XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL NO SETOR HORTIFRUTÍCOLA RAFAELA CRISTINA DA SILVA; ALINE VITTI; MARGARETE BOTEON. CEPEA/ESALQ-USP, PIRACICABA, SP, BRASIL. [email protected] APRESENTAÇÃO ORAL AGRICULTURA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL NO SETOR HORTIFRUTÍCOLA Grupo de Pesquisa: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Resumo O presente trabalho buscou identificar as diretrizes e ações práticas da responsabilidade social empresarial e identificar as práticas que estão sendo realizadas pelo setor hortifrutícola. Foram entrevistados 120 empresários – produtores e exportadores – de nove cadeias nacionais (banana, batata, cebola, citros, mamão, manga, melão, tomate e uva) que fazem parte do Projeto Hortifruti, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia Rural da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP). Dos entrevistados, 81 disseram realizar ações de responsabilidade social em suas propriedades, e os principais focos são funcionários e o meio ambiente. Apesar de hortifruticultores realizarem ações para o bem-comum da cadeia e do País, ainda falta a definição da missão por parte das empresas. Palavras-chaves: Responsabilidade Social Empresarial, frutas, hortaliças. Abstract The present research tried to identify the lines of direction and actions practical of the social responsibility in business and to identify practical which are being realized for the fruits and vegetables sector. 120 entrepreneurs had been interviewed - producers and exporters - of nine national chains (banana, potato, onion, citrus, papaya, mango, cantaloupe, tomato and grape) that they are part of the Hortifruti Project, of the Center of Advanced Studies in Applied Economy (Cepea), on to the Department of Economy, 1 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Administration and Agricultural Sociology of the Superior School of Agriculture "Luiz de Queiroz" (Esalq-USP). Of the interviewed ones, 81 had said to carry through social responsibility action in its properties, and the main focuses are employee and the environment. Although fruits and vegetables producers realize action for the well-common one of the chain and the Country, still lack the definition of the mission on the part of the companies. Key Words: Social responsibility in business, fruits, vegetables. 1. INTRODUÇÃO 1.1 Papel da empresas As propriedades rurais, assim como as empresas urbanas, são partes da sociedade em que estão inseridas e têm como responsabilidade observar os impactos que geram, como alterações no bem-estar humano e no meio ambiente. Ao atuar de forma socialmente responsável, a hortifruticultura contribui para o desenvolvimento sustentável da sociedade, evitando problemas futuros causados, por exemplo, por agressões ao ambiente, e do próprio setor. A sustentabilidade da hortifruticultura no longo prazo depende da integração entre os aspectos econômicos, sociais e ambientais da sociedade, devendo ser atribuídos pesos iguais para esses três itens. Se um deles estiver enfraquecido, não haverá equilíbrio sustentável em nenhuma das partes. Uma sociedade cujas condições são melhores tem força de trabalho mais capacitado, maior poder de consumo e meio ambiente conservado. O produtor que adota práticas para o desenvolvimento sustentável garante vários benefícios aos habitantes da região, à sua própria área agrícola e ao seu negócio, como aumento da qualidade de vida, conservação dos recursos naturais e a melhoria da imagem do produtor rural e do setor como um todo perante a sociedade. Construir esse cenário é um grande desafio. Os hortifruticultores deverão avaliar qual é o seu papel na sociedade em busca de um futuro melhor, gerenciar os recursos naturais e humanos de forma mais responsável dentro da sua propriedade, garantir a segurança do alimento aos seus consumidores e apoiar o bem-estar da sua comunidade local. A exigência por empresas socialmente responsáveis é cada vez maior, prioritariamente sobre as que atuam em escala global. As empresas hortifrutícolas ainda recebem pouca pressão da sociedade em geral, principalmente da brasileira. No caso específico das frutas, a maior cobrança vem do mercado externo. Hoje, muitas redes européias de supermercados já não se satisfazem em exigir uma fruta com algum selo de alimento seguro (Produção Integrada de Frutas - PIF, EurepGap ou Tesco), elas estão preocupadas se a empresa hortifrutícola mantém programas e ações de educação ambiental, ajuda os filhos dos seus funcionários, emprega grupos minoritários da sociedade e participa da comunidade local. Apesar de essas ações gerarem custos para a empresa, elas devem ser encaradas como investimento de longo prazo porque são formas de garantir o desenvolvimento sustentável da hortifruticultura brasileira. É importante que o setor se conscientize que o conceito de empresas rurais socialmente responsáveis veio para ficar e é uma evolução dos 2 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" desafios que o setor já está enfrentando atualmente por exigência do mercado – preços competitivos, qualidade e segurança do alimento. O objetivo deste trabalho é contribuir para a discussão deste conceito no setor rural, a partir de uma avaliação da responsabilidade social empresarial na hortifruticultura. 1.2 Aplicação do conceito de responsabilidade social na hortifruticultura Ao estudar responsabilidade social no setor hortifrutícola, o conceito que deve ser utilizado é o de responsabilidade social empresarial, visto que essa é uma organização econômica produtiva cujo objetivo consiste em gerar e maximizar lucros (McGUIGAM et al, 2004). O conceito de responsabilidade social empresarial começou a ser difundido no Brasil a partir de 1990 (BERNARDO, 2005), quando as Organizações NãoGovernamentais (ONGs) ampliaram a busca por soluções para as desigualdades sociais do País. Nesse primeiro momento, as ações tiveram um caráter mais filantrópico, mas não se pode confundir esse termo com responsabilidade social. Segundo o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, as ações de filantropia estão voltadas apenas para o ambiente externo da empresa, tendo como beneficiário principal à comunidade em suas diversas formas e organização. Já a responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona. Refere-se também ao estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. Outra discussão que se abre é se ao cumprir a legislação vigente no País a empresa já pode se considerar socialmente responsável. Mas o conceito de responsabilidade social empresarial, de acordo com Instituto Ethos, refere-se a ações que vão além das obrigações legais da empresa. Mesmo que a empresa respeite a legislação e realize ações para o bemestar de seus funcionários, da comunidade onde ela está instalada e do meio ambiente, ela ainda está a caminho da responsabilidade social, visto que esse é um processo sem fim. Com o desenvolvimento da sociedade, esse conceito passa por alterações e começa a englobar outros fatores. Atualmente, para a empresa ser considerada socialmente responsável, ela deve realizar, além das ações mencionadas acima, práticas que envolvam toda a sua cadeia, desde funcionários, até o consumidor, segundo Emílio Martos, gerente de mobilização do Instituto Ethos1. Com isso, mesmo que o produtor realize atitudes responsáveis, a imagem da cadeia pode ser prejudicada caso o seu fornecedor ou comprador não as realize. Isso implica ao empresário rural em mais cuidados ao selecionar os parceiros com os quais vai trabalhar. O consumidor é muito importante nesse contexto de responsabilidade social em cadeia, visto que ele tem o papel de valorizar as empresas socialmente responsáveis e penalizar as não responsáveis: adquirindo produtos de empresas preocupadas com o futuro da sociedade. Atualmente, não há uma lei que puna uma empresa que não é socialmente responsável. Na maioria das vezes, os institutos que hoje avaliam as empresas que estão inseridas nesse conceito fazem uma análise geral das suas ações e atribuem um índice: menor ou maior de responsabilidade social. Ainda não existe um índice para a hortifruticultura. 1 Entrevista oral realizada no dia 22 de fevereiro de 2007. 3 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" A grande demanda para que o setor hortifrutícola se enquadre nesse conceito de responsabilidade social vem dos mercados nacional e, sobretudo, internacional. O exportador brasileiro que quer comercializar o seu produto com grandes compradores internacionais deve se adequar aos selos e protocolos, que exigem do produtor atitudes socialmente responsáveis. Desde a intensificação do comércio externo de frutas e hortaliças, no final da década de 1990, o setor hortifrutícola vem enfrentado muita pressão quanto a preços competitivos, qualidade e alimento seguro. Este último, principalmente, é entendido como um dos caminhos para promover o desenvolvimento sustentável do setor. Certificados de Produção Integrada de Frutas (PIF), Eurepgap e Tesco, entre outros, já incorporam ações para tornar uma empresa socialmente responsável. O EurepGap é uma forma de incorporar as práticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e da produção integrada de cultura (PIC), consideradas essenciais para uma produção sustentável. Além desses itens abortados, outros itens do protocolo EurepGap são avaliados, sendo eles: rastreabilidade; manutenção de registros; estoques de sementes, mudas e variedades; histórico do local e gerenciamento local; gerenciamento do solo e dos substratos; uso de fertilizantes; irrigação; proteção ao cultivo; colheita, tratamento pós-colheita; gestão de resíduos e poluição, reciclagem e reuso; saúde do trabalhar, segurança e bem estar; questões ambientais e atendimento aos clientes. Respeitando esse protocolo, empresas produtoras já são capazes de demonstrar respeito as legislação nacional e internacional; confiança do consumidor na qualidade e segurança do alimento; redução dos impactos ambientais, conservando a natureza e a vida selvagem; redução do uso de agrotóxicos; maior eficiência no uso dos recursos naturais; responsabilidade com a saúde e segurança do trabalhador; treinamento e capacitação dos funcionários e demais envolvidos no processo produtivo; segurança alimentar e rastreabilidade. No Brasil, o programa oficial de qualificação da fruticultura é o Programa Integrado de Frutas (PIF). Baseado em seus princípios, o produtor que o adere já estará atuando de forma responsável, obtendo uma fruta de qualidade através da produção sustentada em sintonia com o ambiente, rastreabilidade do sistema, utilização de técnicas de manejo do solo com baixo impacto ambiental e menor uso de defensivos, preservando o meio ambiente e a saúde humana. Se todas as propriedades hortifrutícolas respeitassem as exigências para a aquisição desses certificados, já seria um grande avanço rumo a responsabilidade social do setor. No entanto, muitos produtores/exportadores ainda vêem essas ações como custo a mais no bolso, ao invés de um investimento que pode se converter em lucro, monetário e nãomonetário. 2. METODOLOGIA Inicialmente, a metodologia utilizada baseou-se em pesquisas bibliográficas e na Internet sobre assuntos relacionados ao tema do trabalho. Com base nessa pesquisa, foi possível identificar as diretrizes e ações da responsabilidade social empresarial. Para identificar as práticas socialmente responsáveis realizadas pelo setor hortifrutícola foram feitas entrevistas com empresários hortifrutícolas – produtores e exportadores - da rede de colaboradores do Projeto Hortifruti, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado ao Departamento de Economia, 4 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Administração e Sociologia Rural da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP). As entrevistas foram realizadas via telefone, entre os dias 12 e 16 de fevereiro de 2007, com 120 produtores/exportadores de nove cadeias nacionais (banana, batata, cebola, citros, mamão, manga, melão, tomate e uva) a respeito das práticas de responsabilidade social no setor hortifrutícola. As questões tiveram por finalidade pesquisar qual o percentual dos produtores que realizam algum tipo de atividade socialmente responsável no setor e, para aqueles que disseram praticar, quais eram as ações realizadas. Os resultados foram analisados e organizados em tabelas e gráficos, apresentados no item quatro. Por último, foram realizadas duas entrevistas com profissionais especializados no assunto. A primeira com Belenite Maria Frozza, consultora social do Grupo Labrunier, importante empresa do setor frutícola, para entender as modificações que uma empresa precisa realizar para se tornar socialmente responsável. A segunda entrevista foi realizada com o gerente de mobilização do Instituto Ethos, Emílio Martos, para entender de forma mais clara e objetiva a idealização e conceitos da responsabilidade social empresarial. 3. DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL A identificação das diretrizes da responsabilidade social foi realizada com base nas sete diretrizes apontadas no texto “Responsabilidade social empresarial para micro e pequenas empresas – Passo a passo”, escrito pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As ações práticas foram adaptadas da monografia de Juliana Velloso Durão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, intitulada “Perfil e Panorama Atual de Responsabilidade Social Empresarial: Uma análise da indústria paulista”, publicada em setembro de 2004. Segue abaixo as sete diretrizes que podem orientar a empresa a se tornar socialmente responsável: 1ª Adote valores e trabalhe com transparência: O passo inicial para se tornar uma empresa socialmente responsável é avaliar os seus valores éticos e transmiti-los aos seus públicos através de um documento formal. Além disso, a empresa tem que praticar o que ela se propõe e agir da forma mais transparente possível. Isso pode ajudar também a desenvolver relações comerciais mais sólidas, a reduzir o número de processos legais e a assegurar o cumprimento das leis. Ações práticas: • Crie e divulgue a missão da sua empresa, e identifique suas metas e aspirações. É importante incluir na sua missão não só aspirações como “ser a melhor empresa do ramo”, mas informar a todos qual é o papel que sua empresa quer desempenhar na sociedade. • A empresa deve criar um documento formal e de ampla divulgação a respeito da sua ética/conduta de relacionamento com clientes, colaboradores, parceiros e comunidade. É importante incluir neste documento princípios como honestidade, justiça, respeito ao próximo, integridade, lealdade e solidariedade. 5 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" 2ª Valorize empregados e colaboradores: É prioritário que a empresa cumpra as leis trabalhistas. Mas, essa obrigação não vai resultar em um diferencial para o seu empregado. É importante ir além. “Empresas que valorizam seus funcionários valorizam, na verdade, a si mesmas”, segundo o Instituto Ethos. Ações práticas: • É importante ter um canal de comunicação aberto com os funcionários. Crie um ambiente de trabalho que incentive os funcionários a trazer novas idéias e opiniões sobre a empresa. Valorize também um ambiente de trabalho adequado e higiênico. • Contrate e promova pessoas com experiências e perspectivas diferentes. Além disso, diversifique na seleção de funcionários. Inclua no quadro de pessoas grupos minoritários, como portadores de deficiência, ex-detentos, afrodescendentes e pessoas com mais de 45 anos. • Ofereça treinamento, incentive e recompense o desenvolvimento de talentos. • Estabeleça diretriz contra o abuso sexual. • Informe aos funcionários o desempenho da empresa. Crie um programa de participação nos lucros. • Evite demissões. Antes de demitir um funcionário identifique outras alternativas. Mas, quando necessário, reduza o pessoal com dignidade e crie programas de recolocação e requalificação profissional. • Preserve a saúde e o bem-estar dos funcionários e dos seus familiares. Planos de saúde, estímulo a práticas esportivas, programas de combate ao fumo e ajuda a dependentes químicos são algumas iniciativas. • Apóie a educação dos empregados e de seus familiares. Crie programas de alfabetização, qualificação e ajude a colocar os filhos de seus funcionários na escola. 3a Faça sempre mais pelo meio ambiente: O produtor deve se informar e cumprir toda a legislação ambiental, com destaque para o uso da água (ortoga), para a proteção de matas ciliares e de reserva legal. Se puder, vá além de suas obrigações. Não só a sociedade se beneficia com essas atitudes, mas a propriedade rural que depende dos recursos naturais como insumo básico para a sua sobrevivência. Ações práticas: • Estabeleça compromissos e padrões ambientais para sua empresa que incluam metas formais, além de um monitoramento periódico sobre o impacto do seu empreendimento sobre o meio ambiente. • Motive os funcionários a preservar a natureza através de programas de educação ambiental. • Evite produtos que geram resíduos ao meio ambiente. • Estabeleça uma política ecológica de compras. • Reduza o uso de produtos tóxicos e promova o descarte seguro de substâncias tóxicas. • Ações simples dentro da própria empresa e na comunidade local podem repercutir em resultado positivo ambiental: coleta seletiva do lixo 6 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" (reciclando o que for possível), plantio de árvores e o incentivo à economia de água, papel e energia. 4a Envolva parceiros e fornecedores: É importante incentivar os seus parceiros e fornecedores a se tornarem empresas socialmente responsáveis. Dê preferência a trabalhar com empresas que tenham os mesmos valores éticos e ações sociais semelhantes às suas. Ações práticas: • Exija o cumprimento da legislação trabalhista, ambiental, previdenciária e fiscal. Isso poderá estar registrado no contrato comercial entre sua empresa e o parceiro/fornecedor. • O parceiro/fornecedor não pode contratar crianças e nem utilizar práticas de discriminação ética, sexual, religiosa ou física no ambiente de trabalho. • Exija uma conduta de concorrência legal, isenta de práticas consideradas abuso de poder econômico. • Convide o fornecedor/parceiro para se engajar em ações sociais conjuntas com o seu empreendimento. 5a Proteja clientes e consumidores: Outro passo é adotar técnicas de Produção Integrada de Frutas (PIF) e, se possível, ter alguma certificação de alimento seguro. É importante ter a certeza de que esse produto que saiu da sua propriedade não sofra nenhuma contaminação ou qualquer outro processo até o seu destino final que possa apresentar risco à saúde e à imagem da sua empresa junto ao consumidor. Além disso, é importante tentar entender as necessidades do consumidor e satisfazê-las. Ações práticas: • Ouça as manifestações e realize pesquisas de opinião entre os clientes. • Procure oportunidades comerciais alternativas, como atender nichos de mercado: orgânicos e produtos certificados através do Fair Trade (Comércio Justo). • Promova o uso de seu produto com segurança e responsabilidade. • Ofereça informações específicas, corretas e justas do seu produto. • Proíba o uso de técnicas comerciais antiéticas. 6a Promova a comunidade: É importante à empresa identificar os problemas da comunidade e tentar soluções em conjunto. As ações da empresa na comunidade são a principal referência da sua preocupação com a sociedade já que atingem pessoas que não estão diretamente ligadas ao seu empreendimento e ao resultado financeiro. Ações práticas: • Ofereça apoio às escolas locais e crie possibilidade de estágio. • Contrate serviços oferecidos por organizações comunitárias ou fornecedores locais. • Ofereça seu conhecimento e experiência; incentive também os seus funcionários a se tornarem voluntários, engajando em algum projeto comunitário. Um exemplo é implantar uma horta comunitária. • Faça doações ou empréstimos de equipamentos da sua empresa, ou de espaço, para projetos comunitários. 7 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" 7a Comprometa-se com o bem comum: As diretrizes anteriores já demonstram resultados em prol do bem comum. Mas, é importante que o empresário se comprometa em ações que não sejam simplesmente marketing para diferenciar o seu produto junto ao consumidor final. É preciso que o empresário tenha ações que decisivamente contribuam para o desenvolvimento de sua região e do País. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Tratar da sustentabilidade da hortifruticultura a partir de ferramentas de gestão de responsabilidade social não significa mudança do sistema de produção, mas uma evolução do conceito de alimento seguro por parte das propriedades. As certificações de alimento seguro já incorporam o respeito ambiental e social na produção dos alimentos, além do principal: a garantia de uma produção que não acarreta riscos à saúde do consumidor. As empresas já certificadas que desejam evoluir para se tornar socialmente responsáveis devem, antes de tudo, escrever a missão do empreendimento e divulgá-la para a sociedade e para toda a sua rede de relacionamento: fornecedores, funcionários, família dos funcionários, compradores, parceiros e consumidores. Grande parte dos empresários que realizam ações socialmente responsáveis o faz para se enquadrar nas exigências do seu comprador, ou por uma questão comercial – estratégia de marketing. Mas ao fazer isso a empresa não pode se considerar dentro do conceito de responsabilidade social. Quando esse mesmo agente almeja ter um negócio socialmente responsável, ele tem que avaliar a conduta de sua empresa perante a sociedade. O primeiro passo é avaliar qual é o papel que seu empreendimento quer desempenhar na sociedade e quais serão suas ações para melhorar o bem-estar da sua comunidade e do País. A partir dessa consciência e da divulgação de sua missão e valores para toda a sua rede de relacionamento, a empresa pode dar os próximos passos para se tornar socialmente responsável. O presente trabalho, o qual realizou uma pesquisa com 120 produtores e exportadores, proprietários de empresas dos setores de banana, batata, cebola, citros, mamão, manga, melão, tomate e uva, no mês de fevereiro de 2007, revelou alguns aspectos interessantes sobre o tema. Dentre os entrevistados, 88 disseram conhecer o tema responsabilidade social e 81, declararam realizar atividades socialmente responsáveis em suas propriedades. Dos alvos das ações socialmente responsáveis do setor, funcionários e meio ambiente são os que recebem mais atenção dos empresários rurais. De acordo com pesquisas bibliográficas e entrevista com Emílio Martos, gerente de mobilização do Instituto Ethos, ao realizar essas ações, o produtor já está a caminho de uma gestão socialmente responsável, mesmo que ainda de forma incompleta. Entretanto, com base na amostra dos entrevistados, os produtores hortifrutícolas ainda não dão a mesma importância para ações responsáveis direcionadas a outros públicos: comunidade local, consumidor e fornecedores/parceiros. Além disso, grande parte de suas ações está centrada em respeitar os protocolos da Produção Integrada e as legislações ambiental e trabalhista, prioritariamente. Mesmo quando se trata de ações voltadas à comunidade local, as atividades não se refletem em contribuições efetivas para o desenvolvimento sustentável da comunidade. A grande maioria doa alimentos e colabora com entidades assistenciais. Seria importante ter um foco menos assistencialista com a comunidade local e uma atitude mais ativa: criar 8 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" projetos que geram oportunidades de uma melhoria de qualidade de vida dos moradores, como apoio ao ensino em escolas locais. Para saber quais os tipos de ações responsáveis que devem ser realizados em determinada comunidade é necessário, antes de tudo, saber quais os problemas de cunho social existem lá. Isso é feito a partir da identificação das necessidades básicas não satisfeitas desse coletivo. A necessidade básica é toda função humana que preserve a vida, desde a alimentação, educação, trabalho, saúde, moradia, lazer, até a consciência política e social. O problema social resulta da ausência de solução no campo das necessidades básicas de uma comunidade. Assim, para que haja desenvolvimento local, é necessário que os problemas sociais sejam sanados. Quando questionados sobre o retorno dessas ações em prol da responsabilidade social, 64% dos entrevistados que praticam responsabilidade social disseram fazer por satisfação pessoal, pois quando o funcionário trabalha feliz o retorno é maior. Além disso, tomando os cuidados necessários com o meio ambiente, os recursos naturais serão preservados, contribuindo para a sua produção no longo prazo. Em segundo lugar, com 25%, foi destacada a exigência de mercado. A qual ocorre em maior grau pelo mercado externo para os produtores de banana, mamão, manga, melão e uva. Para os produtos hortícolas, as exigências vêm de dentro do próprio País. Em terceiro e quarto lugar ficaram as opções “construir marca própria” e “não vê retorno”, com 6% e 4%, respectivamente. Além dessas opções, outros retornos foram citados, como, por exemplo, proteger as gerações futuras, maior comprometimento dos funcionários e, conseqüentemente, maior produtividade, menor ocorrência de acidentes dentro das empresas rurais, evitar problemas com o governo, redução de custos com o uso consciente de água e insumos, se adequar dentro dos padrões exigidos pela Produção Integrada de Frutas (PIF) e ter a consciência tranqüila. Algumas das respostas, como evitar problemas com o governo, demonstram que apesar de 88 dos 120 entrevistados dizerem saber o que é responsabilidade social, na realidade, ainda há uma confusão muito grande entre esse conceito e obrigação da empresa; cumprimento da legislação. Tabela 1 - Práticas de responsabilidade social nas empresas hortifrutícolas. Foco das ações* AÇÕES SOCIAIS DAS EMPRESAS HORTIFRUTÍCOLAS** Carteira registrada, moradia, assistência médica, churrasco, treinamentos, locais apropriados para refeitórios e sanitários, 1º Funcionários incentivo à educação, seguro de vida, plano de saúde, fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), bonificação para os funcionários e divisão de lucros, programas de prevenção a acidentes, transporte, previdência privada. Proteção à Reserva Legal (RL) e à Área de Preservação Permanente (APP), devolução das embalagens e descarte de lixo agrário em lugares pré-definidos, economia no uso da água com irrigação em gotejamento, proteção de nascentes, uso racional de defensivos 1º Meio agrícolas, respeito às normas do Ibama, reflorestamento e proteção Ambiente de mananciais, obtenção de outorga para o uso da água de rio, controle dos produtos químicos para que não agridam o meio ambiente, controle biológico de pragas, proibição de caça e pesca, incentivo ao uso de combustíveis renováveis, respeito à lei orgânica e municipal da região, parceria com ONGs que fornecem mudas 9 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" para reflorestamento. Ajuda à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), asilos, creches e igrejas; doações do excedente da produção; 2° Comunidade contribuição para eventos com crianças e jovens; patrocínio de atividades esportivas, doação de computadores, roupas, calçados e alimentos, trabalho voluntário e geração de emprego na comunidade, participação do projeto Amigos da Escola e em programas sociais contra drogas nas escolas públicas. 3º Família dos Plano médico, moradia, creches, auxílio à maternidade, festas de funcionários confraternização, compra de material escolar e cesta básica. Rastreabilidade dos insumos utilizados na produção, combate ao Outros: trabalho infantil; segue as normas da Produção Integrada de Frutas 4º Parceiros/ (PIF); faz pesquisas sobre a cultura com a qual trabalha e divulga os clientes e resultados para os seus parceiros ou outros produtores, visando à consumidores. melhoria da produção; exige nota fiscal, contribuindo para a arrecadação de impostos. Fonte: Elaborado pelas autoras. A amostra compreende os 81 entrevistados que responderam aplicar ações socialmente responsáveis em suas propriedades. *Ranking das ações/públicos-alvo mais citadas pelos entrevistados. **Principais ações socialmente responsáveis de acordo com os entrevistados. Apesar de ter sido entrevistado um número maior de empresários rurais no Sudeste, foi observado na pesquisa que as medidas socialmente responsáveis são realizadas com mais freqüência por empresários localizados na região Nordeste do País. Naquela região, 93% dos entrevistados disseram realizar ações de responsabilidade social, enquanto no Sudeste a parcela foi de 56% e no Sul, de 76% (Gráfico 1). A maior porcentagem no Nordeste se deve basicamente ao fato de a maior parte da produção da região ser frutas e voltadas ao mercado externo. Mais de 90% dos entrevistados do Nordeste aplicam ações socialm ente responsáveis em suas propriedades 120 100 80 60 40 20 0 70 27 39 25 Nordeste 21 Sudeste 16 Sul Entrevistados por região Entrevistados por região que realizam ações socialmente responsáveis Fonte: Elaborado pelas autoras. Gráfico 1. Práticas socialmente responsáveis por região entrevistada. 10 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Os importadores exigem que os vendedores nacionais, que almejam comercializar com aquele mercado, estejam adequados as normas de certificação, exigindo algumas atitudes socialmente responsáveis quanto à produção responsável, como produtos de qualidade e ecologicamente corretos e práticas para garantir o bem-comum da cadeia e do País. Tal fato demonstra que a responsabilidade social empresarial também é atualmente um fator de competitividade para o setor, principalmente no exterior. As exigências por certificações no Nordeste, especificamente no eixo Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), Livramento de Nossa Senhora (BA), Mossoró (RN), oeste e sul da Bahia, regiões produtoras de uva, manga, melão e mamão, vem se intensificando a cada ano. Barreiras não tarifárias são impostas por países importadores, forçando os exportadores nordestinos a se adequarem às normas fitossanitárias, à quantidade máxima de defensivos permitida e respeitando os períodos de carência do uso de agrotóxicos e demais químicos. Todas essas exigências surgem dentro dos próprios selos de certificação como, por exemplo, o Protocolo Europeu de Boas Práticas Agrícolas (EurepGag), o mais utilizado no País e que possibilita abrir novas fronteiras de comercialização. Além das frutas, batata e cebola também entraram nessa estatística, porém as exigências vieram de outro mercado: o nacional. A grande demanda vem, principalmente, das grandes redes varejistas. O mercado interno passou a atuar de forma mais presente nos últimos cinco anos, requisitando produtos seguros a saúde humana, de boa qualidade física e sabor, além dos cuidados com o meio ambiente, não degradando as matas ciliares, não poluindo os rios e usando de forma racional os recursos naturais. Quando analisado os dados separadamente, as propriedades empresariais voltadas à produção de hortícolas e aquelas voltadas à produção de frutas, não foi possível verificar uma grande diferenciação quanto ao maior ou menor grau de ações socialmente responsáveis em cada uma dessas áreas. Cada um dos setores, visando os seus respectivos mercados, seja o nacional ou internacional, buscam de forma similar se adequarem às necessidades e exigências desses mercados. Do total dos entrevistados no setor hortícola, produtores de batata, cebola e tomate, 71% disseram realizar atividades socialmente responsáveis em suas empresas rurais (Gráfico 2). Em se tratando do setor frutícola, produtores de banana, citros, mamão, manga, melão e uva, essa percentagem foi de 65% (Gráfico 3), não havendo grande diferenciação entre esses dois setores de produção. 11 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" 71% dos entrevistados realizam ações socialmente responsáveis em suas propriedades 120 100 80 48 60 34 40 20 0 Hortícolas Horticultores entrevistados Horticultores entrevistados que praticam responsabilidade social na sua propriedade Fonte: Elaborado pelas autoras. Gráfico 2 - Práticas socialmente responsáveis na horticultura. 65% dos fruticultores realizam ações de responsabilidade social em suas propriedades 120 100 80 60 40 20 0 72 47 Frutas Fruticultores entrevistados Fruticultores entrevistados que praticam responsabilidade social na sua propriedade Fonte: Elaborado pelas autoras. Gráfico 3 - Práticas socialmente responsáveis na fruticultura. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar das muitas dúvidas e incertezas existentes sobre a responsabilidade social empresarial, em pesquisa realizada com 120 empresários – produtores e exportadores -, foi possível verificar que mais da metade dos entrevistados já se encontram no caminho para realizar ações socialmente responsáveis e dizem ter algum conhecimento sobre o assunto. 12 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" Essas atitudes dos empresários rurais foram tomadas, principalmente, devido às exigências dos mercados nacionais e internacionais. No mercado nacional, a busca por produtos seguros, saudáveis, livres de defensivos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, ganhou grande impulso por causa das grandes redes varejistas. No mercado internacional, as exigências já estão inclusas nos próprios selos de certificação exigidos nas negociações, como o EurepGap. Nesse, além da preservação ambiental e da saúde humana, o respeito e o cuidado com os funcionários, suas famílias e com os direitos da criança, são de grande importância. Em análise mais detalhada por região produtora, verificou que no Nordeste o percentual dos empresários que realizam atividades socialmente responsáveis foi maior quando comparado com as regiões Sul e Sudeste. Tal fato é explicado pela maior exigência do mercado exportador, através dos protocolos de certificação, exigindo dos produtores e exportadores maior conhecimento sobre o assunto. Aqueles que desejam permanecer no mercado externo, garantindo sua competitividade, devem se adequar a todas essas exigências internacionais. Os que não o fizerem, provavelmente cada vez mais terão dificuldade em manter sua cadeia de comercialização. Quando separado o setor hortícola do frutícola, pouca diferença pôde ser notada com relação às atividades socialmente responsáveis. A percentagem obtida na pesquisa foi similar nos dois setores, mostrando que a hortifruticultura, envolvendo especificamente na pesquisa as cadeias da cebola, banana, batata, citros, mamão, manga, melão, tomate e uva, caminha para atender os requisitos da responsabilidade social empresarial. Contudo, muito ainda precisa ser levado em consideração pelos empresários – produtores e exportadores –, e não apenas funcionários e meio ambiente. Determinar seus valores e sua missão é um item ainda pouco explorado pelos entrevistados e de fundamental importância para a empresa que deseja se enquadrar no conceito de responsabilidade social empresarial. Além disso, saber a missão da empresa ajuda o planejamento estratégico, visto que quando o empreendimento sabe exatamente onde quer chegar, o caminho para esse objetivo pode ser traçado com mais clareza e com maior chance de acerto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALIGLERI, L. Responsabilidade Social na Cadeia Logística: Uma Visão Integrada para o Incremento da Competitividade. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/docs/comunidade_academica/premio_ethos_valor/trabalhos/140 _Lilian_Aligleri.doc>. Acesso em: 06 de fevereiro de 2007. BERNARDO, D.C.R.. Investimentos em responsabilidade social: Um estudo dos balanços sociais publicados pelas sociedades anônimas de capital aberto no Brasil. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG. 2005. DORNELAS, M.A. Responsabilidade social versus filantropia empresarial: um estudo de caso na cadeia automobilística de Minas Gerais. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG. 2005. DURÃO, J.V.. Perfil e Panorama Atual de Responsabilidade Social Empresarial: Uma análise da indústria paulista. Monografia – Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ. 2004. Disponível em: 13 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" <http://www.ie.ufrj.br/gema/pdfs/perfil_e_panorama_atual_da_responsabilidade_social_e mpresarial.pdf>. Acesso em: 06 de fevereiro de 2007. INSTITUTO ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESAS. Critérios de Responsabilidade Social Empresarial e seus mecanismos de indução no Brasil. Disponível em: < http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/criterios_essenciais_web.pdf>. Acesso em: 08 de fevereiro de 2007. INSTITUTO ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESAS. Os novos desafios da responsabilidade social empresarial. 2003. Disponível em: Acesso em: 09 de fevereiro de 2007. INSTITUTO ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESAS E SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). Responsabilidade social empresarial para micro e pequenas empresas. Ano 2 – n°5 – julho 2001. Disponível em: Acesso em: 09 de fevereiro de 2007. INSTITUTO ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESAS. Guia de elaboração de relatório e balanço anual de responsabilidade social empresarial. São Paulo: Instituto Ethos, versão 2001. McGUIGAM, J.R.; MOYER, R.C.; HARRIS, F.H.B. Economia de Empresas – Aplicações, estratégias e táticas. São Paulo. Pioneira Thomson Learning, 2004. 446p. SILVA, R.C.; VITTI, A.. Responsabilidade Social Empresarial – Fazer o bem dá frutos. Revista Hortifruti Brasil. Piracicaba, nº 55, pág. 06 – 11, março de 2007. SIQUEIRA, E.S.; SPEARS, V.R.E.. As organizações e a responsabilidade social: revendo conceitos e construindo desafios. In: Gestão de negócios entre o social e o administrativo. Org. Elisabete Stradiotto Siqueira e Valéria Rueda Elias Spers. São Paulo: Edições O.L.M., 2004. YOUNG, R.. Gestão da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável. Disponível em: <http://www.uniethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3888&Alias=uniethos&Lang=p t-BR>. Acesso em: 06 de fevereiro de 2007. 14 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" ANEXO 15 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" QUESTIONÁRIO: RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL Obs: Entrevista realizada com produtores ou exportadores proprietários de fazendo e/ou empresa rural Produto comercializado: Nome do produtor/exportador: Região de produção: 1- O senhor sabe o que é Responsabilidade Social? ( ) Sim ( ) Não Se o entrevistado responder que não sabe o que é responsabilidade social, não precisa fazer as demais perguntas. 2- Na opinião do senhor, o que esse termo significa? _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 3- O senhor faz alguma ação socialmente responsável na sua fazenda? Porquê? ( ) Sim ( ) Não _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 3.1 – Qual o seu foco e qual ação é realizada? ( ) funcionário ____________________________________________________________ ( ) família do funcionário ___________________________________________________ 16 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural XLV CONGRESSO DA SOBER "Conhecimentos para Agricultura do Futuro" ( ) comunidade____________________________________________________________ ( ) meio ambiente__________________________________________________________ ( ) Outros _______________________________________________________________ Se o entrevistado responder que não, pare por aqui. 3.1- A ação foi voluntária ou obrigatória? Se obrigatória, quem obrigou? _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 4- Qual o retorno dessa ação? A ( ) faço por exigência do mercado (externo e interno – varejo) B ( ) estou construindo marca própria, e essa atitude valorizou essa marca perante o consumidor. C ( ) satisfação pessoal. D ( ) não vejo retorno. E- Outros _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 17 Londrina, 22 a 25 de julho de 2007, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural