Níveis de saturação de oxigênio e
valores de pressão parcial de
oxigênio em recém-nascidos
recebendo oxigênio na Unidade de
Cuidados Intensivos: valores entre
85-93% são aceitáveis?
17/6/2008
Lucas Emanuel de Lima Azevedo
Larissa Macedo de Camargo
Marianna Costa Pereira
Coordenação: Paulo Margotto
ESCS – Internato Pediatria 2008
www.paulomargotto.com.br
Níveis de saturação de oxigênio e valores de
pressão parcial de oxigênio em recém-nascidos
recebendo oxigênio na Unidade de Cuidados
Intensivos: valores entre 85-93 são aceitáveis?
(Pulse Oxygen Saturation Levels and Arterial Oxygen Tension Values in Newborns
Receiving Oxygen Therapy in the Neonatal Intensive Care Unit: Is 85% to 93%
an Acceptable Range?)
Armando Castillo, MDa, Augusto Sola, MDb, Hernando Baquero, MDc, Freddy
Neira, MDc, Ramiro Alvis, MDc, Richard Deulofeut, MD, MPHd and Ann
Critz, MDa
a Division of Neonatal-Perinatal Medicine, Emory University, Atlanta, Georgia
b Mid-Atlantic Neonatology Associates and Atlantic Neonatal Research
Institute, Morristown Memorial Hospital, Morristown, New Jersey
c Department of Pediatrics, University of the North, Barranquilla, Colombia
d Pediatrix Medical Group, Neonatology, Dallas, Texas
Pediatrics 2008;121:882-889

Introdução
 Monitorização da saturação de oxigênio (SpO2) tem sido
realizada no mundo desde os anos 80;
 SpO2 é considerada o 5º sinal vital;
 O conhecimento dos profissionais de saúde que trabalham
em Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (UTINs)
sobre oxigenação de recém-nascidos (RN) é insuficiente: é
estimado que mais de 75% dos neonatologistas apresentam
conhecimento inadequado;
Introdução
 Variáveis desconhecidas por alguns profissionais de saúde:
 Curva de dissociação de oxihemoglobina;
 Concentração de hemoglobina fetal;
 Efeito Bohr;
 Conceitos de pressão parcial de um gás para atingir saturação de
50% (P50);
 Equação do gás alveolar;
Introdução
 A SpO2 normal em RN saudáveis em ar ambiente é > 93% e varia de
acordo com a idade pós-natal;
 Atualmente não se sabe os níveis ótimos de SpO2 para RN que recebem
oxigenioterapia, sendo que estes valores variam entre diferentes centros
e entre crianças;
 Em algumas UTINs, a administração de O2 tem como objetivo manter
valores de SpO2 iguais às de RN saudáveis em ar ambiente, mas isto
pode conduzir a períodos de hiperoxemia;
 Não se sabe também o valor normal para PaO2; com base no P50,
saturação e conteúdo de O2, acredita-se que uma PaO2 > 40mmHg seja
adequada às necessidades tissulares durante a vida neonatal;
Introdução
 Publicações anteriores:
 Academia Americana de Pediatria:
sugere que valores de
pressão parcial de oxigênio (PaO2) acima de 80-90mmHg
pode ser considerado hiperoxemia, mas estes valores não tem
base científica;
 Reynolds e Yu: sugeriram valores de limite inferior e superior
para SpO2, 85 e 90% respectivamente, para RN com angústia
respiratória aguda, mas tais valores não foram validados;
 Outros estudos: sugeriram que fosse evitado níveis de SpO2 >
95% para RN pré termo em uso de O2 suplementar;
Introdução
 Publicações anteriores:
 Estudo de 2003: mostrou que a monitorização da SpO2, a fim de
evitar níveis entre 95% e 100% e grandes flutuações nestes valores,
era associada com menores taxas de morbidade em crianças <
1500g;
 Saugstad: informou que valores baixos de SpO2 na primeira semana
de vida de pré-termos podem evitar complicações, além de
melhorar o crescimento;
 Estudo em 2006: mostrou que menores níveis de SpO2 estão
associados a melhor prognóstico para RN muito baixo peso;
 Estudo recente: valores baixos de SpO2 diminuem a severidade de
retinopatia da prematuridade;
Introdução
 Objetivo:
 Definir a relação entre PaO2 e SpO2 durante a prática
clínica em UTINs;
 Hipóteses (válidas para prática em UTINs):
 A SpO2 entre 85% e 93% não pode estar associada com
níveis de PaO2 < 40mmHg;
 SpO2 entre 94% e 100% seria um risco, e poderia causar
stress oxidativo em crianças com oxigenioterapia;
Métodos
 Trabalho prospectivo, não intervencionista, comparando
leituras de SpO2 não invasiva e valores de PaO2 obtidos de
amostras arteriais de neonatos em 7 UTINs (5 nos Estados
Unidos e 2 na Colômbia – todas situadas ao nível do mar),
entre julho de 2005 e novembro de 2006;
 Aprovado pelos comitês de ética da “Emory University” e
“University of the North”;
 Não houve exigências quanto a consentimento livre e
esclarecido porque não ocorreu nenhuma mudança nas
condutas, nenhuma amostra sanguínea adicional foi
obtida, e os participantes não eram identificados;
Métodos
 Amostras arteriais:
 Foram obtidas, conforme indicado por neonatologistas,
através de cateteres arteriais previamente inseridos para
manejo clínico;
 Somente de crianças sem rápida deterioração;
Métodos
 Monitorização da SpO2:
 Os sensores de monitorização deveriam estar no mesmo
território dos cateteres arteriais;
 As leituras dos monitores foram realizadas com precisão
por um dos investigadores que estava presente durante a
coleta de sangue arterial;
 A leitura era feita somente se a SpO2 permanecesse
estável durante 60s antes e depois da coleta da amostra
de sangue, sendo aceitável uma variação da mesma de
apenas 1%;
Métodos
 O seguimento foi feito comparando a SpO2 com a
respectiva PaO2 da amostra coletada;
 Cada participante do estudo deveria ter no mínimo
uma comparação entre PaO2/SpO2, e não poderia
haver mais que 10 por indivíduo;
 As SpO2 e PaO2 eram mensuradas nos próprios
aparelhos de cada UTIN;
Métodos
 O estudo inclui a priori 100 crianças, com um
máximo de 1000 amostras comparativas;
 Para análise e comparação foi selecionado:
 PaO2 40mmHg: valor baixo;
 PaO2 80mmHg: valor alto;
 Estas escolhas foram baseadas no P50, saturação e
conteúdo de O2;
Métodos
 Critérios de exclusão:
 Anomalias maiores;
 Mudanças clínicas agudas;
 Mudanças da SpO2 >1% durante a coleta de sangue
arterial;
OBS: confirmação ecocardiográfica de ducto
arterioso patente não era critério de exclusão;
Métodos
 Dados demográficos:
 Idade gestacional;
 Peso ao nascimento;
 Gênero;
 Diagnóstico;
 Idade pós natal na ocasião do estudo;
 Os dados discretos foram resumidos em proporções e freqüências; e os
dados contínuos em médias, medianas, desvios padrões e alvos;
Métodos
 Feitos gráficos para PaO2 e SpO2, calculando as
relações lineares e curvilíneas entre eles;
 Significância estatística com P< 0,05;
 Análise estatística usando Windows SPSS13.0;
Resultados








976 amostras SpO2/PaO2 dos 122 participantes
A Idade Gestacional foi de 29.2± 5.2 s
Peso pós-natal 1338 ±871,5g
A mediana de idade pós-natal no momento da coleta foi de
3 dias (1–38 dias)
A localização do cateter arterial foi pós-ductal para 88,2%
das amostras
A mediana FIO2 no momento da colheita foi 0,34
(intervalo: 0,21 – 1,0)
41% dos casos FIO2 0,25 - 0,40
14% dos casos
FIO2 > 0,70.
Resultados
 976 amostras 18% (176 amostras)
RN respiração ao
ar ambiente (FIO2: 0,21)
 82% (800 amostras) RN recebendo oxigenoterapia
 O número médio de amostras por caso foi de 8±2,9,
mediana de 9 por criança
 Número médio de amostras por centro
141
 Número médio de indivíduos por centro
15
Resultados
 SpO2 < 85%
56 amostras (PaO2 = 43,5 mmHg)
 SpO2 85% a 93%
390 amostras (PaO2 = 58,5 mmHg)
 SpO2 > 93%
530 amostras (PaO2 = 94 mmHg)
Obs.: p< 0,001, significância estatística entre PaO2
Resultados
Obs.: 3 bebês pO2 valores < 85%
suplemento de oxigênio
Resultados
SpO2 85-93%, média, mediana PaO2, proporção >80 mmHg significância estatística
Resultados
 SpO2 85% a 93% média
PaO2 58.3±14.2 mmHg e
mediana 57 mmHg
 PaO2 entre 40 e 80mmHg
em 86% das amostras
 SpO2 > 93% média PaO2
68.8±15.9 mmHg e mediana
66 mm Hg
Resultados
SpO2 entre 85% e 93%
• PaO2 40 – 80 mmHg - 86,8%
•PaO2 > 80 mmHg
- 4,6%
•PaO2 < 40 mmHg
- 8,6%
SpO2 > 93%
• PaO2 > 80mmHg
- 59,5%
• PaO2 40-80 mmHg - 40%
p<0,001, comparando-se as amostras SpO2
Resultados
DISCUSSÃO
Discussão
 Primeira estudo neonatal, multicêntrico, prospectivo
da relação entre PaO2 e SpO2, utilizando diferentes
monitores a nível do mar.
 SpO2 entre 85% e 93% estão raramente associados com
PaO2 < 40mmHg;
 Este intervalo esta muito menos freqüente associado a
PaO2 < 80 mmHg que o intervalo entre 94% a 100%;
Discussão
 Poucos estudos comparam a relação entre SpO2 e PaO2 e o
objetivo destes era relacionar a SpO2 com hiperoxemia.
 Sugerem o limite superior de SpO2 ser 94% ou 95%;
 De 325 amostras de obtidas de infantes com SpO2 entre
85% e 93%:
 86,8% o valor da PaO2 estava entre 40 e 80 mmHg;
 4,6% PaO2 > 80mmHg;
 28 (8,6%) PaO2 < 40 mmHg;


82% SpO2 entre 85% a 90%;
Reavaliados e todos apresentaram PaO2 maior que 40mmH após
aumento discreto na FiO2.
Discussão
 Quando SpO2 > 93% valores maiores PaO2 > 80 mmHg
ocorreram em aproximadamente 60% dos pacientes
em oxigenioterapia*;
 29 (16,5%) amostras de pacientes em ar ambiente
tiveram PaO2 > 80mmHg, sendo que 25 destas
apresentavam SpO2 > 93%.
*PaO2 pode ocorrer em infantes que estão em ar ambiente, geralmente quando há redução
na pressão alveolar de CO2, aumento da pressão alveolar de oxigênio, e existe adequado
fluxo sanguíneo pulmonar e mínimo shunt extrapulmonar e intrapulmonar.

Discussão
Pontos fortes do estudo:
1.
2.
Multicêntrico;
Prospectivo;

Pontos fracos do estudo:
1.
2.
3.
4.
5.
Não
avaliar
PaCO2,
pH,
temperatura, concentração de
hemoglobina fetal e adulta, níveis
de
2,3-DPG,
número
de
transfusões*;
Relação entre
tempo
após
transfusão e coleta de sangue*;
Não padronizar gasômetros**;
Não incluir cidades em altas
altitudes;
Não
incluir
situações
de
dessaturação
aguda,
baixa
perfusão, ou analisar alarme falso
ou
leitura
errada
dos
monitores***.
*Na pratica estes variáveis geralmente não são consideradas como importante e os cuidadores seguem apenas
a SpO2;
**Possibilitou generalizar os resultados do estudo;
***Não era objetivo do estudo.
Discussão
 Calibração dos oxímetros é preconizada pela FDA;
 Diferença qualidade dos monitores de oximetria;
 Novo estudo para avaliar relação entre SpO2 e
PaO2 em diferentes monitores sob condições
clínicas estáveis e analise similar em altas altitudes;
 Não tem relato científico sobre qual é a PaO2
ótima em cada situação clínica e cada infante.
Discussão
 A curva ROC mostrou que os valores SpO2 não é 100% sensível ou
específica para determinar níveis de PaO2 maior que 80 mmHg. Porém
a área de 0,74 suporta o conceito de vários investigadores de potencial
hiperoxemia com SpO2 maior ou igual a 94%.
 PaO2 > 80mmH ocorreu em 36,7% dos pacientes com SpO2 entre 94% a
96%, mas ocorreu em 80% dos que estavam com SpO2 maior ou igual a
97%.
 Sugere que PaO2 > 80mmg é significativamente maior quando SpO2 >96%.
 5 amostras estavam com PaO2 < 40mmHg quando SpO2 estava entre
91% e 93%.
 Balancear o beneficio potencial de redução da hiperoxemia ou
hipoxemia em relação a manutenção estrita de uma valor de SpO2.
Discussão
 É improvável que possam identificar um único, preciso e ideal valor de
SpO2 ou PaO2 para cada indivíduo durante todo o tempo utilizando a
tecnologia atual;
 É provável que o valor de SpO2 varie baseado em vários fatores,
incluindo, monitor usado, idade gestacional, idade pós-concepcional,
diagnóstico e condições clínicas, pH, PaCO2 temperatura,
concentração de hemoglobina total e fetal, 2,3-DPG, transfusões, e
outros fatores;
 A distribuição de O2 e oxigenação de tecido depende muito menos de
nível de PaO2 que de outros fatores como, concentração de
hemoglobina, alterações na hemoglobina, conteúdo de oxigênio, débito
cardíaco, e fluxo sanguíneo regional, entre outros.
 O conhecimento sobre o potencial benefício de reduzir hiperoxemia e
hipoxemia precisam ser balanceados com a mudança na manutenção
de alvo específico de PaO2.
Discussão
 Muitas coisas a respeito de dano causado pela
hiperoxemia precisa ser aprendidas, visto que a
,provável, única causa de hiperoxemia e hiperóxia é o
médico.
 Métodos melhores de avaliação da oxigenação tecidual
e “estado de redução alterado” podem vir a ser
disponibilizados
na
prática,
identificando
conseqüências da hiperoxemia e hiperoxia.
Discussão
 Na grande maioria dos casos não há necessidade de manter SpO2>93%




na prática para manter a PaO2 suficiente para a necessidades orgânicas.
Do contrário aumentaria o risco de exposição a hiperoxemia e seus
efeitos delétérios já relatados por vários autores
Não se advoga valores entre 85 e 93% como a melhor variação; o
objetivo foi determinar se esta variação tem alto risco para clara e
persistente hipoxemia, uma preocupação na prática clínica
Foi investigado se a curto e/ou longo prazo o resultados eram afetados
por esse escolha arbitrária de alvo de SpO2 sendo que não foram
encontrados efeitos adversos importantes e houve melhora importante
dos resultados;
Pacientes do sexo feminino tem melhores benefícios42, e isto vai de
encontro ao fato que não existe um único valor melhor para todos os
paciente todo o tempo.
Conclusão
 SpO2 entre 85% e 93% reduzem as taxas de PaO2 >
80mmHg e não esta associado com significante hipoxemia
em neonatos com O2 suplementar;
 Larga proporção de valores de PaO2 > 80 mmHg foram
visto em pacientes com SpO2 > 93%;
 SpO2 entre 85% e 93% parecem suficientes para manter
normoxemia na maioria do tempo durante o curso precoce
na UTIN.
 Objetivo futuro e encontrar um limite seguro de SpO2 ou
melhorar a tecnologia para que os médicos eliminem tanto
a hipoxemia quanto a hiperoxemia durante o período
neonatal precoce.
 ABSTRACT
OBJECTIVE. Our aim was to define the relationship of PaO2 and pulse oxygen
saturation values during routine clinical practice and to evaluate whether pulse oxygen
saturation values between 85% and 93% were associated with PaO2 levels of <40
mmHg.
 METHODS. Prospective comparison of PaO2 and pulse oxygen saturation values in 7
NICUs at sea level in 2 countries was performed. The PaO2 measurements were obtained
from indwelling arterial catheters; simultaneous pulse oxygen saturation values were
recorded if the pulse oxygen saturation values changed <1% before, during, and after
the arterial gas sample was obtained.
 RESULTS. We evaluated 976 paired PaO2/pulse oxygen saturation values in 122
neonates. Of the 976 samples, 176 (18%) from infants breathing room air had a mean
pulse oxygen saturation of 93.9 ± 4.3% and a median of 95.5%. The analysis of 800
samples from infants breathing supplemental oxygen revealed that, when pulse oxygen
saturation values were 85% to 93%, the mean PaO2 was 56 ± 14.7 mmHg and the
median 54 mmHg. At this pulse oxygen saturation level, 86.8% of the samples had
PaO2 values of 40 to 80 mmHg, 8.6% had values of <40 mmHg, and 4.6% had values of
>80 mmHg. When the pulse oxygen saturation values were >93%, the mean PaO2 was
107.3 ± 59.3 mmHg and the median 91 mmHg. At this pulse oxygen saturation level,
39.5% of the samples had PaO2 values of 40 to 80 mmHg and 59.5% had values of >80
mmHg.
 CONCLUSIONS. High PaO2 occurs very rarely in neonates breathing supplemental
oxygen when their pulse oxygen saturation values are 85% to 93%. This pulse oxygen
saturation range also is infrequently associated with low PaO2 values. Pulse oxygen
saturation values of >93% are frequently associated with PaO2 values of >80 mmHg,
which may be of risk for some newborns receiving supplemental oxygen.
Referências do artigo:
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 This article has been cited by other articles:
A. Sola
Oxygen for the Preterm Newborn: One Infant at a
Time
Pediatrics, June 1, 2008; 121(6): 1257 - 1257.
[Full Text] [PDF]
Consultem também:
 Oxigênio: 50 anos de incertezas
Autor(es): José Maria Lopes (RJ).Realizado por Paulo
R. Margotto
 Oximetria de pulso/ capnografia
Autor(es): Paulo R. Margotto
 Avaliação da severidade clínica do recém-nascido
com desconforto respiratório
Autor(es): Paulo R. Margotto
Dr. Paulo R. Margotto; Ddos Larissa, Mariana e Lucas
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