XLV CONGRESSO DA SOBER
"Conhecimentos para Agricultura do Futuro"
DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL NO SETOR
HORTIFRUTÍCOLA
RAFAELA CRISTINA DA SILVA; ALINE VITTI; MARGARETE BOTEON.
CEPEA/ESALQ-USP, PIRACICABA, SP, BRASIL.
[email protected]
APRESENTAÇÃO ORAL
AGRICULTURA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
NO SETOR HORTIFRUTÍCOLA
Grupo de Pesquisa: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Resumo
O presente trabalho buscou identificar as diretrizes e ações práticas da
responsabilidade social empresarial e identificar as práticas que estão sendo realizadas pelo
setor hortifrutícola. Foram entrevistados 120 empresários – produtores e exportadores – de
nove cadeias nacionais (banana, batata, cebola, citros, mamão, manga, melão, tomate e
uva) que fazem parte do Projeto Hortifruti, do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea), ligado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Rural da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP). Dos
entrevistados, 81 disseram realizar ações de responsabilidade social em suas propriedades,
e os principais focos são funcionários e o meio ambiente. Apesar de hortifruticultores
realizarem ações para o bem-comum da cadeia e do País, ainda falta a definição da missão
por parte das empresas.
Palavras-chaves: Responsabilidade Social Empresarial, frutas, hortaliças.
Abstract
The present research tried to identify the lines of direction and actions practical of
the social responsibility in business and to identify practical which are being realized for
the fruits and vegetables sector. 120 entrepreneurs had been interviewed - producers and
exporters - of nine national chains (banana, potato, onion, citrus, papaya, mango,
cantaloupe, tomato and grape) that they are part of the Hortifruti Project, of the Center of
Advanced Studies in Applied Economy (Cepea), on to the Department of Economy,
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Londrina, 22 a 25 de julho de 2007,
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
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Administration and Agricultural Sociology of the Superior School of Agriculture "Luiz de
Queiroz" (Esalq-USP). Of the interviewed ones, 81 had said to carry through social
responsibility action in its properties, and the main focuses are employee and the
environment. Although fruits and vegetables producers realize action for the well-common
one of the chain and the Country, still lack the definition of the mission on the part of the
companies.
Key Words: Social responsibility in business, fruits, vegetables.
1. INTRODUÇÃO
1.1 Papel da empresas
As propriedades rurais, assim como as empresas urbanas, são partes da sociedade
em que estão inseridas e têm como responsabilidade observar os impactos que geram,
como alterações no bem-estar humano e no meio ambiente. Ao atuar de forma socialmente
responsável, a hortifruticultura contribui para o desenvolvimento sustentável da sociedade,
evitando problemas futuros causados, por exemplo, por agressões ao ambiente, e do
próprio setor.
A sustentabilidade da hortifruticultura no longo prazo depende da integração entre
os aspectos econômicos, sociais e ambientais da sociedade, devendo ser atribuídos pesos
iguais para esses três itens. Se um deles estiver enfraquecido, não haverá equilíbrio
sustentável em nenhuma das partes.
Uma sociedade cujas condições são melhores tem força de trabalho mais
capacitado, maior poder de consumo e meio ambiente conservado. O produtor que adota
práticas para o desenvolvimento sustentável garante vários benefícios aos habitantes da
região, à sua própria área agrícola e ao seu negócio, como aumento da qualidade de vida,
conservação dos recursos naturais e a melhoria da imagem do produtor rural e do setor
como um todo perante a sociedade.
Construir esse cenário é um grande desafio. Os hortifruticultores deverão avaliar
qual é o seu papel na sociedade em busca de um futuro melhor, gerenciar os recursos
naturais e humanos de forma mais responsável dentro da sua propriedade, garantir a
segurança do alimento aos seus consumidores e apoiar o bem-estar da sua comunidade
local.
A exigência por empresas socialmente responsáveis é cada vez maior,
prioritariamente sobre as que atuam em escala global. As empresas hortifrutícolas ainda
recebem pouca pressão da sociedade em geral, principalmente da brasileira. No caso
específico das frutas, a maior cobrança vem do mercado externo. Hoje, muitas redes
européias de supermercados já não se satisfazem em exigir uma fruta com algum selo de
alimento seguro (Produção Integrada de Frutas - PIF, EurepGap ou Tesco), elas estão
preocupadas se a empresa hortifrutícola mantém programas e ações de educação ambiental,
ajuda os filhos dos seus funcionários, emprega grupos minoritários da sociedade e participa
da comunidade local.
Apesar de essas ações gerarem custos para a empresa, elas devem ser encaradas
como investimento de longo prazo porque são formas de garantir o desenvolvimento
sustentável da hortifruticultura brasileira. É importante que o setor se conscientize que o
conceito de empresas rurais socialmente responsáveis veio para ficar e é uma evolução dos
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desafios que o setor já está enfrentando atualmente por exigência do mercado – preços
competitivos, qualidade e segurança do alimento. O objetivo deste trabalho é contribuir
para a discussão deste conceito no setor rural, a partir de uma avaliação da
responsabilidade social empresarial na hortifruticultura.
1.2 Aplicação do conceito de responsabilidade social na hortifruticultura
Ao estudar responsabilidade social no setor hortifrutícola, o conceito que deve ser
utilizado é o de responsabilidade social empresarial, visto que essa é uma organização
econômica produtiva cujo objetivo consiste em gerar e maximizar lucros (McGUIGAM et
al, 2004).
O conceito de responsabilidade social empresarial começou a ser difundido no
Brasil a partir de 1990 (BERNARDO, 2005), quando as Organizações NãoGovernamentais (ONGs) ampliaram a busca por soluções para as desigualdades sociais do
País. Nesse primeiro momento, as ações tiveram um caráter mais filantrópico, mas não se
pode confundir esse termo com responsabilidade social.
Segundo o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, as ações de
filantropia estão voltadas apenas para o ambiente externo da empresa, tendo como
beneficiário principal à comunidade em suas diversas formas e organização. Já a
responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e
transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona. Refere-se
também ao estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento
sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações
futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
Outra discussão que se abre é se ao cumprir a legislação vigente no País a empresa
já pode se considerar socialmente responsável. Mas o conceito de responsabilidade social
empresarial, de acordo com Instituto Ethos, refere-se a ações que vão além das obrigações
legais da empresa. Mesmo que a empresa respeite a legislação e realize ações para o bemestar de seus funcionários, da comunidade onde ela está instalada e do meio ambiente, ela
ainda está a caminho da responsabilidade social, visto que esse é um processo sem fim.
Com o desenvolvimento da sociedade, esse conceito passa por alterações e começa
a englobar outros fatores. Atualmente, para a empresa ser considerada socialmente
responsável, ela deve realizar, além das ações mencionadas acima, práticas que envolvam
toda a sua cadeia, desde funcionários, até o consumidor, segundo Emílio Martos, gerente
de mobilização do Instituto Ethos1.
Com isso, mesmo que o produtor realize atitudes responsáveis, a imagem da cadeia
pode ser prejudicada caso o seu fornecedor ou comprador não as realize. Isso implica ao
empresário rural em mais cuidados ao selecionar os parceiros com os quais vai trabalhar. O
consumidor é muito importante nesse contexto de responsabilidade social em cadeia, visto
que ele tem o papel de valorizar as empresas socialmente responsáveis e penalizar as não
responsáveis: adquirindo produtos de empresas preocupadas com o futuro da sociedade.
Atualmente, não há uma lei que puna uma empresa que não é socialmente
responsável. Na maioria das vezes, os institutos que hoje avaliam as empresas que estão
inseridas nesse conceito fazem uma análise geral das suas ações e atribuem um índice:
menor ou maior de responsabilidade social. Ainda não existe um índice para a
hortifruticultura.
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Entrevista oral realizada no dia 22 de fevereiro de 2007.
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A grande demanda para que o setor hortifrutícola se enquadre nesse conceito de
responsabilidade social vem dos mercados nacional e, sobretudo, internacional. O
exportador brasileiro que quer comercializar o seu produto com grandes compradores
internacionais deve se adequar aos selos e protocolos, que exigem do produtor atitudes
socialmente responsáveis.
Desde a intensificação do comércio externo de frutas e hortaliças, no final da
década de 1990, o setor hortifrutícola vem enfrentado muita pressão quanto a preços
competitivos, qualidade e alimento seguro. Este último, principalmente, é entendido como
um dos caminhos para promover o desenvolvimento sustentável do setor.
Certificados de Produção Integrada de Frutas (PIF), Eurepgap e Tesco, entre outros,
já incorporam ações para tornar uma empresa socialmente responsável. O EurepGap é uma
forma de incorporar as práticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e da produção
integrada de cultura (PIC), consideradas essenciais para uma produção sustentável. Além
desses itens abortados, outros itens do protocolo EurepGap são avaliados, sendo eles:
rastreabilidade; manutenção de registros; estoques de sementes, mudas e variedades;
histórico do local e gerenciamento local; gerenciamento do solo e dos substratos; uso de
fertilizantes; irrigação; proteção ao cultivo; colheita, tratamento pós-colheita; gestão de
resíduos e poluição, reciclagem e reuso; saúde do trabalhar, segurança e bem estar;
questões ambientais e atendimento aos clientes.
Respeitando esse protocolo, empresas produtoras já são capazes de demonstrar
respeito as legislação nacional e internacional; confiança do consumidor na qualidade e
segurança do alimento; redução dos impactos ambientais, conservando a natureza e a vida
selvagem; redução do uso de agrotóxicos; maior eficiência no uso dos recursos naturais;
responsabilidade com a saúde e segurança do trabalhador; treinamento e capacitação dos
funcionários e demais envolvidos no processo produtivo; segurança alimentar e
rastreabilidade.
No Brasil, o programa oficial de qualificação da fruticultura é o Programa
Integrado de Frutas (PIF). Baseado em seus princípios, o produtor que o adere já estará
atuando de forma responsável, obtendo uma fruta de qualidade através da produção
sustentada em sintonia com o ambiente, rastreabilidade do sistema, utilização de técnicas
de manejo do solo com baixo impacto ambiental e menor uso de defensivos, preservando o
meio ambiente e a saúde humana.
Se todas as propriedades hortifrutícolas respeitassem as exigências para a aquisição
desses certificados, já seria um grande avanço rumo a responsabilidade social do setor. No
entanto, muitos produtores/exportadores ainda vêem essas ações como custo a mais no
bolso, ao invés de um investimento que pode se converter em lucro, monetário e nãomonetário.
2. METODOLOGIA
Inicialmente, a metodologia utilizada baseou-se em pesquisas bibliográficas e na
Internet sobre assuntos relacionados ao tema do trabalho. Com base nessa pesquisa, foi
possível identificar as diretrizes e ações da responsabilidade social empresarial.
Para identificar as práticas socialmente responsáveis realizadas pelo setor
hortifrutícola foram feitas entrevistas com empresários hortifrutícolas – produtores e
exportadores - da rede de colaboradores do Projeto Hortifruti, do Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado ao Departamento de Economia,
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Administração e Sociologia Rural da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(Esalq-USP).
As entrevistas foram realizadas via telefone, entre os dias 12 e 16 de fevereiro de
2007, com 120 produtores/exportadores de nove cadeias nacionais (banana, batata, cebola,
citros, mamão, manga, melão, tomate e uva) a respeito das práticas de responsabilidade
social no setor hortifrutícola.
As questões tiveram por finalidade pesquisar qual o percentual dos produtores que
realizam algum tipo de atividade socialmente responsável no setor e, para aqueles que
disseram praticar, quais eram as ações realizadas. Os resultados foram analisados e
organizados em tabelas e gráficos, apresentados no item quatro.
Por último, foram realizadas duas entrevistas com profissionais especializados no
assunto. A primeira com Belenite Maria Frozza, consultora social do Grupo Labrunier,
importante empresa do setor frutícola, para entender as modificações que uma empresa
precisa realizar para se tornar socialmente responsável. A segunda entrevista foi realizada
com o gerente de mobilização do Instituto Ethos, Emílio Martos, para entender de forma
mais clara e objetiva a idealização e conceitos da responsabilidade social empresarial.
3. DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
A identificação das diretrizes da responsabilidade social foi realizada com base nas
sete diretrizes apontadas no texto “Responsabilidade social empresarial para micro e
pequenas empresas – Passo a passo”, escrito pelo Instituto Ethos de Empresas e
Responsabilidade Social em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae).
As ações práticas foram adaptadas da monografia de Juliana Velloso Durão, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, intitulada “Perfil e Panorama Atual de
Responsabilidade Social Empresarial: Uma análise da indústria paulista”, publicada em
setembro de 2004.
Segue abaixo as sete diretrizes que podem orientar a empresa a se tornar
socialmente responsável:
1ª Adote valores e trabalhe com transparência: O passo inicial para se tornar uma
empresa socialmente responsável é avaliar os seus valores éticos e transmiti-los aos seus
públicos através de um documento formal. Além disso, a empresa tem que praticar o que
ela se propõe e agir da forma mais transparente possível. Isso pode ajudar também a
desenvolver relações comerciais mais sólidas, a reduzir o número de processos legais e a
assegurar o cumprimento das leis.
Ações práticas:
• Crie e divulgue a missão da sua empresa, e identifique suas metas e
aspirações. É importante incluir na sua missão não só aspirações como “ser
a melhor empresa do ramo”, mas informar a todos qual é o papel que sua
empresa quer desempenhar na sociedade.
• A empresa deve criar um documento formal e de ampla divulgação a
respeito da sua ética/conduta de relacionamento com clientes,
colaboradores, parceiros e comunidade. É importante incluir neste
documento princípios como honestidade, justiça, respeito ao próximo,
integridade, lealdade e solidariedade.
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2ª Valorize empregados e colaboradores: É prioritário que a empresa cumpra as leis
trabalhistas. Mas, essa obrigação não vai resultar em um diferencial para o seu empregado.
É importante ir além. “Empresas que valorizam seus funcionários valorizam, na verdade, a
si mesmas”, segundo o Instituto Ethos.
Ações práticas:
• É importante ter um canal de comunicação aberto com os funcionários. Crie
um ambiente de trabalho que incentive os funcionários a trazer novas idéias
e opiniões sobre a empresa. Valorize também um ambiente de trabalho
adequado e higiênico.
• Contrate e promova pessoas com experiências e perspectivas diferentes.
Além disso, diversifique na seleção de funcionários. Inclua no quadro de
pessoas grupos minoritários, como portadores de deficiência, ex-detentos,
afrodescendentes e pessoas com mais de 45 anos.
• Ofereça treinamento, incentive e recompense o desenvolvimento de
talentos.
• Estabeleça diretriz contra o abuso sexual.
• Informe aos funcionários o desempenho da empresa. Crie um programa de
participação nos lucros.
• Evite demissões. Antes de demitir um funcionário identifique outras
alternativas. Mas, quando necessário, reduza o pessoal com dignidade e crie
programas de recolocação e requalificação profissional.
• Preserve a saúde e o bem-estar dos funcionários e dos seus familiares.
Planos de saúde, estímulo a práticas esportivas, programas de combate ao
fumo e ajuda a dependentes químicos são algumas iniciativas.
• Apóie a educação dos empregados e de seus familiares. Crie programas de
alfabetização, qualificação e ajude a colocar os filhos de seus funcionários
na escola.
3a Faça sempre mais pelo meio ambiente: O produtor deve se informar e cumprir toda a
legislação ambiental, com destaque para o uso da água (ortoga), para a proteção de matas
ciliares e de reserva legal. Se puder, vá além de suas obrigações. Não só a sociedade se
beneficia com essas atitudes, mas a propriedade rural que depende dos recursos naturais
como insumo básico para a sua sobrevivência.
Ações práticas:
• Estabeleça compromissos e padrões ambientais para sua empresa que
incluam metas formais, além de um monitoramento periódico sobre o
impacto do seu empreendimento sobre o meio ambiente.
• Motive os funcionários a preservar a natureza através de programas de
educação ambiental.
• Evite produtos que geram resíduos ao meio ambiente.
• Estabeleça uma política ecológica de compras.
• Reduza o uso de produtos tóxicos e promova o descarte seguro de
substâncias tóxicas.
• Ações simples dentro da própria empresa e na comunidade local podem
repercutir em resultado positivo ambiental: coleta seletiva do lixo
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(reciclando o que for possível), plantio de árvores e o incentivo à economia
de água, papel e energia.
4a Envolva parceiros e fornecedores: É importante incentivar os seus parceiros e
fornecedores a se tornarem empresas socialmente responsáveis. Dê preferência a trabalhar
com empresas que tenham os mesmos valores éticos e ações sociais semelhantes às suas.
Ações práticas:
• Exija o cumprimento da legislação trabalhista, ambiental, previdenciária e
fiscal. Isso poderá estar registrado no contrato comercial entre sua empresa
e o parceiro/fornecedor.
• O parceiro/fornecedor não pode contratar crianças e nem utilizar práticas de
discriminação ética, sexual, religiosa ou física no ambiente de trabalho.
• Exija uma conduta de concorrência legal, isenta de práticas consideradas
abuso de poder econômico.
• Convide o fornecedor/parceiro para se engajar em ações sociais conjuntas
com o seu empreendimento.
5a Proteja clientes e consumidores: Outro passo é adotar técnicas de Produção Integrada
de Frutas (PIF) e, se possível, ter alguma certificação de alimento seguro. É importante ter
a certeza de que esse produto que saiu da sua propriedade não sofra nenhuma
contaminação ou qualquer outro processo até o seu destino final que possa apresentar risco
à saúde e à imagem da sua empresa junto ao consumidor. Além disso, é importante tentar
entender as necessidades do consumidor e satisfazê-las.
Ações práticas:
• Ouça as manifestações e realize pesquisas de opinião entre os clientes.
• Procure oportunidades comerciais alternativas, como atender nichos de
mercado: orgânicos e produtos certificados através do Fair Trade
(Comércio Justo).
• Promova o uso de seu produto com segurança e responsabilidade.
• Ofereça informações específicas, corretas e justas do seu produto.
• Proíba o uso de técnicas comerciais antiéticas.
6a Promova a comunidade: É importante à empresa identificar os problemas da
comunidade e tentar soluções em conjunto. As ações da empresa na comunidade são a
principal referência da sua preocupação com a sociedade já que atingem pessoas que não
estão diretamente ligadas ao seu empreendimento e ao resultado financeiro.
Ações práticas:
• Ofereça apoio às escolas locais e crie possibilidade de estágio.
• Contrate serviços oferecidos por organizações comunitárias ou fornecedores
locais.
• Ofereça seu conhecimento e experiência; incentive também os seus
funcionários a se tornarem voluntários, engajando em algum projeto
comunitário. Um exemplo é implantar uma horta comunitária.
• Faça doações ou empréstimos de equipamentos da sua empresa, ou de
espaço, para projetos comunitários.
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7a Comprometa-se com o bem comum: As diretrizes anteriores já demonstram resultados
em prol do bem comum. Mas, é importante que o empresário se comprometa em ações que
não sejam simplesmente marketing para diferenciar o seu produto junto ao consumidor
final. É preciso que o empresário tenha ações que decisivamente contribuam para o
desenvolvimento de sua região e do País.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tratar da sustentabilidade da hortifruticultura a partir de ferramentas de gestão de
responsabilidade social não significa mudança do sistema de produção, mas uma evolução
do conceito de alimento seguro por parte das propriedades. As certificações de alimento
seguro já incorporam o respeito ambiental e social na produção dos alimentos, além do
principal: a garantia de uma produção que não acarreta riscos à saúde do consumidor.
As empresas já certificadas que desejam evoluir para se tornar socialmente
responsáveis devem, antes de tudo, escrever a missão do empreendimento e divulgá-la para
a sociedade e para toda a sua rede de relacionamento: fornecedores, funcionários, família
dos funcionários, compradores, parceiros e consumidores.
Grande parte dos empresários que realizam ações socialmente responsáveis o faz
para se enquadrar nas exigências do seu comprador, ou por uma questão comercial –
estratégia de marketing. Mas ao fazer isso a empresa não pode se considerar dentro do
conceito de responsabilidade social. Quando esse mesmo agente almeja ter um negócio
socialmente responsável, ele tem que avaliar a conduta de sua empresa perante a
sociedade. O primeiro passo é avaliar qual é o papel que seu empreendimento quer
desempenhar na sociedade e quais serão suas ações para melhorar o bem-estar da sua
comunidade e do País. A partir dessa consciência e da divulgação de sua missão e valores
para toda a sua rede de relacionamento, a empresa pode dar os próximos passos para se
tornar socialmente responsável.
O presente trabalho, o qual realizou uma pesquisa com 120 produtores e
exportadores, proprietários de empresas dos setores de banana, batata, cebola, citros,
mamão, manga, melão, tomate e uva, no mês de fevereiro de 2007, revelou alguns aspectos
interessantes sobre o tema. Dentre os entrevistados, 88 disseram conhecer o tema
responsabilidade social e 81, declararam realizar atividades socialmente responsáveis em
suas propriedades.
Dos alvos das ações socialmente responsáveis do setor, funcionários e meio
ambiente são os que recebem mais atenção dos empresários rurais. De acordo com
pesquisas bibliográficas e entrevista com Emílio Martos, gerente de mobilização do
Instituto Ethos, ao realizar essas ações, o produtor já está a caminho de uma gestão
socialmente responsável, mesmo que ainda de forma incompleta.
Entretanto, com base na amostra dos entrevistados, os produtores hortifrutícolas
ainda não dão a mesma importância para ações responsáveis direcionadas a outros
públicos: comunidade local, consumidor e fornecedores/parceiros. Além disso, grande
parte de suas ações está centrada em respeitar os protocolos da Produção Integrada e as
legislações ambiental e trabalhista, prioritariamente.
Mesmo quando se trata de ações voltadas à comunidade local, as atividades não se
refletem em contribuições efetivas para o desenvolvimento sustentável da comunidade. A
grande maioria doa alimentos e colabora com entidades assistenciais. Seria importante ter
um foco menos assistencialista com a comunidade local e uma atitude mais ativa: criar
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projetos que geram oportunidades de uma melhoria de qualidade de vida dos moradores,
como apoio ao ensino em escolas locais.
Para saber quais os tipos de ações responsáveis que devem ser realizados em
determinada comunidade é necessário, antes de tudo, saber quais os problemas de cunho
social existem lá. Isso é feito a partir da identificação das necessidades básicas não
satisfeitas desse coletivo. A necessidade básica é toda função humana que preserve a vida,
desde a alimentação, educação, trabalho, saúde, moradia, lazer, até a consciência política e
social. O problema social resulta da ausência de solução no campo das necessidades
básicas de uma comunidade. Assim, para que haja desenvolvimento local, é necessário que
os problemas sociais sejam sanados.
Quando questionados sobre o retorno dessas ações em prol da responsabilidade
social, 64% dos entrevistados que praticam responsabilidade social disseram fazer por
satisfação pessoal, pois quando o funcionário trabalha feliz o retorno é maior. Além disso,
tomando os cuidados necessários com o meio ambiente, os recursos naturais serão
preservados, contribuindo para a sua produção no longo prazo. Em segundo lugar, com
25%, foi destacada a exigência de mercado. A qual ocorre em maior grau pelo mercado
externo para os produtores de banana, mamão, manga, melão e uva. Para os produtos
hortícolas, as exigências vêm de dentro do próprio País. Em terceiro e quarto lugar ficaram
as opções “construir marca própria” e “não vê retorno”, com 6% e 4%, respectivamente.
Além dessas opções, outros retornos foram citados, como, por exemplo, proteger as
gerações futuras, maior comprometimento dos funcionários e, conseqüentemente, maior
produtividade, menor ocorrência de acidentes dentro das empresas rurais, evitar problemas
com o governo, redução de custos com o uso consciente de água e insumos, se adequar
dentro dos padrões exigidos pela Produção Integrada de Frutas (PIF) e ter a consciência
tranqüila.
Algumas das respostas, como evitar problemas com o governo, demonstram que
apesar de 88 dos 120 entrevistados dizerem saber o que é responsabilidade social, na
realidade, ainda há uma confusão muito grande entre esse conceito e obrigação da
empresa; cumprimento da legislação.
Tabela 1 - Práticas de responsabilidade social nas empresas hortifrutícolas.
Foco das ações*
AÇÕES SOCIAIS DAS EMPRESAS HORTIFRUTÍCOLAS**
Carteira registrada, moradia, assistência médica, churrasco,
treinamentos, locais apropriados para refeitórios e sanitários,
1º
Funcionários incentivo à educação, seguro de vida, plano de saúde, fornecimento
de equipamentos de proteção individual (EPIs), bonificação para os
funcionários e divisão de lucros, programas de prevenção a
acidentes, transporte, previdência privada.
Proteção à Reserva Legal (RL) e à Área de Preservação Permanente
(APP), devolução das embalagens e descarte de lixo agrário em
lugares pré-definidos, economia no uso da água com irrigação em
gotejamento, proteção de nascentes, uso racional de defensivos
1º
Meio
agrícolas, respeito às normas do Ibama, reflorestamento e proteção
Ambiente
de mananciais, obtenção de outorga para o uso da água de rio,
controle dos produtos químicos para que não agridam o meio
ambiente, controle biológico de pragas, proibição de caça e pesca,
incentivo ao uso de combustíveis renováveis, respeito à lei orgânica
e municipal da região, parceria com ONGs que fornecem mudas
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para reflorestamento.
Ajuda à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae),
asilos, creches e igrejas; doações do excedente da produção;
2°
Comunidade contribuição para eventos com crianças e jovens; patrocínio de
atividades esportivas, doação de computadores, roupas, calçados e
alimentos, trabalho voluntário e geração de emprego na
comunidade, participação do projeto Amigos da Escola e em
programas sociais contra drogas nas escolas públicas.
3º
Família dos Plano médico, moradia, creches, auxílio à maternidade, festas de
funcionários confraternização, compra de material escolar e cesta básica.
Rastreabilidade dos insumos utilizados na produção, combate ao
Outros:
trabalho infantil; segue as normas da Produção Integrada de Frutas
4º
Parceiros/
(PIF); faz pesquisas sobre a cultura com a qual trabalha e divulga os
clientes e
resultados para os seus parceiros ou outros produtores, visando à
consumidores. melhoria da produção; exige nota fiscal, contribuindo para a
arrecadação de impostos.
Fonte: Elaborado pelas autoras.
A amostra compreende os 81 entrevistados que responderam aplicar ações socialmente
responsáveis em suas propriedades.
*Ranking das ações/públicos-alvo mais citadas pelos entrevistados.
**Principais ações socialmente responsáveis de acordo com os entrevistados.
Apesar de ter sido entrevistado um número maior de empresários rurais no Sudeste,
foi observado na pesquisa que as medidas socialmente responsáveis são realizadas com
mais freqüência por empresários localizados na região Nordeste do País. Naquela região,
93% dos entrevistados disseram realizar ações de responsabilidade social, enquanto no
Sudeste a parcela foi de 56% e no Sul, de 76% (Gráfico 1). A maior porcentagem no
Nordeste se deve basicamente ao fato de a maior parte da produção da região ser frutas e
voltadas ao mercado externo.
Mais de 90% dos entrevistados do Nordeste
aplicam ações socialm ente responsáveis em suas propriedades
120
100
80
60
40
20
0
70
27
39
25
Nordeste
21
Sudeste
16
Sul
Entrevistados por região
Entrevistados por região que realizam ações socialmente responsáveis
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Gráfico 1. Práticas socialmente responsáveis por região entrevistada.
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Os importadores exigem que os vendedores nacionais, que almejam comercializar
com aquele mercado, estejam adequados as normas de certificação, exigindo algumas
atitudes socialmente responsáveis quanto à produção responsável, como produtos de
qualidade e ecologicamente corretos e práticas para garantir o bem-comum da cadeia e do
País. Tal fato demonstra que a responsabilidade social empresarial também é atualmente
um fator de competitividade para o setor, principalmente no exterior.
As exigências por certificações no Nordeste, especificamente no eixo Petrolina
(PE) e Juazeiro (BA), Livramento de Nossa Senhora (BA), Mossoró (RN), oeste e sul da
Bahia, regiões produtoras de uva, manga, melão e mamão, vem se intensificando a cada
ano. Barreiras não tarifárias são impostas por países importadores, forçando os
exportadores nordestinos a se adequarem às normas fitossanitárias, à quantidade máxima
de defensivos permitida e respeitando os períodos de carência do uso de agrotóxicos e
demais químicos. Todas essas exigências surgem dentro dos próprios selos de certificação
como, por exemplo, o Protocolo Europeu de Boas Práticas Agrícolas (EurepGag), o mais
utilizado no País e que possibilita abrir novas fronteiras de comercialização.
Além das frutas, batata e cebola também entraram nessa estatística, porém as
exigências vieram de outro mercado: o nacional. A grande demanda vem, principalmente,
das grandes redes varejistas. O mercado interno passou a atuar de forma mais presente nos
últimos cinco anos, requisitando produtos seguros a saúde humana, de boa qualidade física
e sabor, além dos cuidados com o meio ambiente, não degradando as matas ciliares, não
poluindo os rios e usando de forma racional os recursos naturais.
Quando analisado os dados separadamente, as propriedades empresariais voltadas à
produção de hortícolas e aquelas voltadas à produção de frutas, não foi possível verificar
uma grande diferenciação quanto ao maior ou menor grau de ações socialmente
responsáveis em cada uma dessas áreas. Cada um dos setores, visando os seus respectivos
mercados, seja o nacional ou internacional, buscam de forma similar se adequarem às
necessidades e exigências desses mercados.
Do total dos entrevistados no setor hortícola, produtores de batata, cebola e tomate,
71% disseram realizar atividades socialmente responsáveis em suas empresas rurais
(Gráfico 2). Em se tratando do setor frutícola, produtores de banana, citros, mamão,
manga, melão e uva, essa percentagem foi de 65% (Gráfico 3), não havendo grande
diferenciação entre esses dois setores de produção.
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71% dos entrevistados realizam ações socialmente
responsáveis em suas propriedades
120
100
80
48
60
34
40
20
0
Hortícolas
Horticultores entrevistados
Horticultores entrevistados que praticam responsabilidade social na sua
propriedade
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Gráfico 2 - Práticas socialmente responsáveis na horticultura.
65% dos fruticultores realizam ações de responsabilidade
social em suas propriedades
120
100
80
60
40
20
0
72
47
Frutas
Fruticultores entrevistados
Fruticultores entrevistados que praticam responsabilidade social na sua
propriedade
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Gráfico 3 - Práticas socialmente responsáveis na fruticultura.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar das muitas dúvidas e incertezas existentes sobre a responsabilidade social
empresarial, em pesquisa realizada com 120 empresários – produtores e exportadores -, foi
possível verificar que mais da metade dos entrevistados já se encontram no caminho para
realizar ações socialmente responsáveis e dizem ter algum conhecimento sobre o assunto.
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Essas atitudes dos empresários rurais foram tomadas, principalmente, devido às exigências
dos mercados nacionais e internacionais.
No mercado nacional, a busca por produtos seguros, saudáveis, livres de defensivos
nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, ganhou grande impulso por causa das
grandes redes varejistas. No mercado internacional, as exigências já estão inclusas nos
próprios selos de certificação exigidos nas negociações, como o EurepGap. Nesse, além da
preservação ambiental e da saúde humana, o respeito e o cuidado com os funcionários,
suas famílias e com os direitos da criança, são de grande importância.
Em análise mais detalhada por região produtora, verificou que no Nordeste o
percentual dos empresários que realizam atividades socialmente responsáveis foi maior
quando comparado com as regiões Sul e Sudeste. Tal fato é explicado pela maior exigência
do mercado exportador, através dos protocolos de certificação, exigindo dos produtores e
exportadores maior conhecimento sobre o assunto. Aqueles que desejam permanecer no
mercado externo, garantindo sua competitividade, devem se adequar a todas essas
exigências internacionais. Os que não o fizerem, provavelmente cada vez mais terão
dificuldade em manter sua cadeia de comercialização.
Quando separado o setor hortícola do frutícola, pouca diferença pôde ser notada
com relação às atividades socialmente responsáveis. A percentagem obtida na pesquisa foi
similar nos dois setores, mostrando que a hortifruticultura, envolvendo especificamente na
pesquisa as cadeias da cebola, banana, batata, citros, mamão, manga, melão, tomate e uva,
caminha para atender os requisitos da responsabilidade social empresarial.
Contudo, muito ainda precisa ser levado em consideração pelos empresários –
produtores e exportadores –, e não apenas funcionários e meio ambiente. Determinar seus
valores e sua missão é um item ainda pouco explorado pelos entrevistados e de
fundamental importância para a empresa que deseja se enquadrar no conceito de
responsabilidade social empresarial. Além disso, saber a missão da empresa ajuda o
planejamento estratégico, visto que quando o empreendimento sabe exatamente onde quer
chegar, o caminho para esse objetivo pode ser traçado com mais clareza e com maior
chance de acerto.
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(mestrado) – Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG. 2005.
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fevereiro de 2007.
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Responsabilidade social empresarial para micro e pequenas empresas. Ano 2 – n°5 –
julho 2001. Disponível em: Acesso em: 09 de fevereiro de 2007.
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elaboração de relatório e balanço anual de responsabilidade social empresarial. São
Paulo: Instituto Ethos, versão 2001.
McGUIGAM, J.R.; MOYER, R.C.; HARRIS, F.H.B. Economia de Empresas –
Aplicações, estratégias e táticas. São Paulo. Pioneira Thomson Learning, 2004. 446p.
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Revista Hortifruti Brasil. Piracicaba, nº 55, pág. 06 – 11, março de 2007.
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Org. Elisabete Stradiotto Siqueira e Valéria Rueda Elias Spers. São Paulo: Edições O.L.M.,
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Disponível
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ANEXO
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QUESTIONÁRIO: RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
Obs: Entrevista realizada com produtores ou exportadores proprietários de
fazendo e/ou empresa rural
Produto comercializado:
Nome do produtor/exportador:
Região de produção:
1- O senhor sabe o que é Responsabilidade Social?
( ) Sim ( ) Não
Se o entrevistado responder que não sabe o que é responsabilidade social, não precisa fazer
as demais perguntas.
2- Na opinião do senhor, o que esse termo significa?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3- O senhor faz alguma ação socialmente responsável na sua fazenda? Porquê?
( ) Sim ( ) Não
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3.1 – Qual o seu foco e qual ação é realizada?
( ) funcionário ____________________________________________________________
( ) família do funcionário ___________________________________________________
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( ) comunidade____________________________________________________________
( ) meio ambiente__________________________________________________________
( ) Outros _______________________________________________________________
Se o entrevistado responder que não, pare por aqui.
3.1- A ação foi voluntária ou obrigatória? Se obrigatória, quem obrigou?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4- Qual o retorno dessa ação?
A ( ) faço por exigência do mercado (externo e interno – varejo)
B ( ) estou construindo marca própria, e essa atitude valorizou essa marca perante o
consumidor.
C ( ) satisfação pessoal.
D ( ) não vejo retorno.
E- Outros
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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