UNIJUI - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
DCEEng – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA IMPLEMENTAÇÃO
DA ITIL EM SETORES PÚBLICOS NA REGIÃO NOROESTE
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LUCIANO ANTONIO DESTEFANI
Ijuí / RS
Dezembro / 2013
UNIJUI - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
DCEEng – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA IMPLEMENTAÇÃO
DA ITIL EM SETORES PÚBLICOS NA REGIÃO NOROESTE
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LUCIANO ANTONIO DESTEFANI
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Ciência da
Computação do Departamento de Ciências
Exatas e Engenharias (DCEEng), da
Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ),
como requisito para a obtenção do título
Bacharel em Ciência da Computação.
Orientador: Professor Msc. Romário Lopes Alcântara
Ijuí / RS
Dezembro / 2013
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA IMPLEMENTAÇÃO
DA ITIL EM SETORES PÚBLICOS NA REGIÃO NOROESTE
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LUCIANO ANTONIO DESTEFANI
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Ciência da
Computação do Departamento de Ciências
Exatas e Engenharias (DCEEng), da
Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ),
como requisito para a obtenção do título
Bacharel em Ciência da Computação.
___________________________________________
Professor Orientador: Msc. Romário Lopes Alcântara
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Professor Msc. Marcos Ronaldo Melo Cavalheiro
Ijuí / RS
Dezembro / 2013
AGRADICIMENTOS
Primeiramente agradeço a DEUS e a meus Pais que proporcionaram os
principais ensinamentos durante todas as etapas da minha vida. Sendo a família a base de
tudo, incluindo um bom sistema de ensino, preciso citar também meus dois irmãos e todos os
outros familiares que estiveram do meu lado até o término da faculdade, sendo que,
principalmente nos momentos de maior dificuldade fui sempre motivado a continuar seguindo
em frente.
Preciso mencionar também meus colegas de trabalho, meus amigos,
destacando-se os que adquiri ao longo de todos estes semestres da graduação, além das
pessoas que mesmo distantes na atualidade, de uma forma ou de outra estiveram presentes
neste processo constante de aprendizado que vai me proporcionar o Título de Bacharel em
Ciência da Computação.
Um agradecimento especial ao apoio continuo do meu Professor Orientador
Romário de Alcântara e também ao Coordenador da Disciplina do Trabalho de Conclusão de
Curso Professor Marcos Ronaldo Cavalheiro, além de todos os professores que estiveram
presentes em um ou em vários semestres do Curso de Ciência da Computação e ajudaram de
alguma forma na minha formação acadêmica e também profissional durante todos estes anos
de aprendizado.
Não posso deixar de citar o esforço extraclasse que sempre me proporcionou
boas médias, neste aspecto gostaria de parabenizar estes Professores, que mesmo com toda
demanda de trabalho, sempre se disponibilizaram a me ajudar em horários alternativos fora da
sua agenda de horários da disciplina.
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém
viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou
sobre aquilo que todo mundo vê.” (Arthur
Schopenhauer)
RESUMO
A crescente preocupação com as novas tecnologias e sua otimização para estruturas
das mais diversas áreas de atividade, culminou na busca por ferramentas com a finalidade de
melhorar a utilização e disponibilização dos Serviços de TI. Neste sentido a ITIL, segundo
(Magalhães e Pinheiro, 2007, p.62), surgiu no final da década de 1980, como um esforço para
disciplinar e permitir a comparação entre as propostas dos diversos proponentes a prestadores
de serviços de TI para o Governo Britânico. Atualmente a ITIL serve como base para boas
práticas, não só para órgãos públicos, mas também para as mais diversas áreas de atividade e
é mundialmente utilizada e reconhecida para otimização do Gerenciamento de TI em seus
diferentes níveis de aplicação. Apesar da ITIL ter nascido originalmente em órgãos públicos,
existe uma grande quantidade de cidades, considerando todo o território nacional, que ainda
não inseriu nenhum tipo de framework para adequar os serviços de TI prestados nestes órgãos
públicos. Uma das formas de organizar os serviços internos, melhorar a qualidade e também
reduzir custos é através da utilização de uma ferramenta de Help Desk e/ou Service Desk.
Neste trabalho serão apresentados os principais conceitos da ITIL (Information Technology
Infrastructure Library) e o conjunto de boas práticas recomendados por este framework. Para
quantificar o nível de inserção da ITIL em âmbito regional, será realizada uma pesquisa em
todas as Prefeituras com população superior a cinquenta mil habitantes da Mesorregião do
Noroeste Rio-Grandense. Já para qualificar o serviço de Help Desk oferecido em uma destas
Prefeituras, será realizada uma pesquisa de satisfação, contendo uma amostra estatística para
retornar a opinião dos usuários que atuam nos mais diversos setores deste órgão público. Os
resultados finais vão demonstrar as vantagens e as desvantagens da utilização da ITIL em
Órgãos Públicos, bem como abrir espaço para projetos futuros que atendam a demanda
crescente e atualmente pouco explorada em todo território nacional.
Palavras-chave: ITIL, Help Desk, Service Desk, Órgãos Públicos, Prefeitura.
ABSTRACT
The growing interest in advanced technologies and optimization in various fields
culminated in the development of agencies and regulations with the goal of improving the
utilization and availability of Internet Technology (IT) Services.
The Information
Technology Infrastructure Library (ITIL), which was created during the late 1980’s by the
British Government (Magalhães and Pinheiro,2007, p.62), is a set of guidelines and serves to
aide in the comparison of business' needs in IT Services. Presently the ITIL serves as a model
in this, aiding not only businesses, but also various vocational groups and cities, and is used
worldwide for the design and optimization of IT frameworks and systems. Despite the fact
that ITIL was created for businesses, there are a large number of cities within the nation that
have made use of the ITIL's guidelines to assist in the creation and management of their IT
services. One means of optimizing IT services is through the proper application of Help
Desk/Service Desk utilities which can improve it's efficiency and reduce overhead. The goal
of this project is to clearly demostrate the concepts of the ITIL and the good practices
guidelines outlined by this framework. To quantify the level of ITIL penetration on a regional
level, research will be held in all Prefectures with population higher than fifty thousand
inhabitants of the, “Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense”. The Help Desk services
offered in these Prefectures will be overseen via a registry which contains a statistical data of
the opinions of the users, thus allowing the formation of an aggregate understanding of
various organizational bodies' opinions. The results will show the positive and negative
aspects of applying the ITIL to public entities, such as cities, schools, police services, and
unions, and will assist in illustrating the importance of understanding and preemptively
meeting growing demand which is currently inadequate within the region.
Keywords: ITIL, Help Desk, Service Desk, Public Entities, Prefecture.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estratégia de implementação do Gerenciamento de Serviços de TI ......................... 19
Figura 2: Organizações da ITIL................................................................................................ 25
Figura 3: Modelo da ITIL v2 .................................................................................................... 26
Figura 4: Ciclo eterno PDCA ................................................................................................... 49
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Tabela de Prioridades ............................................................................................. 47
Tabela 02: População Residente nas Microrregiões pertencentes ao Noroeste Rio-Grandense
(superior a 50.000 habitantes) .................................................................................................. 59
Tabela 03: Pesquisa nas Prefeituras (Primeira Pergunta - Parte 1) .......................................... 81
Tabela 04: Pesquisa nas Prefeituras (Primeira Pergunta - Parte 2) .......................................... 81
Tabela 05: Pesquisa nas Prefeituras (Segunda Pergunta) ......................................................... 82
Tabela 06: Pesquisa nas Prefeituras (Terceira Pergunta) ......................................................... 83
Tabela 07: Pesquisa nas Prefeituras (Quarta Pergunta) ............................................................ 83
Tabela 08: Pesquisa nas Prefeituras (Quinta Pergunta) ............................................................ 84
Tabela 09: Pesquisa nas Prefeituras (Sexta Pergunta) .............................................................. 85
Tabela 10: Pesquisa nas Prefeituras (Sétima Pergunta)............................................................ 85
Tabela 11: Pesquisa nas Prefeituras (Oitava Pergunta) ............................................................ 86
Tabela 12: Pesquisa nas Prefeituras (Nona Pergunta) .............................................................. 87
Tabela 13: Pesquisa nas Prefeituras (Decima Pergunta) .......................................................... 87
Tabela 14: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Primeira Pergunta) .................................... 89
Tabela 15: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Segunda Pergunta) .................................... 89
Tabela 16: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Terceira Pergunta) ..................................... 90
Tabela 17: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Quarta Pergunta) ....................................... 90
Tabela 18: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Quinta Pergunta) ....................................... 91
Tabela 19: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Sexta Pergunta) ......................................... 91
Tabela 20: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Sétima Pergunta) ....................................... 92
Tabela 21: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Oitava Pergunta - Parte 1) ......................... 92
Tabela 22: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Oitava Pergunta - Parte 2) ......................... 93
Tabela 23: Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Nona Pergunta) ......................................... 93
LISTA DE SIGLAS
BSC
(Balanced Scorecard – Indicadores Balanceados de desempenho)
CCTA
Central Computer and Telecommunications Agency
CIs
Configuration Items
CMDB
Configuration Management Database
COBIT
Control Objectives for Information and related Technology
EFQM
European Foundation for Quality Management
EXIN
Examination Institute
FTA
Fault Tree Analysis
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ISEB
Information Systems Examinations Board
IT
Information Technology
ITIL
Information Technology Infrastructure Library
itSMF
IT Service Management Forum
KPI
Key Performance Indicator
MSF
Microsoft Solutions Framework
OGC
Office of Government Commerce
PDCA
Plan - Do - Check - Act / (Planejar-Executar-Verificar-Ajustar)
RFP
Request For Proposal
ROI
Return Over Investment
SLA
Service Level Agreement
SPOC
Single Point of Contact
TI
Tecnologia da Informação
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 15
2
ASPECTOS GERAIS DA ITIL ....................................................................................... 18
2.1
Gerenciamento de Serviços de TI.......................................................................................... 18
2.2
História da ITIL ....................................................................................................................... 20
2.3
Definições da ITIL .................................................................................................................. 22
2.3.1
ITIL v1 ............................................................................................................................ 24
2.3.2
ITIL v2 ............................................................................................................................ 25
2.3.3
ITIL v3 ............................................................................................................................ 27
2.4
Principais Modelos de Referência de Processos da ITIL........................................................ 28
2.5
Suporte ao Serviço (Service Support).................................................................................... 28
2.5.1
Gerenciamento de Configuração .................................................................................. 29
2.5.2
Gerenciamento de Incidente......................................................................................... 30
2.5.3
Gerenciamento de Problema ........................................................................................ 31
2.5.4
Gerenciamento de Mudança......................................................................................... 32
2.5.5
Gerenciamento de Liberação ........................................................................................ 34
2.6
Entrega do Serviço (Service Delivery) ................................................................................... 35
2.6.1
Gerenciamento do Nível do Serviço .............................................................................. 35
2.6.2
Gerenciamento de Capacidade ..................................................................................... 37
2.6.3
Gerenciamento de Disponibilidade ............................................................................... 39
2.6.4
Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI .................................................... 40
2.6.5
Gerenciamento Financeiro ............................................................................................ 41
2.7
Outros Modelos de Referência de Processos previstos pela ITIL ......................................... 42
2.8
O Serviço De Help Desk ......................................................................................................... 43
2.9
Introdução a Help Desk e/ou Service Desk ........................................................................... 44
2.10
Catálogo de Serviços e SLAs (Níveis de Acordo de Serviço) .................................................. 45
2.10.1
Prioridade e Prazos (Help Desk) .................................................................................... 46
2.10.2
Usuários e suas Responsabilidades ............................................................................... 47
2.10.3
Geração de Relatórios ................................................................................................... 48
2.10.4
PDCA .............................................................................................................................. 49
2.11
Fluxo Básico do Gerenciamento de Incidentes ..................................................................... 50
3
2.12
Pesquisa de Satisfação .......................................................................................................... 51
2.13
Outsourcing ........................................................................................................................... 53
2.13.1
Outsourcing versus Contratante ................................................................................... 54
2.13.2
Outsourcing versus Contratado .................................................................................... 56
AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA ITIL EM SETORES PÚBLICOS .. 57
3.1
Método de Pesquisa.............................................................................................................. 57
3.2
Levantamento e Análise dos Dados ...................................................................................... 59
3.2.1
Pesquisa de Campo ....................................................................................................... 60
3.3
Características dos Setores Públicos no Brasil ...................................................................... 60
3.4
Resultados da Pesquisa nas Prefeituras do Noroeste Rio-Grandense .................................. 62
3.4.1
Pesquisa nas Prefeituras (Primeira Pergunta - Partes 1 e 2) ......................................... 62
3.4.2 Pesquisa nas Prefeituras (Segunda Pergunta)...................................................................... 63
3.4.3 Pesquisa nas Prefeituras (Terceira Pergunta) ...................................................................... 63
3.4.4 Pesquisa nas Prefeituras (Quarta Pergunta) ........................................................................ 64
3.4.5 Pesquisa nas Prefeituras (Quinta Pergunta) ........................................................................ 64
3.4.6 Pesquisa nas Prefeituras (Sexta Pergunta) ........................................................................... 65
3.4.7 Pesquisa nas Prefeituras (Sétima Pergunta) ........................................................................ 66
3.4.8 Pesquisa nas Prefeituras (Oitava Pergunta) ......................................................................... 66
3.4.9 Pesquisa nas Prefeituras (Nona Pergunta) ........................................................................... 67
3.4.10 Pesquisa nas Prefeituras (Décima Pergunta) ..................................................................... 67
3.5
Resultado da Pesquisa de Satisfação do Help Desk da Prefeitura de Ijuí ............................. 68
3.5.1
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Primeira Pergunta) ........................................... 68
3.5.2
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Segunda Pergunta) ........................................... 68
3.5.3
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Terceira Pergunta) ............................................ 69
3.5.4
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Quarta Pergunta) .............................................. 69
3.5.5
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Quinta Pergunta) .............................................. 70
3.5.6
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Sexta Pergunta) ................................................ 70
3.5.7
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Sétima Pergunta) .............................................. 71
3.5.8
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Oitava Pergunta) ............................................... 71
3.5.9
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Nona Pergunta)................................................. 72
3.5.10
Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Decima Pergunta) ............................................. 73
3.6
Considerações Finais ............................................................................................................. 73
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 79
APÊNDICE A – Resultado da Pesquisa nas Prefeituras ...................................................... 81
APÊNDICE B – Resultado da Pesquisa de Satisfação do Help Desk da Prefeitura de Ijuí .. 89
APÊNDICE C – Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense ..... 94
APÊNDICE D – Pesquisa de Satisfação do Help Desk da Prefeitura de Ijuí ........................ 97
APÊNDICE E - Cidades que Compõe as Microrregiões do Noroeste Rio-Grandense.......... 99
15
INTRODUÇÃO
É visível nos dias atuais a procura constante para melhorar a qualidade dos serviços
prestados, priorizando sempre o alto índice de satisfação dos seus clientes, incluindo também
uma forte preocupação socioambiental, devido as novas exigências relacionadas ao meio
ambiente.
Em meio a este cenário, o Setor de TI vem aumentando exponencialmente a sua
importância nas mais diferentes áreas de atuação (Setores Públicos, Privados, etc.),
conquistando a cada dia e definitivamente seu espaço para ajudar a suprimir as deficiências e
agregar valor através da utilização de normas estudadas e aplicadas a vários anos.
O conjunto destas normas com instruções a boas práticas na área de TI utilizado para
construção deste Trabalho de Conclusão de Curso é a ITIL (Information Technology
Infrastructure Library) que é um framework com uma biblioteca de informações sobre
tecnologia mundialmente utilizada, não sendo imposta como modelo de padronização, e sim
como um conjunto de boas práticas a serem incorporadas nas mais diversas áreas de atuação
da sociedade.
Outro aspecto importante também abordado na sequência são as ferramentas de Help
Desk e Service Desk, largamente utilizadas para simplificar o canal de atendimento entre os
usuários e a Central de Suporte. O simples fato de existir na estrutura organizacional de
qualquer que seja o ramo de atividade, traduz a busca consciente de melhorias nos serviços de
TI oferecidos com enfoque na geração de lucro através de boas práticas (ITIL) a serem
adotadas em cada situação a ser estudada e incorporada caso a caso.
Devido a particularidade dos Setores Públicos, incluindo a legislação presente em cada
um dos municípios das mais diversas localidades do Brasil e principalmente o seu dever em
atender com excelência as necessidades da população, surgiu a ideia de medir a utilização, por
parte das Prefeituras, das boas práticas da ITIL, ou outra metodologia como (COBIT, MSF,
BSC, etc.), usados como frameworks disponíveis no mercado para atendimento de seus
usuários internos, culminando na melhoria constante de todos os níveis de serviços oferecidos
para a população de cada uma destas cidades.
O método utilizado para extração dos dados, será realizado através de uma pesquisa de
campo nas Prefeituras das cidades com maior população das microrregiões do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul, demostrando assim, a existência, ou não, de algum tipo de
16
Gerenciamento de TI nestas regiões. Será apurado também o grau de satisfação dos usuários
com os serviços de Help Desk e Service Desk, caso sejam oferecidos na atualidade.
Todos os resultados obtidos, bem como as conclusões sobre a viabilidade, ou seja, as
vantagens e as desvantagens, da utilização da ITIL como métrica para melhorar o
Gerenciamento de TI em órgãos públicos pode ser conferido nas próximas.
1.1 Tema do projeto
Vantagens e Desvantagens da implementação da ITIL em Setores Públicos na
Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense do Estado do Rio Grande do Sul.
1.2 Problemas a serem abordados
Alguns problemas potenciais relativos ao ITIL são os seguintes:
• A introdução pode tomar um longo tempo e esforço significante, requerendo uma
mudança de cultura organizacional;
• Uma ambiciosa introdução pode levar a frustração, porque os objetivos podem nunca
ser alcançados;
• Se a estrutura do processo torna-se o objetivo final, a qualidade da prestação de
serviço pode acabar sendo influenciada;
• A burocracia incluída com processos definidos pode se tornar obstáculo a ser evitado
quando possível;
• Pode existir nenhuma melhora devido à falta de compreensão sobre o que os
processos deveriam prover, quais os indicadores de desempenho chaves e como os processos
podem ser controlados;
• O melhoramento na prestação dos serviços e as reduções de custo esperadas são
insuficientemente visíveis;
• Uma implantação para alcançar sucesso necessita envolvimento e comprometimento
de todo o pessoal em todos os níveis da organização;
• Investimentos insuficientes em ferramentas de suporte podem fazer com que os
processos não sejam abordados de maneira justa e o serviço de maneira geral não melhore.
17
1.3 Objetivo geral
Tendo em vista a necessidade de aprimoramento constante nos serviços prestados
pelos Setores Públicos e o amplo crescimento relacionado à tecnologia da informação nas
últimas décadas, pretende-se demonstrar as principais vantagens e desvantagens na
implementação de um Serviço de Help Desk e Service Desk, incluindo a real adesão ao
modelo de referência da ITIL pelos Municípios da Mesorregião do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul.
1.4 Objetivos específicos
Desenvolver um estudo na estruturas dos órgãos públicos, sendo usado como base
exclusivamente o nível de Gerenciamento de TI existente nas Prefeituras da Mesorregião do
Noroeste Rio-Grandense.
Analisar as vantagens e desvantagens durante o processo de implantação e posterior
manutenção, caso alguma das Prefeituras possua níveis de serviços utilizando o framework da
ITIL, mundialmente utilizado, tanto na iniciativa privada quanto em órgãos públicos, para
auxiliar na introdução de boas práticas nos mais variados ambientes de TI independente do
ramo de atividade.
Realizar uma pesquisa de satisfação, através de uma amostra estatística, contendo um
conjunto de usuários de diversos setores, que utilizam o serviços de Gerenciamento
implementado em uma das Prefeituras que possuam algum nível de Gerenciamento de TI
implementado nas normas da ITIL.
1.5 Justificativa
Atualmente existe uma demanda com crescimento exponencial que envolve questões
relacionadas ao suporte técnico e a Gestão de TI, justificando assim, a implantação do
Gerenciamento de Serviços de TI em Setores Públicos, sendo que, para isto a ITIL
(Information Technology Infrastructure Library) pode ser utilizada como base para boas
práticas.
18
2 ASPECTOS GERAIS DA ITIL
Até o momento, conforme informações retiradas de Magalhães e Pinheiro (2007, p.30)
a estrutura apresentada na ITIL, é a mais utilizada mundialmente em várias organizações para
melhorar suas práticas no Gerenciamento de Serviços de TI. A ITIL pode ser compreendida
atualmente como um conjunto de boas práticas capazes de promover a qualidade nos serviços
computacionais no setor de TI. Criada sobre um modelo de controle e gerenciamento de
operações, a biblioteca ITIL endereça a estrutura e as exigências de TI em uma organização
por meio da apresentação de um conjunto compreensível de processos de gerenciamento.
2.1 Gerenciamento de Serviços de TI
O conceito de serviço é citado por Silva (2012, p.41) “para o ITIL v3”, “serviço é uma
forma de entregar valor para os clientes de tal maneira que ele atinja os resultados esperados
mais facilmente sem arcar com os custos e os riscos específicos.”
Para Silva (2012, p.41) “Outro conceito importante é gerenciamento de serviço, que
no ITIL v3 é um conjunto de competências organizacionais especializadas para prover valor
aos clientes na forma de serviços.”
Ainda conforme (SILVA et al, 2012, p.24) o Gerenciamento de serviços de TI está
diretamente ligado à Governança de TI, que por sua vez faz parte integrante da Governança
Corporativa.
A partir desta hierarquia, complementa (SILVA et al, 2012, p.24) deve-se entender em
primeira instância o que é Governança Corporativa. Veja citação a seguir retirada de (SILVA
et al, 2012, p.24) para complementar esta ideia.
É o sistema pelo qual as empresas são dirigidas e controladas
para especificar a distribuição de direitos e responsabilidades
entre os diferentes participantes de uma empresa, tais como
conselheiros, executivos, acionistas, entre outros. A governança
corporativa também estabelece a estrutura por meio da qual os
objetivos da empresa são estabelecidos, define os meios para
atingi-los e monitora sua performance.
19
De acordo com Silva et al (2012, p.24), utilizando as melhores práticas, a governança
busca proteger os acionistas minoritários criando mecanismos de proteção, transparência,
equidade, auditoria e responsabilidade corporativa.
Entendendo a TI como parte da corporação e a necessidade dela estar totalmente
alinha aos objetivos do negócio, Fernandes e Abreu (2008, p.14) concluem que:
A Governança de TI busca o compartilhamento de decisões de TI
com os demais dirigentes da organização, assim como estabelece
as regras, a organização e os processos que nortearão o uso da
tecnologia da informação pelos usuários, departamentos,
divisões, negócios da organização, fornecedores e clientes,
determinando como a TI deve prover os serviços para a empresa.
Uma representação desta estratégia é demonstrada na Figura 1, retirada de Magalhães
e Pinheiro (2007, p.29):
Figura 1 - Estratégia de implementação do Gerenciamento de Serviços de TI
Fonte: Magalhães e Pinheiro (2007, p.29).
A partir desta conclusão pode-se entender a TI como provedora de serviços para a
empresa, logo, conforme (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.29):
O Gerenciamento de Serviços de Tecnologia da Informação é o
instrumento pelo qual a área pode iniciar a adoção de uma
postura proativa em relação ao atendimento das necessidades da
organização, contribuindo para evidenciar a sua participação na
geração de valor. O Gerenciamento de Serviços de TI visa
alocar adequadamente os recursos disponíveis e gerenciá-los de
forma integrada, fazendo com que a qualidade do conjunto seja
percebida pelos seus clientes e usuários, evitando-se a ocorrência
de problemas na entrega e na operação dos serviços de
Tecnologia da Informação.
20
Para alcançar estes objetivos, Magalhães e Pinheiro (2007, p.29) observa que “a tática
que vem sendo adotada é o desenho, a implementação e o gerenciamento de processos
internos da área de TI de acordo com as práticas reunidas na ITIL”.
Conforme informações do site oficial ISO/IEC 20.000 é um padrão internacional de TI
que permite às empresas demonstrar sua excelência e provar as melhores práticas na gestão de
TI (ISO/IEC 20.000, 2013, p.20).
A norma garante as empresas atingir benchmarks baseados em evidências para
melhorar continuamente a sua entrega de serviços de TI. Consta no site ISO/IEC 20.000 que
este padrão foi lançado em 2005 com base no framework da ITIL, e atualizado em 2011.
A adoção da ISO/IEC 20000 tem crescido muito rapidamente no cenário internacional
de prestadores de serviços de TI e tornou-se um diferencial competitivo para a entrega de
serviços de TI (ISO/IEC 20.000, 2013, p.20).
Segundo ITSMF (2013, p.20), a ISO/IEC 20.000:2005 é um conjunto de normas de
gestão de serviços de tecnologia e foi estruturada em duas partes:
 ISO/IEC 20.000-1 que fornece os requisitos da gestão de serviços e é importante
para os responsáveis pela preparação, implementação ou gestão continuada dos serviços de TI
na organização;
 ISO/IEC 20.000-2 que fornece orientação para os auditores internos e externos que
planejam melhorias no serviço ou preparam para auditorias em relação à norma ISO/IEC
20.000-1. A ITIL representa um modelo de “como fazer”, e não “o que fazer”.
2.2 História da ITIL
Um dos exemplos mais completos de Boas Práticas, a biblioteca de infraestrutura em
TI (ITIL) tem a forma de uma coleção de livros (itSMF Brasil, 2013, p.20).
Porém seu conceito é muito mais abrangente, pois em suas páginas estão décadas de
experiência de empresas públicas e privadas no gerenciamento de serviços de TI (itSMF
Brasil, 2013, p.20).
Segundo citação abaixo de (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.62) a ITIL iniciou
suas atividades no final da década de 1980. Conforme segue:
A ITIL foi formada no final da década de 1980 pela CCTA
(Central Computer and Telecommunications Agency), atual
21
OGC (Office of Government Commerce), como um esforço para
disciplinar e permitir a comparação entre as propostas dos
diversos proponentes a prestadores de serviços de TI para o
governo britânico, haja vista a grande adoção da metodologia de
gerenciamento denominada outsourcing e da subcontratação de
serviços de TI pelos seus diferentes órgãos, agências e
instituições, objetivando garantir um mínimo de padronização de
atendimento em termos de processos, terminologia, desempenho,
qualidade e custo.
Foi uma requisição do próprio governo britânico, que queria uma forma efetiva de
controlar a qualidade dos serviços de TI que eram prestados aos órgãos públicos daquele país
(itSMF Brasil, 2013, p.21).
No entanto, foi somente no começo da década de 90, época de consolidação e de
desregulamentação de mercados e de competitividade crescente, que efetivamente surgiu o
que conhecemos hoje como a primeira versão da ITIL, segundo informações retiradas da
itSMF Brasil (2013, p.21).
Conforme (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.62), a partir da década de 1990 a
ITIL passou a ser adotada por organizações privadas. Segue citação:
Durante a década de 1990, as práticas reunidas na ITIL passaram
a ser adotadas pelas organizações europeias privadas, uma vez
que a ITIL foi concebida como um padrão aberto, sobretudo pelo
grande enfoque em qualidade, garantido pela definição de
processos e a proposição de boas práticas para o Gerenciamento
dos Serviços de TI, viabilizando a aderência à prática ISO 9.000
e ao modelo de referência da European Foundation for Quality
Management (EFQM).
Suas listas de procedimentos, tarefas e atribuição de responsabilidades davam
parâmetros efetivos de controle às empresas contratantes e abriram caminho para uma nova
era do gerenciamento de serviços em TI (itSMF Brasil, 2013, p.21).
Como entidade criada e mantida em conjunto pela indústria, pelos usuários e por
profissionais da área, o itSMF (Information Technology Service Management Forum)
colabora para o desenvolvimento e a disseminação da ITIL desde 1991 (itSMF Brasil, 2013,
p.21).
Consta ainda em (itSMF Brasil, 2013, p.21) que o próprio gerenciamento dos rumos
da ITIL é confiada a uma parceria entre o itSMF e o OGC (Office of Government
Commerce), órgão que sucedeu o CCTA (Central Communications and Telecom Agency).
Segundo (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.62) com o avançar dos anos, a ITIL
passou a ser também utilizada pelos países da América do Norte, tomando-se o "padrão de
fato" da atualidade no segmento de TI.
22
Hoje, a ITIL é conhecida e utilizada por organizações públicas e privadas de países de
todo o mundo, tendo como previsão de adoção o seguinte quadro, em pesquisa realizada pela
Forester Research, para organizações com faturamento igual ou superior a US$ 1 bilhão:
Estes números são mostrados em Magalhães e Pinheiro (2007, p.62).
 13% em 2004;
 40% em 2006;
 80% em 2008.
Dentre os fatores motivadores da atual corrida pela adoção das práticas reunidas na
ITIL, pode-se citar o incremento dos seguintes aspectos, também mencionados por Magalhães
e Pinheiro (2007, p.62-63):
 Custos de entrega e manutenção dos serviços de TI;
 Requerimentos da organização em relação à qualidade e ao custo/benefício dos
serviços de TI;
 Demanda em obter a medição do retorno dos investimentos em TI;
 Complexidade da infraestrutura de TI;
 Ritmo de mudanças nos serviços de TI;
 Necessidade de disponibilidade dos serviços de TI em período integral,
principalmente com o surgimento de diversos serviços web oferecidos atualmente;
 Aspectos relacionados com a segurança.
2.3 Definições da ITIL
Segundo Magalhães e Pinheiro (2007, p.65) a ITIL descreve a base para a organização
dos processos da área de TI, visando à sua orientação para o Gerenciamento de Serviços de
TI.
Conforme salienta (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.64):
“A ITIL é composta por um conjunto de boas práticas para a definição dos processos
necessários ao funcionamento de uma área de TI, objetivando o máximo de alinhamento
entre área de TI e outras áreas de negócio, garantindo a geração de valor à organização”.
Segundo (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.65),
A ITIL não define os processos a serem implementados na área
de TI, mas, sim, demonstra as melhores práticas que podem ser
utilizadas para esta definição. Tais práticas, por sua vez, podem
23
ser adotadas do modo que melhor puder atender às necessidades
de cada organização. Por isto, a ITIL pode ser empregada por
áreas de TI que já possuam processos orientados ao
Gerenciamento de Serviços de TI, orientando-os às boas práticas.
Por evidenciar as relações entre os processos da área de TI, qualquer falha de
comunicação ou falta de cooperação entre as várias funções da área de TI pode ser detectada e
eliminada ou minimizada (Magalhães e Pinheiro, 2007, p.65).
A ITIL fornece um comprovado guia para o planejamento de processos padronizados,
funções e atividades para os integrantes da equipe de TI, com referências e linhas de
comunicação apropriadas entre elas (Magalhães e Pinheiro, 2007, p.65).
Complementa ainda que as diversas práticas descrevem os objetivos, atividades gerais,
pré-requisitos necessários e resultados esperados dos vários processos, os quais podem ser
incorporados dentro das áreas de TI (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.65).
Para Magalhães e Pinheiro (2007, p.65) não é a ITIL que define os processos a serem
implementados na área de TI, sendo uma das suas funções principais demonstrar as boas
práticas que podem ser utilizadas para esta definição.
A utilização das boas práticas abordadas pela ITIL, não obriga as organizações a
criarem uma nova maneira de pensar e de agir, isto fica claro no trecho a seguir retirado de
(MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.65):
“Essa adoção fornece somente uma base para estruturar o contexto dos processos já
existentes, validando assim, suas atividades, tarefas, procedimentos e regras”
Neste mesmo sentido (SILVA et al, 2012, p.25) diz que a Information Technology
Infrastructure Library (ITIL) é um framework que reúne as boas práticas para gerenciamento
de serviços de TI mais aceitas mundialmente.
Desperta grande interesse no mercado atualmente, porque, existe uma crescente
preocupação com o gerenciamento de serviços de TI nas empresas e órgãos públicos a nível
mundial (SILVA et al, 2012, p.25).
Como independe de tecnologia e fornecedor, os gestores dos departamentos de TI
buscam através da adoção de boas práticas trazer resultados positivos, como redução de
custos e agilidade em seus processos. Veja citação retirada de (SILVA et al, 2012, p.25):
O framework ITIL é trivial para todas as atividades do setor de
tecnologia de qualquer empresa, de qualquer tamanho ou
segmento, como a parte de fornecimento dos serviços, que é
baseada na infraestrutura de TI. Todas essas atividades estão
envolvidas em vários processos para fornecer um framework
eficaz no gerenciamento de serviços como um todo. Então, cada
um desses processos cobre uma ou várias atividades do
24
Departamento de TI, tais como desenvolver serviços, gerenciar a
infraestrutura, prestar suporte a serviços.
Conclui (SILVA et al, 2012, p.25) que o principal foco das boas práticas (ITIL) é
descrever os processos necessários para gerenciar toda a infraestrutura de TI de forma
eficiente e eficaz, garantindo os níveis de serviço acordados (SLA) com os clientes.
2.3.1 ITIL v1
Segundo informações de Cabrera et al (2010, p.15) a ITIL é um conjunto de melhores
práticas a serem aplicadas na infraestrutura, operação e manutenção de serviços de tecnologia
da informação. Isto fica claro na citação a seguir retirada de Cabrera et al (2010, p.15):
A ITIL endereça estruturas de processos para a gestão de uma
organização de TI apresentando um conjunto compreensivo de
processos e procedimentos gerenciais, organizados em
disciplinas com os quais uma organização pode fazer sua gestão
tática e operacional em vista de alcançar o alinhamento
estratégico com os negócios.
Conforme Cabrera et al (2010, p.15) a metodologia foi criada no final dos anos 1980
pela CCTA (Central Computer and Telecommunications Agency - Agência Central de
Telecomunicações e Computação).
Segundo o autor mencionado no parágrafo anterior esta metodologia surgiu a partir de
pesquisas realizadas por Consultores, Especialistas e Doutores, para desenvolver as melhores
práticas para a gestão da área de TI nas empresas públicas e privadas.
Atualmente a ITIL está sob custódia da Secretaria de Comércio do Governo Inglês
(OGC - Office for Government Commerce). O período de vigência da versão inicial da ITIL é
destacado por Cabrera et al (2010, p.15), conforme segue:
“A primeira versão da ITIL (ITIL v1) foi criada em 1986 e utilizada como padrão até
1999, ela é composta por 40 livros descrevendo a variedade das práticas de TI abrangendo
desde o cabeamento até planejamento de contingência”.
Pelo fato de ser compostos por 40 livros, não constituía uma base única de
conhecimento, sendo utilizado muitas vezes somente para cobrir certas áreas do negócio ao
invés de cobrir todo o negócio conforme relata ainda (CABRERA et al, 2010, p.15).
25
2.3.2 ITIL v2
Segundo (CABRERA et al 2010, p.15) a segunda versão da ITIL (ITIL v2), foi
desenvolvida em 1999, sendo utilizada como padrão até 2007. A ITIL v2 servia para todas as
áreas do negócio de TI.
A figura 2, ilustrada a seguir, apresenta as Organizações responsáveis pela manutenção
e disseminação da ITIL.
Figura 2: Organizações da ITIL.
Fonte: (CABREIRA et al, 2010, p.17 apud AURÉLIO, 2006, p.24).
Em outra citação de (CABRERA et al 2010, p.16) observa-se que a ITIL evoluiu a
partir da ação de diversas áreas, conforme segue:
“Além do OGC, muitas organizações públicas e privadas também contribuíram com
conhecimento e experiência para o desenvolvimento do ITIL, o qual tem vindo a evoluir a
atualizar-se, sendo realizado pela maior parte atualmente pelo itSMF”.
Complementa (CABRERA et al, 2010, p.16) o seguinte:
O itSMF é um fórum público presente em muitos países, sendo
globalmente relacionado e gerido com o propósito de divulgar,
recolher e publicar as melhores práticas para a Gestão de
Serviços TI, para estarem disponíveis em domínio público.
26
A figura 3, a seguir, ilustra as principais áreas de atuação da ITIL v2, após a sua
revisão e posterior publicação, dentro de uma estrutura definida.
Figura 3: Modelo da ITIL v2.
Fonte: Macfarlane (2005, p.10).
Ainda conforme (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.63) no período entre os anos
2000 e 2002, a ITIL sofreu uma completa revisão e reformulação, sendo as práticas reunidas
em oito volumes, conforme relação a seguir, passando a ser conhecida como ITIL v2.
a) Suporte a Serviços (Service Support);
b) Entrega de Serviços (Service Delivery);
c) Planejamento da Implementação de Gerenciamento de Serviços (Planning to
Implement Service Management);
d) Gerenciamento de Aplicativos (Application Management);
e) Gerenciamento de Segurança (Security Management);
f) Gerenciamento de Infraestrutura ICT (ICT Infrastructure Management);
g) Perspectiva de Negócios (Business Perpective);
h) Gerenciamento de Avaliação de Software (Software Asset Management).
Originalmente em palavras de (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.63) a ITIL
consistiu em um grande conjunto de livros, cada um deles descreveu uma área específica de
manutenção e operação da infraestrutura de TI.
27
Segundo Magalhães e Pinheiro (2007, p.64) o objetivo da ITIL após estas revisões é
permitir o máximo de alinhamento entre área de TI e as demais áreas de negócio, de modo a
garantir a geração de valor à organização.
Conforme (MACFARLANE 2005, p.10) o modelo de referência ITIL tem sido alvo de
um minucioso exercício de revisão para consolidar e atualizar suas disciplinas, eliminar
repetições e melhorar a consulta.
2.3.3 ITIL v3
Atualmente a ITIL encontra-se na sua terceira versão (ITIL v3), segundo (CABRERA
et al, 2010, p.17) esta versão foi lançada em 2007 e compreende apenas cinco livros divididos
nas principais áreas aplicáveis da TI.
De acordo com dados retirados da (COMPUTERWORLD, 2007, p.7), segue o
conteúdo básico de cada um destes livros:
 Estratégia de Serviços (Service Strategy): esse livro aborda principalmente as
estratégias, políticas e restrições sobre os serviços. Inclui também temas como reação de
estratégias, implementação, redes de valor, portfólio de serviços, gerenciamento, gestão
financeira e ROI.
 Design de Serviços (Service Design): a abordagem nesse livro engloba políticas,
planejamento e implementação. É baseado nos cinco aspectos principais de design de
serviços: disponibilidade, capacidade, continuidade, gerenciamento de nível de serviços e
outsourcing. Também estão presentes informações sobre gerenciamento de fornecedores e de
segurança da informação.
 Transição de Serviços (Service Transition): o volume apresenta um novo conceito
sobre o sistema de gerenciamento do conhecimento dos serviços. Também inclui abordagem
sobre mudanças, riscos e garantia de qualidade. Os processos endereçados são planejamento e
suporte, gerenciamento de mudanças, gerenciamento de ativos e configurações, entre outros.
 Operações de Serviços (Service Operations): operações cotidianas de suporte são o
norte principal desse livro. Existe foco principal em gerenciamento de service desk e
requisições de serviços, separadamente de gerenciamento de incidentes e de problemas, que
também têm espaço.
 Melhorias Contínuas de Serviços (Continual Service Improvement): a ênfase do
volume está nas ações “planejar, fazer, checar e agir”, de forma a identificar e atuar em
28
melhorias contínuas dos processos detalhados nos quatro livros anteriores. Melhorias nesses
aspectos também levam os serviços aprimorados aos clientes e usuários.
Para finalizar (CABREIRA et al, 2010, p.18), relata que os conceitos da ITIL v3 mais
utilizados na operação de Help Desk e/ou Service Desk estão contidos no quarto livro da ITIL
v3: ITIL Version 3 Service Operation (Operações de Serviços).
2.4 Principais Modelos de Referência de Processos da ITIL
Conforme (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.66-67) ao definir quais são as
atividades do processo, que entradas são necessárias e que resultados podem ser obtidos do
processo, é possível trabalhar de modo mais eficiente e eficaz. Veja citação a seguir:
A medição e a condução das atividades aumentam esta eficácia.
Finalmente, pela adição de normas ao processo, é possível
adicionar medidas de qualidade ao resultado, obtendo-se a
propagada efetividade para a organização. Sendo que estes três
pontos reunidos permitirão, na medida certa, a obtenção do
quarto ponto desejado, a economicidade, ou seja, a melhor
relação custo/benefício para a organização.
Dentre todos os processos, destaca Magalhães e Pinheiro (2007, p.67-68) que dois são
fundamentais para operacionalização plena da ITIL:
 Suporte ao Serviço (Service Support);
 Entrega do Serviço (Service Delivery).
2.5 Suporte ao Serviço (Service Support)
Os processos desta área concentram-se nas tarefas de execução diária, necessárias para
manutenção de serviços de TI já entregues e em utilização pela organização. Conforme
Magalhães e Pinheiro (2007, p.67-68) subdividem-se da seguinte forma:
 Gerenciamento de Configuração (Configuration Management)
 Gerenciamento de Incidente (Incident Management)
 Gerenciamento de Problema (Problem Management)
 Gerenciamento de Mudança (Chance Management)
 Gerenciamento de Liberação (Release Management)
29
2.5.1 Gerenciamento de Configuração
É importante para toda organização, conforme menciona Magalhães e Pinheiro (2007,
p.69), controlar os seus meios de produção, pois eles são a chave para a criação de produtos
ou serviços a serem oferecidos aos clientes, pelos quais se pode criar valor para a organização.
Complementa Magalhães e Pinheiro (2007, p.69) que como todos os demais meios de
produção, os da área de TI devem ser controlados e gerenciados, evitando desperdícios e
agregando valor aos produtos e serviços prestados nestas organizações.
Ainda nas palavras de (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.69):
O processo de Gerenciamento de Configuração é o responsável
pela criação da base de dados de gerenciamento de configuração
(Configuration Management Database - CMDB), a qual é
constituída pelos detalhes dos itens de configuração
(Configuration Items - CIs) empregados para o aprovisionamento
e o gerenciamento dos serviços de TI”. Um item de configuração
é um componente que faz parte ou está diretamente relacionado
com a infraestrutura de TI. Um item de configuração pode ser
um componente físico ou lógico, bem como pode também ser
composto por outros itens de configuração.
Alguns exemplos de itens de configuração são mencionados por Magalhães e Pinheiro
(2007, p.69):
 Microcomputador;
 Placa de rede;
 Software;
 Manual técnico de um equipamento;
 Procedimento de trabalho.
Principais benefícios, conforme (MACFARLANE 2005, p.29):
 Fornece informações precisas sobre os CIs e respectiva documentação para apoiar
todos os outros processos de Gerenciamento de Serviços de TI;
 Facilita a aderência às obrigações legais e contratuais;
 Ajuda no planejamento financeiro através da identificação clara de todos os bens e
associações entre eles;
 Torna as alterações de software transparente, apoia e melhorara o Gerenciamento
de Liberações;
 Melhora a segurança através do controle das versões dos CIs em uso e permite à
organização reduzir a utilização de software não autorizado;
30
 Facilita a análise do impacto e das tendências de Mudanças e Problemas.
Possíveis Problemas, segundo (MACFARLANE, 2005, p.30):
 CIs com nível de detalhe muito alto ou muito baixo;
 Implementação sem suficiente análise e/ou concepção do processo, da base de
dados e dos procedimentos, ou sem o devido planejamento do projeto;
 Planos ou expectativas muito ambiciosos;
 Falta de comprometimento da Direção;
 Ferramenta de suporte sem a flexibilidade necessária;
 Processo contornado, considerado como burocrático e/ou propenso a erros;
 Implementação isolada, sem o necessário apoio dos processos de Gerenciamento de
Mudanças e de Liberações;
 Escopo muito grande ou muito reduzido;
 Não ligado ao ciclo de vida da aplicação ou do projeto.
2.5.2 Gerenciamento de Incidente
O processo de Gerenciamento de Incidente é responsável pelo tratamento e pela
resolução de todos os incidentes observados nos serviços de TI (Magalhães e Pinheiro, 2007,
p.69).
Conforme Magalhães e Pinheiro (2007, p.69) este processo visa o restabelecimento
dos serviços no menor prazo possível.
Para a sua operacionalização, ele se apoia na estrutura da Central de Serviços, sendo
que Magalhães e Pinheiro (2007, p.69) complementam esta ideia da seguinte forma:
“A Central de Serviços é um importante componente do aprovisionamento de serviços
de TI para a organização. Ela é frequentemente o primeiro ponto de contato dos usuários que,
ao utilizarem um serviço de TI, percebem alguma coisa diferente do previsto”.
Os dois principais focos de uma Central de Serviços são o
gerenciamento e a comunicação de incidentes. Há diferentes
tipos de central de serviços, a seleção do mais apropriado para
uma dada organização dependerá das necessidades para a
implementação de sua estratégia de negócio (MAGALHÃES E
PINHEIRO, 2007, p.69).
31
Conforme Magalhães e Pinheiro (2007, p.69-70), algumas Centrais de Serviço provêm
apenas o registro das chamadas e quando detectam ser um incidente, transferem a chamada
para outra equipe mais experiente e capacitada para o atendimento.
Ressalta ainda Magalhães e Pinheiro (2007, p.70) que outras provêm um alto nível de
serviço, possibilitando a resolução de grande parte dos incidentes reportados durante o
período do atendimento, enquanto o usuário o está reportando.
Principais benefícios, conforme (MACFARLANE, 2005, p.21):
 Redução do impacto no negócio pela resolução oportuna;
 Identificação proativa de melhorias vantajosas;
 Disponibilidade de informações com foco de negócio relacionadas com o Acordo
de Nível de Serviço (SLA);
 Melhor monitoramento da performance versus os SLAs;
 Melhor utilização do pessoal levando a uma maior eficiência
 Eliminação de Incidentes e Requisições de Serviço perdidos;
 Informação mais precisa no CMDB, permitindo auditoria contínua durante o
registro de Incidentes;
 Maior satisfação do Usuário;
 Menos interrupções para a equipe de suporte de TI e para os Usuários;
Possíveis Problemas, segundo (MACFARLANE, 2005, p.21):
 Falta de comprometimento da direção;
 Falta de Acordos de Níveis de Serviço (SLA) com o Cliente;
 Falta de conhecimento ou recursos para resolver os Incidentes;
 Processos ou funções inexistentes ou mal integrados;
 Falta, inadequação ou alto custo das ferramentas de software;
 Usuários e pessoal de TI contornando o processo.
2.5.3 Gerenciamento de Problema
Já neste segmento Magalhães e Pinheiro (2007, p.70) ressalta que o processo de
Gerenciamento de Problema é o responsável pela resolução definitiva e prevenção das falhas
por trás dos incidentes que afetam o funcionamento normal dos serviços de TI.
32
Os autores acima citados destacam ainda que isto inclui assegurar que as falhas serão
corrigidas, prevenir a reincidência das mesmas e realizar uma manutenção preventiva que
reduza a possibilidade de que venham a ocorrer.
Principais benefícios, conforme (MACFARLANE, 2005, p.25):
 Melhoria nos serviços de TI;
 Redução do volume de Incidentes;
 Soluções definitivas;
 Maior aprendizado organizacional;
 Maior taxa de resolução de Incidentes no primeiro contato, pela Central de
Serviços.
Os problemas, também seguem em destaque, segundo (MACFARLANE, 2005, p.25):
 Ausência de um bom processo de Controle de Incidentes;
 Falta de comprometimento da Direção;
 Subestimar o papel do Service Desk;
 Tempo e recursos insuficientes para criar e manter a base de conhecimento;
 Incapacidade de avaliar corretamente o impacto dos Incidentes e Problemas no
negócio.
2.5.4 Gerenciamento de Mudança
Segundo (MACFARLANE, 2005, p.31) as mudanças na infraestrutura de TI podem
surgir de duas formas:
 Reativo: em resposta a problemas ou necessidades impostas externamente como,
por exemplo, mudanças legislativas;
 Proativo: na busca de maior eficiência e efetividade ou para permitir ou refletir
iniciativas de negócio ou de programas e projetos de melhoria dos serviços.
Para Magalhães e Pinheiro (2007, p.70):
O processo de Gerenciamento de Mudança tem a finalidade de
assegurar que todas as mudanças necessárias nos itens de
configuração (Configuration Item) serão realizadas conforme
planejado e autorizado, o que inclui assegurar a existência de
uma razão do negócio subjacente a cada mudança a ser realizada,
identificar os itens de configuração envolvidos, testar o
procedimento de mudança e garantir a existência de um plano de
33
recuperação do serviço, caso algum imprevisto venha a ocorrer,
como, por exemplo, o bloqueio inesperado de um item de
configuração.
Os principais benefícios oferecidos pelo Gerenciamento de Mudanças é mencionado
por (MACFARLANE, 2005, p.36), conforme segue:
 Melhor alinhamento dos serviços de TI às necessidades reais do negócio;
 Maior visibilidade e comunicação das Mudanças ao pessoal de Suporte a Serviços e
de negócio;
 Redução do impacto negativo da Mudança no serviço de TI, através de melhor
avaliação de riscos e impactos técnicos e de negócio;
 Melhor avaliação dos custos das Mudanças propostas antes que eles aconteçam;
 Melhor Gerenciamento de Problemas, de Fornecedores e da Disponibilidade através
da utilização de informações gerenciais valiosas relacionadas às Mudanças;
 Aumento da produtividade dos Usuários devido ao menor número de interrupções e
maior qualidade dos serviços;
 Aumento da produtividade do pessoal-chave da TI, devido a menor esforço na
reparação de Mudanças malfeitas;
 Maior capacidade de absorver um grande volume de Mudanças.
Alguns possíveis problemas também são observados segundo (MACFARLANE, 2005,
p.37):
 Definição incorreta do escopo - por exemplo, pessoal sobrecarregado, mudanças
não alinhadas com o ciclo de vida do projeto - ou incapacidade para referir todos os aspectos
da Mudança;
 Ausência de propriedade e de conhecimento dos sistemas afetados impossibilitando
a avaliação do impacto;
 Resistência da equipe a um processo percebido como muito burocrático;
 Falta de comprometimento e suporte visíveis por parte da Direção para reforçar o
processo;
 Falta de controle sobre as Mudanças urgentes;
 Falta de um CMDB com informações precisas.
34
2.5.5 Gerenciamento de Liberação
Segundo consta em Magalhães e Pinheiro (2007, p.70) o Gerenciamento de Liberação
é o processo responsável pela implementação das mudanças no ambiente de infraestrutura de
TI.
Complementando Magalhães e Pinheiro (2007, p.70) dão a ideia que este processo é
diretamente ligado à colocação no ambiente de produção de um conjunto de itens de
configuração novos e/ou que sofreram alterações, os quais foram testados em conjunto.
Ainda em trecho de (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.70) é descrito o seguinte:
“Uma vez que uma ou mais mudanças são desenvolvidas, testadas e empacotadas para
implementação, o processo de Gerenciamento de Liberação é responsável por introduzi-las na
infraestrutura de TI e gerenciar as atividades relacionadas com tal liberação”.
Conclui-se, em trecho também retirado de (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.70),
o seguinte:
“O processo de Gerenciamento de Liberação também contribui para aumentar a
eficiência da introdução de mudanças no ambiente de infraestrutura de TI, combinando-as em
uma única liberação e realizando a implementação das mesmas em conjunto”.
Segundo (MACFARLANE, 2005, p.42) quando combinado com o Gerenciamento da
Configuração, o Gerenciamento de Mudanças e testes operacionais aliado ao Gerenciamento
de Liberações pode garantir os seguintes benefícios:
 Serviço de melhor qualidade, como resultado de Liberações com maior taxa de
sucesso e da minimização das interrupções na atividade do negócio;
 Garantia de que o hardware e o software em produção são de qualidade
reconhecida, reduzindo-se a hipótese de uso ilegal, incorreto ou não-autorizado;
 Melhor uso dos recursos, do Usuário, de teste e de desenvolvimento;
 Maior capacidade da organização para lidar com altos níveis de Mudança;
 Melhor estabelecimento de expectativas para os Usuários do negócio e para o
pessoal de Suporte a Serviços.
Possíveis Problemas destacados por (MACFARLANE, 2005, p.42):
 Resistência do pessoal aos novos procedimentos;
 Contorno ou uso inadequado dos procedimentos de “urgência”;
 Indefinição em termos de propriedade e aceitação de papéis entre o pessoal
operacional e de desenvolvimento;
35
 Construção e testes inadequados das Liberações, devido a insuficiência de recursos
de hardware;
 Incapacidade para recriar todos os ambientes possíveis
 Falta de compreensão do conteúdo total de uma Liberação ou pressão no sentido de
fazer o lançamento antes de a Liberação estar totalmente preparada;
 Resistência em retornar à situação anterior, no caso de uma Liberação defeituosa.
2.6 Entrega do Serviço (Service Delivery)
Para (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.68) os processos desta área concentramse nas atividades de planejamento a longo prazo dos serviços que serão demandados pela
organização e na melhoria dos serviços já entregues e em utilização pela organização.
São Eles:
- Gerenciamento de Nível de Serviço (Service Level Management)
- Gerenciamento de Capacidade (Capacity Managemente)
- Gerenciamento de Disponibilidade (Availability Management)
- Gerenciamento de continuidade dos Serviços de TI (IT Service Continuity
Management).
- Gerenciamento Financeiro (Financial Management)
2.6.1 Gerenciamento do Nível do Serviço
O processo de Gerenciamento do Nível de Serviço é a base para o gerenciamento dos
serviços que a área de TI aprovisiona para a organização. Para complementar esta ideia segue
trecho de Magalhães e Pinheiro (2007, p.70-71):
Sua responsabilidade é assegurar que os serviços de TI, dentro
dos níveis de serviços acordados, serão entregues quando e onde
as áreas usuárias o definirem. Tal processo depende de todos os
demais processos de entrega de serviços (Service Delivery), e
seu gerente geralmente é o próprio gerente da área de TI, haja
vista a sua importância para a imagem da área de TI perante toda
a organização.
Conforme (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.71) o processo Gerenciamento do
Nível de Serviço pode ser divido nos seguintes subprocessos:
36
 Revisão dos serviços disponibilizados.
 Negociação com os clientes.
 Revisão dos contratos de serviços com fornecedores externos.
 Desenvolvimento e monitoração dos acordos de nível de serviço.
 Implementação das políticas e dos processos de melhoria contínua.
 Estabelecimento de prioridades.
 Planejamento do crescimento dos serviços.
 Definição do custo dos serviços em conjunto com o gerenciamento financeiro e da
forma de ressarcimento destes custos.
Os principais benefícios são destacados por (MACFARLANE, 2005, p.48), conforme
segue:
 Ambas as partes têm uma visão mais clara de suas responsabilidades e de que
existem objetivos de serviço específicos a atingir;
 A monitoração e a revisão dos serviços irão permitir a identificação dos pontos
fracos, para que possam ser realizadas as ações corretivas;
 São evitados mal-entendidos entre Clientes e Fornecedores de serviços de TI;
 O GNS (Gerenciamento de Nível de Serviço) apoia o gerenciamento de
Fornecedores e os SLAs são uma peça-chave da gerência desses relacionamentos;
 Os serviços de TI são projetados para atender às Requisições de Nível de Serviço
(RNSs) das futuras necessidades do negócio;
 Os SLAs (Acordo de Nível de Serviço) podem ser usados como base para a
cobrança e devem mostrar o que o Cliente irá receber por seu dinheiro;
 Os OLAs (Acordos de Nível Operacional) e contratos de apoio com Fornecedores
externos alinham-se melhor aos serviços de negócio necessários.
A relação de possíveis problemas são abordados por (MACFARLANE, 2005, p.42),
conforme segue:
 Garantir que os objetivos sejam verificados e concretizáveis antes de concordar e se
comprometer com eles;
 Monitorar, medir e informar as reais realizações;
 Escopo incorreto, com recursos e tempos inadequados;
 Atribuição de autoridade insuficiente ao SLA para promover negociações /
melhorias;
37
 Os SLAs podem não estar suportados por contratos de apoio ou acordos adequados;
 Os SLAs podem ser demasiado extensos, pouco concisos, sem foco no negócio e,
portanto, não utilizados;
 Compreensão deficiente das necessidades do negócio, sem justificativa de negócio
para os Níveis de Serviço requisitados;
 Falta de foco nos processos / serviços de negócio críticos;
 Resistência à Mudança;
 Os Níveis de Serviço a serem fornecidos são impostos aos Clientes;
 Percepção e expectativa do Cliente;
 Não-utilização do GNS para acionar melhorias nos serviços;
 GNS não-alinhado com o ciclo de vida completo do serviço.
2.6.2 Gerenciamento de Capacidade
Conforme (MACFARLANE, 2005, p.55) este nível garante que a provisão das
capacidades de processamento e de armazenamento da TI acompanhem as crescentes
demandas do negócio de uma forma efetiva em custo e no prazo adequado.
Segue trecho também retirado de (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.71):
O processo de Gerenciamento da Capacidade é responsável pela
disponibilização no tempo certo, no volume adequado e no custo
apropriado dos recursos de infraestrutura de TI necessários ao
atendimento das demandas do negócio em termos de serviços de
TI, garantindo que os recursos disponíveis sejam utilizados da
forma mais eficiente possível. Para atingir seus objetivos, é
imprescindível a identificação dos serviços de TI que serão
requeridos pelas áreas de negócio da organização, a definição de
qual infraestrutura de TI e o nível de contingência serão
necessários, além de calcular o custo desta infraestrutura.
O processo de Gerenciamento de Capacidade pode conforme Magalhães e Pinheiro
(2007, p.71) ser divido nos seguintes subprocessos:
 Monitoração do desempenho.
 Monitoração da carga de trabalho/demanda.
 Dimensionamento da aplicação.
 Projeção de recursos.
 Projeção da demanda.
 Estabelecimento de modelos.
38
Seguem os benefícios segundo (MACFARLANE, 2005, p. 60):
 Maior eficiência e redução de custos, resultando em um fornecimento de serviços
mais econômico;
 Gastos postergados;
 Eliminação de capacidade adicional desnecessário e otimização do equipamento;
 Eliminação de compras dispendiosas de última hora;
 Redução do risco de falhas e Problemas de desempenho;
 Previsões mais precisas e confiáveis;
 Comunicação prévia e antecipada, das questões sobre capacidade no âmbito do
ciclo de desenvolvimento da aplicações;
 Melhor e mais informação na aquisição de recursos de TI
 Melhor relacionamento com Clientes e Usuários, com maior compreensão dos
Níveis de Serviço e SLAs;
 Melhoria dos serviços através de um maior controle;
 Menor necessidade de suporte reativo.
Possíveis Problemas também destacados por (MACFARLANE, 2005, p. 60):
 Expectativas dos Clientes excedem a capacidade técnica;
 Excesso de expectativa sobre os benefícios a serem obtidos dos ajustes;
 Índices de performance irreais ou inatingíveis por parte dos fornecedores e
fabricantes de equipamentos;
 Indisponibilidade de informações de negócio, devido a preocupações comerciais
e/ou de segurança;
 Informações e previsões de negócio duvidosas e imprecisas;
 Informações incompletas ou imprecisas, em especial as provenientes de PCs, redes
e sistemas distribuídos;
 Dados em demasia: muitas ferramentas fornecendo enormes quantidades de
informações sobre capacidade;
 Falta de recursos financeiros e técnicos e competências.
39
2.6.3 Gerenciamento de Disponibilidade
Para (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.72) o Gerenciamento da Disponibilidade
é o processo da ITIL que visa determinar os níveis de disponibilidade dos diversos Serviços
de TI a partir dos requerimentos do negócio.
Uma vez definidos os níveis de disponibilidade, estes devem ser discutidos com as
áreas-cliente, conforme informações de Magalhães e Pinheiro (2007, p.72), passando o
resultado a constar dos acordos de nível de serviço assinados.
Pra finalizar (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.72) faz a seguinte afirmação:
“A disponibilidade é, em geral, calculada com base em um modelo que considera a
disponibilidade média e os impactos decorrentes dos pontos de falha mapeados com a
utilização da técnica Fault Tree Analysis (FTA)”.
Os principais benefícios oferecidos neste nível são destacados, a seguir, conforme
(MACFARLANE, 2005, p.71):
 Endereça as necessidades fundamentais do negócio com o intuito de altos níveis de
disponibilidade;
 Os serviços são projetados e gerenciados para satisfazer os requisitos específicos do
negócio com um custo aceitável;
 Os níveis de disponibilidade são avaliados para suportar plenamente o
Gerenciamento de Nível de Serviço;
 São identificadas quebras nos Níveis de Serviço e tomadas medidas corretivas;
 A frequência e a duração das falhas nos serviços de TI são bem menores;
 Mudança na atitude da TI, de reativa para proativa;
 O suporte de TI “agrega valor” ao negócio.
Para finalizar, (MACFARLANE, 2005, p.71) exibe uma lista de possíveis problemas,
relacionados abaixo:
 Medidas de disponibilidade sem significado para o negócio;
 Avaliação da disponibilidade inexistente no ponto de entrega do serviço;
 Dificuldade para encontrar pessoal experiente e especializado;
 Justificação das despesas na Gerência;
 Falta de compromisso da Gerência;
 Falta de software adequado;
40
 Dependência de dados dos Fornecedores sobre a capacidade de serviço, isto é,
confiabilidade e sustentabilidade;
 Dificuldade em determinar requisitos de disponibilidade do negócio e do Cliente;
 Falta de informação sobre a infraestrutura de TI, se não existir uma Base de Dados
do Gerenciamento da Configuração.
2.6.4 Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI
O processo de Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI, conforme
Magalhães e Pinheiro (2007, p.72) é o responsável pela validação dos planos de contingência
e recuperação dos serviços de TI após a ocorrência de acidentes.
Segundo informações destes mesmos autores citados no parágrafo anterior, ele não
trata apenas de medidas reativas, mas também de medidas proativas decorrentes de ações de
mitigação dos riscos de ocorrência de um desastre em primeira instância.
Para deixar bem clara esta ideia segue citação retirada de (MAGALHÃES E
PINHEIRO, 2007, p.72) a seguir:
O Plano de Continuidade do Negócio é desenvolvido atualmente
não apenas para garantir a recuperação e a disponibilização dos
serviços de TI, mas também com uma visão de recuperação do
processo de negócio, utilizando uma visão fim-a-fim, de modo
que a organização volte o mais rápido possível a operar e a
atender seus clientes finais, após a ocorrência de um desastre.
Neste nível (MACFARLANE, 2005, p.65) destaca os principais benefícios, conforme
segue:
 Gerenciamento do risco e consequente redução do impacto da falha;
 Prêmios de seguro potencialmente mais baixo;
 Cumprimento de requisitos mandatórios ou regulatórios;
 Melhoria do relacionamento entre o negócio e a TI, pois a TI torna-se mais focada
no negócio, e mais consciência dos impactos e prioridades do negócio;
 Menor interrupção do negócio durante um Incidente, com a capacidade para
recuperar serviços com eficiência, seguindo a prioridade do negócio;
 Maior confiança por parte do Cliente, possível vantagem competitiva e maior
credibilidade organizacional.
41
A lista de principais problemas, segue em destaque, também conforme
(MACFARLANE, 2005, p. 66):
 Obter recursos e comprometimento da Direção;
 Convencer e conseguir o apoio do negócio;
 O processo e o custo do teste e invocação de planos para os serviços em produção;
 Disponibilidade de componentes, recursos e dados para teste da recuperação da TI e
dos Planos de Continuidade do Negócio;
 Ignorar componentes, aplicações e dependências críticas, e interpretar erroneamente
os impactos no negócio;
 Impacto no negócio e/ou enfoque do negócio incorretos;
 Fraca integração com outros processos de negócio e do Gerenciamento de Serviços.
2.6.5 Gerenciamento Financeiro
Em citação de (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.72) temos que:
“O processo de Gerenciamento Financeiro é aquele cujo objetivo é determinar o
verdadeiro custo de todos os serviços de TI e demonstrá-lo de maneira que a organização
possa entendê-lo e utilizá-lo para o processo de tomada de decisão”.
Pode-se concluir segundo Magalhães e Pinheiro (2007, p.72) que tal processo
posteriormente, é responsável pelo estabelecimento dos mecanismos que viabilizem a
cobrança do custo dos serviços de TI de seus respectivos clientes.
Segue lista de benefícios, conforme (MACFARLANE, 2005, p.54):
 Redução de custos de longo prazo;
 Maior confiança no estabelecimento e gerenciamento dos orçamentos;
 Informação precisa sobre custos para apoio ao investimento em TI;
 Uso mais eficiente da TI em todas as áreas de negócio;
 Maior conscientização e profissionalismo dentro da TI;
 Garantia de que o negócio fornece fundos suficientes para a operação dos serviços
de TI necessários;
 Decisões sobre os serviços de TI, tomadas mais baseadas no negócio;
 Recuperação dos custos da TI de uma forma justa, de acordo com a utilização;
 Influência no comportamento de Clientes e Usuários;
42
 Permite comparação entre Provedores de serviço alternativos.
A seguir, a contrapartida de problemas em relação aos benefícios citados acima,
conforme (MACFARLANE, 2005, p.54):
 Previsão orçamentária, contabilidade (prestação de contas) e cobrança são, com
frequência, disciplinas novas para TI e, portanto, de conhecimento limitado;
 A falta de disponibilidade de informações de planejamento, dentro e fora da TI,
pode causar problemas e atrasos;
 São raros os profissionais de TI com conhecimento contábil-financeiro, o que leva
ao fato de as atividades-chave serem confiadas a recursos externos sem maior
comprometimento;
 As estratégias e objetivos dos Sistemas de Informação empresariais podem não
estar bem desenvolvidas e a previsão da capacidade pode não ser exata;
 Os Gerentes Seniores de TI e de Negócio podem ressentir-se com os custos gerais
administrativos dos processos financeiros;
 A TI pode não ser capaz de responder às mudanças nas demandas do Cliente
quando os custos tornam-se agentes de influência;
 Os processos financeiros são tão elaborados que o custo do sistema excede o valor
da informação;
 As ferramentas de monitoramento que fornecem informação sobre a utilização dos
recursos são imprecisas, irrelevantes ou muito dispendiosas;
 Se os custos forem considerados excessivos, os clientes podem buscar serviços de
TI com outros Fornecedores.
2.7 Outros Modelos de Referência de Processos previstos pela ITIL
Complementa (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.68) que além dos processos
destas duas áreas principais, descritos na ITIL, o modelo de referência de processos prevê
outros relacionados com:
 Gerenciamento de Aplicação (Application Management);
 Gerenciamento da Segurança (Security Management);
 Gerenciamento da Comunicação (Communication Management);
43
 Gerenciamento do Relacionamento (Relation Management).
É importante salientar, conforme Magalhães e Pinheiro (2007, p.68) que a ITIL não se
limita aos processos nem as funções citadas anteriormente, compreendendo vários outros
aspectos e processos da área de TI.
Como tais processos não tem relação direta com o objetivo principal deste Trabalho de
Conclusão de Curso, não farão parte do conteúdo abordado em todos os capítulos e
subcapítulos aqui presentes, sendo destacados anteriormente somente alguns de seus tópicos
principais para utilização em projetos futuros.
2.8 O Serviço De Help Desk
Conforme (COHEN, 2008, p.19) a expressão Help Desk é antiga. Isso fica claro em
um trecho destacado abaixo, deste mesmo autor:
Desde os tempos dos mainframes, passando pela difusão da
microinformática e o consequente alastramento de recursos
computacionais por todas as áreas da empresa, sempre existiu o
conceito de Help Desk ou, ao menos, centro de suporte técnico.
Para lá as pessoas ligavam com dúvidas de uso.
Ainda conforme Cohen (2008, p.20) com o passar do tempo essa área passou a
assumir responsabilidades que antes não constavam em suas atribuições.
A responsabilidade, por exemplo, de controle de inventário, gerência de licenças de
software, serviços de deskside (ir até a mesa do usuário, corrigir algum problema), registrar e
coordenar serviços de instalação de software e outros encargos (Cohen, 2008, p.20).
As alterações agregadas ao Help Desk com o passar do tempo, trouxeram um novo
conceito, em que muitos outros serviços também são prestados e isto é atualmente
denominado de Service Desk (Cohen, 2008, p.20).
Em contrapartida em que o técnico vai até o usuário para resolver problemas
relacionados com o software de correio eletrônico, troca do papel-de-parede da tela do
computador e ensina a substituir o cartucho de tinta da impressora, etc. (Cohen, 2008, p.20).
Para (COHEN, 2008, p.20) este mesmo técnico agora está envolvido com solicitações
de compra ou mudança de configuração de equipamento, controle de contratos de
fornecedores, entre outras atividades que o Help Desk não executava anteriormente.
Por uma questão pessoal, conforme as pesquisas realizadas e dadas as devidas
proporções e consciência das diferenças entre Help Desk e Service Desk, ambos irão ser
44
tratados somente como Help Desk ou então Help Desk e/ou Service Desk, neste Trabalho de
Conclusão de Curso, para fins de simplificação e também pela tradição preexistente a respeito
destes serviços.
2.9 Introdução a Help Desk e/ou Service Desk
Segundo (COHEN, 2008, p.17) para compreender melhor qualquer organização
(inclusive o seu departamento de Help Desk/Service Desk) entenda que qualquer uma delas,
seja uma loja, oficina, clube ou outra estrutura, se baseia em três pilares:

Infraestrutura (ou tecnologia);

Processos;

Pessoas.
Ainda para (COHEN, 2008) se não houver uma infraestrutura mínima (telefones,
mesas e cadeiras, computadores, um aplicativo para registrar incidentes e outros itens), de
nada adianta uma equipe competente e motivada.
Simplificando a ideia de Cohen (2008, p.17) fica claro que mesmo possuindo uma
tecnologia de última geração e com pessoas treinadas em atendimento, mas que, ao abrirem
um incidente, não possuem orientação para onde encaminhar o mesmo, ou de quem cobrar
retorno depois de alguns dias, ou quanto tempo leva para solução, também é um panorama
ruim e ineficaz.
No entanto, processos definidos por uma consultoria de renome e com alta tecnologia
são inúteis quando a equipe encontra-se desmotivada ou mal treinada (Cohen, 2008, p.17).
Já para (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.110) é destacado a ideia de um ponto
único de contato, conforme trecho que segue:
Para alcançar os objetivos traçados pelos clientes e pela
estratégia de negócio da organização em relação aos serviços de
TI, muitas organizações têm implementado um Ponto Único de
Contato (SPOC – Single Point of Contact) para a recepção das
chamadas dos usuários e clientes relacionadas aos serviços de TI
e ao tratamento de eventos a eles relacionados.
Sendo que esta função é conhecida, segundo (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007,
p.110) sob diversos nomes, sendo os mais habitualmente utilizados:
 Central de Suporte (Help Desk);
45
 Centro de Contatos (Contact Center);
 Central de Serviços (Service Desk).
Para finalizar (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.111) destaca a seguinte ideia:
“Muitas operações de Centrais de Suporte (Help Desk) e Centro de Contatos (Contact
Center) naturalmente evoluem para Centrais de Serviços, ampliando e melhorando os serviços
prestados aos seus usuários e clientes e, consequentemente, ao negócio”.
2.10 Catálogo de Serviços e SLAs (Níveis de Acordo de Serviço)
A sigla SLA traduzida para o português significa “Níveis de Acordo de Serviço” e é a
abreviatura de (Service Level Agreement), conforme (COHEN, 2008, p.29).
Um dos primeiro passos para organizar o departamento de Help Desk, segundo Cohen
(2008, p.26), é listar todos os serviços disponibilizados para os usuários, tal procedimento irá
facilitar que ambos os lados compreendam que solicitações podem ou não serem realizadas.
Para (COHEN, 2008, p.26) à medida que o usuário desconhece os serviços que o Help
Desk oferece, é natural presumir que qualquer ocorrência com tecnologia será da
responsabilidade deste. E nem sempre toda essa demanda deve ser encaminhada para o Setor
de TI.
Conforme Cohen (2008, p.27) inicialmente pode-se gerar um rascunho que esboce um
catálogo de serviço para área de atuação de interesse, relacionando os “Serviços prestados” e
também os “Serviços não suportados”, separados em duas subseções distintas.
Todos os eventos ocorridos durante as semanas, meses e último ano corrente serão
transcritos. Conforme itens relacionados por (COHEN, 2008, p.27-28) que seguem:
Alguns exemplos:
 Serviços prestados
 Instalação padrão do sistema operacional;
 Substituição de monitor;
 Esclarecimento de dúvidas no uso do office;
 Reinicialização de senhas da rede;
 Serviços não suportados
 Empréstimo de notebook;
46
 Instalação de software na casa do funcionário;
 Esclarecimento de dúvidas no uso de celular pessoal;
Veja trecho retirado de (COHEN, 2008, p.28) a seguir:
“Após elencar todos os itens do Catálogo de Serviços, os mesmos devem ser
classificados em grupos e subgrupos de modo a facilitar aos usuários que o utilizarão a
localizar facilmente todos os serviços que são prestados e podem ser solicitados.”
Segundo (COHEN, 2008, p.29) para cada serviço que o Help Desk oferece, existem
uma combinação a ser feita com o representante dos seus usuários e que define qual a
importância desse serviço, em que horário é oferecido e por meio de quais mecanismos, entre
outros.
2.10.1 Prioridade e Prazos (Help Desk)
Para evitar que todos os incidentes tomem a classificação de urgente, segundo
(COHEN, 2008, p.30), deve-se organizar em conjuntos com os clientes uma combinação de
serviços versus prioridades.
O autor citado no parágrafo anterior anteriormente destaca que tal medida serve para
evitar que o técnico dê mais atenção a uma troca de papel-de-parede da tela do computador do
que ao problema que impede o recebimento de e-mails em toda corporação.
Conforme (COHEN, 2008, p.30-31) a solução é criar uma tabela relacionando as
prioridades com o tempo de solução do problema. Ela facilita administrar e delimitar as
expectativas do usuário e de seu próprio técnico que não precisa sair correndo se alguém
“gritar alto”.
Para (COHEN, 2008, p.31) no decorrer das tarefas, estabeleça as prioridades:
existindo dois ou mais serviços com o mesmo prazo, qual deles tem maior importância em
relação aos outros (prioridade maior)? Qual gera maior impacto no negócio?
Para definir a prioridade observe os seguintes itens, listados por (COHEN, 2008,
p.32):
 Impacto no negócio: medida sobre como o serviço é crítico para o negócio.
Envolve a quantidade de pessoas ou sistemas afetados. Uma empresa de e-commerce cujo
servidor de hospedagem do site fica com baixa performance tem impacto critico no negócio,
pois o consumidor não consegue comprar produtos. Pior, irá adquirir nos concorrentes.
47
 Urgência: é a velocidade necessária para resolver um problema nos serviços. Nem
sempre um problema de alto impacto precisa ser resolvido imediatamente. Um usuário com
dificuldades operacionais em sua estação (impacto “crítico”) pode ter urgência definida como
“baixa” se estiver saindo de férias.
Na tabela 01, pode ser verificada uma pequena grade de prioridades, tornando-se algo
fácil para administrar inicialmente, não sendo recomendado abrir um leque grande e
complicado de opções.
Tabela 01 - Tabela de Prioridades
Prioridade
Crítica
Urgente
Média
Baixa
Fonte: Cohen (2008, p.31)
Componente
Crítico parado
Crítico degradado
Não crítico
Outras solicitações/questões
Tempo de solução
15 min
2 horas
8 horas
12 horas
2.10.2 Usuários e suas Responsabilidades
Uma observação importante é, por exemplo, se não oferecer atendimento por correio
eletrônico, rejeitar qualquer pedido de ajuda por este método de solicitação. Direcione o
usuário para os métodos formais (Cohen, 2008, p.33).
Essa instrução coordena os serviços e impede confusões. Vale o mesmo para o usuário
que “caça” técnicos pelos corredores da empresa. Oriente-os a responder da seguinte maneira:
“Só posso atender incidentes registrados pelos canais formais” (Cohen, 2008, p. 99).
Existe um conjunto de obrigações a serem seguidas pelos usuários, contrabalanceando
a responsabilidade de quem presta suporte com o compromisso de quem o for solicitar.
Seguem alguns exemplos a serem seguidos pelos usuários conforme (COHEN, 2008,
p.34-35):
 O usuário deve usar apenas os mecanismos definidos para acionar o Help
Desk, porque você precisa organizar e documentar cada incidente.
Deixe evidente que nenhum outro procedimento – bilhete sobre a mesa, recado para
fulano, pegar alguém no corredor e outras formas criativas – será aceito.
 O usuário não habituado com a tecnologia básica deve participar do
treinamento básico. Quanto mais o usuário dominar o uso da tecnologia, melhor para o
negócio.
48
Isto pode ser através de cursos realizados com instrutores externos ou oferecido por
meio do Help Desk (Slides, documentos, filmes, tutoriais, dicas e outras formas de
aprendizado). Um esforço extra nesse sentido irá gerar economia de tempo posteriormente.
 O usuário deve ler e obedecer aos documentos que explicam a política
corporativa de segurança e padrões. A condição indispensável é que tais documentos
precisam existir.
Sendo que na falta dos mesmos, pode-se usar um rascunho externo (empresa maior,
adiantada nesse assunto, ou de um colega profissional).
Após adaptação desta política a realidade de cada ambiente, é importante assinatura, se
possível, atestando que cada um dos usuários conhecem essas regras e estão cientes das
penalidades de futuras infrações.
2.10.3 Geração de Relatórios
Após a definição de todas as métricas é preciso verificar se as mesmas estão sendo
alcançadas, sendo a melhor delas a coleta de dados estatísticos para geração de relatórios
(Cohen, 2008, p.36).
Estes relatórios exibem dados que permitem saber como avança (ou não) a
performance e aderência das políticas adotadas e principalmente onde a necessidade de
aperfeiçoamento (Cohen, 2008, p. 36).
Complementando Cohen (2008, p.36) destaca o seguinte a respeito dos relatórios:
Também é possível analisar a falta de recursos, acompanhamento no número de
incidentes entre outros detalhes muito importantes na tomada de decisões. Podemos incluir no
documento de SLA quem recebe os relatórios, em que periodicidade e o respectivo conteúdo.
Segundo (COHEN, 2008, p.37) os itens a serem abordados nos relatórios são os mais
diversos possíveis e dependem da área de atuação de cada entidade abordada. Os itens
descritos a seguir servem como sugestão:
 O número de incidentes no período;
 Os dez usuários mais atuantes;
 Os dez usuários com maior número de chamados em determinado período;
 Os tipos de solicitações e problemas ocorridos;
 O tempo médio de solução;
 Os incidentes do tipo “como-é-que-eu-faço”;
49
 Quantidade de incidentes resolvidos no primeiro atendimento;
 Reabertura de incidentes.
2.10.4 PDCA
Para (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.59) o objetivo do processo de melhoria
continua na área de TI é fazer com que os clientes não vão embora, ou seja, procurem outros
fornecedores de serviços de TI externos à organização.
Complementando esta ideia (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.59) destaca
conforme as palavras de Deming, “clientes insatisfeitos não se queixam; mudam de
fornecedor”.
Ainda segundo (MAGALHÃES E PINHEIRO, 2007, p.58) a PDCA (Plan, Do, Check,
and Act) é a metodologia recomendada pela ITIL para realização do processo de melhoria
contínua dos serviços da área de TI.
Figura 4 - Ciclo eterno PDCA.
Fonte: Cohen (2008, p.39).
50
Segundo (COHEN, 2008, p.38) o ciclo PDCA é um método direto para progredir nos
assuntos sobre catálogo de serviços e prazos, conforme ilustrado na figura 4. Foi idealizado
por Walter Shewhart e divulgado e popularizado por William Edwards Deming.
Conforme destaca ainda (COHEN, 2007, p.38) o PDCA é dividido em quatro etapas
distintas, interligadas entre si, formando um processo de continuidade entre elas através de um
loop infinito. Conforme segue:
Plan (planejamento): deve ser estabelecido os objetivos (metas), procedimentos e
processos (metodologias) necessários para chegar até os resultados. Quem montará o catálogo
de serviços, quando as revisões serão feitas e assim por diante.
Do (execução): execução das atividades, priorizando que as mesmas não fiquem
somente no papel.
Check (verificação): monitoramento periódico dos resultados alcançados, veja se
atingiu o planejado, porque não e se há necessidade de mais recursos.
Act (ação): as avaliações do item anterior irão definir as ações e ajudar na confecção
de novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando
a execução e corrigindo eventuais falhas.
2.11
Fluxo Básico do Gerenciamento de Incidentes
O nascimento de um Help Desk é originado sempre que um usuário encontra uma
dificuldade com a tecnologia que utiliza e contata o suporte por meio de um dos mecanismos
habituais: telefone, e-mail ou web (Cohen, 2008, p.83).
Cohen (2008, p.83-84) destaca ainda que existem outras formas como mensagens
instantâneas ou chat on-line, que não são tão comuns quanto às outras três.
Os vários níveis de encaminhamento que devem ser utilizados, podem ser observados
na citação de (COHEN, 2008, p.88) a seguir:
No momento em que o técnico-atendente não tem mais o que
fazer. Não detém conhecimento suficiente para resolver o
problema, pois já utilizou toda sua capacidade técnica ou não
tem autorização para realizar uma mudança no curso do
incidente (aumentar sua prioridade, por exemplo). A
recomendação nestes casos o procedimento correto é encaminhar
o incidente para outra esfera (nível de conhecimento), sendo que
nestes casos a nomenclatura usualmente utilizada é “escalar”.
51
Ainda conforme (COHEN, 2008, p.88-89) existem dois tipos de escalonamento
conforme tópicos assinalados a seguir:
 Escalação hierárquica (para cima): é aquela caracterizada quando o nível
hierárquico superior é acionado pelo técnico diante de um incidente que exige procedimento
fora do padrão, como alterar a prioridade para outra crítica.
Diante desta reinvindicação, somente a capacidade de chefia do supervisor permite
avaliar a solicitação do usuário e, se pertinente, alocar outros recursos (Cohen, 2008, p.88).
 Escalação funcional (para os lados): este processo é o mais comum quando a
solução está fora da alçada do técnico de primeiro nível. Envolve, dependendo da situação, a
necessidade de uma visita em campo ou à mesa do usuário.
Ou exige uma qualificação especializada como da equipe de administração de rede,
segurança ou telecomunicações. Ou direcionar para a área de desenvolvimento caso uma
correção no software revele-se necessária (Cohen, 2008, p.89).
Conclui-se, conforme (COHEN, 2008, p.89) que dependendo do porte da empresa, a
escalação é feita para um técnico específico ou para um grupo solucionador que, entre seus
técnicos, seleciona aquele que assume a responsabilidade pelo incidente.
2.12
Pesquisa de Satisfação
É preciso ter claro que mesmo que todos os SLAs estejam sendo atendidos dentro do
prazo, poderemos ter usuários muito insatisfeitos com os serviços oferecidos pela equipe
técnica (Cohen, 2008, p.105).
Irremediavelmente caso isto não seja percebido a tempo irá culminar na perda de
emprego dos envolvidos ou então a terceirização do Help Desk (Cohen, 2008, p.105).
Segundo (COHEN, 2008, p.106) pesquisas de satisfação, ou qualquer outra forma de
obter feedback do usuário, oferecem uma perspectiva do mesmo sobre sua performance, a
qual não é refletida nos relatórios estatísticos.
Ainda Conforme (COHEN, 2008, p.106) o feedback do usuário diz o que ele pensa da
rapidez e precisão dos seus serviços. Tais percepções podem ser diferentes das medidas
quantitativas fornecidas por um software de gerenciamento.
Os motivos principais para realizar pesquisas de satisfação periódicas, conforme
destacado por (COHEN, 2008, p.106-109), classificam-se em duas categorias principais com
suas características especificas conforme segue:
52
 Motivações estratégicas
 Evita a terceirização
 Mantém e renova contratos
 Descobre novas áreas de negócio
 Auxilia o marketing
 Motivações operacionais
 Medir o desempenho do Help Desk
 Revelar a percepção do usuário
 Compara a percepção do usuário versus os SLAs
 Investiga as necessidades do usuário
 Calcula a performance de tecnologia e serviços
 Aumenta a autoestima da equipe
 Corrigir falhas
Complementa (COHEN, 2008, p.113-115) que existem quatro formas básicas para
realizar pesquisas, sendo estas as mais utilizadas na atualidade:
 Contato após o atendimento (evento)
 Entrevistas
 Pesquisas eventuais
 Pesquisas periódicas (análise do relacionamento)
Conclui-se com base também em (COHEN, 2008, p.124) que o foco principal da
pesquisa de satisfação é aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados e buscar sempre a
excelência no atendimento e em toda e qualquer prestação de serviço.
Complementando (COHEN, 2008, p.124) diz que este é um processo no qual, através
da coleta de informações, obtém-se melhorias constantes, medindo os resultados e ajudando a
manter um ciclo constante similar à técnica PDCA (Planeja-Executa-Verifica-Age).
O referido ciclo é ilustrado na Figura 4 do subcapitulo 2.10.4 que explica as
subdivisões e o funcionamento do PDCA.
Outro ponto importante, conforme (COHEN, 2008, p.124) é manter os usuários
sempre bem informados das ações a serem tomadas a partir das demandas levantadas através
da pesquisa de satisfação.
53
Muitas vezes uma mensagem mostrada aos usuários pode parecer paliativa ou falsa.
Conforme citação retirada de (COHEN, 2008, p.124):
“Muitos usuários comentam que não conseguem obter suporte após as 18:00 horas e
para esse fim vamos instituir turnos de revezamento que irão até às 18h30min.”
Nestes casos é melhor divulgar para os usuários a mesma informação conforme a real
situação da atualidade, conforme a citação retirada de (COHEN, 2008, p.124), a seguir:
Muitos usuários comentam que não conseguem obter suporte
após as 18:00 horas. Devido a questões de restrição no
orçamento, não podemos segurar a equipe após as 17h30min.
Estamos esperando aprovação para uma equipe adicional e
iremos usá-la como recurso para estender nosso período de
atendimento.
Complementando (COHEN, 2008, p.125) indica que não é viável tornar público algo
que não terá ação imediata e trará somente benefícios em médio prazo, ocasionando um alto
índice de insatisfação dos usuários.
Conforme (COHEN, 2008, p.125) é importante também identificar eventos externos
que possam afetar o ambiente de trabalho (empresas de telefonia, sistemas de suporte e
energia elétrica, assistência técnica, etc.).
Sendo altamente recomendado, segundo Cohen (2008, p.125) nestes casos um plano
previamente estudado para combater esses problemas.
2.13
Outsourcing
Nas palavras de (COHEN, 2008, p.179) o outsourcing significa a busca de lucro (que
significa receita menos despesa), surgindo então, de irredutível à terceirização. A partir deste
momento para reduzir despesas, as empresas concentram-se somente no seu objetivo-fim.
Isto pode ser facilmente observado no exemplo retirado de (COHEN, 2008, p.179)
conforme segue:
“Se for uma fábrica de sapatos, os serviços administrativos, contábeis, segurança e de
alimentação são objetivo de contratação de um fornecedor que, especializado no assunto, há
de realizar essas tarefas com mais competência e economia do que a própria empresa”.
Consequentemente (COHEN, 2008, p.179) salienta que o próprio Help Desk pode ser
terceirizado, sendo que este movimento pode ser benéfico para a comunidade profissional que
pretende conseguir qualificações ou se aperfeiçoar nestas áreas atualmente em expansão.
54
Esta tendência pode ser verificada na ideia retirada de (COHEN, 2008, p.179)
conforme segue:
Porque existe a oportunidade, fora todas as variáveis do
mercado, de aumentar a especialização (gerente de problemas,
projetista de processos, administrador de base de conhecimento,
etc.) e outros investimentos na profissão de analista de Help
Desk e Service Desk.
Na sequência será abordado dois aspectos muito importantes sobre Outsourcing,
trazendo à tona o ponto de vista do lado da Contratante e também a contrapartida por parte do
Contratado que deseja se manter neste ramo de negócio.
2.13.1 Outsourcing versus Contratante
Caso seja contratada uma empresa externa para o atendimento do Help Desk, isto
configura, um outsourcing (terceirização), sendo função da empresa contratante o
acompanhamento e gerenciamento desse atendimento, conforme destaca Cohen (2008, p.180).
A partir deste momento segundo (Cohen, 2008, p.180) uma série de atribuições deixa
de ser atribuição da Contratante e passa a ser executada pela Contatada, como por exemplo,
infraestrutura do Help Desk, contratação e treinamento da equipe, entre outros gastos.
É importante salientar a importância do acompanhamento de todas as atividades do
contratado. Isto fica claro em trecho retirado de (Cohen, 2008, p.180) a seguir:
No entanto é necessário um acompanhamento constante para
controlar o processo como um todo, e isto pode ser feito com a
utilização de gráficos, relatórios e pesquisas que mostram não
somente o desempenho do contratado, mas também a realidade
do Help Desk e do negócio em si.
Uma grande armadilha neste tipo de serviço e que pode passar despercebida até
mesmo no contrato firmado entre as partes, surge quando o próprio contratado orienta a
contratante de quais serão as penalidades em caso do não cumprimento de alguma atividade
desenvolvida durante o período de validade deste contrato.
Conforme (COHEN, 2008, p.180), pode-se tornar mais interessante ao fornecedor
pagar a multa por má performance do que buscar melhorias na eficiência do serviço, caso a
multa seja barata.
Cohen (2008, p.185) utiliza dados de uma empresa especializada em avaliações de
mercado corporativo de TI, chamada Grupo Gartner que distribui um documento intitulado
55
(Outsourcing: the real deal 12 essential strategies for crafting a successful outsourcing
agrément).
Na sequência são demostradas, entre outras ideias, uma série de recomendações a
quem for realizar outsourcing como contratante segundo dados retirados do Grupo Gartner e
descritas a seguir por (COHEN, 2008, p.185-186):
 Obtenha bons conselhos: se for a primeira vez que sua corporação recebe uma
terceirização, consultores com experiência podem lhe assistir e revelar possíveis armadilhas,
apontar melhores práticas e acompanhar a implementação com medições e outros processos.
 Desenhe um mapa: tal como nas métricas, você precisa saber para onde quer ir.
Que tipo de resultados espera em um ano? Em dois? Quais as próximas áreas?
 Liderança: não delegue a função de acompanhamento para alguém de um staff
secundário, tampouco advogados e outras equipes. Você precisa alguém envolvido no
processo e com responsabilidade. Afinal, há um bom montante financeiro em jogo.
 Parceria: não trate seu fornecedor apenas como uma peça do seu quebra-cabeças
de TI, e nem o explore. Se ele não estiver obtendo lucro no processo de terceirização, a
qualidade do serviço pode baixar, e quem sofrerá com isso é você.
 Valorize as pessoas: os processos de terceirização têm na maioria dos seus
fracassos gente descontente. O medo sempre ronda processos de terceirização. Uma boa
estratégia de retenção pode ser bem vista pelas equipes envolvidas.
 Medição: é a alma da terceirização, antes e depois. Indicar a eficiência do processo
é merecer pontos com as gerências administrativas. A qualidade está de acordo com o
combinado? Os volumes estão mudando? O valor agregado está aparecendo?
 Aprenda a negociar: depois que o processo inicia, várias questões serão
levantadas. Situações imprevistas em contrato. Mudanças repentinas, inclusive geradas por
você, e todas precisarão de uma decisão.
 Seja específico: baseie-se sempre em dois documentos: o contrato de trabalho que
descreve os serviços que serão providos por seu contratado e os SLAs combinados.
 Simplifique: RFPs (Request For Proposal) muito complicadas podem adicionar
mais confusão do que esclarecimento. Mantenha a linguagem o mais direta possível.
 Não seja seduzido: preço nem sempre é o mais importante. Prudência com a
proposta mais baixa. Calcule você mesmo quanto gastaria para atender um projeto como o
seu. Insira nele métricas de mercado para atendimento de primeiro nível, encargos trabalhistas
etc., e identifique um preço mínimo para sua RFP.
56
2.13.2 Outsourcing versus Contratado
Segundo (COHEN, 2008, p.180) na visão do contratado existe uma expectativa de
eternas revisões de contrato, isto acontece devido ao cliente na maioria das vezes não ter
experiência anterior de terceirização.
Na maioria das vezes existe uma grande possibilidade do contratado se deparar com
um ambiente totalmente caótico, ou seja, desorganizado, sem SLAs e prestando todos os
atendimentos de forma inadequada, conforme informa Cohen (2008, p.180).
Cohen (2008, p.181) ressalta ainda que muitas vezes, o contratado, é descartado após
muito trabalho e um ano inteiro definindo SLAs, treinamento da equipe e todas as métricas
necessárias para executar as boas práticas que levarão aos melhores resultados.
Imagine as seguintes palavras ditas pelo Contratante ao Contratado após vários meses
de trabalho, conforme citação retirada de (COHEN, 2008, p.181):
Pois é, mas arrumar essa casa foi fácil. Afinal, era uma desordem
mesmo, qualquer coisa feita traria resultados imediatos. Só que
agora estamos em outro patamar e seus preços estão caros.
Para Cohen (2008, p.181) o contratado deve ter bem claro quais argumentos usar para
manter a continuidade do seu serviço e impressionar de forma irrefutável a contratante,
demostrando as principais vantagens e lucros reais da sua permanência por um longo período
de tempo.
Não adianta nada o contratado, creditar todas as suas fichas na falta de informação e
desorganização para quem prestará os serviços, realizando muito menos do que o indicado
para tentar amarrar este contrato por um longo período de tempo.
Estes procedimentos quando chegarem ao conhecimento da contratante irão causar
uma grande revolta, provocando a rescisão do contrato e diminuindo muito a credibilidade do
contratado por tais atitudes, fazendo com que sua reputação vá por “água abaixo”.
57
3 AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA
ITIL EM SETORES PÚBLICOS
Para avaliar o grau de aplicabilidade do conjunto de métricas que compõe as boas
prática da ITIL, este Trabalho de Conclusão de Curso, propõe-se a realizar um estudo na
estrutura de Gerenciamento de Serviços de TI disponível nas Prefeituras da Mesorregião do
Noroeste Rio-Grandense.
O foco principal é visualizar os benefícios do framework da ITIL se bem utilizado na
estrutura destas Prefeituras, bem como demonstrar as vantagens e também as desvantagens
encontradas por estes Setores Públicos durante a sua implementação.
A ausência de qualquer framework para auxiliar no Gerenciamento de Serviços de TI
nestes órgãos públicos pode demonstrar a necessidade de reestruturação para adequar o
cenário muitas vezes caótico da atualidade, com a necessidade de melhorias profundas para
redução dos custos e obtenção de melhores resultados em todos os processos internos destes
locais.
3.1 Método de Pesquisa
Métodos científicos são as formas mais seguras inventadas pelo homem para controlar
o movimento das coisas que cerceiam um fato e montar formas de compreensão adequadas
dos fenômenos (BUNGE, 1974, p.25).
Para (CABREIRA et al, 2010, p.25 apud SEVERINO, 2002, p.57):
Um trabalho de monografia é um estudo realizado de um determinado assunto com
conceitos técnicos e científicos sobre um único problema. Este tipo de trabalho visa a
aplicação de diretrizes metodológicas a ser reconhecida na comunidade acadêmica científica
O Estado do Rio Grande do Sul possui várias subdivisões, baseadas em aspectos
socioeconômicos e utilizadas principalmente para fins estatísticos. Segundo dados informados
pelo IBGE em 2013, o estado é dividido em sete mesorregiões, 35 (trinta e cinco)
microrregiões e 497 (quatrocentos e noventa e sete) municípios.
As 7 (sete) mesorregiões que compõe o estado do Rio Grande do Sul, segundo dados
do IBGE (2013) são as seguintes:
1. Mesorregião do Centro Ocidental Rio-Grandense;
58
2. Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense;
3. Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre;
4. Mesorregião do Nordeste Rio-Grandense;
5. Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense;
6. Mesorregião do Sudeste Rio-Grandense;
7. Mesorregião do Sudoeste Rio-Grandense.
O método de pesquisa escolhido para demonstrar os resultados referente ao tema deste
Trabalho de Conclusão de Curso, foi a extração de dados das Prefeituras dos Municípios com
uma população superior a cinquenta mil habitantes pertencentes a região Noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul.
Devido à grande abrangência destas cidades e para facilitar a extração dos dados
durante o processo de pesquisa foram utilizadas informações do IBGE para separação do
estado em mesorregiões e microrregiões.
A mesorregião do Noroeste Rio-Grandense é uma das 7 (sete) mesorregiões do estado
brasileiro do Rio Grande do Sul. É formada pela união de 216 (duzentos e dezesseis)
municípios agrupados em 13 (treze) microrregiões conforme dados do IBGE (2013),
relacionadas a seguir:
 Passo Fundo;
 Erechim;
 Santo Ângelo;
 Ijuí;
 Frederico Westphalen;
 Carazinho;
 Santa Rosa;
 Cruz Alta;
 Três Passos;
 Soledade;
 Cerro Largo;
 Sananduva;
 Não-Me-Toque.
59
Já dentre as cidades mencionadas anteriormente que compõe a mesorregião do
Noroeste Rio-Grandense, destacam-se 7 (sete) com população superior a cinquenta mil
habitantes, conforme dados disponibilizados pelo último Censo do IBGE realizado em 2010.
Na tabela 02, estão relacionadas as cidades que atendem os requisitos predefinidos
para realizar a pesquisa e suas respectivas populações:
Tabela 02 - População Residente nas Microrregiões pertencentes
ao Noroeste Rio-Grandense (superior a 50.000 habitantes)
CIDADES
POPULAÇÃO
PASSO FUNDO - RS
184.826
ERECHIM - RS
96.087
IJUÍ - RS
78.915
SANTO ÂNGELO - RS
76.275
SANTA ROSA - RS
68.587
CRUZ ALTA - RS
62.821
CARAZINHO - RS
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
59.317
No Apêndice E estão relacionadas todas as cidades que fazem parte da Mesorregião do
Noroeste Rio-Grandense e que compõe suas 13 (treze) microrregiões.
Os métodos utilizados no levantamento e análise dos dados retirados destas sete
cidades mais populosas das microrregiões do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, são
baseados na realização de uma revisão teórica dos conceitos da ITIL, e a verificação da
presença de serviços de Help Desk e/ou Service Desk nestes municípios.
A ideia geral é destacar os principais resultados após a implantação destas políticas de
Gerenciamento de TI e as dificuldades enfrentadas durante todas as etapas deste processo,
salientando o grau de satisfação dos usuários com os serviços oferecidos na atualidade.
3.2 Levantamento e Análise dos Dados
O levantamento de dados a ser realizado, refere-se à situação atual do serviço Help
Desk e/ou Service Desk, das prefeituras mencionadas na subseção anterior, contabilizando
também a proporção dos municípios que não possuem nenhum tipo de Gerenciamento de TI
implementado até a data de finalização desta pesquisa.
60
O método de pesquisas de campo a ser realizado vai ser provido através da coleta de
dados por meio de questionários, entrevistas e observação direta das Prefeituras que possuem
algum modelo de Gestão de TI previamente implementado.
3.2.1 Pesquisa de Campo
A pesquisa utilizou-se de conceitos científicos, previamente abordados nos capítulos e
subcapítulos anteriores, para formulação das questões contidas durante o processo de
levantamento e análise dos dados.
O primeiro questionário contém dez perguntas a serem interpostas a todas as
Prefeituras previamente selecionadas para esta etapa da pesquisa está contido no Apêndice C.
A segunda etapa da pesquisa, refere-se ao nível de satisfação geral dos
clientes/usuários dos serviços de TI oferecidos até o presente momento nas Prefeituras que
basearam suas estruturas nas normas da ITIL, que é o foco central deste Trabalho de
Conclusão de Curso.
As questões a serem abordadas estão relacionadas em nove perguntas objetivas e uma
descritiva submetidas em cada uma das Prefeituras, conforme critério destacado anteriormente
e que possuem algum tipo de serviço de Help Desk e/ou Service Desk previamente
implementado. O formulário utilizado nesta pesquisa está contido no Apêndice D.
3.3 Características dos Setores Públicos no Brasil
Em se tratando de Setores Públicos, que nesta monografia é aplicada exclusivamente
ao estudo de Prefeituras da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, é preciso levar
em conta uma diversidade de fatores que não estão presentes em outras estruturas que compõe
as instituições da iniciativa Privada.
Alguns destes fatores de fácil implementação em qualquer empresa privada pode se
tornar “tortuoso” se inserido em órgãos públicos, principalmente com a legislação altamente
burocrática presente no Brasil e na maioria dos municípios que compõe as unidades da
federação.
Um bom exemplo é a verificação através do Gerenciamento de Configuração
(Configuration Management) de problemas com espaço em disco insuficiente em um dos
servidores de dados da Prefeitura do Município X, isso vai gerar automaticamente a
61
necessidade emergencial de aumento da capacidade com a aquisição de novas unidades de
armazenamento.
Até este momento tudo ocorre como em qualquer outro local, o grande problema é o
tempo necessário para encaminhar uma licitação e efetivamente realizar a substituição
necessária para evitar a parada deste servidor. Em algumas Prefeituras este processo pode
demorar vários meses.
Outro problema enfrentado na maioria dos órgãos governamentais é a impossibilidade
de determinar a marca e o modelo do equipamento a ser adquirido, pois legalmente tal fato
poderia sugerir o favorecimento e/ou direcionamento a fornecedores específicos durante o
processo licitatório.
Por um lado a lei impede fraudes, e por outro acaba trazendo equipamentos de péssima
qualidade e fornecedores de má fé visando exclusivamente seu lucro fácil durante os
processos licitatórios. Existem então um esforço gigantesco para tentar através de
configurações técnicas bem elaboradas trazer a melhor configuração possível para dentro
destes órgãos públicos, porém muitas vezes isto não é possível.
Uma solução legal viável e praticada em alguns órgãos públicos municipais do Brasil,
é a elaboração de uma lei de padronização de marcas e modelos a ser formulada em cada uma
destas Prefeituras. Porém o processo de elaboração da lei pelo poder executivo e a aprovação
do poder legislativo nem sempre é de interesse prioritário de ambos os lados.
A boa notícia é que a ITIL teve seu surgimento num ambiente de Setores Públicos do
Governo Britânico, que em um determinado momento reconheceu a extrema necessidade de
adequação de todos os processos relacionados a tecnologia destes órgãos governamentais com
um nível de gerenciamento mais apurado, adequando estes processos internos e dando origem
ao que hoje conhecemos como ITIL e suas Boas Práticas.
Fica claro que existe um longo caminho a ser trilhado pelos órgãos públicos na maior
parte dos estados e municípios brasileiros. Estes primeiros passos vão desde adequação da
legislação e até a mudança de cultura dos usuários e principalmente dos gestores, que na
maioria das vezes atrasam o processo ou até mesmo impedem a evolução natural do
Gerenciamento dos Serviços de TI através das boas práticas da ITIL ou outra similar.
62
3.4 Resultados da Pesquisa nas Prefeituras do Noroeste Rio-Grandense
Os resultados deste subcapitulo estão divididos conforme as questões elaboradas para
a primeira etapa da pesquisa, contendo dez perguntas objetivas enviadas a sete Prefeituras das
Microrregiões do Noroeste Rio-Grandense, contendo uma população superior a cinquenta mil
habitantes.
As tabelas contendo os dados extraídos durante todo o processo de coleta estão
dispostas no Apêndice A, englobando somente esta primeira etapa da pesquisa.
3.4.1 Pesquisa nas Prefeituras (Primeira Pergunta - Partes 1 e 2)
Conforme informações disponíveis no Apêndice A, a questão 1 (um) da Tabela 3
(três), retornou como resultado a maior parte das Prefeituras da região do Noroeste RioGrandense sem nenhum tipo de Serviço de Gerenciamento de TI nas suas estruturas.
A pesquisa mostrou apenas as prefeituras de Ijuí, Erechim e Santa Rosa com algum
tipo de Gerenciamento de TI disponível na atual estrutura dentre todas as Prefeituras
pesquisadas.
Já referente ao framework utilizado como padrão apenas a Prefeitura de Ijuí se baseou
no modelo de boas práticas seguindo as normas disponíveis na ITIL, sendo que a Prefeitura de
Erechim e Santa Rosa utilizaram normas internas da própria Prefeitura para formular sua atual
estrutura.
A pergunta apresentada na Tabela 4 (quatro) do Apêndice A demonstra como
mencionado no parágrafo anterior, que mesmo as prefeituras que possuem algum tipo de
Serviço de Gerenciamento de TI nas suas estruturas, não baseiam seus serviços nas normas da
ITIL ou qualquer outro framework conhecido, como por exemplo, COBIT, MSF, BSC, entre
outros.
Como já informado anteriormente a exceção é somente a Prefeitura de Ijuí que
projetou todos os seus serviços a partir das normas da ITIL, seguindo as orientações de uma
empresa terceirizada para introdução dos Serviços de Help Desk e Service Desk para
modernizar o atendimento e toda demanda de atividades que chegam a TI desta Prefeitura
diariamente.
63
3.4.2 Pesquisa nas Prefeituras (Segunda Pergunta)
Na tabela 5 (cinco), disponível no Apêndice A, fica claro que dentre todas as
Prefeituras pesquisadas o Serviço de Gerenciamento de TI, quando disponível, possui um
tempo de vida relativamente pequeno, com exceção de Erechim que baseado em normas
internas da própria Prefeitura possui um serviço de Help Desk e Service Desk a mais de cinco
anos.
É preciso salientar com base nos dados apresentados que a grande parte das Prefeituras
ainda não possuem nenhum tipo de Gerenciamento de TI previamente implementados,
consequentemente não existe nenhum tipo de controle ou métrica para adequação a realidade
destas Prefeituras.
O relato recebido durante a pesquisa proveniente da Prefeitura de Santa Rosa descreve
bem a dificuldade do Setor de TI em estruturar-se para melhorar os serviços oferecidos em
grande parte dos órgãos públicos do Brasil. Segue declaração na integra:
“Os serviços implantados encontram-se em desuso devido à resistência dos usuários e
a falta de interesse da alta gestão em aprimorar a TI, sendo que a equipe técnica de TI tem
muito interesse em implantar melhorias. Geralmente o que ocorre em órgãos públicos é o
investimento apenas no que vai “aparecer” ao público externo, sendo que a TI fica à mercê de
sobras de orçamento”.
3.4.3 Pesquisa nas Prefeituras (Terceira Pergunta)
Dentre os serviços disponíveis, apresentados na tabela 6 (seis) do Apêndice A,
algumas prefeituras, como por exemplo Erechim e Ijuí, possuem um serviço de Help Desk
e/ou Service Desk para atendimento aos usuários dos Serviços de TI.
Já as outras Prefeituras exibidas na tabela 4 não possuem nenhum tipo de serviço de
Help Desk, Service Desk entre outros para atendimento aos chamados e procedimentos
realizados pela TI.
Algumas Prefeituras relataram durante a entrevista que utilizam planilhas do excel
como forma de controle e outras até tentaram implementar softwares próprios ou em versões
gratuitas para gerenciamento dos chamados, porém devido a várias dificuldades estes métodos
foram abandonados em pouco tempo.
A Prefeitura de Erechim utiliza um software livre baseado em normas internas
desenvolvidas pela própria TI deste órgão público. É importante salientar que o software livre
64
não é muito bem aceito pela maioria dos usuários, sendo que, nesta Prefeitura a maior parte
dos atendimento é realizado no formato tradicional via ligação telefônica.
3.4.4 Pesquisa nas Prefeituras (Quarta Pergunta)
Na tabela 7 (sete) do Apêndice A, as maiores dificuldades apontadas dentre as que
trouxeram maiores problemas durante o processo de introdução dos Serviços de
Gerenciamento na TI, foi a falta de conhecimento dos Gestores, custo elevado para
implementação e também a quantidade insuficiente da equipe técnica disponível para atender
toda demanda gerada nestes órgãos públicos.
Quanto aos Gestores a maior dificuldade é demonstrar o verdadeiro valor da TI e
construir uma imagem diferente da que está presente na maioria dos órgãos públicos, que é a
de que TI é “saco sem fundo” com gastos desnecessários segundo o ponto de vista de quase
todos os Gestores em um primeiro momento.
Neste aspecto as normas da ITIL se bem aplicadas e com um tempo adequado de
adaptação a realidade de um determinado órgão público consegue resgatar a verdadeira
imagem da TI e demonstrar todas as vantagens e valores agregados com os serviços prestados.
3.4.5 Pesquisa nas Prefeituras (Quinta Pergunta)
Já a tabela 8 (oito), também disponível no Apêndice A, traz uma das questões mais
difíceis de resolver independente do órgão público que esteja sendo pesquisado, sendo que
após a verificação da necessidade de implementar algum tipo de Gerenciamento de TI, é
preciso recorrer a terceirização na maioria das vezes para dar início a todo este processo de
renovação.
A grande armadilha já verificada anteriormente é quando o Contratado, se valendo da
falta de conhecimento da equipe técnica e supervisores responsáveis pela sua permanência,
faz muito menos do que deveria e introduz o mínimo possível para estender o seu contrato ao
longo de muitos anos.
Neste aspecto é difícil avaliar se a terceirização é uma boa prática, sendo
recomendando de qualquer forma investir na equipe técnica disponível, pois mesmo que seja
para fiscalizar uma empresa contratada é preciso ter um alto nível de conhecimento referente
aos serviços que serão prestados pela empresa contratada, para não perder tempo, dinheiro e
principalmente a reputação da TI nestes órgãos públicos.
65
Dentre as Prefeituras apesar de Erechim ter marcado a necessidade de terceirização em
sua estrutura de Help Desk, refere-se na realidade da disponibilidade desta ferramenta nas
empresas contratadas para manter todos os sistemas desta Prefeitura em funcionamento,
possibilitando assim a abertura de um chamado para atendimento externo disponibilizado pela
empresa contratada.
Sendo assim, somente a Prefeitura de Ijuí dentre todos os órgãos públicos que fazem
parte desta pesquisa buscou auxilio através da terceirização de uma empresa certificada nas
normas da ITIL para iniciar o serviço de Help Desk e/ou Service Desk que atualmente
continua em pleno funcionamento, apesar do contrato com esta empresa já ter sido encerrado.
3.4.6 Pesquisa nas Prefeituras (Sexta Pergunta)
A tabela 9 (nove) do Apêndice A, trata justamente do grau de satisfação das
Prefeituras caso o Serviço de Gerenciamento de TI ter necessitado de terceirização durante
qualquer fase de implementação desta nova estrutura.
Somente a Prefeitura de Ijuí necessitou de terceirização para iniciar o Gerenciamento
de TI na sua estrutura e demonstrou-se “Parcialmente Satisfeita” com os serviços prestados.
Quanto à Prefeitura de Erechim sua resposta refere-se ao grau de satisfação com o Help Desk
externo disponibilizado pelas empresas contratadas por este órgão público, sendo que a sua
avaliação para este tipo de serviço também é “Parcialmente Satisfeita”.
Na terceirização do Help Desk e/ou Service Desk interno de qualquer órgão público a
maior armadilha que pode acontecer é quando o contratado acaba prometendo muito mais do
que pode entregar durante o período de contrato, fazendo com que os resultados não apareçam
no tempo desejado. O objetivo do contratado em alguns casos é estender o seu contrato por
vários anos aplicando as alterações necessárias em doses “homeopáticas” e sem data para
terminar.
Após um ano de experiência com terceirização a Prefeitura de Ijuí encerrou o contrato
com a empresa terceirizada, acreditando que ao investir em sua equipe técnica poderá atender
plenamente as necessidades crescentes dos usuários internos desta Prefeitura, bem como as
demandas da população, fornecedores e colaboradores
Atualmente a Prefeitura de Ijuí, melhorou o serviço de Help Desk disponibilizado aos
usuários e está tentando buscar recursos para alcançar um nível satisfatório de
aperfeiçoamento de toda a sua equipe técnica através de cursos e treinamento na área de
Gerenciamento de TI.
66
3.4.7 Pesquisa nas Prefeituras (Sétima Pergunta)
Na tabela 10 (dez) do Apêndice A, apenas as Prefeitura de Ijuí e Erechim possuem
algum tipo de Help Desk em funcionamento para atendimento a toda demanda interna e
externa direcionada ao Setor de TI de ambas, com a diferença que a Prefeitura de Ijuí tem a
ITIL como modelo de implantação enquanto a Prefeitura de Erechim não se baseia em
nenhum framework conhecido para aplicar em seu serviço de Help Desk.
Devido ao fato destes serviços serem relativamente recentes e a Prefeituras de Ijuí
estar reestruturando o seu serviço de Help Desk ainda não foi realizada nenhuma pesquisa de
satisfação para avaliar os serviços oferecidos pela TI desta Prefeitura.
Já a Prefeitura de Erechim, que possui o serviço de Help Desk e/ou Service Desk a
mais de cinco anos, já deveria ter realizado pesquisas de satisfação em sua estrutura.
Desprezar este tipo de feedback pode custar caro e prejudicar todos os serviços de TI que são
oferecidos por este órgão público na atualidade.
Conforme informado pela equipe de TI da Prefeitura de Erechim a abertura de
chamados pelo Help Desk e/ou Service Desk disponibilizado na atualidade não é a principal
ferramenta para este fim, sendo o telefone o principal recurso utilizado internamente para
abertura de chamados. Desta forma, são totalmente imprecisos qualquer tipo de dados
coletados pelo software livre para o Gerenciamento do Serviço de Help Desk e/ou Service
Desk na estrutura desta Prefeitura.
Caso os serviços de TI não consigam ser continuamente avaliados e melhorados,
adaptando-se as constantes mudanças da tecnologia e a crescente demanda, todos os esforços
e conquistas alcançados podem se perder no meio do caminho e forçar a reestruturação a
partir do zero para descobrir o que deu errado desde o início deste processo de reformulação.
3.4.8 Pesquisa nas Prefeituras (Oitava Pergunta)
A próxima tabela de número 11 (onze), disponível no Apêndice A, apresenta a falta de
pesquisas de satisfação em todas as Prefeituras que responderam esta pergunta. Mesmo que o
serviço de Gerenciamento dos Serviços de TI seja relativamente recente é altamente
recomendado aplicar com uma certa frequência pesquisas de satisfação em todos os níveis de
serviços oferecidos, para garantir a sua qualidade e manutenção permanente.
Sendo assim, para qualificar e quantificar os estudos realizados, foi autorizada uma
pesquisa de satisfação com os usuários que utilizam os serviços de Help Desk da Prefeitura de
67
Ijuí. Esta pesquisa é apresentada no Apêndice B, contendo uma lista de nove perguntas
objetivas e uma descritiva para constatar o grau de satisfação destes usuários.
3.4.9 Pesquisa nas Prefeituras (Nona Pergunta)
A tabela 12 (doze) apresentada no Apêndice A, demonstra interesse de todas as
prefeituras, com exceção de Cruz Alta, que não possuem nenhum tipo de Help Desk e/ou
Service Desk implementado ainda em incorporar os Serviços de Gerenciamento de TI dentro
das suas estruturas.
Até mesmo a Prefeitura de Erechim que possui um Serviço de Help Desk e/ou Service
Desk baseado em normas internas, demonstrou interesse em aderir a modelos de
Gerenciamento de TI baseado em normas internacionalmente reconhecidas para alcançar os
objetivos desejados no menor tempo possível.
Neste aspecto fica claro a busca por melhorias nos serviços prestados e a necessidade
de ferramentas para que este gerenciamento possa ser feito de maneira correta.
Mesmo as Prefeituras que não foram pesquisadas por não possuírem uma população
superior a cinquenta mil habitantes, após verificarem casos de sucesso em outros órgãos
públicos tentarão aderir a algum tipo de Serviço de Gerenciamento de TI em suas estruturas
em um futuro próximo.
3.4.10 Pesquisa nas Prefeituras (Décima Pergunta)
A última tabela demostrada no Apêndice A, que é a de número 13 (treze), retorna um
período de médio a longo prazo para que as Prefeituras pesquisadas iniciem algum projeto
relacionado ao Gerenciamento de Serviços de TI a serem oferecidos em suas estruturas.
Este fato se deve a complexidade de adoção destas medidas e muitas vezes as
dificuldades financeiras enfrentadas na maioria das Prefeituras, não só do Rio Grande do Sul,
mas também em âmbito nacional.
Investimentos neste área ou qualquer outro tipo de investimento precisam ser
planejados no PPA (Plano Plurianual) realizado sempre no ano anterior e projetados dentro do
orçamento de cada Prefeitura.
Neste aspecto apenas a Prefeitura de Passo Fundo, que é a maior em população dentre
todas as que foram pesquisadas na Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense, confirmou a
presença de investimentos em Gerenciamento de Serviços de TI previstos para o próximo ano.
68
3.5 Resultado da Pesquisa de Satisfação do Help Desk da Prefeitura de Ijuí
A segunda etapa da pesquisa, apresentada no Apêndice B, está disposta em um
conjunto de nove tabelas extraídas do questionário contendo dez perguntas para medir o nível
de satisfação dos usuários que utilizam o Serviço de Help Desk da Prefeitura de Ijuí, que foi a
única dentre todas as outras Prefeituras a usar a ITIL como modelo de boas práticas, conforme
foi demonstrado na Tabela 4 do Apêndice A.
Foi usado como métrica uma amostra estatística de todos os setores que atualmente
possuem acesso ao Serviço de Help Desk disponibilizado no site deste município e está em
funcionamento a pouco mais de um ano.
Existe a previsão, ainda para o ano de 2013 (dois mil e treze), da implantação de um
novo Sistema de Help Desk que será disponibilizado no site da Prefeitura de Ijuí, porém a
pesquisa não contempla este novo sistema desenvolvido por uma empresa terceirizada da
região.
3.5.1 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Primeira Pergunta)
A tabela 14 (quatorze) disponível no Apêndice B demonstra que a forma de chamado
técnico disponibilizado atualmente pela Prefeitura de Ijuí é principalmente através da internet
e do seu serviço de Help Desk.
O telefone é utilizado para “agilizar” o atendimento de um chamado já aberto ou na
maioria das vezes para abrir um chamado por quem não quer “perder tempo”, sendo esta a
visão do usuário, que prefere utilizar o telefone para abrir um chamado que pode ser
rapidamente resolvido.
Criar a cultura de abertura de chamados, por outro meio que não seja o telefone, em
qualquer órgão público ou privado é uma das tarefas mais árduas e demoradas e requer um
bom tempo para aceitação de todos.
3.5.2 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Segunda Pergunta)
Já a tabela 15 (quinze), presente no Apêndice B traduz bem o que foi apresentado nos
resultados da primeira pergunta, deixando claro que a forma de abertura de chamados
preferida dos usuários é o telefone, sendo que em alguns casos estes usuários marcaram
simultaneamente telefone e internet em suas respostas.
69
Uma pequena quantidade optou pela abertura de chamados por e-mail, porém esta
ferramenta não é usualmente utilizada como melhor forma para abertura de chamados na
maior parte dos Setores Públicos, isto ficou claro durante todas as entrevistas realizadas com
as Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense.
Uma consideração importante é a de que quanto pior a ferramenta de abertura de
chamados disponibilizada pelos setores públicos, incluindo-se a este fator um alto tempo de
espera para o primeiro atendimento implicara no aumento considerável das solicitações por
telefone.
3.5.3 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Terceira Pergunta)
A pergunta realizada na tabela 16 (dezesseis) do Apêndice B refere-se à periodicidade
em que os usuários do Serviço de Help Desk da Prefeitura de Ijuí utilizam os serviços
disponibilizados no site deste município, sendo que, uma grande porcentagem escolheu a
opção “quase nunca”.
Esta escolha não significa que estes usuários nunca tiveram nenhum tipo de problema
e a necessidade de suporte técnico, muito pelo contrário, em alguns casos são os usuários que
mais necessitam de auxilio diariamente e preferem não utilizar o Serviço de Help Desk
disponível para abertura de chamados.
Existem todos os tipos de usuários, porém o grande problema enfrentado pelos Setores
de TI são justamente os usuários que acham que o seu problema com uma planilha do excel,
por exemplo, tem alta prioridade e deve ser atendida imediatamente, antes de qualquer outra
solicitação. Porém muitas vezes estes falsos chamados de “alta prioridade”, não são
registrados porque o usuário prefere usar outras formas para forçar o atendimento.
3.5.4 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Quarta Pergunta)
Referente à avaliação do Serviço de Help Desk, apresentado na tabela 17 do Apêndice
B, a maior parte dos usuários avaliou como Bom ou Excelente o serviço oferecido até a data
desta pesquisa.
Apesar do alto índice de aprovação dos usuários, muitos destes, na pergunta anterior
responderam que quase nunca utilizam o Serviço de Help Desk, sendo que, apesar da
aprovação quanto à disponibilidade deste serviço, não existe uma grande adesão destes
usuários com esta forma de abertura de chamado técnico.
70
3.5.5 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Quinta Pergunta)
A próxima pergunta anexada ao Apêndice B e exibida na tabela 17 (dezessete),
considera o tempo de atendimento dos chamados com um alto nível de satisfação, retornando
a maior parte das respostas entre “Bom” e “Excelente”.
O resultado demonstra o esforço de toda equipe técnica em atender à crescente
demanda de trabalho que surge diariamente o mais rápido possível, porém nem sempre é
possível evitar o retrabalho, devido a vários fatores, dentre eles:
 Equipe técnica insuficiente;
 Falta de investimento em treinamentos e qualificação;
 Alta demanda de trabalho;
 Impossibilidade de realização de correções preventivas;
 Falta de conhecimento dos usuários em itens básicos.
3.5.6 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Sexta Pergunta)
A sexta pergunta, presente no Apêndice B na tabela 19 (dezenove), demonstra um
bom tempo para atendimento de chamados marcados com prioridade “Alta” e um tempo
razoável para atendimentos de prioridades de nível “Normal” e “Baixo”.
É importante destacar que muitas vezes os usuários consideram os seus problemas
diários como alta prioridade, sendo que nestes casos os chamados gerados devem ser
reclassificados, pelo Setor de TI, conforme a sua urgência ou emergência.
Considerando a equipe técnica reduzida e a alta demanda de atendimento diário é
impressionante o esforço produzido atualmente para manutenção dos serviços de TI gerado
diariamente na Prefeitura de Ijuí.
Neste aspecto pode haver prejuízos a médio e longo prazo e dificuldade para manter a
equipe técnica motivada devido ao alto nível de exigência e falta de tempo para estratégias de
melhoria dos serviços oferecidos e ausência de investimento para qualificação destes
profissionais.
O resultado de todos estes fatores é um alto índice de rotatividade na equipe técnica e
total desmotivação dos servidores permanentes, que entraram no serviço público mediante
concurso e quando muito desgastados acabam onerando a sua produtividade e dificultando o
trabalho de toda estrutura de TI, independente do órgão público em que esteja trabalhando.
71
3.5.7 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Sétima Pergunta)
A vigésima tabela, contendo a sétima pergunta do Apêndice B, traduz as
considerações realizadas no item anterior e demonstra que a maioria dos usuários que
responderam esta pesquisa considera a equipe técnica presente na Prefeitura de Ijuí,
insuficiente para atender toda a demanda direcionada a TI deste órgão público.
A falta de equipe técnica traduz a dificuldade dos gestores da maioria dos órgãos
públicos de visualizar o verdadeiro valor da TI, em alguns casos estes gestores até sabem o
retorno financeiro do bom funcionamento de todos os serviços prestados e supervisionados
pela TI, porém não conseguem dimensionar o investimento necessário para manter esta
estrutura funcionando corretamente.
Na atualidade ainda existem muitos gestores que visualizam a necessidade de um
único profissional de TI para atuar nas mais diversas áreas ao mesmo tempo, mesmo que a
demanda em cada uma destas áreas exija a presença de profissionais especializados e
concentrados na demanda individual de cada item destacado a seguir:
 Suporte e manutenção de toda estrutura de rede;
 Segurança dos dados e acessos às informações que trafegam diariamente;
 Gerenciamento dos softwares utilizados, incluindo treinamento e manutenção dos
mesmos;
 Atendimento aos chamados internos e externos direcionados a TI;
 Supervisão e manutenção dos serviços de Help Desk e/ou Service Desk.
Neste aspecto podemos fazer uma analogia com o futebol e dizer que a mesma pessoa
que “bate o escanteio” corre até a área para “cabecear e fazer o Gol”, sendo impossível prestar
serviços de qualidade seguindo esta lógica. Fica claro que a falta de equipe especializada vai
trazer prejuízos permanentes em todos os serviços oferecidos por estes municípios.
3.5.8 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Oitava Pergunta)
Para analisar as perguntas da tabela 21 (vinte e um) e 22 (vinte e dois) demonstradas
no Apêndice B, foram consideradas as notas antes e depois da presença do Help Desk,
separando-as entre 0 (zero) e 6 (seis) e igual ou superior a 7 (sete) chegando a nota máxima de
10 (dez) em ambos os casos.
72
Foram descartados os questionários que ficaram sem resposta nas duas tabelas,
constando como “Sem Resp.” e contendo a quantidade de pessoas que deixou em branco estas
perguntas. A maior parte dos entrevistados que não atribuiu nota antes da implementação do
Help Desk e/ou Service Desk é porque não estava trabalhando na Prefeitura de Ijuí neste
período.
Considerando as notas abaixo de 6 (seis) antes e depois do início do Help Desk, fica
claro a diminuição da insatisfação dos usuários após a implementação do Help Desk na
Prefeitura de Ijuí, isto pode ser observado com o menor número de usuários que atribuiu uma
nota igual ou abaixo de 6 (seis), se forem comparadas as tabelas 21 (vinte e um) e 22 (vinte e
dois).
Em contrapartida os usuários que atribuíram uma nota superior a 7 (sete) aumentou
consideravelmente se comparados os valores antes e depois de implementação do Help Desk.
Estes dados demonstram que o nível de satisfação dos usuários com os serviços prestados na
atualidade é muito bom, sendo a quantidade de usuários insatisfeitos, muito maior, antes da
introdução do Help Desk neste órgão público.
3.5.9 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Nona Pergunta)
Na tabela 23 (vinte e três) do Apêndice B foram consideradas as respostas em mais de
um item, pois em alguns casos os usuários pesquisados consideraram fundamental, dois ou
mais itens dentre os disponíveis nesta pergunta.
A grande maioria apontou a “Solução do Problema” como o item fundamental no
Serviço de Help Desk e/ou Service Desk oferecido atualmente na Prefeitura de Ijuí, sendo o
“Bom Atendimento” e “Tempo de Espera” eleitos em segundo e terceiro lugar
respectivamente.
Fica claro que para os usuários a reincidência de um atendimento não é bem vista e na
maioria das vezes é preferível esperar um pouco mais do que precisar abrir várias vezes um
chamado para o mesmo item.
Independentemente do tamanho da estrutura de cada órgão público é extremamente
necessário evitar o retrabalho, isto pode ser feito com a qualificação da equipe técnica,
treinamento aos usuários e contratação de pessoal caso o Setor de TI não esteja conseguindo
atender toda a demanda a ele direcionada.
73
3.5.10 Pesquisa de Satisfação do Help Desk (Decima Pergunta)
Para este pergunta não foi gerada nenhuma tabela, servindo basicamente para registrar
as considerações gerais dos usuários que utilizam o Help Desk da Prefeitura de Ijuí, sendo o
seu preenchimento facultativo, podendo assim ficar em branco caso o usuário julgar não ter
nenhuma contribuição relevante para declarar.
Considerando o que foi explicado anteriormente é valido registrar que a maioria dos
questionários vieram preenchidos com várias sugestões dos usuários para melhorar os
serviços de TI oferecidos neste órgão público.
Dentre os itens mais solicitados estão o aumento do número de técnicos para melhorar
o atendimento dos chamados e conseguir atender toda demanda gerada diariamente. Outro
fator descrito diversas vezes pede a disponibilização de cursos e treinamentos tanto para
equipe técnica quanto para os usuários dos serviços internos desta Prefeitura.
É importante salientar novamente que é impossível manter um bom nível de
atendimento e melhorar os serviços oferecidos sem a disponibilidade de uma equipe técnica
suficiente para realizar suas atividades diárias sem sobrecargas de chamados atrasados que
irão com o tempo acabar desgastando toda equipe de TI e prejudicando toda estrutura deste
órgão público.
Quanto aos treinamentos também é importante registrar que são extremamente
necessários para modernizar e qualificar o atendimento oferecido pela equipe técnica de TI,
sendo que, uma equipe inexperiente traz prejuízos operacionais e financeiros difíceis de
reparar em curto prazo.
Através das ferramentas corretas adaptadas ao Serviço de Help Desk pode-se gerar
uma base de dados para apontar as maiores dificuldades encontradas pelos usuários e realizar
treinamentos internos em âmbito global, setorizado ou por assunto que retorne um alto nível
de dificuldade para estes usuários.
3.6 Considerações Finais
Durante todo o processo de pesquisa e contato com as Prefeituras que compõe a
Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense ficou claro o total interesse em aperfeiçoar os
serviços prestados pelo Setor de TI nestes órgãos públicos.
74
Mesmo as Prefeituras que já tem algum tipo de Gerenciamento de TI previamente
implementado na atualidade estão longe de conseguir alcançar os níveis de serviço necessário
e recomendados para obter retorno financeiro e manter um alto índice de desempenho.
Apesar da Prefeitura de Ijuí ter declarado em sua pesquisa que suas normas são
baseadas na ITIL, fica claro que tanto o Suporte ao Serviço (Service Support) quanto a
Entrega do Serviço (Service Delivery), não são usados em todos os seus níveis de
gerenciamento na estrutura de TI desta Prefeitura na atualidade.
A terceirização pode ser uma boa forma de adequar a estrutura das Prefeituras com
algum framework de sucesso, como a ITIL, por exemplo, porém a equipe interna precisa estar
devidamente treinada para fiscalizar e buscar os resultados projetados para atender as
necessidades de cada município.
Não adianta deixar todo o processo de reestruturação de uma Prefeitura na mão de
uma empresa terceirizada, mesmo que exista muita boa vontade, existem alguns fatores que só
podem ser modificados ou melhorados com o total apoio e motivação de todos os membros da
TI de cada Prefeitura.
Caso exista interesse em prestar serviços baseado nas boas práticas da ITIL, a boa
notícia é que é um mercado totalmente inexplorado em território nacional, principalmente em
órgãos públicos e pode render um vasto e promissor mercado de trabalho.
A tendência natural é que todos os setores públicos, mais cedo ou mais tarde,
reestruturem seus níveis de gerenciamento, pois mesmo que já existam na atualidade estão
muito distantes do ideal para os padrões recomendados pela ITIL.
Existem algumas barreiras a serem rompidas neste processo todo que só pode ser
realizado de dentro para fora, neste aspecto, a equipe de TI de cada órgão público tem a
obrigação de mostrar aos gestores que a mudança é extremamente necessária e o “caos” da
atualidade só trará prejuízos em todos os serviços prestados nestas Prefeituras.
A alta rotatividade dos gestores, principalmente nas Prefeituras, também atrapalha os
projetos iniciados pela TI, por isso é importante criar uma estrutura bem fundamentada e que
não demore vários anos para retornar os resultados iniciais, que devem surgir de forma solida
e atrativa para demostrar todas as suas vantagens tanto para os atuais gestores quanto para os
próximos que possam vir.
Culturalmente qualquer processo iniciado em um órgão público é muito lento, na
verdade qualquer mudança a ser realizada acontece de forma desacelerada, no entanto o mais
importante é começar da forma correta, caso contrário a falta de resultados vai desestimular
75
tanto a equipe da TI quanto os usuários que utilizam estes serviços e principalmente os
gestores que impedirão investimentos em novos projetos com medo de repetir o fracasso.
Sem um mínimo de investimentos é impossível de realizar qualquer processo de
mudança, então é preciso reunir argumentos para demostrar todas as vantagens para iniciar
um projeto que exige o comprometimento de todos neste órgão público.
É preciso mostrar também todas as desvantagens de continuar caminhando na direção
oposta ao que recomendam os frameworks de sucesso, como por exemplo, o da ITIL e suas
boas práticas. Caso não seja usado nenhum framework, a não ser que a equipe interna de TI
crie um novo modelo de sucesso, o único destino a ser trilhado e alcançado é o do fracasso
sem nunca chegar próximo do destino planejado.
76
CONCLUSÃO
Os problemas que as áreas de TI estão enfrentando nas empresas e também em órgãos
públicos, não está relacionado a questões tecnológicas e sim a falhas de gestão, sendo que,
para se alcançar o aperfeiçoamento do gerenciamento da Infraestrutura é necessário a
implantação de processos de Gerenciamento de Serviços de TI que atendam as
particularidades das mais diversas áreas de atividade.
Neste sentido para resolver os problemas relacionados a estas áreas de TI, pode-se
utilizar a ITIL que é o acrônimo de Information Technology Infrastructure Library, sendo que
a sua tradução para o português descreve uma Biblioteca da Infraestrutura de TI contendo um
conjunto de livros que traz várias décadas de pesquisas, acompanhando sempre os avanços
tecnológicos e com a finalidade de orientar as boas práticas nos Serviços de Gerenciamento
de TI.
A ITIL tem como objetivo proporcionar conhecimento através de um conjunto de
Processos, Métodos, Ferramentas, definições de papeis, trazendo assim para cada nível de
aplicação um conteúdo especifico que vai servir como referência para manutenção e
gerenciamento da estrutura de TI de qualquer órgão público ou empresa privada de forma
eficiente e com ótimos resultados a médio e longo prazo.
Através da revisão teórica realizada ao longo dos últimos meses é incontestável a
grande quantidade de vantagens e o valor agregado aos Serviços de Gerenciamento de TI, isto
ocorre sempre que as boas práticas da ITIL tenham sido implementadas da maneira correta
nas mais diversas áreas de atividade em todos os níveis de aplicação nestes órgãos públicos.
As dificuldades encontradas na maior parte dos casos e que acabam levando ao
fracasso durante o processo de implantação de qualquer que seja o framework utilizado,
incluindo também a ITIL, está muito mais ligado a fatores culturais e locais do que em uma
falha no modelo de referência que foi introduzido nestas estruturas. Neste aspecto é preciso
criar cultura e mostrar o verdadeiro valor da TI, principalmente a alta gestão, deixando claro
todos os benefícios que serão adquiridos com este processo de mudança.
Uma forma muito utilizada de alcançar resultados é aliando a ITIL a uma Central de
Suporte (Help Desk) que geralmente evolui para uma Central de Serviços (Service Desk)
criando um ponto único de contato objetivando principalmente a otimização das tarefas,
77
evitando o retrabalho para alcançar os objetivos traçados pele equipe de TI em conjunto com
seus usuários e clientes.
A primeira etapa da pesquisa realizada com todas as Prefeituras da Mesorregião do
Noroeste Rio-Grandense com população superior a cinquenta mil habitantes, demonstrou que
nestes órgãos públicos o gerenciamento de TI não é realizado da maneira correta, tanto que a
maioria destas Prefeituras pretende investir para o aprimoramento do Gerenciamento de TI
nos próximos anos, como pode ser observado no Apêndice A nas tabelas 12 (doze) e 13
(treze).
Mesmo as Prefeituras que possuem algum nível de Gerenciamento de TI já
implementado, precisam avançar muito para alcançar resultados sólidos e tendem a utilizar
algum framework, como por exemplo o da ITIL, que vai proporcionar através das suas boas
práticas o conjunto de métricas para adequar estes órgãos públicos a suas crescentes
demandas na área de TI.
Quando as mudanças são realizadas sem nenhum framework, ficou claro durante a
pesquisa que o único caminho a ser trilhado é o do fracasso, juntamente com a desmotivação
da equipe, alto índice de rejeição dos usuários e o pior dos fatores que é a perda da
credibilidade, com a alta gestão para novos investimentos na área de TI.
Um fator preocupante demonstrado no Apêndice A na Tabela 10 (dez) é a ausência de
pesquisas de satisfação com os usuários e/ou clientes nas Prefeituras que possuem algum nível
de Gerenciamento de TI previamente implementado. É importante salientar que a falta de
feedback constante pode trazer prejuízos difíceis de reparar em um curto período de tempo,
afetando negativamente também tudo o que deu certo durante meses ou anos de trabalho.
A terceirização pode ser uma saída para iniciar os projetos de Gerenciamento de
Serviços de TI, não só em órgãos públicos, como em qualquer área de atividade que pretenda
otimizar e agregar valor através dos serviços de TI que necessitam de um nível de
aprimoramento constante. No entanto é importante conhecer outros projetos já desenvolvidos
pela terceirizada e possuir conhecimento suficiente para fiscalizar o que está sendo
contratado.
A segunda etapa da pesquisa realizada com usuários de vários setores da Prefeitura de
Ijuí, que utilizam o Sistema de Help Desk neste órgão público, traz como resultado, apesar da
preferência da maioria pela abertura de chamados pelo telefone, um alto índice de aprovação
dos usuários a favor desta ferramenta disponível a pouco mais de um ano para utilização
interna neste órgão público.
78
Para finalizar e como uma das sugestões de projetos futuros, seria interessante fazer
uma pesquisa de mercado para avaliar o real interesse da contratação de Serviços de
Gerenciamento de TI terceirizados, não só por órgãos públicos que é o foco deste trabalho de
conclusão de curso, mas também por empresas da iniciativa privada. Projetos nesta área,
utilizando o framework da ITIL, por exemplo, podem render a incubação de uma empresa que
atenda a crescente e não muito explorada área de Gerenciamento de Serviços de TI que existe
na atualidade.
79
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2002.
81
APÊNDICE A – Resultado da Pesquisa nas Prefeituras
Tabela 03 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 1
A Prefeitura possui algum tipo de serviço de Gerenciamento de TI?
CIDADES/OPÇÕES
SIM
NÃO
X
PASSO FUNDO - RS
ERECHIM - RS
X
IJUÍ - RS
X
X
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
A Prefeitura possui algum tipo de serviço de
Gerenciamento de TI?
43%
SIM
NÃO
57%
Tabela 04 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 1.1
Qual dos frameworks abaixo foi usado como padrão para implantação dos serviços oferecidos
autalmente pela TI desta Prefeitura?
CIDADES/OPÇÕES
ITIL
COBIT
Outro Framework
Normas Internas
da Prefeitura
X
PASSO FUNDO - RS
X
ERECHIM - RS
IJUÍ - RS
X
X
SANTO ÂNGELO - RS
SANTA ROSA - RS
Nenhuma das Alternativa
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
82
Qual dos frameworks abaixo foi usado como padrão para
implantação dos serviços oferecidos atualmente pela TI
desta Prefeitura?
14%
ITIL
COBIT
Outro Framework
57%
29%
Normas Internas da Prefeitura
Nenhuma das Alternativas
Tabela 05 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 2
A quanto tempo o serviço é oferecido?
CIDADES/OPÇÕES
1 a 6 meses
6 a 12
meses
1 a 2 anos
2 a 5 anos 5 a 10 anos
Nenhuma das Alternativas
X
PASSO FUNDO - RS
X
ERECHIM - RS
X
IJUÍ - RS
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
A quanto tempo o serviço é oferecido?
14%
1 a 6 meses
14%
6 a 12 meses
1 a 2 anos
2 a 5 anos
Nenhuma das Alternativas
72%
83
Tabela 06 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 3
Quais os serviços oferecidos por este órgão público?
CIDADES/OPÇÕES
Help Desk
Service Desk
ERECHIM - RS
X
X
IJUÍ - RS
X
Outros
Nenhuma das Alternativa
X
PASSO FUNDO - RS
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
Quais os serviços oferecidos por este órgão público
14%
HELP DESK
14%
SERVICE DESK
OUTROS
Nenhuma das Alternativas
71%
Tabela 07 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense com População
superior a 50.000 habitantes - Pergunta 4
Quais as maiores dificuldades enfrentadas para introduzir o serviço de Gerenciamento de TI nesta Prefeitura?
CIDADES/OPÇÕES
Resistência dos
Usuários
Falta de
Conhecimento dos
Gestores
Custo elevado
para
implementação
Falta de Equipe
Técnica (Quant.
Insuficiente)
X
X
IJUÍ - RS
Outras
Nenhuma das
Alternativas
X
PASSO FUNDO - RS
ERECHIM - RS
Equipe mal
Preparada
X
X
X
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
84
Quais as maiores dificuldades enfrentadas para introduzir
o serviço de Gerenciamento de TI nesta Prefeitura?
1
Resistência dos Usuários
1
5
Falta de Conhecimento dos
Gestores
Custo elevado para implemntação
1
Falta de Equipe Técnica (Quant.
Insuficiente)
Equipe mal Preparada
Outras
2
Nenhuma das Alternativas
Tabela 08 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 5
CIDADES/OPÇÕES
Foi necessário a contratação de uma empresa (terceirização) para introduzir este serviço na
Prefeitura?
SIM
NÃO
Nenhuma das Alternativas
X
PASSO FUNDO - RS
ERECHIM - RS
X
IJUÍ - RS
X
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
Foi necessário a contratação de uma empresa
(terceirização) para introduzir este serviço na
Prefeitura
29%
SIM
NÃO
Nenhuma das Alternativas
71%
85
Tabela 09 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 6
Avaliação da empresa Contratada?
CIDADES/OPÇÕES
Insatisfatório
Parcialmente
Satisfatório
Satisfatório
Plenamente
Satisfatório
Nenhuma das
Alternativas
X
PASSO FUNDO - RS
ERECHIM - RS
X
IJUÍ - RS
X
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
Avaliação da empresa Contratada?
29%
Insatisfatório
Parcialmente Satisfatório
Satisfatório
Plenamente Satisfatório
Nenhuma das Alternativas
71%
Tabela 10 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 7
CIDADES/OPÇÕES
Quanto ao nível de satisfação dos usuários, existe alguma pesquisa interna para avaliar os serviços
oferecidos pela TI da Prefeitura?
SIM
NÃO
Nenhuma das Alternativas
X
PASSO FUNDO - RS
ERECHIM - RS
X
IJUÍ - RS
X
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
86
Quanto ao nível de satisfação dos usuários, existe
alguma pesquisa interna para avaliar os serviços
oferecidos pela TI da Prefeitura?
29%
SIM
NÃO
Nenhuma das Alternativas
71%
Tabela 11 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 8
Qual o grau de satisfação obtido nas últimas pesquisas realizadas com os usuários que utilizam os
serviços de TI da Prefeitura?
CIDADES/OPÇÕES
Plenamente
Satisfatório
Insatisfatório
Satisfatório
Plenamente
Satisfatório
Nenhuma das
Alternativas
PASSO FUNDO - RS
X
ERECHIM - RS
X
IJUÍ - RS
X
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
X
Qual o grau de satisfação obtido nas últimas pesquisas
realizadas com os usuários que utilizam os serviços de
TI da Prefeitura?
Insatisfatório
Parcialmente Satisfatório
Satisfatório
Plenamente Satisfatório
Nenhuma das Alternativas
100%
87
Tabela 12 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 9
CIDADES/OPÇÕES
Existe interesse da Prefeitura em implementar algum tipo de serviço de Gerenciamento de TI no
futuro?
SIM
PASSO FUNDO - RS
X
ERECHIM - RS
X
NÃO
Nenhuma das Alternativas
X
IJUÍ - RS
SANTO ÂNGELO - RS
X
SANTA ROSA - RS
X
X
CRUZ ALTA - RS
X
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
Existe interesse da Prefeitura em implementar algum tipo
de serviço de Gerenciamento de TI no futuro?
14%
14%
SIM
NÃO
Nenhuma das Alternativas
71%
Tabela 13 - Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
com População superior a 50.000 habitantes - Pergunta 10
Em quanto tempo a Prefeitura pretende dar início a implantação dos Serviços de Gerenciamento de
TI?
CIDADES/OPÇÕES
1 a 6 meses
PASSO FUNDO - RS
6 a 12
meses
1 a 2 anos
2 a 5 anos
Superior a 5
anos
X
X
ERECHIM - RS
X
IJUÍ - RS
X
SANTO ÂNGELO - RS
SANTA ROSA - RS
X
X
CRUZ ALTA - RS
CARAZINHO - RS
Fonte: (O Autor, 2013).
Nenhuma das Alternativas
X
88
Em quanto tempo a Prefeitura pretende dar início a
implantação dos Serviços de Gerenciamento de TI?
29%
29%
1 a 6 meses
6 a 12 meses
1 a 2 anos
2 a 5 anos
Superior a 5 anos
Nenhuma das Alternativas
14%
29%
89
APÊNDICE B – Resultado da Pesquisa de Satisfação do Help Desk da Prefeitura de Ijuí
Tabela 14 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 1
Pessoas / Opções
Quantidade
Fonte: (O Autor, 2013).
Qual a forma de chamado técnico disponibilizado pela sua Prefeitura?
Telefone
e-mail
internet
Telefone/internet
outro
Total
6
1
43
12
0
62
Qual a forma de chamado técnico disponibilizado
pela sua Prefeitura?
10%
19%
2%
Telefone
e-mail
internet
Telefone/internet
outro
69%
Tabela 15 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 2
Pessoas / Opções
Quantidade
Qual a forma de chamado técnico você prefere utilizar?
Telefone
e-mail
internet
Telefone/internet
31
5
21
5
outro
62
Fonte: (O Autor, 2013).
Qual a forma de chamado técnico você prefere
utilizar?
8%
Telefone
e-mail
34%
50%
internet
Telefone/internet
outro
8%
90
Tabela 16 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 3
Pessoas / Opções
Quantidade
Fonte: (O Autor, 2013).
Qual a periodicidade em que você utiliza os Serviços de Help Desk oferecidos pela sua
Prefeitura?
Diária
Semanal
Quinzenal
Mensal
Quase Nunca
Total
2
8
9
17
26
62
Qual a periodicidade em que você utiliza os
Serviços de Help Desk oferecidos pela sua
Prefeitura?
3%
13%
Diária
42%
Semanal
15%
Quinzenal
Mensal
Quase Nunca
27%
Tabela 17 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 4
Pessoas / Opções
Quantidade
Fonte: (O Autor, 2013).
Como você avalia o serviço de Help Desk/Service Desk disponibilizado pela sua Prefeitura?
Péssimo
Ruim
Regular
Bom
Excelente
Total
1
3
8
39
11
62
Como você avalia o serviço de Help Desk/Service
Desk disponibilizado pela sua Prefeitura?
2%
5%
18%
13%
Péssimo
Ruim
Regular
Bom
Excelente
63%
91
Tabela 18 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 5
Referente ao tempo de atendimento de cada chamado, você considera:
Pessoas / Opções
Pessímo
Ruim
Regular
Bom
Excelente
Total
3
13
33
13
62
Quantidade
Fonte: (O Autor, 2013).
Referente ao tempo de atendimento de cada
chamado, você considera:
5%
21%
21%
Pessímo
Ruim
Regular
Bom
Excelente
53%
Tabela 19 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 6
Pessoas / Opções
Referente ao tempo de atendimento de cada chamado, você considera:
até 2Hs
até 4Hs
mais de 4Hs
Quantidade para
Prioridade Alta
1 dia
37
19
6
Quantidade para
Prioridade Normal
7
19
29
Quantidade para
Prioridade Baixa
8
8
22
Superiror a 1 dia
2 dias ou mais
Total
62
7
62
24
62
Fonte: (O Autor, 2013).
Porcentagem de Atendimento
Tempo de Atendimento de cada Chamado conforme Nível
de Prioridade
70%
60%
50%
40%
Quantidade para Prioridade Alta
30%
Quantidade para Prioridade Normal
20%
Quantidade para Prioridade Baixa
10%
0%
até 2Hs até 4Hs
+4Hs
1 dia
Tempo
+ 1 dia
2 dias
92
Tabela 20 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí Pergunta 7
Na sua opinião a equipe técnica disponibilizada é suficiente para atender
toda demanda presente na estrutura atual desta Prefeitura:
Pessoas / Opções
Quantidade
Fonte: (O Autor, 2013).
SIM
NÃO
TOTAL
11
51
62
Na sua opinião a equipe técnica disponibilizada é
suficiente para atender toda demanda presente na
estrutura atual desta Prefeitura?
18%
SIM
NãO
82%
Tabela 21 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 8.1
Na sua opinião, qual a nota de 0 (zero) a 10 (dez) referente aos serviços oferecidos para
Pessoas / Opção / Nota atendimento dos chamados antes da implementação do Help Desk e/ou Service Desk?
0
Quantidade
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sem Resp.
Total
1
2
23
1
6
13
9
12
9
1
8
8
62
31
Fonte: (O Autor, 2013).
Avaliação dos serviços antes da implementação do Help Desk
13%
37%
Insatisfeito (nota inferior ou igual 6)
Satisfeito (nota superior a 6)
Sem resposta
50%
93
Tabela 22 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 8.2
Na sua opinião, qual a nota de 0 (zero) a 10 (dez) referente aos serviços oferecidos para
Pessoas / Opção / Nota atendimento dos chamados depois da implementação do Help Desk e/ou Service Desk?
Quantidade
0
1
2
3
1
2
1
1
8
4
5
6
7
8
9
10
Sem Resp.
Total
1
2
8
20
20
5
1
1
62
53
Fonte: (O Autor, 2013).
Avaliação dos serviços após a implementação do Help Desk
2%
13%
Insatisfeito (nota inferior ou igual 6)
Satisfeito (nota superior a 6)
Sem resposta
85%
Tabela 23 - Pesquisa de Satisfação realizada na Prefeitura de Ijuí - Pergunta 9
Pessoas / Opção
Para você o que é fundamental no Serviço de Help Desk e/ou Service Desk oferecido atualmente?
Suporte Inicial
Quantidade
Fonte: (O Autor, 2013).
5
Tempo de Espera
8
Solução do Problema
46
Bom Atendimento
12
Para você o que é fundamental no Serviço de Help Desk
e/ou Service Desk oferecido atualmente?
7%
17%
11%
Suporte Inicial
Tempo de Espera
Solução do Problema
Bom Atendimento
65%
Total
71
94
APÊNDICE C – Pesquisa nas Prefeituras da Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
1. A Prefeitura possui algum tipo de Serviço de Gerenciamento de TI?
( ) SIM
( ) NÃO
Se a resposta anterior for SIM, destaque qual dos frameworks abaixo foi utilizado como
padrão para implantação dos serviços oferecidos atualmente pela TI desta Prefeitura:
( ) ITIL
( ) COBIT
( ) MSF - Microsoft Solutions Framework
( ) Normas internas da Prefeitura
( ) Nenhuma das alternativas anteriores
( ) Outro Framework. Favor descrever qual: _______________________________________.
IMPORTANTE: Se a resposta da primeira pergunta for NÃO ou a Prefeitura não tenha
baseado suas normas na ITIL para desenvolver o Gerenciamento de TI, responda somente as
questões 9 e 10, caso contrário responda as próximas questões na sua totalidade.
2. A quanto tempo o serviço é oferecido?
( ) 1 a 6 meses
( ) 6 a 12 meses
( ) 1 a 2 anos
( ) 2 a 5 anos
( ) 5 a 10 anos
3. Quais os serviços oferecidos por este órgão público.
( ) Help Desk
( ) Service Desk
( ) Outros. Favor descrever quais: _______________________________________________.
95
4. Quais as maiores dificuldades enfrentadas para introduzir o serviço de Gerenciamento de
TI nesta Prefeitura? Marque uma ou mais opções:
( ) Resistência dos Usuários
( ) Falta de Conhecimento dos Gestores
( ) Custo elevado para implementação
( ) Falta de equipe técnica (quantidade insuficiente)
( ) Equipe mal preparada para oferecer os serviços
( ) Outras. Favor descrever quais:________________________________________________.
5. Foi necessário a contratação de uma empresa (terceirização) para introduzir estes serviços
na Prefeitura?
( ) SIM
( ) NÃO, a equipe da prefeitura realizou todo o trabalho sem auxilio externo.
6. Caso a resposta da questão anterior tenha sido SIM, avalie o desempenho da empresa
contratada:
( ) Insatisfatório
( ) Parcialmente Satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Plenamente Satisfatório
7. Quanto ao nível de satisfação dos usuários, existe alguma pesquisa interna para avaliar os
serviços oferecidos pela TI da Prefeitura?
( ) SIM
( ) NÃO
8. Caso afirmativo na questão anterior, qual o grau de satisfação obtido nas últimas pesquisas
realizadas com os usuários que utilizam os serviços de TI desta Prefeitura?
( ) Insatisfeitos
( ) Parcialmente Satisfeitos
( ) Satisfeitos
( ) Plenamente Satisfeitos
96
9. Existe interesse da prefeitura em implementar algum tipo de serviço de Gerenciamento de
TI no futuro baseado em algum framework (ITIL, COBIT, MSF, outros) disponíveis na
atualidade?
( ) SIM
( ) NÃO
10. Caso a resposta da questão anterior seja SIM, em quanto tempo a Prefeitura pretende dar
início a este projeto.
( ) 1 a 6 meses
( ) 6 a 12 meses
( ) 1 a 2 anos
( ) 2 a 5 anos
( ) Superior a 5 anos
97
APÊNDICE D – Pesquisa de Satisfação do Help Desk da Prefeitura de Ijuí
1. Qual a forma de abertura de chamado técnico disponibilizado pela Prefeitura?
( ) Telefone
( ) E-Mail
( ) Internet
( ) Outro
Obs.: Em caso de outro favor informar: ___________________________________________.
2. Qual a forma de abertura de chamado técnico você prefere utilizar?
( ) Telefone
( ) E-Mail
( ) Internet
( ) Outro
Obs.: Em caso de outro favor informar: ___________________________________________.
3. Qual a periodicidade em que você utiliza os serviços de Help Desk oferecidos pela sua
Prefeitura?
( ) Diária
( ) Semanal
( ) Quinzenal
( )Mensal
( ) Quase Nunca
4. Como você avalia o serviço de Help Desk/Service Desk disponibilizado pela sua
Prefeitura?
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Excelente
5. Referente ao tempo de atendimento de cada chamado, você considera:
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Excelente
6. Em relação a pergunta anterior, qual o tempo aproximado de espera para atendimento dos
chamados segundo cada um dos níveis de prioridade abaixo:
Prioridade Alta:
( ) até 2Hs.
( ) até 4Hs
( ) mais de 4Hs
Prioridade Normal:
( ) até 2Hs.
( ) até 4Hs
( ) 1 Dia
( ) superior a 1 Dia
Prioridade Baixa:
( ) até 2Hs.
( ) até 4Hs
( ) 1 Dia
( ) 2 Dias ou mais
7. Na sua opinião a equipe técnica disponibilizada é suficiente para atender toda demanda
presente na estrutura atual desta Prefeitura:
( ) SIM
( ) NÃO
98
8. Na sua opinião, qual a nota de 0 (zero) a 10 (dez) referente aos serviços oferecidos para
atendimento dos chamados antes e depois da implementação do Help Desk e/ou Service Desk.
Antes de existir o Help Desk:
( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10
Após o surgimento do Help Desk:
( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10
9. Para você o que é fundamental no Serviço de Help Desk e/ou Service Desk oferecido
atualmente?
( ) Suporte Inicial;
( ) Tempo de espera;
( ) Solução do Problema;
( ) Bom atendimento
10. Na sua opinião o que pode ser feito para melhorar os serviços oferecidos atualmente pelo
Help Desk e/ou Service Desk para atendimento aos chamados abertos? Descreva caso achar
necessário.
APÊNDICE E - Cidades que Compõe as Microrregiões do Noroeste Rio-Grandense
Microrregião de Passo Fundo
Água Santa - RS
Camargo - RS
Casca - RS
Caseiros - RS
Charrua - RS
Ciríaco - RS
Coxilha - RS
David Canabarro - RS
Ernestina - RS
Gentil - RS
Ibiraiaras - RS
Marau - RS
Mato Castelhano - RS
Muliterno - RS
Nicolau Vergueiro - RS
Passo Fundo - RS
Pontão - RS
Ronda Alta - RS
Santa Cecília do Sul - RS
Santo Antônio do Palma - RS
São Domingos do Sul - RS
Sertão - RS
Tapejara - RS
Vanini - RS
Vila Lângaro - RS
Vila Maria - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
3.722
2.592
8.651
3.007
3.471
4.922
2.826
4.683
3.088
1.677
7.171
36.364
2.470
1.813
1.721
184.826
3.857
10.221
1.655
2.139
2.926
6.294
19.250
1.984
2.152
4.221
327.703
Microrregião de Erechim
Aratiba - RS
Áurea - RS
Barão de Cotegipe - RS
Barra do Rio Azul - RS
Benjamin Constant do Sul - RS
Campinas do Sul - RS
Carlos Gomes - RS
Centenário - RS
Cruzaltense - RS
Entre Rios do Sul - RS
Erebango - RS
Erechim - RS
Erval Grande - RS
Estação - RS
Faxinalzinho - RS
Floriano Peixoto - RS
Gaurama - RS
Getúlio Vargas - RS
Ipiranga do Sul - RS
Itatiba do Sul - RS
Jacutinga - RS
Marcelino Ramos - RS
Mariano Moro - RS
Paulo Bento - RS
Ponte Preta - RS
Quatro Irmãos - RS
São Valentim - RS
Severiano de Almeida - RS
Três Arroios - RS
Viadutos - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
6.565
3.665
6.529
2.003
2.307
5.506
1.607
2.965
2.141
3.080
2.970
96.087
5.163
6.011
2.567
2.018
5.862
16.154
1.944
4.171
3.633
5.134
2.210
2.196
1.750
1.775
3.632
3.842
2.855
5.311
211.653
Microrregião de Santo Ângelo
Bossoroca - RS
Catuípe - RS
Dezesseis de Novembro - RS
Entre-Ijuís - RS
Eugênio de Castro - RS
Giruá - RS
Pirapó - RS
Rolador - RS
Santo Ângelo - RS
Santo Antônio das Missões - RS
São Luiz Gonzaga - RS
São Miguel das Missões - RS
São Nicolau - RS
Senador Salgado Filho - RS
Ubiretama - RS
Vitória das Missões - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
6.884
9.323
2.866
8.938
2.798
17.075
2.757
2.546
76.275
11.210
34.556
7.421
5.727
2.814
2.296
3.485
196.971
Microrregião de Ijuí
Ajuricaba - RS
Alegria - RS
Augusto Pestana - RS
Bozano - RS
Chiapetta - RS
Condor - RS
Coronel Barros - RS
Coronel Bicaco - RS
Ijuí - RS
Inhacorá - RS
Nova Ramada - RS
Panambi - RS
Pejuçara - RS
Santo Augusto - RS
São Valério do Sul - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
7.255
4.301
7.096
2.200
4.044
6.552
2.459
7.748
78.915
2.267
2.437
38.058
3.973
13.968
2.647
183.920
APÊNDICE E - Cidades que Compõe as Microrregiões do Noroeste Rio-Grandense
Microrregião de Frederico Westphalen
Alpestre - RS
Ametista do Sul - RS
Caiçara - RS
Constantina - RS
Cristal do Sul - RS
Dois Irmãos das Missões - RS
Engenho Velho - RS
Erval Seco - RS
Frederico Westphalen - RS
Gramado dos Loureiros - RS
Iraí - RS
Liberato Salzano - RS
Nonoai - RS
Novo Tiradentes - RS
Novo Xingu - RS
Palmitinho - RS
Pinheirinho do Vale - RS
Planalto - RS
Rio dos Índios - RS
Rodeio Bonito - RS
Rondinha - RS
Seberi - RS
Taquaruçu do Sul - RS
Três Palmeiras - RS
Trindade do Sul - RS
Vicente Dutra - RS
Vista Alegre - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
8.027
7.323
5.071
9.752
2.826
2.157
1.527
7.878
28.843
2.269
8.078
5.780
12.074
2.277
1.757
6.920
4.497
10.524
3.616
5.743
5.518
10.897
2.966
4.381
5.787
5.285
2.832
174.605
Microrregião de Carazinho
Almirante Tamandaré do Sul - RS
Barra Funda - RS
Boa Vista das Missões - RS
Carazinho - RS
Cerro Grande - RS
Chapada - RS
Coqueiros do Sul - RS
Jaboticaba - RS
Lajeado do Bugre - RS
Nova Boa Vista - RS
Novo Barreiro - RS
Palmeira das Missões - RS
Pinhal - RS
Sagrada Família - RS
Santo Antônio do Planalto - RS
São José das Missões - RS
São Pedro das Missões - RS
Sarandi - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
2.067
2.367
2.114
59.317
2.417
9.377
2.457
4.098
2.487
1.960
3.978
34.328
2.513
2.595
1.987
2.720
1.886
21.285
159.953
Microrregião de Santa Rosa
Alecrim - RS
Cândido Godói - RS
Independência - RS
Novo Machado - RS
Porto Lucena - RS
Porto Mauá - RS
Porto Vera Cruz - RS
Santa Rosa - RS
Santo Cristo - RS
São José do Inhacorá - RS
Três de Maio - RS
Tucunduva - RS
Tuparendi - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
7.045
6.535
6.618
3.925
5.413
2.542
1.852
68.587
14.378
2.200
23.726
5.898
8.557
157.276
Microrregião de Cruz Alta
Alto Alegre - RS
Boa Vista do Cadeado - RS
Boa Vista do Incra - RS
Campos Borges - RS
Cruz Alta - RS
Espumoso - RS
Fortaleza dos Valos - RS
Ibirubá - RS
Jacuizinho - RS
Jóia - RS
Quinze de Novembro - RS
Saldanha Marinho - RS
Salto do Jacuí - RS
Santa Bárbara do Sul - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
1.848
2.441
2.425
3.494
62.821
15.240
4.575
19.310
2.507
8.331
3.653
2.869
11.880
8.829
150.223
APÊNDICE E - Cidades que Compõe as Microrregiões do Noroeste Rio-Grandense
Microrregião Três Passos
Barra do Guarita - RS
Boa Vista do Buricá - RS
Bom Progresso - RS
Braga - RS
Campo Novo - RS
Crissiumal - RS
Derrubadas - RS
Doutor Maurício Cardoso - RS
Esperança do Sul - RS
Horizontina - RS
Humaitá - RS
Miraguaí - RS
Nova Candelária - RS
Redentora - RS
São Martinho - RS
Sede Nova - RS
Tenente Portela - RS
Tiradentes do Sul - RS
Três Passos - RS
Vista Gaúcha - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
3.089
6.574
2.328
3.702
5.459
14.084
3.190
5.313
3.272
18.348
4.919
4.855
2.751
10.222
5.773
3.011
13.719
6.461
23.965
2.759
143.794
Microrregião Soledade
Barros Cassal - RS
Fontoura Xavier - RS
Ibirapuitã - RS
Lagoão - RS
Mormaço - RS
São José do Herval - RS
Soledade - RS
Tunas - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
11.133
10.719
4.061
6.185
2.749
2.204
30.044
4.395
71.490
Microrregião Cerro Largo
Caibaté - RS
Campina das Missões - RS
Cerro Largo - RS
Guarani das Missões - RS
Mato Queimado - RS
Porto Xavier - RS
Roque Gonzales - RS
Salvador das Missões - RS
São Paulo das Missões - RS
São Pedro do Butiá - RS
Sete de Setembro - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
4.954
6.117
13.289
8.115
1.799
10.558
7.203
2.669
6.364
2.873
2.124
66.065
Microrregião Sananduva
Barracão - RS
Cacique Doble - RS
Ibiaçá - RS
Machadinho - RS
Maximiliano de Almeida - RS
Paim Filho - RS
Sananduva - RS
Santo Expedito do Sul - RS
São João da Urtiga - RS
São José do Ouro - RS
Tupanci do Sul - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
5.357
4.868
4.710
5.510
4.911
4.243
15.373
2.461
4.726
6.904
1.573
60.636
APÊNDICE E - Cidades que Compõe as Microrregiões do Noroeste Rio-Grandense
Microrregião Não-Me-Toque
Colorado - RS
Lagoa dos Três Cantos - RS
Não-Me-Toque - RS
Selbach - RS
Tapera - RS
Tio Hugo - RS
Victor Graeff - RS
População Total
Fonte: IBGE - Censo Demográfico (2010).
População
3.550
1.598
15.936
4.929
10.448
2.724
3.036
42.221
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