDA = 1 2 ( I Cômodo + IPobreza ) IEDUCA = IEscolaridade ISANEA = 13 ( IÁgua + I Esgoto + I Lixo ) ISAÚDE = 13 ( IMortInf + IEsperVida+ I Plano ) Cálculo do Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica • O IVSE é a média aritmética simples dos 5 índices por dimensão; • Com base na construção adaptada, valores baixos do IVSE estão associados a baixa vulnerabilidade. IVSE = 1 5 onde: ( I DEMOG+ IRENDA + I EDUCA + I SANEA + ISAÚDE ) IDEMOG: Índice para Demografia IINGRE: Índice para Renda IEDUCA: Índice para Educação ISANEA: Índice para Saneamento ISALUD: Índice para Saúde Exemplo: Cálculo do IVSE para o DF Indicador Observado Densidade Demog. 353,5 Urbanização 96,0 2,5 Cômodo 18,0 Pobreza Escolaridade 15,0 Água 95,7 Esgoto 99,2 Lixo 99,0 Mortal. Infantil 19,0 Esperança Vida 69,0 Plano Saúde 25,1 Indicador Padronizado 1,000 0,029 0,098 0,133 0,000 0,143 0,000 0,003 0,082 0,309 0,316 Índice por dimensão Demografia 0,515 Renda 0,116 Educação 0,000 Saneamento 0,049 Saúde 0,236 IVSE 0,183 Exemplo: Cálculo do IVSE para o AL Indicador Observado Densidade Demog, 101,5 Urbanização 68,0 4,8 Cômodo 57,0 Pobreza Escolaridade 50,0 Água 78,9 Esgoto 75,8 Lixo 79,6 Mortal. Infantil 62,5 Esperança Vida 63,2 Plano Saúde 4,0 Indicador Padronizado 0,284 0,853 0,2176 1,000 1,000 0,849 0,534 0,617 1,000 1,000 0,938 Índice por dimensão Demografia 0,569 Renda 0,609 Educação 1,000 Saneamento 0,667 Saúde 0,979 IVSE 0,765 Classificação das UFs Segundo o IVSE MAIOR VULNERABILIDADE Valor do IVSE UF I 0,00 < IVSE<=0,20 SP, SC, RS, DF II 0,20 < IVSE<=0,30 MG, ES, RJ, PR, MS, GO III 0,30 < IVSE<=0,40 RO, RR, AP, MT IV 0,40 < IVSE<=0,50 AM, PA, TO V 0,50 < IVSE<=0,60 AC, RN, PE, SE VI 0,60 < IVSE<=0,70 CE, PB, BA VII 0,70 < IVSE<=1,00 MA, PI, AL Mapa do IVSE nos Estados do Brasil 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Municípios Selecionados Belém (PA), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Blumenau e Itajaí (SC) Estes municípios foram escolhidos por serem sujeitos a inundações em conseqüências de eventos extremos de precipitação, e podendo, em alguns casos, sofrerem inundações associadas aos efeitos das marés (com exceção de Blumenau e Rio de Janeiro) . Municípios Selecionados RR AP AM Belém PA MA CE RN PI PB Recife PE TO AL AC SE BA RO MT DF REGIÕES GO NORTE NORDESTE MG MS ES SUDESTE SP SUL CENTRO-OESTE RJ Rio de Janeiro PR Blumenau Itajaí SC RS 0 190 380 760 1.140 1.520 Km IVSE para 5 Municípios Blumenau 0,14 Itajaí 0,28 Rio de Janeiro 0,34 Belém 0,71 Recife 0,00 0,73 0,10 0,20 0,30 0,40 IVSE 0,50 0,60 0,70 0,80 Vulnerabilidade Epidemiológica Objetivo Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica - IVE Construir um índice que sintetize a informação contida num grupo de indicadores de 07 endemias, observadas anualmente num período de 06 anos em cada Estado. Construção do IVE Variáveis Utilizadas: Taxas de Incidências de Cólera, Dengue, Leptospirose, Hantavírus, Leishmaniose Tegumentar Americana, Leishmaniose Visceral e IPA da Malária. Número de Internações da UF/Número de Internações do Brasil. Número de Óbitos da UF/ Número de Óbitos do Brasil. Custo total de internação (R$) da UF/Custo total de internação (R$) do Brasil. Exemplo: Índice de Dengue para BA Dados Originais (1) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Incidência 513,77 357,62 170,38 60,74 82,98 244,60 Internações 104,00 489,00 1461,00 772,00 996,00 2696,00 Óbitos 0,00 0,00 2,00 0,00 1,00 4,00 Custo 72,27 84,77 96,80 117,13 174,16 173,97 1996 1997 1998 1999 2000 2001 513,767 357,623 170,380 60,740 Dados Utilizados Incidência 82,975 244,603 Internações 0,206 0,258 0,230 0,134 0,089 0,112 Óbitos 0,000 0,000 0,111 0,000 0,042 0,091 Custo 0,188 0,248 0,222 0,125 0,087 0,111 Exemplo: Índice de Dengue para BA (2) Indicadores Padronizados 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Incidência 1,000 0,226 0,097 0,029 0,031 0,175 Internações 0,536 1,000 1,000 0,624 0,252 0,463 Óbitos 0,000 0,000 0,667 0,000 0,250 0,333 Custo 0,549 1,000 1,000 0,589 0,250 0,463 Médias 0,521 0,557 0,691 0,310 0,196 0,358 Índice para Dengue (BA) 0,439 Malária MAIOR VULNERABILIDADE Valor do Índice I 0,00 < IMalaria<= 0,04 UF SE, PB, PE, MS, DF, RS, RN, AL, BA, ES, PR, CE, SC, RJ, MG, SP, GO, PI, TO II 0,04 < IMalaria<= 0,16 MT, AC, MA III 0,16 < IMalaria<= 0,26 AP, RR IV 0,26 < IMalaria<= 0,36 AM V 0,36 < IMalaria<= 0,40 RO VI 0,40 < IMalaria<= 0,85 PA Índice Sintético de Malária nos Estados RR AP AM PA MA CE RN PB PE PI AC TO AL SE RO BA MT DF GO MG ÍNDICE 0,000 - 0,015 MS ES 0,016 - 0,041 SP RJ 0,042 - 0,222 0,223 - 0,399 PR 0,400 - 0,824 SC RS 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Índice Sintético de Dengue nos Estados RR AP AM PA CE MA RN PB PI PE AC AL SE TO RO BA MT DF GO ÍNDICE 0,000 - 0,024 MG MS ES 0,025 - 0,097 SP 0,098 - 0,153 0,154 - 0,262 RJ PR 0,263 - 0,453 SC RS 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Índice Sintético de Cólera nos Estados RR AP AM PA MA CE RN PB PI PE AL SE TO AC RO MT BA DF MG GO ÍNDICE MS 0,000 - 0,018 ES SP 0,019 - 0,041 RJ 0,042 - 0,108 0,109 - 0,213 PR 0,214 - 0,732 SC RS 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Índice Sintético de Leptospirose nos Estados RR AP AM PA MA CE PI RN PB PE AC TO AL SE RO MT BA DF GO MG ÍNDICE 0,001 - 0,010 MS ES 0,011 - 0,068 SP RJ 0,069 - 0,098 0,099 - 0,349 PR 0,350 - 0,662 SC RS 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Índice Sintético de Leishmanioses nos Estados RR AP AM PA MA CE RN PB PI PE TO AL SE AC RO MT BA DF ÍNDICE 0,054 - 0,133 MG GO 0,001 - 0,053 MS 0,134 - 0,272 ES SP 0,273 - 0,403 0,404 - 0,688 RJ PR SC RS 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Índice Sintético de Hantavirose nos Estados RR AP AM PA CE MA RN PI PB PE AC AL TO RO SE BA MT DF GO ÍNDICE 0,000 - 0,015 MG MS ES 0,016 - 0,200 SP RJ 0,201 - 0,270 0,271 - 0,399 PR 0,400 - 0,463 SC RS 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Matriz de Pesos Estrutura dos pesos atribuídos a cada doença estudada Doença Redução da Controle Resistência Tratamento Taxa de PESO Exposição Ambiental Medicamento Etiológico Letalidade FINAL Involuntária Cólera 1 1 1 3 1 7 Dengue 1 1 1 3 1 7 Malaria 3 3 3 1 1 11 Leptospirose 1 1 1 1 1 5 Leish. Tegumentar 2 2 1 1 1 7 Leish. Visceral 2 2 3 1 1 9 Hantavirose 3 2 1 3 3 12 Código (exceto Taxa de Letalidade): 1 = melhor situação, 2 = situação média e 3 = pior situação. Código para Taxa de Letalidade: 1 = até 10%, 2 = 11% a 39%, 3 = > 40%. Para Leishmaniose foi utilizado somente o peso 9. Exemplo: Cálculo do IVE DF Peso Índice PA Peso x Índice Índice Peso x Índice Cólera 7 0,005 0,034 0,041 0,284 Dengue 7 0,012 0,085 0,395 2,765 Malária 11 0,001 0,013 0,824 9,060 5 0,043 0,213 0,316 1,578 Leishmainoses 9 0,049 0,440 0,220 1,979 Hantavirose 0,000 0,000 0,013 0,152 Leptospirose 12 51 0,786 0,015 15,818 IVE 0,310 Classificação das UFs Segundo o IVE MAIOR VULNERABILIDADE Valor do IVE UF I 0,00 < IVE<= 0,03 DF, ES, GO II 0,03 < IVE<= 0,09 AC, PI, TO, SC, MT, RJ III 0,09 < IVE<= 0,12 SE, AP, AM, RR, RO, RN, PB, CE IV 0,12 < IVE<= 0,20 PR, RS, MG, MS, MA, AL V 0,20 < IVE<= 0,30 SP, PE VI 0,30 < IVE<= 0,40 BA, PA Mapa do IVE nos Estados do Brasil 0 190 380 760 1.140 1.520 Km IVE para 5 Municípios Blumenau - SC 0,09 Itajaí - SC 0,14 Recife - PE 0,23 Rio de Janeiro - RJ 0,23 Belém - PA 0,42 0,0 0,1 0,2 IVE 0,3 0,4 0,5 IVE para 5 Municípios Belém PA Rio de Janeiro Recife RJ PE Itajaí SC Blumenau SC PESO Cólera 0,000 0,000 0,833 0,044 0,011 7,000 Dengue 0,646 0,284 0,649 0,002 0,000 7,000 Hantavírus 0,000 0,000 0,000 0,333 0,000 12,000 Leptospirose 0,606 0,172 0,184 0,692 0,544 5,000 LTA 0,000 0,859 0,023 0,039 0,306 7,000 Leishmaniose Visceral 0,655 0,493 0,203 0,000 0,000 9,000 Malária 1,000 0,004 0,000 0,007 0,009 11,000 0,42 0,23 IVE 0,23 0,14 0,09 Vulnerabilidade Climatológica Objetivo Índice de Vulnerabilidade Climatológica - IVC Classificar os Estados segundo o número de meses que apresentaram uma precipitação total extrema, alta ou baixa, em relação com o padrão observado ao longo de 42 anos. Metodologia do IVC Dados: Séries histórias de totais pluviométricos mensais para cada Estado observados entre janeiro de 1961 e dezembro de 2002. Os dados foram fornecidos pelo - INPE/CPTEC. Etapas: Primeira etapa Identificação dos Valores Extremos mediante o uso de diagramas tipo “Boxplot”. Segunda etapa Contagem do número de meses com precipitação extrema alta ou baixa Terceira etapa Padronização do índice Percentual de Meses com Precipitação Extrema Alta nos Estados do Brasil (1961-2002) 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Percentual de Meses com Precipitação Extrema Baixa nos Estados do Brasil (19612002) 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Índice de Vulnerabilidade Climatológica Indicador: % de meses com precipitação EXTREMA ALTA MENOR VALOR Ipadronizado MENOR VULNERABILIDADE Iobservado - MínimoI = MáximoI - MínimoI Classificação das UFs Segundo o IVC MAIOR VULNERABILIDADE Valor do IVC UF I 0,00 < IVC<= 0,10 AC, AM, PA, MS, RO, RS II 0,10 < IVC<= 0,20 PR III 0,20 < IVC<= 0,30 AP, MG, PB, RR, MT, TO IV 0,30 < IVC<= 0,40 GO, RN, SC, SP, RJ V 0,40 < IVC<= 0,50 ES, PI, BA VI 0,50 < IVC<= 0,60 PE, CE, MA, SE VII 0,60 < IVC<= 1,00 AL Mapa do IVC nos Estados do Brasil 0 190 380 760 1.140 1.520 Km Vulnerabilidade Geral Objetivo Índice de Vulnerabilidade Geral - IVG Construir um índice sintético que permita classificar os Estados em função do nível de vulnerabilidade atual. IVE + IVSE para 5 Municípios 0,11 Blumenau (SC) Itajaí (SC) 0,21 0,29 Rio de Janeiro (RJ) 0,48 Recife (PE) 0,57 Belém (PA) 0,00 0,10 0,20 0,30 IVE + IVSE 0,40 0,50 0,60 Mapa dos IVSE, IVE e IVC nos Estados RR AP AM PA MA CE RN PI PB PE TO AL AC IVSE 0,100 - 0,180 0,181 - 0,250 0,251 - 0,380 BA RO SE MT DF 0,381 - 0,620 MG 0,621 - 0,760 IVE 0,015 - 0,027 0,027 - 0,097 0,097 - 0,146 0,146 - 0,228 0,228 - 0,310 IVC 0,000 - 0,098 0,099 - 0,279 0,280 - 0,414 GO MS ES SP RJ PR SC RS 0,415 - 0,549 0,550 - 1,000 0 190 380 760 1.140 1.520 km Classificação das UFs Segundo o IVG MAIOR VULNERABILIDADE Valor do IVG UF 0,1 < IVG<= 0,2 RS, MS, DF, PR, RO, SC, AM, GO, AC II 0,2 < IVG<= 0,3 MG, SP, AP, RJ, MT, ES, RR, PA, TO III 0,3 < IVG<= 0,4 RN, PB, SE IV 0,4 < IVG<= 0,5 PI, CE, PE, BA, MA V 0,5 < IVG<= 0,7 AL I Mapa do IVG nos Estados do Brasil 0 190 380 760 1.140 1.520 Km s Comentários Finais • Os índices foram construídos para “ordenar” as UFs. Com o objetivo de medir o grau de vulnerabilidade relativo entre os Estados. • Se o índice é zero significa que a UF tem a “melhor” situação em relação as outras. Não significa que não tenha algum grau de vulnerabilidade. • A unidade geográfica escolhida foi Estado, porém a Metodologia pode ser aplicada à unidades menores (cidade, setor censitário). • Como outra alternativa pode-se considerar outros indicadores e também pesos diferentes para as dimensões estudadas. • Recomenda-se à elaboração de um “Mapa Integrado de Vulnerabilidade”, nacional, demonstrando os impactos do clima nas diversas áreas, identificando populações mais vulneráveis. • Recomenda-se instalação de esquemas direcionados de vigilância ambiental, epidemiológica e entomológica em localidade e para situações selecionadas, visando-se a detenção precoce de sinais de efeitos biológicos da mudança do clima. • Maior divulgação sobre o tema mudanças climáticas junto à sociedade brasileira em geral, instituições de pesquisas em saúde pública e universidades, assim como em escolas públicas e privadas. Comentários Finais • O aumento da faixa de clima tropical no planeta levará a um recrudescimento dos vetores de doenças mais comuns causando pandemias. • A migração de vetores para áreas que antes não existiam será um grave problema de saúde pública, pois o serviço se deparará com doenças que não são comuns na região. • Nos fenômenos de seca a saúde da população é afetada pela condição de fome epidêmica, levando a um sistema imunológico deprimido, migração, problemas socioeconômicos e risco de aumento de infecções. • A seca também traz incêndios florestais, causando doenças respiratórias e espalhando os vetores como o mosquito transmissor da malária para centro urbanos. • As más condições sanitárias, causadas entre outras razões pela falta de água, levam a um aumento de doenças diarréicas, as quais debilitam a população especialmente as crianças. • Devido à falta de higiene, podem ocorrer doenças como tracoma, escabiose e outras. • Os problemas de saúde exercerão pressão na infraestrutura de saúde pública, causando uma excessiva ocupação de serviço, degradando o atendimento. Índice Sintético: Principal função - concentrar muita informação numa única variável, permitindo comparar elementos, indivíduos ou unidade tanto a nível transversal como temporal.