O evento discutiu a valorização do RPPS no Estado, pensando no futuro do Regime Próprio Gaúcho 15ª EDIÇÃO – MARÇO/ABRIL 2014 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA E POR ASSINATURA O sucesso do 10º Congresso de Previdência realizado pela APEPREM _ rpps | Nota Nasce uma nova marca DMF advisers, sólida, preciosa e exclusiva como um Diamante Trillion. A pedra de três pontas foi o símbolo escolhido para representar os três pilares que sustentam suas operações: solidez, expertise e credibilidade. Viva a experiência DMF Advisers. Questionamento de leitor Em resposta ao e-mail enviado para [email protected] pelo leitor Max Antônio de Medeiros Bezerra – da coordenadoria de informação e tecnologia do IPERN/Natal: “Dr Marlúcio e Dra Nancy, na oportunidade tomo a liberdade de me manifestar sobre o artigo publicado na Revista RPPS do Brasil – Edição nº 14, página 12, onde a Dra. Nancy Abadia fala sobre as perspectivas e desafios para 2014 no que tange a Regime Próprio. Vejo que a “Dama do RPPS” tem competência e entende do que fala tendo em vista sua declaração quando diz que as metas não foram atingidas como foram traçadas em decorrência da adequação da DATAPREV ao conhecimento do negócio previdência do servidor público. Que o RPPS brasileiro precisa de um sistema, não resta dúvidas, entretanto vejo que o Projeto de Governo para esta solução, ora chamado de SRPPS, é bem vindo e para seu sucesso terá que ser discutida no âmbito dos usuários de Previdência e TI para que não ocorra o que vem acontecendo há anos com o SIPREV. Portanto, com minha humilde opinião, fico esperançoso que o MPS acompanhe e veja com bons olhos a iniciativa da ABIPEM em abrir as discursões, também com o pessoal que entenda do negócio previdência. Está de parabéns a Dra Nancy e os técnicos do RPPS do MPS pela visão da previdência no Brasil”, Nancy Abadia Andrade Ramos afirma que “o RRRPS tem um desenho muito definido para gerar informações, e apesar de uma das suas aplicações ser denominada de SIPREV/gestão, não guarda nenhuma correlação com o sistema de anos citado por você. Entendi descabido na sua manifestação a referência de ocorrências há anos no SIPREV, pois a atual ferramenta desde a sua primeira versão foi homologada e utilizada por diversos entes federativos, inclusive com a funcionalidade de Censo testada em Fortaleza e Maceió, com Censo Cadastral realizado pelos próprios servidores, e atualmente sendo utilizada em todo o Brasil para validar os dados e exportar para o CNIS/RPPS, inclusive pelo Governo do Rio Grande do Norte, que nesta altura deveria apenas estar atualizando o que já consta do Cadastro Nacional, e não gerando tantas polêmicas. Resposta de Nancy Abadia: “Para você que vem participando há tanto tempo de treinamento e ainda não ter a visão que estamos tratando do SRPPS e não www.dmfadvisers.com apenas de uma ferramenta local, nos parece que o tempo no mesmo setor não lhe tem ajudado a ver e se apoderar das novas iniciativas voltadas para a geração de informação. Atualmente, esse RPPS do Rio Grande do Norte está em defasagem quanto às exigências do edital do PROPREV em relação a outros estados e vários municípios, devendo ser repensado se não é em razão do seu pré-conceito sem aprofundar no projeto em andamento, que tem a meta de cumprir o art. 3º da Lei 10.887/04, e principalmente de gerar informações de vínculos, óbitos, dados cadastrais validados em sistemas oficiais, tempos de contribuição, informações fidedignas sobre dependentes, para que se passe a ter avaliações atuariais consistentes, ajustes em pagamentos indevidos por duplicidades incorretas de vínculos e pessoas em óbito, e por fim subsidiar a compensação entre os RPPSs. Independentemente do evento, todo o projeto foi desenhado com técnicos de TI, RH e TCU de vários estados e municípios, portanto acho que o único que participou demais de treinamento e não contribuiu com o Projeto SRPPS foi você. Marlúcio, peço desculpas a você e ao Max se registrei questões acima do que seria nossa competência, mas há um sobrecarregamento de trabalho para esta equipe de ficar todos os dias validando bases enviadas por esse RPPS, quando os demais entes estão apenas atualizando e já com capacidade de efetuar a validação, bem como de disponibilizar a aplicação em rede, pelos seus próprios técnicos, com formação em Tecnologia de Informação”. 3 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 editorial Prezado Leitor, Em mais essa edição da Revista RPPS do Brasil, o único veículo de comunicação do país específico para o segmento RPPS, muitas informações importantes para quem trabalha ou vive em prol do regime próprio. Apresentamos o novo secretário de políticas de previdência social, Benedito Brunca, que recebeu representantes de associações ligadas ao RPPS em uma reunião; Na coluna Raio X destaque para o RPPS da Paraíba; Ressaltamos também a realização do 10º Congresso de Previdência da APEPREM, para uma reportagem sobre o andamento dos trabalhos da Frente Parlamentar em prol do RPPS, e sobre novas fontes de investimento para os RPPSs. Na capa, ressaltamos o sucesso que foi o II Congresso Gaúcho de Previdência. No espaço dos colunistas, Luciano de Castro Silva aborda o tema: “Crianças, jovens, adultos e idosos. As projeções de população do IBGE como balizadores de políticas públicas”; Cyntia de Oliveira Antunes aporta “Preparação para a aposentadoria”; Carlos Eduardo fala das “Perdas nas aplicações financeiras”; Lucimar Antônio aborda “Pior que ganhar pouco ou não ganhar nada, é perder” e “Em quem confiar... na meta ou nas expectativas?”; e Ricardo Souza escreve sobre “Os embates, frustrações e possibilidades previstas para este ano”. expediente DIREÇÃO: Ana Paula Vasconcelos e Iliane Fonseca COMERCIAL: Revista RPPS do Brasil - 64 3442 6963 / 8133 1707 (Iliane) / 8106 3838 (Ana Paula) REPORTAGEM: Maysa Abrão, Iliane Fonseca e Ana Paula Vasconcelos SECRETÁRIA: Ana Paula Oliveira Design e Projeto: Daniel Henrique - facebook/danielh.publicidade FOTOGRAFIA: Revista RPPS do Brasil ASSESSORIA JURÍDICA: Baden Power & Mourão Advogados Jornalista Responsável: Iliane Fonseca MTE/RP 2729/GO 6 - Páginas Verdes Conheça Brunca, o homem que tem a missão de zelar pelo RPPS brasileiro Distribuição própria para os RPPSs do Brasil Editada por RPPS BRASIL PUBLICIDADE E EVENTOS CNPJ: 13.399.934/0001-90 Colaboraram nesta edição os colunistas: Cyntia Antunes, Carlos Eduardo, Luciano Gonçalves de Castro e Silva, Lucimar Antônio e Ricardo Souza aos quais agradecemos pela valiosa colaboração * Os artigos assinados expressam, especificamente, a opinião de seus autores. Até a próxima! CONTATO: 64-3442 6963 / 8123 1263 / 8106 3838 R. Nossa Senhora de Fátima, 585 - CEP: 75.709-180 N. Senhora de Fátima - Catalão - Goiás www.revistarppsdobrail.com.br [email protected] [email protected] Foto | Tavares e Silvestre Fotografia índice 12 – Análise do Gestor O colunista Lucimar Antônio aborda duas temáticas importantes para o Regime Próprio 22 – Investimento Conheça as novas oportunidades de fazer render os recursos dos Institutos 27 – Raio X Em destaque o trabalho realizado na Paraíba, em prol do RPPS 32 – Registro O sucesso do 10ºo Congresso de Previdência realizado pela APEPREM Ana Paula Vasconcelos e Iliane Fonseca Foto | Tavares e Silvestre Fotografia _ rpps | Páginas Verdes _ rpps | Páginas Verdes Benedito Brunca Texto | da redação novo Secretário de Políticas de Previdência Social assume o cargo com grandes desafios no segmento de RPPS. A Revista RPPS do Brasil conversou com o Secretário durante momento em se reunia com representantes de entidades ligadas ao regime próprio. Como é, para o senhor, assumir a Secretaria? Estou muito honrado pelo convite do Ministro da Previdência Garibaldi Alves Filho pela possibilidade de assumir esse cargo, que tem um significado muito grande na vida dos brasileiros. Trata-se de uma Secretaria quetem a finalidade de definir e gerir políticas que atingem mais de 35 milhões de pessoas. Isto representa um grandepasso dentro da minha trajetória. Na Secretaria de Políticas da Previdência Social (SPPS) são geridas políticas que garantem o futuro de 29 milhões de segurados da Previdencia Social. Sou servidor do INSS há praticamente 31 anos.Voltei, em 1999 a Brasília para cuidar do projeto de Compensação Previdenciária, onde fiquei até 2002. Depois disso, estive à frente da Diretoria de Benefícios do INSS, praticamente toda a última década. Isso representou uma excelente oportunidade de trabalho, de aprimoramento desse processo de gestão. Chego na SPPS com essa bagagem, com a perspectiva de aprofundar todo esse trabalho, de contribuir com a equipe do Ministério, que já é bastante profissionale de tocar todas essas políticas. Em relação aos desafios, sabemos que o Regime Próprio é um sistema amplo que contempla mais de 2000 Municípios e que tem muitos problemas.Como o Senhor analisa esses desafios? A Revista RPPS do Brasil apresenta Brunca, o novo responsável pelo RPSS brasileiro 6 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Os entes federativos têm autonomia para criar ou não o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Na medida em que eles criam, se desvinculam do Regime Geral. Para isso, é necessário que os entes estejam preparados para cumprir todo o arcabouço legal previsto para a existênciado RPPS. Não basta somente alei de criação, é preciso saber gerir um regime de previdência no âmbito municipal ou estadual, que dê conta de organizar, de maneira adequada, todos os serviços que são essenciais para a garantia dos direitosdos participantes/assistidos. O regime próprio tem que transmitir confiança e tranquilidade necessárias aos seus assistidos para que eles possam ter segurança quando forem pleitear os benefícios. É preciso pensar o RPPS sempre como um ambiente de profissionalização, pois necessita de pessoas que conheçam do arcabouço legal, das regras de reconhecimento de direitos, das regras de pagamento, das regras de gestão dos fundos, e que também realizem estudos atuariais e estudos do equilíbrio financeiro, para que efetivamente tenham chance de sucesso. E sobre a questão da profissionalização? Sabemos que as Associações cobram um padrão, um modelo de profissionalização. Como secretário, o senhor pretende trabalhar esse modelo? Sim, vamos continuar estimulando esse debate, aprofundando e levando para os gestores de todos os níveis essa necessidade. Cada prefeito/ governador tem a autonomia da escolha da equipe que melhor atenda os aspectos da confiança. Mas sempre vamos orientar e esclarecer, por meio do estabelecimento dos padrões mínimos, para que possam ter qualificação necessária para fazer uma boa gestão. Assumir um regime próprio é mais que um cargo que dá poder: é um cargo de extrema responsabilidade para os gestores que ali estão incumbidos degerir o patrimônio. Em relação aos desafios, o que o senhor espera que vai ser mais difícil em termos de gestão dessa política de RPPS? O desafio é fazer com que todos os entes federativos busquem as orientações e que essa concepção do aprimoramento do processo de gestão consiga chegar a todos os regimes. Temos que abarcar todos, não podemos trabalhar para uma parte dos regimes. Temos que ter a perspectiva de que todos eles consigam cumprir a lei. Nos casos em que não for feita uma boa gestão, em que o regime não se sustente, pode comprometer o próprio funcionamento do município. Isso é uma realidade. E por isso estaremos sempre focando naprofissionalização e na escolha das pessoas que consigam conduzir de maneira adequada essa política dos regimes próprios. E sobre a questão de tentar equiparar os 2000 Municípios no mesmo patamar? É um grande desafio, não é? 7 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Páginas Verdes _ rpps | Artigo Cyntia de Oliveira Antunes Economista / MBA em Gestão de Projetos Sim. Não podemos estabelecer uma ação considerando que apenas metade dos regimes estejam em ótimas condições. Para ter funcionamento válido e regular, todos precisam estar nesse patamar. Não é possível classificar um regime como inadequado. Quando ele não está adequado - não atende aos requisitos da Lei 9.717 (não tem, por exemplo, um Certificado de Regularidade Previdenciária– CRP), ele coloca em risco a viabilidade da administração do próprio município. Uma coisa está intrinsecamente ligada à outra. Se o regime próprio for bem administrado, não vai representar obstáculo para o município fazer a sua gestão. Se ele estiver desequilibrado, não adianta o município ter uma excelente gestão em outras áreas porque quando for formalizar quaisquer convênios, contratos, financiamentos, por exemplo, vai estar impedido. Isso porque a falta do CRP é um critério de restrição de acesso a crédito, a financiamentos, a parcerias e a recebimento de valores do governo federal para fazer as melhorias que são imprescindíveis para cada um dos municípios brasileiros. município e for para um vínculo estadual ou federal, ou mesmo vinculado ao regime geral de previdência social - esse regime futuramente pedirá a compensação financeira referente àqueles períodos de contribuição. Então, criar o regime é uma bela oportunidade de gestão, mas tem que ter viabilidade. Porque se ele não for adequado, pode comprometer toda a gestão de um município. E de que forma o senhor e sua equipe irão trabalhar para que efetivamente consiga atingir esse status de todos os municípios equiparados? E como é a forma de administrar, de fazer gestão do Brunca? Hoje já existem os padrões que são estabelecidos, são transparentes pela web para o acesso de cada regime. Os municípios têm como saber se a situação está regular ou não, quais são os pontos de risco equais são as necessidades de aportar outras formas de investimentos para sustentar apontamentos de déficits que existam dentro dessa perspectiva. Então, o que procuraremos fazer ao longo desse período vai ser justamente elevar cada vez mais esse tipo de abordagem. Estamos estudando com a equipe formas de estabelecer padrões de qualidade para cada um desses regimes, para que eles possam ter a certificação. E aí é necessário que eles estabeleçam como objetivo o alcance dessa certificação, que contribuirá para uma boa gestão dentro dos RPPSs. É de conhecimento de todos que alguns estados e municípios estão com problemas, como por exemplo Minas Gerais, que extinguiu o Fundo de Previdência do Estado(FUNPEMG). Como o senhor vê esse caso específico de Minas Gerais? Vemos isso com bastante apreensão porque os critérios estabelecidos na legislação são bastante claros para fazer todo o aporte, para se ter toda a fundamentação e a sustentação dos regimes. Estamos analisando, internamente, qual a medida possível de ser adotada. Além disso, o governo buscou sensibilizar o estado de Minas Gerais no sentido de evitar tal medida. Temos a preocupação com relação a esse tipo de situação, porque pode de fato comprometer a viabilidade e a sustentabilidade dos regimes no país. Isto significa um grave risco, sim, para a conservação do regime próprio. Fato é que a partir do momento em que o município decide criar o RPPS, ele tem que encarar a situação de maneira bastante profissional. Não pode ser uma mera adoção de medida, de momento circunstancial. Tem que ter uma perspectiva de gerações, programando um regime que vai sustentar todo esse processo no futuro. E por mais que em alguns casos ocorra reversão da criação do regime, durante o período em que ele existiu, em que ele operou, que teve todas as suas contribuições vertidas para o regime próprio, o município vai continuar, permanentemente, cumprindo com suas obrigações com os outros regimes para os quais migre esse filiado. Assim, se ele sair de um município e for para outro - ou se sair de um O que os gestores podem esperar do Brunca, que está Secretário de Políticas da Previdência? Muito trabalho, muito comprometimento com relação a essa causa e converter parte da experiência que foi a minha vida profissional em prol do intercâmbio e da troca de experiência no sentido de aprimorarmos todos os processos de trabalho. Bastante direito, pragmático, porque só assim conseguiremos atender as inúmeras demandas e necessidades que estão envolvidas dentro das obrigações que temos diante da Secretaria. Na verdade, é preciso destacar que a existência de um RPPSé importante para o conjunto dos servidores e para as famílias destes. Por isso, é importante que os servidores que participam de um regime fiscalizem, acompanhem e debatam, porque é o seu futuro. É a expectativa de recebimento da sua aposentadoria, ou da pensão para a sua família que está em jogo. Então, não basta ter o desconto da contribuição, ele tem que acompanhar bastante de perto todo esse processo de gestão, ele não pode se colocar como um ator externo a essa situação, ele está no cerne dessa questão. Uma boa gestão atende primordialmente o interesse que ele tenha, na expectativa que ele possui. Se ele pensa que não é uma situação que está relacionada diretamente com o seu direito, com a sua perspectiva, com o seu futuro, ele pode colocar em risco tudo isso. Quem é Benedito Brunca? Nascido em Palestina/SP, Benedito Adalberto Brunca, 51 anos, é graduado em História e Direito, MBA em Gestão Estratégica da Informação e Máster em Direção e Gestão dos Sistemas de Seguridade Social pela Universidade de Alcalá/Espanha em parceria com a Organização Iberoamericana deSeguridade Social (OISS). Servidor de carreira do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ingressou em1983 como chefe da Seção de Concessão de Benefícios, da Divisão Local do Seguro Social em Cuiabá/MT. Durante sua carreira, Benedito Brunca participou das negociações do governo brasileiro em acordos internacionais de Previdência Social como o Iberoamericano ecom os seguintes países, Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, Coréia, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Japão, Luxemburgo, Moçambique, Paraguai, Portugal, Québec, Uruguai. Programa de Preparação para a Aposentadoria O tema está longe de se esgotar! A intenção é continuar sugerindo aos Gestores de todo Brasil, soluções simples e eficazes para que as implantações dos PPA’s aconteçam. Certamente, devam existir muitas justificativas para o não cumprimento da Lei 8.842/94 para a criação dos PPA’s e dentre elas, o percentual autorizado para as chamadas “despesas administrativas” que na grande maioria dos RPPS, é insuficiente para cobrir o mínimo necessário ao seu funcionamento e gestão, deve aparecer como causa principal. Justificativa parcialmente aceitável, mas que deve servir de estímulo para a superação de dificuldades quando há vontade de fazer! Como elaborar um bom PPA para os nossos servidores? Quais os resultados esperados? Quem envolver? Essas perguntas são apenas parte das informações que devemos reunir para começar a ter respostas! Podemos consultar órgãos e instituições que já aplicam o PPA, além de programas implantados com sucesso em grandes empresas privadas. Para o sucesso do Programa, devemos ter em mente que todo projeto deve ser precedido de um bom planejamento, que abarque os princípios básicos em gestão de Projetos: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle e Encerramento. No caso em tela, é preciso que o Gestor mobilize uma equipe multidisciplinar a fim de colocar o projeto em prática. Mas quais profissionais seriam necessários para o Programa? Essa resposta vai depender do que cada Ente pode dispor. O importante é que não devemos “travar” diante da primeira dificuldade! Com base nos dados levantados pelo IBGE no PNAD 2009, podemos mapear o público alvo, vejamos: • • • • • • O ritmo de crescimento da população idosa tem sido sistemático e consistente com uma população de cerca de 21 milhões de pessoas de 60 anos ou mais. Há mais mulheres idosas do que homens (55,8%). 47% tem menos de 4 anos de estudo. 39% recebem até 1(um) salário mínimo Dos 10 municípios com mais idosos no Brasil, 9 ficam no RS. Levantando-se em conta que os RPPS tenham bases cadastrais atualizadas, essas informações iniciais, poderão servir de base para o mapeamento do público a ser atendido. Observa-se ainda, que existem aspectos físicos que frequentemente se 8 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 acentuam após os 60 anos: diminuem a audição, visão, olfato, precisão manual, tato, flexibilidade, rapidez de ritmo, adaptação, memória para fatos recentes, energia e atenção difusa. Então posso inferir que os profissionais mais adequados seriam psicólogos, nutricionistas, geriatras, fisioterapeutas, artesãos, monitores, pedagogos e voluntários em geral? Dependerá do perfil levantado em cada RPPS. Com base nos dados levantados, podemos sugerir que um Programa de Preparação para Aposentadoria deve seguir as seguintes premissas: • • • • • Sensibilização das Instituições; Elaboração do Projeto; Identificação e preparação dos facilitadores; Realização dos seminários, oficinas, palestras; Relatórios de resultados e alinhamento das atividades futuras. É importante que o Programa conste do calendário anual de atividades dos RPPS, fazendo com que os Gestores e sua equipe, abracem o Projeto e assumam junto aos demais órgãos parceiros, toda a atenção e dedicação necessárias a consecução do Programa. Tão importante quanto, deve ser a troca de experiências obtidas em seminários e Congressos de RPPS, onde o assunto pouco não aparece. Realizadores de sonhos estão à frente do seu tempo. Possuem senso de liberdade para escolher seu caminho, uma mistura de ousadia e coragem. Não tem medo de correr riscos. Não aceitam o não. Vão e fazem o que antes parecia impossível Com esse pensamento, desejo ver muitos PPA’s implantados ao longo de 2014 e porque não, vislumbrar a criação de um “Selo PPA” para as melhores práticas! 9 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Informe Publicitário _ rpps | Curtas Carlos Eduardo de M. Pirajá Filho, Sócio-Diretor da empresa GAP CONSULTORIA CONTÁBIL LTDA, Contabilista Especialista em RPPS e Graduado em Ciências da Computação. [email protected] O presidente da Associação Nacional de Entidades de Previdência dos Estados e Municípios, ANEPREM, Heliomar Santos, é um dos docentes do Curso Previdência dos Servidores Públicos que está sendo realizado pelo IDS América Latina- Instituto Latino-Americano de Direito Social, na Universidade do Estado do Rio de janeiro (UERJ). Coordenado pelo juiz federal Fábio Souza, o IDS pretende promover aos alunos um estudo amplo e aprofundado sobre Regimes Próprios analisando a disciplina constitucional, legal e regulamentar da matéria. Também são docentes do curso: Fábio Souza - Juiz Federal, Fábio Zambitte - Doutor em Direito Público pela UERJ, Flávio Martins - Procurador do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Barroso Lima de Brito de Campos - Procurador do Estado de Minas Gerais e Valter Shuenquener de Araújo - Juiz Federal. PERDAS NAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS No exercício de 2013, em função da instabilidade do mercado financeiro, houve muito deságio¹ nas aplicações financeiras dos RPPS, eis aí que se fez e se faz necessário a contabilização destes fatos contábeis. Estes fatos contábeis que já eram previstos no Livro de Contabilidade Aplicada aos Regimes Próprios de Previdência Social, publicado em 2009, porém, houve e ainda há dúvidas quanto à escrituração ou registro destes fatos, o livro acima citado e a portaria MPS nº 402 de 10 de dezembro de 2008 em seu Art. 16º, diz que estas variações devem ser registradas mensalmente e refletir o valor de mercado, com base nos aviso ou extratos bancários, posto isto, devemos seguir as instruções e contabilizar estes fatos conforme disposto na normativa. O registro destes fatos, ainda suscitam dúvidas, pois há pelo menos três formas de contabilizar estes fatos contábeis, presentes no livro supracitado, primeira forma utilizando-se a conta de Provisão para Perdas em Investimentos dos RPPS constituindo-se uma provisão, anual, de possíveis perdas que possam ocorrer durante o exercício financeiro art. 34 da Lei Federal nº 4.320 de 17 de março de 1964, desta forma ao se constituir a provisão deveremos então contabilizar o deságio em contrapartida à provisão constituída, pois no momento da constituição desta Provisão há uma Variação Patrimonial Diminutiva, que ao final do exercício a parte não utilizada deve ser revertida utilizando-se Variação Patrimonial Aumentativa, a seguir exemplos dos fatos contábeis citados com constituição da provisão e deságio contra a Provisão constituída: • Fato Contábil referente à Provisão para Perdas com aplicação financeira dos RPPS: D/C Conta Nome Conta D 3.6.1.1.1.00.00 REDUÇÃO A VALOR RECUPERÁVEL DE INVESTIMENTOS – CONSOLIDAÇÃO C 1.1.4.9.1.01.00 (-) AJUSTE PERDAS TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS • Fato Contábil referente à marcação de perda com aplicação financeira dos RPPS, utilizando-se a Provisão para Perdas constituída: D/C Conta Nome Conta D 1.1.4.9.1.01.00 (-) AJUSTE PERDAS TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS C 1.1.4.1.1.00.00 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS-CONSOLIDAÇÃO 10 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 A segunda forma de se fazer o registro de deságio é o registro de uma Variação Patrimonial Diminutiva, sem utilizar a Provisão para Perda, que deverá ser ajustada ao final do exercício para que esta variação diminutiva, não tenha impacto negativo em nosso Balanço, o lançamento do deságio (perda) deve ser o seguinte: • Fato Contábil referente à marcação de perda com aplicação financeira dos RPPS, sem utilização da provisão: D/C Conta Nome Conta D 3.6.1.1.1.00.00 REDUÇÃO A VALOR RECUPERÁVEL C 1.1.4.1.1.00.00 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS-CONSOLIDAÇÃO Depois de dedicar-se ao trabalho de defender o crescimento e fortalecimento do RPPS brasileiro, sempre se postando como um parceiro das boas discussões em prol do Regime Próprio, Leonardo José Rolim – funcionário de carreira da Câmara dos Deputados, deixou a Secretaria de Políticas da Previdência Social e voltou para a antiga função. A Revista RPPS do Brasil, em nome de todos os Institutos, gestores e profissionais que atuam no segmento, deseja sorte na nova caminhada e agradece por tudo o que ajudou a construir em termos de cultura previdenciária no tempo em que esteve Secretário. Finalmente a terceira forma de se contabilizar o fato, que não iremos exemplificar, é a utilização de receitas redutoras, apesar de estar prevista no livro supracitado, este registro contábil não deve ser efetuado, pois pode baixar o valor da RCL do Município, pois os Balanços são consolidados conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, também impacta negativamente e distorce o Balanço Orçamentário do RPPS, consequentemente no Balanço do Município, entre outros problemas que tal fato contábil proporciona. Há indícios que o fato contábil contrário ao deságio que é o ganho com a aplicação, sem resgate, deverá ser contabilizada como Variação Patrimonial Aumentativa e não mais como receita orçamentária, sendo assim o fato não deverá ser somado à base de contribuição para o PASEP, que ocorrerá somente no resgate. Informamos ainda que o sistema contábil da GAP Consultoria já contempla estes lançamentos automaticamente em seu sistema, emitindo os balanços em tempo real, visite o site: www.consultoriagap.com.br. ¹ DESÁGIO: Desvalorização da moeda ou título. No Instituto de Mogi das Cruzes o trabalho de gestão da equipe liderada por Paulo Vicentino tem rendido bons frutos. O Instituto acaba de ganhar um sistema de atualização de cadastro permanente dos servidores. Trata-se de um sistema continuado onde o cadastro pode ser atualizado a qualquer momento e dia da semana, e na sequência, mediante os cadastros em dias dos servidores, os dados consistentes possibilitam a simulação de aposentadoria. É praticidade e compromisso com os servidores públicos. Um bom exemplo! PRÊMIO GAMA FILHO - instituído pela Deliberação TCE-RJ n.º 236/2006, realizado pela Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro - ECG/TCE-RJ, o prêmio visa estimular a produção acadêmica sobre a Administração Pública e constitui-se de apresentação de monografias que versem sobre o tema: “A Gestão dos Regimes Próprios de Previdência Social”. Pode participar do Prêmio Ministro Gama Filho qualquer pessoa residente e domiciliada em território brasileiro, de qualquer nacionalidade e formação superior em qualquer área de conhecimento, observadas as vedações previstas no § 6º do art. 2º da aludida deliberação. A data limite para inscrição será dia 15 de julho de 2014. Acesse o site e veja mais detalhes. A súmula vinculante 33, do STF, que dispõe sobre aposentadoria especial de servidor público, foi publicada no DOU no dia 24 de maio de 2014. “Súmula vinculante 33 – Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.” A norma foi aprovada pelo Supremo no dia 9/4. A PSV 45, que deu origem à súmula, foi proposta pelo ministro Gilmar Mendes em decorrência da quantidade de processos sobre o mesmo tema recebidos pelo STF nos últimos anos, suscitando, na maior parte dos casos, decisões semelhantes em favor dos servidores. 11 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Análise do Gestor Lucimar Antônio Economista no decorrer do processo em desenvolvimento, abordados, por exemplo, em relatórios e reuniões? Estes são os parâmetros fundamentais para as decisões de investimentos e o respectivo processo de gestão de recursos. Em virtude de que não foi publicado o texto “Análise do Gestor” na edição de nº 14 da Revista RPPS do Brasil, nesta edição estamos publicando mais um artigo da série, uma vez que os textos correspondem a uma sequência de temas. Talvez possamos refletir também que se as expectativas permanecem com a projeção de pressão inflacionária, então ainda há indícios de riscos eminentes que suportam tais análises e perspectivas. Alguns destes pontos já foram destacados aqui na coluna, principalmente na última edição da revista. Não podemos desprezar a dinâmica engendrada, se há motivos, então temos que tentar descobrir quais são, certo? Num processo dedutivo, isto é, a partir de uma lógica de dedução, precisamos encontrar a combinação que explica o comportamento visto no mercado a partir dessas premissas conhecidas. Gestão é lógica, e tal dinâmica proporciona mais elementos para que se alcance os resultados esperados. Não deixemos de ilustrar isso com uma frase usada no mercado, “descubra à noite no noticiário o que o gráfico lhe mostrou durante o dia”. Num procedimento complementar, em busca de uma ajustada “simetria de informações”, outras tantas atividades deveriam estar ocupadas em sondagens, pesquisas e monitoramento indutivo do mercado na dinâmica de qualquer processo de gestão de investimentos. É assim que acontece no seu RPPS? Parece complicado, mas poderemos discutir mais sobre o assunto em outras oportunidades. Em que confiar, na meta ou nas expectativas? Um novo desafio ou um velho desafio? Meta atuarial. Um desafio permanente e cada vez mais complicado. O contexto é de pressão de preços no mercado, ou seja, pressão inflacionária. A inflação incomoda, mas não deveria ser surpresa, certo? No último artigo, a indicação era essa. Será que mudou? O cenário atual, depois de encerrado o primeiro trimestre do ano, não apresenta nada muito animador, de tal forma que até então não deve haver muitos ativos vinculados às carteiras teóricas de títulos públicos (especialmente os IMAs) que tenham superado a meta atuarial no respectivo período, sendo que qualquer um que chegou a atingir este feito, possivelmente,exibiu um risco que não tenha valido a pena. Isso, aliás, não é fortuito.Contribuem diversos fatores, inclusive, pertinentes ao mercado externo, como já abordamos em outros artigos, os quais não somente exercem influência no nosso mercado interno como ampliaram a ponderação de determinados aspectos com possíveis implicações aos investimentos dos investidores institucionais atualmente.Nesse contexto, você já verificou essa tal perspectiva de análise e acompanhamento juntamente com os órgãos responsáveis da sua unidade gestora, especialistas contratados ou as instâncias associadas? Pois bem, não sejamos insistentes demais, pois tem determinados aprendizados que vem da pior forma. Neste instante, contudo, repensar as estratégias é como dedicar esforços para examinar possíveis mudanças por meio a eminentes mudanças, depois de ocorrido o que parece ter sido o pior, expresso nos números do anopassado, ou seja, circunstância desanimadora. Mais uma vez, sobretudo, recomenda-se, seja fiel ao perfil de risco do seu RPPS, pois isso evitará que aconteça o pior, uma corrida sem fim a resultados que nunca são alcançados, com movimentações tardias e atrasadas. SEJA FIEL A SUA ESTRATÉGIA, é mais prudente. O nosso compromisso desde o início das publicações na Revista RPPS do Brasil é tentar abordar temas recentes e convergentes. Então, sejamos também 12 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 sistemáticos, pois,como proposto,a intenção é desenvolvermos um processo com contribuições para a gestão de investimentos associada aos RPPS, de modo que a continuidade do trabalho representa o fundamento essencial para o resultado dos leitores no desempenho de suas atividades como gestores, conselheiros ou interessados. Vejamos, a partir da nossa última oportunidade, havíamos instigado um câmbio sensível à política monetária dos Estados Unidos, pois bem, o que vimos nos últimos dias, logo, fora um câmbio menos nocivo devido à condição econômica norte americana, que apresentou menos ímpeto para a redução de estímulos monetários, remetido pelas expectativas acerca daquela economia, ou seja, com menos pressão lá fora, sentimos menos pressão por aqui. A situação, ainda, fora contrabalanceada por um pareamento de capitais estrangeiro recente,dadas as condiçõesde negócios das economias emergentes, de tal modo que se observa um fluxo positivo de divisas em especial para o Brasil, mesmo contra eventos desfavoráveis, tal como, rebaixamentos de rating, o qual certamente poderá, ainda, descarregar alguns efeitos mais adiante, combinados com outros fatores. Qual é a expectativa para a taxa de câmbiodurante o ano no seu RPPS? Este é um aspecto em pauta. Não o deixe fora da sua. Realmente, até agora, a expectativa de vermos crescer as chances de uma recuperação rápida da economia dos Estados Unidos não se confirmou, mas isso também não deveria surpreender. A recuperação, por sua vez, mantém-se incerta quando o assunto representa crescimento consistente por parte desta e de outras economias relevantes no cenário internacional. Com efeito, a sensibilidade àr edução dos estímulos monetários dos Estados Unidos, bem como a instabilidade de outros mercados emergentes, ajudaram os juros futuros neste período recente, no mercado brasileiro, mas a questão nossa de sempre permanece cada dia mais difícil: qual é a tendência? Chegamos até o limite da queda de preços dos ativos e da rentabilidade que tanto precisamos para atingir a meta atuarial? Desde o nosso último encontro, as estratégias e análises do seu RPPS sofreram alguma revisão a partir dos movimentos recentes de mercado? Se sim, então se empenhe nas correções projetadas, porque não parece existir muito espaço no tempo sem que tenhamos mais mudanças e correrias para reavaliações e explicações. Como na frase já conhecida nossa, os ajustes são necessidades correntes e naturais, porém podem transformar-se em um enorme problema quando negligenciados. A inflação,mesmo sem uma pressão cambial, não cedeu. A surpresa, talvez, tenha ficado por conta do impacto dos preços dos alimentos,incômodo no curto prazo. Ao Banco Central restou então ampliar um pouco mais a sua seara de fatores que ponderarão as suas decisões, cujos reflexos pontuais geraram algumas perspectivas para uma alongada a mais no ciclo de aperto monetário iniciado em abril do ano passado. Desta vez, sublinham-se os efeitos da estiagem sobre os preços agrícolas. O IPCA do primeiro trimestre do ano já atingiu o patamar de 2,18%, acima de 6% no acumulado dos últimos doze meses. As circunstâncias, para piorar, são mais complicadas no que diz respeito às expectativas sobre o aumento esperado de preços, cujas indicações já chegaram a projetar uma inflação superior ao teto da meta de 6,5% no encerramento do ano. Hoje,vimos uma pressão através dos preços agrícolas e amanhã, o que será? Será que há mais riscos associados aos preços de mercado? Você consegue encontrar no seu RPPS indicações do que poderiam ser os principais riscos observados Ao mercado, voltando, percebe-se que a economia não responde a altura da inflação, o que deixa muitos atores, inclusive, desconsertados. No entanto é possível, também, que estejamos nada mais do que já sentindo os reflexos de medidas de retardamento de preços, conduzida pela nossa política econômica recentemente. Lembremos, por exemplo, do setor elétrico, cujas implicações inflacionárias não demorou muito a aparecer, com anúncio aqui ou ali, possivelmente ainda parcial, afora a situação vigente, custos elevados de operação e circunstância fiscal e gerencial do governo nada confortável perante o segmento. Ademais, há a necessidade de monitoramento de outros mercados, tal como, o mercado dos combustíveis. A atividade econômica, desde a última observação,continua com incertezas, e o seu desempenho está a depender daqueles fatores internos e externos já mencionados em outros artigos. Em suma, DESTACA-SE, mais uma vez, uma inflação persistente,acima das expectativas das autoridades brasileiras de política econômica e acimado centro da meta oficial fixada, sem convergência. Aqui chegamos ao fim e nem conseguimos conversar sobre outros pontos sublinhados na última edição. Assim sendo, só nos resta já começarmos a pensar no nosso próximo encontro e nos possíveis rumos econômicos até lá. Caros gestores, dirigentes, conselheiros e interessados em geral, concluímos mais um artigo deste conjunto de publicações da Revista RPPS Brasil, o qual pode ser adotado como mais um mecanismo de gestão dentro do seu RPPS. Para enriquecer este novo projeto, é possível que qualquer interessado envie sugestões, indicações, comentários e críticas para o e-mail de Lucimar Antonio: [email protected]. Um dos princípios definidos para as publicações é a continuidade, isto é, a coesão do trabalho ao longo do tempo. Por isso acompanhe as edições da Revista RPPS Brasil e mantenha-se atualizado, bem como desenvolva juntamente com o resto do Brasil competências e habilidades que serão construídas em conjunto com outros profissionais através deste espaço. Att., Lucimar Antonio& Equipe 13 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Análise do Gestor Lucimar Antônio Economista Pior que ganhar pouco ou não ganhar nada, é perder... Os mecanismos de gestão devem conseguir ver não só “as árvores, mas toda a floresta”. Uma visão sistêmica no seu processo trará os resultados esperados, talvez não os maiores resultados, mas os melhores, aqueles que realmente devem ser perseguidos, tendo como referência as estratégias e o perfil de riscos estabelecidos. Reveja os objetivos da Política de Investimentos caso não haja coerência diante do contexto atual. Nesse sentido, é relevante uma análise circunstancial. O que se viu no ano que passou fora uma inflação persistente, acima das expectativas das autoridades brasileiras de política econômica e acima do centro da meta oficial fixada, sem convergência; um crescimento do Produto Interno Bruto nada empolgante, embora a apuração tenha surpreendido muitos analistas, o que ocasionou, inclusive, ajustes das expectativas, com esperança de menor expansão econômica em 2014; além da deterioração das contas públicas e déficit externo crescente. Não seria apropriada a utilização aqui de uma “parafernália” de instrumentos quantitativos para demonstrar a situação econômica de investimentos, de maneira que uma análise qualitativa provocará reflexões igualmente interessantes. O nosso título, desta vez,exibe uma das frases destacadas do artigo publicado na 12ª edição da revista. Você lembra? Dentre outras questões fundamentais, a volatilidade por conta da instabilidade econômica e suas respectivas incertezas pairaram no contexto dos investidores institucionais. Uma das questões de edições anteriores era se “os riscos estão relacionados somente à economia interna?”. A resposta é NÃO. Logo, se sua Política de Investimentos e relatórios de análises não tratam de quaisquer aspectos associados à economia externa, providencie tal perspectiva imediatamente, ou você terá um “ponto cego” no seu prisma, isso se não for apenas um simples “retrovisor”! REFLITA! Preocupa o desempenho econômico do Brasil e das principais economias mundiais, em especial Estados Unidos e China. O cenário mundial exibe a sua principal economia numa situação que não demonstra uma recuperação indiscutível. A China, igualmente, apresenta expectativas não tão otimistas. Na Europa,a situação é um pouco mais moderada neste momento, porém apresenta conflitos sociais, como é o caso da Ucrânia, com vulnerabilidades políticas e militares, que se alastram mundialmente, a oferecer mais instabilidade aos mercados. Talvez o mês de fevereiro tenha esgotado um pouco de esperança, mas se as incertezas e as condições macroeconômicas não mudaram muito, por que pensar em recuperação extraordinária, como chegou até parecer. Até agora, quem não se protegeu, além de deixar de ganhar pouco ou não ganhar nada, perdeu. Em fevereiro,observou-se um período de ajuste técnico no open market (títulos públicos federais), pois janeiro fora mais que decepcionante, fora exagerado, com quedas de preços à altura da renda variável. As indicações que restaram para os investidores no mercado de renda fixa, com ativos pré-fixados e associados a títulos de prazos alongados e referenciados em IMA ou IDKA, foram mais incertezas e volatilidade. RISCO! Nesse contexto, conhecer o perfil de investimento e a sua situação financeira, econômica e atuarial é fundamental para escolher corretamente as estratégias e tomar decisões neste momento. Você conhece o perfil de risco do seu RPPS? Se o objetivo é fugir do risco, busque posições confortáveis. Só não esqueça, “nos investimentos, o que é confortável raramente é lucrativo” (Robert Arnott), contudo o lucro, mesmo que pequeno, não quebra ninguém. Para ilustrar, veja alguns indicadores. O parâmetro que representa o maior risco com títulos públicos federais encerrou o ano passado com queda de cerca de -44% (IDkA IPCA 30A), e dentre os ativos mais conhecidos entre os RPPS, obtivemos queda de -17% para o IMA-B 5+ e -10% para o IMA-B. Agora é o momento de testar o processo gerencial de investimentos, pois as distintas perspectivas de mercado devem neste instante estar asondar o foco e a estratégia das aplicações existentes em cada RPPS, como já fora abordado em discussões anteriores, num contexto de volatilidade patrimonial e pressão atuarial. Nas circunstâncias atuais, não seria exagero recordarmos uma reflexão registrada em outros artigos. “Atenção, a recuperação parcial de perdas acumuladas durante o ano em determinados períodos não representa uma tendência consistente e bem definida de alta, as incertezas são muitas e os 14 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Disso tudo, afinal, quais são os aspectos mais importantes? Quase tudo! Todavia é possível que sejaneste instante alguns indicadores de maior destaque. O câmbio, por exemplo, nas circunstâncias atuais, expressa bastante sensibilidade à redução dos estímulos monetários dos Estados Unidos, bem como sofre coma instabilidade de mercados emergentes, com influência aparente nos juros futuros. A inflação, ainda com expectativas de preços elevadospara 2014, está exposta aos riscos operacionais do setor elétrico e à pressão nesta e em outras áreas, como acontece com os combustíveis e com a própria taxa de câmbio. Ademais,a atividade econômica,que deveria estar em fase de recuperação, apresenta muitas incertezas, e o seu desempenho está a depender de diversos fatores internos - em especial o investimento - e externos, como a reabilitação da economia norte-americana e a manutenção da economia da China, além de fatores não econômicos. riscos elevados”. Será esta a situação novamente? Se você ainda não utilizou alguns dos pontos já tratados aqui em suas reuniões e outras oportunidades do seu RPPS, talvez seja porque esteja tudo bem, caso contrário, reveja as questões suscitadas e não perca tempo. A esta altura, é possível pensarmos que a fase de reavaliações e formação das estratégias para este exercício já fora superada, de modo que os acertos e erros do período recente, certamente, subsidiaram as novas diretrizes indicativas ao cumprimento das metas fixadas para 2014. Ou não? Quais são as metas para o próximo exercício mesmo? A Política de Investimentos e análises econômicas do seu RPPS já estão em ação? Não se pode perder tempo, pois “o mercado não espera ninguém”. A partir das estratégias e análises do seu RPPS, é possível afirmar que o ciclo de queda de preços dos ativos no mercado ora mencionado chegou ao seu limite? Uma expressão já usada em outras oportunidades poderia ajudar a responder esta pergunta: “a história não mudou muito desde o nosso último encontro”, a volatilidade continua. As autoridades de política econômica usaram diversos artifícios para buscar um equilíbrio macroeconômico até agora, porém com recursos perigosos. Será que isso não aumenta o risco de uma inflação tardia, sobremaneira se a economia voltar a crescer, apesar de ser uma hipótese pouco provável. Fique atento! O controle forçado de juros, spreads, câmbio e inflação instigam dúvidas acerca da sustentação de toda essa situação. Ainda,não se pode esquecer que os Estados Unidos iniciaram o corte dos estímulos monetários, gradativamente, como esperado. No entanto, isso atribui mais importância a cada decisão a ser tomada sobre a política monetária norte-americana. MAS ENTÃO! QUAIS SÃO AS ALTERNATIVAS? Com efeito, apartir dos cenários engendrados, a meta atuarial é um desafio! Considerando o patamar atual de juros, principalmente se existir uma dinâmica de mercado aderente ao sistema de metas de inflação, realidade vigente da política monetária brasileira, será preciso analisare acompanhar investimentos alternativos, além de manter um processo degestão dos recursos qualificado e diligente diante das circunstâncias econômicas. Então! A dinâmica do seu RPPS é proativa? As práticas de governança estão funcionando? Há mudanças quando necessário? Se isso não acontece, qual é o motivo? Não vire expectador. Se tiver dúvidas, escreva-nos. Caros gestores, dirigentes, conselheiros e interessados em geral, concluímos mais um artigo deste conjunto de publicações da Revista RPPS Brasil, o qual pode ser adotado como mais um mecanismo de gestão dentro do seu RPPS. Para enriquecer este novo projeto, é possível que qualquer interessado envie sugestões, indicações, comentários e críticas para o E-Mail de Lucimar Antonio: [email protected]. Um dos princípios definidos para as publicações é a continuidade, isto é, a coesão do trabalho ao longo do tempo. Por isso acompanhe as edições da Revista RPPS Brasil e mantenha-se atualizado, bem como desenvolva juntamente com o resto do Brasil competências e habilidades que serão construídas em conjunto com outros profissionais através deste espaço. ANÁLISE DO GESTOR representa o conjunto de artigos voltado para o mercado financeiro e de capitais relacionado aos RPPS. A cada edição da Revista o leitor poderá acompanhar os temas e as novidades propostas e discutidas pelo autor e outros profissionais em conjunto com personagens dos próprios RPPS. Estas publicações destinam-se aos gestores e dirigentes, e também ao público em geral que tenha interesse sobre o assunto. A intenção é construir um canal de Informação & Comunicação através da Interação & Aprendizado com o desenvolvimento de reflexões sobre o processo de gestão de investimentos destes investidores, de modo que a continuidade do trabalho possa contribuir, ao longo do tempo, para o resultado dos leitores no desempenho de suas atividades como gestores, conselheiros ou interessados. Dessa forma o objetivo é proporcionar elementos específicos e atuais de reflexão e orientação acerca dos investimentos e da governança dos RPPS. Estabelecer um canal de Informação & Comunicação com o público alvo e receber sugestões, indicações, comentários e críticas. Promover a evolução do trabalho através da interação e do contexto específico de mercado. Manter a continuidade e a coesão dos artigos para oferecer uma capacitação acumulada aos interessados. Assim como envolver gestores de investimentos de RPPS espalhados pelo País através de suas próprias iniciativas ou por meio de convite. O autor preza pela qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes. Att., Lucimar Antonio& Equipe 15 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Artigo Luciano Gonçalves de Castro e Silva Pesquisador / Demógrafo do IBGE. Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela ENCE/IBGE. Professor Colaborador da ENCE/IBGE e da UFRN. Graduado em Ciências Atuariais pela UFRJ. Atuário MIBA nº 1.116. Pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/RJ). Perito Atuarial Oficial nº 3.597, nas áreas de Previdência, Seguros, Capitalização e Planos de Saúde. Especialização em Gestão Atuarial, Previdência Pública e Privada e Planejamento Estratégico. Consultor na área de Previdência Pública (RPPS) e Privada (Fundos de Pensão) os Estados das 5 Grandes Regiões do país, aspectos estes com reflexo na demografia passada, atual e futura local, acentuados pela geografia continental da nossa nação. Como os resultados da projeção populacional são diferentes para cada um dos 27 Estados, políticas públicas no âmbito da educação, saúde, previdência e assistência social, saneamento básico, coleta de lixo, meio ambiente (sustentabilidade), segurança pública, dentre outras, deverão ser balizadas a partir dessas importantíssimas informações. A partir da análise do Gráfico 1 percebemos uma diminuição gradativa da distribuição relativa do número de crianças com idades de maternal e pré escola, crianças do ensino fundamental e jovens do ensino médio, além dos jovens do ensino superior. Com relação à política pública da Educação, será que os esforços daqui para frente deveriam ser no sentido da construção de novas escolas e universidades ou na melhoria da qualidade do ensino com uma verdadeira valorização do corpo docente? Corrigindo... Na última edição da Revista RPPS do Brasil, nº IV, na página 22, foi divulgado um título errado no artigo do colunista Luciano Gonçalves de Castro e Silva. Onde se lê: “Participação da sociedade civil na gestão dos regimes de previdência dos servidores públicos”. O correto é: “Razão de dependência previdenciária: A demografia contra os sistemas de repartição simples”. No artigo que escrevi na edição anterior, falei da insustentabilidade dos sistemas previdenciários que operam unicamente na lógica do Regime Financeiro de Repartição Simples, em função do aumento gradativo do indicador batizado de Razão de Dependência Previdenciária (RDP), tanto para homens quanto para mulheres. O Gráfico 1 mais uma vez traz a tona a evolução da razão (quociente) entre “ativos” e “aposentados”, uma vez que percebemos ao longo dos 60 anos da projeção de população um aumento e posterior diminuição do percentual de adultos (indivíduos em plena vida laborativa) contra um aumento crescente e alarmante da distribuição de idosos (potenciais aposentados e pensionistas) no país. Agora com relação à política pública da Previdência Social, será que não deveríamos repensar a forma de financiamento do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e, porque não, de grande parcela dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) do país? Será que um rol de atitudes, dentre elas a capitalização efetiva das contribuições e recursos em busca do tão sonhado Equilíbrio Financeiro e Atuarial (EFA), não deveria efetivamente acontecer em prol da solvência dos Sistemas Previdenciários? Crianças, jovens, adultos e idosos: as projeções de população do IBGE como balizadores de políticas públicas O conhecimento sobre as características passadas e as projeções sobre o comportamento futuro da composição por sexo e idade da população representam o alicerce mor para o planejamento estratégico governamental, tanto na esfera federal, quanto nas esferas estadual e municipal. O Dicionário Demográfico Multilíngue define a Demografia como sendo o estudo científico das populações humanas, principalmente no que diz respeito ao seu tamanho, estrutura e desenvolvimento, tendo como sua unidade estatística básica o indivíduo ou pessoa. Já as Projeções de População são definidas como os cálculos que determinam o futuro desenvolvimento de uma população, com base em suposições sobre as perspectivas de fecundidade, mortalidade e migração, assim chamadas as três componentes da dinâmica demográfica. Essa metodologia de projeção de população que conjuga a fecundidade, a mortalidade e os fluxos migratórios é chamada de “Método das Componentes Demográficas” (ou MCD). Esse referido método parte da conhecida Equação Básica ou Compensadora da Demografia, que define: POP(t) = POP(0) + (N(0,t) – M(0,t)) + (I(0,t) – E(0,t)) Crescimento Natural 16 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Saldo Líquido Migratório previdenciários que operam unicamente na lógica do Regime Financeiro de Repartição Simples, em função do aumento gradativo do indicador batizado de Razão de Dependência Previdenciária (RDP), tanto para homens quanto para mulheres. O Gráfico 1 mais uma vez traz a tona a evolução da razão (quociente) entre “ativos” e “aposentados”, uma vez que percebemos ao longo dos 60 anos da projeção de população um aumento e posterior diminuição do percentual de adultos (indivíduos em plena vida laborativa) contra um aumento crescente e alarmante da distribuição de idosos (potenciais aposentados e pensionistas) no país. Agora com relação à política pública da Previdência Social, será que não deveríamos repensar a forma de financiamento do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e, porque não, de grande parcela dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) do país? Será que um rol de atitudes, dentre elas a capitalização efetiva das contribuições e recursos em busca do tão sonhado Equilíbrio Financeiro e Atuarial (EFA), não deveria efetivamente acontecer em prol da solvência dos Sistemas Previdenciários? O Gráfico 2 apresenta a evolução do Índice de Envelhecimento (IE) populacional do Brasil ao longo dos 60 anos da projeção. Gráfico 2 – Brasil – Índice de Envelhecimento Populacional – 2000-2060 O Gráfico 1 apresenta a distribuição percentual de alguns grupos etários selecionados para o Brasil, de 2000 até 2060, a partir dos dados da Projeção Populacional 2013 do IBGE. Ou seja, a população em qualquer instante de tempo t (POP(t)) é igual à população no instante inicial 0 (POP(o)) mais o chamado crescimento natural (diferença entre os nascimentos (N(0,t)) e as mortes (M(0,t)), ambos ocorridos entre o instante inicial 0 e o instante t) mais o saldo líquido migratório (diferença entre o quantitativo de imigrantes ou pessoas que chegam (I(0,t)) e o quantitativo de emigrantes ou pessoas que saem (E(0,t)), ambos também ocorridos entre o instante inicial 0 e o instante t). Gráfico 1 – Distribuição % dos Grupos Etários – Projeção Populacional Brasil 2013 Fonte: IBGE - Projeção 2013 da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060. e “IE” é calculado como sendo a razão (quociente) entre o quantitativo de idosos (no caso os indivíduos com mais de 60 anos) e crianças (indivíduos de 0-14 anos), multiplicado por 100. Em suma, ele nos fornece o número de idosos para cada 100 crianças. As projeções são de que esse índice atinja a marca de 100 idosos para cada 100 crianças no ano de 2028. E a nossa política pública de saúde básica oferecida pelo SUS? Quanto mais envelhecida a massa populacional maior é a demanda pela Assistência à Saúde no âmbito ambulatorial e hospitalar, com incidências crescentes de eventos como consultas, exames, terapias, tratamentos continuados, cirurgias, internações, dentre outros, isso sem falar no gasto com medicamentos e vacinas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE é a instituição no país com tradição e expertise na elaboração de projeções populacionais. O trabalho precursor data do início da década de setenta e no ano de 2013 a instituição divulgou a mais nova projeção de população por sexo e idade para o Brasil (período 2000-2060) e as 27 unidades da federação (período 2000-2030), tendo como principal inovação a utilização do citado MCD para cada um dos 27 estados brasileiros, o que até então só era feito para o Brasil. Como resultado final dessa projeção, importantes estatísticas são derivadas, ao longo de todos os anos da projeção, como o quantitativo de crianças em idade para o maternal e pré escola, crianças com idades para o ensino fundamental e jovens para o ensino médio, jovens com idade para o ensino superior, adultos, idosos, mulheres em idades reprodutivas, homens com idade para prestação de serviços militares, etc. Além desses quantitativos são derivadas as razões de sexo, as taxas de crescimento populacionais, os nascimentos por sexo e taxa bruta de natalidade (TBN), os óbitos por sexo e taxa bruta de mortalidade (TBM), o crescimento natural, os migrantes por sexo e taxa de migração (TMIG), a taxa de mortalidade infantil (TMI), as taxas específicas de fecundidade (TEF´s) e taxa de fecundidade total (TFT). Também são construídas as tábuas de mortalidade por sexo e a conhecida função expectativa de vida (ex), além de outros indicadores calculáveis como a razão de dependência de jovens (RDJ) e idosos (RDI) e o índice de envelhecimento (IE) populacional, por exemplo. Os resultados da projeção apenas corroboram o notório contraste de desenvolvimento social, econômico e de infra estrutura, quando comparamos Fonte: IBGE - Projeção 2013 da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060. A partir da análise do Gráfico 1 percebemos uma diminuição gradativa da distribuição relativa do número de crianças com idades de maternal e pré escola, crianças do ensino fundamental e jovens do ensino médio, além dos jovens do ensino superior. Com relação à política pública da Educação, será que os esforços daqui para frente deveriam ser no sentido da construção de novas escolas e universidades ou na melhoria da qualidade do ensino com uma verdadeira valorização do corpo docente? No artigo que escrevi na edição anterior, falei da insustentabilidade dos sistemas Para finalizar, gostaria de aproveitar a oportunidade para deixar um recado aos gestores públicos: Ser previdente é pensar no futuro. Não podemos perder mais tempo, o futuro é o agora. Utilizem as projeções populacionais como ferramentas de gestão. Planejamento Estratégico Temporal é condição sine qua non para o sucesso. Troquemos as palavras por atitudes em benefício da sociedade brasileira. Pesquisador / Demógrafo do IBGE. Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela ENCE/IBGE. Professor Colaborador da ENCE/IBGE e da UFRN. Graduado em Ciências Atuariais pela UFRJ. Atuário MIBA nº 1.116. Pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/RJ). Perito Atuarial Oficial nº 3.597, nas áreas de Previdência, Seguros, Capitalização e Planos de Saúde. Especialização em Gestão Atuarial, Previdência Pública e Privada e Planejamento Estratégico. Consultor na área de Previdência Pública (RPPS) e Privada (Fundos de Pensão). 17 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Capa Dentre os vários temas tratados no Congresso, destacamos os seguintes: Previdência Social, uma análise conjuntural; a evolução dos benefícios previdenciários desde a Constituição Federal de 1988 até os dias atuais; mapeamento das aposentadorias no governo federal e o andamento das pesquisas sobre o risco de longevidade; gestão administrativa e a recuperação judicial de pensões; experiência do gestor único e a ética no regime próprio; a importância de governança de investimentos do fundo de pensão; a previdência complementar acima do teto apartada pelo Estado; estudos e reflexões do sistema de compensação previdenciária no Brasil; 2014 e o equilíbrio entre risco e retorno nos investimentos dos RPPSs; os sistemas de informação aplicados à previdência; as implicações do bônus demográfico para os sistemas previdenciários. Outro ponto que chamou a atenção foi a participação de Otoni Gonçalves Guimarães, diretor do Departamento de Regimes Próprios de Previdência Social do MPS, que debateu as perspectivas da previdência social. “Trouxemos para debate algumas reflexões sobre a questão da previdência social de modo geral e, de forma mais especial e aprofundada, a previdência do servidor público em âmbito nacional, especialmente no estado do Rio Grande do Sul. O grande desafio posto a todos nós é a sustentabilidade do sistema, ou seja, como fazer uma contextualização geral”. Veja mais no www.agip.org.br II CONGRESSO GAÚCHO DE PREVIDÊNCIA [ Assessoria de Comunicação Social - IPERGS ] O evento discutiu a valorização do RPPS no Estado, pensando no futuro do Regime Próprio Gaúcho. Realizado com muita maestria pela AGIP, o II Congresso Gaúcho de Previdência provocou debate importante sobre o tema RPPS. Bom público prestigiou a programação. Na abertura do Congresso, o Presidente do IPERGS Valter Morigi mencionou que momentos de troca como o Congresso são importantes para qualificar a gestão e esclarecer dúvidas. Ele também citou que em 2011 foi realizada a segregação de massa e, desde então, foi criado um fundo capitalizado, que é saudável, tendo 12 mil funcionários e com, aproximadamente, R$ 125 milhões. A cerimônia contou ainda com a participação do Vice-Prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo, do Diretor Geral do PREVIMPA - Laerte Campos de Oliveira, do Secretário de Administração de Porto Alegre - Eloi Zanella e do Superintendente do Banco do Brasil - Adriano Mendonça. O Diretor da Organização Ibero - Americana de Seguridade Social (OISS), Carlos Garavelli falou a respeito da previdência social nos países ibero-americanos, e sua participação possibilitou a assinatura do convênio entre a OISS e a AGIP – Associação Gaúcha de Instituições de Previdência Pública. Valnei Rodrigues, presidente da AGIP, aproveitou a ocasião para compartilhar a expectativa de que, em breve, o IPE também possa, não somente assinar o convênio para instalação do CIAPAT (Centro Ibero-americano de Autonomia Pessoal e Ajudas Técnicas), mas também para a formação dos trabalhadores na previdência social. O encerramento do primeiro dia de Congresso foi marcado pelo lançamento do livro “Regimes Próprios de Previdência Social: Desafios e Perspectivas”, organizado por Valter Morigi e Alex Trindade. Conforme Alex, Assessor da Presidência do IPERGS, espera-se que o livro possa servir de auxílio para a tomada de decisão dos regimes próprios de previdência. Além disso, é um livro que poderá servir de referência bibliográfica, pois é uma obra que possui registro na Biblioteca Nacional. São 16 autores que escreveram a respeito dos mais diversos assuntos relacionados à questão previdenciária. 18 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 O livro traz vários temas relevantes. Registro de autoridades que participaram do Congresso. Registro da assinatura do Convênio. 19 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Social _ rpps | Artigo Ricardo Souza Advogado e consultor A Revista RPPS do Brasil destaca o II Congresso Gaúcho de Previdência. Dizem que o ano começa somente após o Carnaval. Em relação à previdência, não parece ser diferente. É verdade que alguns fatos relevantes já aconteceram, no entanto, os principais fatos da previdência social brasileira devem realmente acontecer (ou não acontecer), a partir de agora, após os festejos momescos. Veja abaixo os embates, frustrações e possibilidades previstas para este ano: No RGPS, fator previdenciário pode cair Se puxarmos pela memória, em 2010, o Governo Federal enfrentou um grande embate no Congresso Nacional para impedir a queda do fator. Então, cabe a pergunta: o que 2010 e 2014 têm em comum? A resposta é rápida: eleições presidenciais! Alexandre Triches Álvaro Dezidério Silvio Silveira Alex, durante o lançamento do Livro Pois bem, em 2014, as condições estão ainda mais favoráveis para uma eventual queda do fator previdenciário. Isto porque, além de ser um ano eleitoral, as entidades representativas de aposentados e pensionistas, sindicatos, centrais, partidos de oposição e até setores dos parlamentares governistas apoiam a bandeira. Além disso, o próprio Ministério da Previdência Social não morre de amores pelo fator previdenciário e muitos técnicos o consideram ineficaz para impedir uma aposentadoria precoce. A resistência do “governo central” pode ainda ser minada pela conjuntura política mais geral. Enfim, é importante acompanhar. Carlos Garavelli José Roberto Nos RPPS, reforma das pensões por morte não avança Laerte e Valter 2012 e 2013 foram marcados por uma grande expectativa quanto a mudanças nas regras relativas à pensão por morte. O Ministério da Previdência Social e vários técnicos da área defenderam profundas mudanças como a redução dos valores, fim da conversão da renda do pensionista que perde o direito (por morte, maioridade ou fim da invalidez) e o fim da vitaliciedade para cônjuges novos. Também havia previsão de ampliação de direitos, no caso da extensão da pensão para os universitários além dos 21 anos (a regra atual) para até 24 anos. O ano eleitoral de 2012 e as manifestações de junho de 2013 tiraram o tema da pauta. Em 2014 ele não deve retornar, visto que se trata de um ano eleitoral. Todavia, em 2015 o tema deve vir com força, já que, segundo os analistas, o Brasil é dos países que mais gastam com pensões por morte. Marcelo Mendonça 20 Mauro Hauschild | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Pedro Zuanazzi Otoni Guimarães Henrique Domingues No RGPS, desaposentação deve ser definida Se a queda do fator será o embate do ano e a não realização da Reforma das Pensões será frustração para os especializados em finanças previdenciárias, a desaposentação promete ser o grande embate. A questão já foi amplamente decidida nas instâncias judiciárias. No entanto, a palavra final ainda está com o Supremo Tribunal Federal. Se permitida a desaposentação, aposentados que voltaram a trabalhar, após a aposentadoria, terão seus benefícios revisados, considerando o novo período contributivo. Dentre os advogados, expectativas divididas. Uma parcela acredita que o STF julgará politicamente e derrubará a desaposentação. A outra parcela, a dos que acreditam no sucesso da tese da desaposentação está cada dia maior. Minas Gerais e o controle dos regimes próprios Aqui podemos ver uma mistura de embate que pode levar a novas possibilidades ou frustrações. Na virada do ano, o Estado de Minas se apropriou da poupança previdenciária dos seus servidores o que gerou a resistência desses servidores e do Ministério da Previdência. A Federação dos Sindicatos dos Servidores dos Tribunais de Contas (FENACONTAS) emitiu um parecer apontando a inconstitucionalidade e o problema deve ir ao Judiciário e ao TCE-MG. O desfecho terá repercussão geral, já que “se abrirem as porteiras”, a prática poderá ser repetida amplamente pelo país dentre os estados e municípios, já que Minas é um estado referência em termos de gestão. Por outro lado, a derrubada da medida pode representar um ponto positivo, tanto no sentido de gestões mais responsáveis e sustentáveis nos regimes próprios de previdência social, quanto para fortalecer o controle desses regimes. Findando as expectativas: a tão desejada integração entre os Tribunais de Contas e o Ministério da Previdência. Hoje, o nível de cooperação entre essas entidades de controle dos regimes próprios. O tema vem sendo discutido há muitos anos nos fóruns técnicos e de estudos. Todavia, ainda deixa muito a desejar. 21 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Investimentos Novas fontes de investimentos são oportunidades para Institutos de Regime Próprio atingir a meta atuarial Em meio às dificuldades de fechar as contas com resultado positivo, os Institutos de RPPSs do Brasil estão aproveitando a abertura para fazer novos investimentos. A Revista RPPS do Brasil mostra, através de entrevistas com representantes do BRB – Henrique Leite Domingues – Diretor de Administração de Recursos de Terceiros, da CEF – Luigi Tenório de Andrade – Gerente Nacional Pessoa Jurídica Pública e do atuário Túlio Pinheiro, como estão sendo trabalhadas essas novas possibilidades. Quais são as opções de investimentos que o BRB tem para os RPPSs? O BRB, além de todos os fundos do 409, que são os de renda fixa, de ações, multimercados, até por ser um banco pequeno, em vista dos outros federais, consegue criar produtos personalizados para os RPPSs, sendo que em 2012 foi criado um FIP para construção dentro do projeto “Minha casa Minha vida”, no Paraná, que conta com institutos só deste estado e de Brasília, é um fundo de R$ 40 milhões. Esse foi um projeto piloto, em formato de FIP, que desenhamos junto com o Ministério da Previdência Social - MPS, Banco do Brasil - BB e Caixa Econômica Federal - CEF. Chegamos a um modelo aprovado pelo MPS, que é um modelo onde o estado aporta imóveis e faz a dação em pagamento para o Instituto. Então, a dívida que o estado ou o município tem com o Instituto vai ser abatido com a dação em pagamento dessas cotas do Fundo. O Ministério entende que não existe o desenquadramento daquele limite legal de 5%, porque não foi o Instituto de Previdência que gastou dinheiro comprando as cotas do FIP, mas sim foi uma dação em pagamento pelo estado ou município. Portanto, é bom para ambas as partes. E qual a maior vantagem para o beneficiário, o Instituto de Previdência? Uma coisa é receber um terreno sem projeto, outra bem diferente é receber um terreno com um valor agregado de um projeto em cima. E como os Institutos de Previdência têm o objetivo de rentabilizar o patrimônio, entendo que foi perfeito para todos os envolvidos. Todos ganham, pois o estado ou município pode ter um imóvel que não está sendo utilizado, e ele tem essa dívida com o Instituto que precisa ser quitada. Vamos falar sobre a questão do Acre. Como chegaram nesse modelo? Como é a situação específica daquele Estado? 22 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Henrique Domingues - diretor de Administração de Recursos de Terceiros do BRB O governador do Acre, Tião Viana, já está desenvolvendo um projeto chamado “Cidade do Povo”, onde serão construídas 10.000 casas do programa “Minha casa Minha vida” para servidores do estado. A obra já está em andamento e com padrão de qualidade muito superior a muitos projetos que tenho visto, como por exemplo, os imóveis têm forro no teto, as telhas de concreto e painel solar para aquecimento de água. O governador, através da Lei 2839 de 08 de janeiro de 2014, criou as regras da doação das casas e destinou alguns desses lotes urbanos para o Instituto do Acre – AcrePrevidência. O empreendimento como um todo são 10.000 casas, e o objeto do Fundo que o BRB criou são 500 terrenos. No projeto total, a ideia é o estado transferir para o Instituto, via Fundo de Investimento, 2600 terrenos. Isso implica em um valor aproximado de 2 milhões de reais em lotes, fora o valor da edificação. Com isso, o Instituto pode chamar outros investidores, pois o papel do BRB, na distribuição do Fundo é captar outros investidores, tipo Rio Branco/AC, ou ainda outros Institutos que queiram investir, uma vez que o “Minha casa Minha vida” é rentável, por que se não fosse assim não teríamos construtores investindo nele. Então concluindo, o projeto no Acre está pronto, o BRB criou o Fundo de Investimento “Minha Casa Minha Vida do Norte”, onde o BRB é o administrador, o gestor, distribuidor e o custodiante. Até pelo tamanho do banco, conseguimos agilidade na criação, pois é menos burocrático, conseguimos ter uma celeridade, pois vimos que era isso que o Acre estava buscando, um parceiro público que desse agilidade. O MPS nos apoiou na criação do produto, esse projeto foi desenhado a quatro mãos. Apesar de sermos um banco de Brasília, queremos trazer soluções para o Brasil, de forma inovadora, inteligente, de forma que possamos colocar o projeto rapidamente em prática, atendendo cada localidade. Esse modelo desenhado para o Acre está sendo pensado para outras localidades? Sim, temos um acordo de cooperação técnica assinado com o Mato Grosso, onde estão fazendo o levantamento de terrenos, de outros imóveis do estado, os quais tenham a disponibilidade de doar para o Instituto de Previdência. Mas ainda tem toda uma burocracia que tem que ser transposta, como a tramitação de lei. É um modelo que dando certo, certamente vai atrair a atenção de vários institutos de previdência municipais, estaduais do Brasil todo. Em relação à colocação do BRB no mercado de RPPS, como o Senhor avalia essa participação? Hoje, só não temos vários clientes em vários estados da federação, como temos vários projetos em outros estados, como o FIP Paraná, o projeto no Acre, o Fundo de Investimento de Hotel no Rio de Janeiro, o de logística em São Paulo. O BRB tem uma gestão em valores totais de R$ 1,5 bilhões de reais, sendo R$ 160 milhões em RPPS. Luigi Tenório - gerente nacional de Pessoa Jurídica Pública da CEF Como a CEF vê esse pacto celebrado pelas instituições financeiras com o Ministério? É uma iniciativa inovadora do MPS com o necessário apoio das instituições envolvidas. Como parceira, a CEF assinou o acordo para realizar estudos para estruturação de Fundos de Investimentos que permitam, prioritariamente, a capitalização dos RPPSs. Inicialmente, o estudo está direcionado para estruturação de Fundos de Investimento Imobiliários - FII, no qual o estado aportaria alguns imóveis economicamente viáveis, ou seja, que sejam passíveis de ser rentabilizados. Num primeiro momento, isto cumpre a parte de equilíbrio atuarial do RPPS, restando a questão financeira que poderá ser proporcionada mediante a criação de um FII. Resumidamente, este processo envolve aprovação de lei para desafetação dos imóveis públicos, avaliação criteriosa desses imóveis, transferência do imóvel para o Fundo a ser criado, execução do projeto de rentabilização, registro do Fundo na CVM, distribuição das cotas para os investidores. A participação das instituições financeiras foi proporcionada pelo MPS e o seu papel é a estruturação e distribuição das cotas aos investidores. De novidade, dentro desta proposta, o que a CEF oferece? A CEF tem um produto de destaque dentro desta perspectiva? Diante do novo cenário econômico brasileiro, há necessidade de se criar alternativas de investimento. O Acordo assinado visa justamente buscar esses caminhos, mas seu desenvolvimento ainda está num processo inicial que tem o propósito de esclarecer aos poderes envolvidos, questões relacionadas à estruturação, os cuidados e os papéis de cada parte. A estruturação de um FII requer compreensão, principalmente neste caso, de modo que fique clara a necessidade de avaliar criteriosamente a sua absorção pelo mercado de investidores a partir da vocação dos imóveis. Não menos importante é o fato de esclarecer a estruturação pretendida e as margens buscadas. Nas reuniões de que a CAIXA tem participado, buscamos esclarecer as dúvidas, demonstrando os pontos de atenção para cada caso em discussão. Como a CEF está posicionada hoje no mercado financeiro com foco em regime próprio? A CAIXA é líder na gestão de ativos previdenciários, com uma carteira aproximada de R$ 27 bilhões e possui uma estrutura dedicada, localizada fisicamente em São Paulo, a qual é responsável pela estruturação desses fundos. Nessa unidade existe uma equipe exclusiva para o segmento RPPS, a qual fornece consultoria aos gestores sobre as diversas possibilidades de investimento dos seus recursos. Essa área de ativos de terceiros já foi premiada inúmeras vezes pela mídia especializada. Quais são as perspectivas da CEF para 2014 levando em conta os aspectos econômicos atuais, de cada dia impor mais dificuldade para alcançar a meta atuarial? De fato, quando a taxa de juros era mais alta, os RPPSs realmente tinham mais facilidade para atingir a meta. Quando a economia do país permitiu uma redução da taxa básica, os RPPSs passaram a ter mais dificuldade para fechar as metas atuariais. Dado este novo cenário, a forma de gestão dos ativos também deverá ser adequada, o que passa, necessariamente, pela diversificação dos investimentos. Para Isto, a área de Ativos de Terceiros da CAIXA dispõe de estrutura dedicada para oferecer aos clientes RPPS um portfólio diversificado para investimentos que permita, no conjunto das aplicações, auxiliar os institutos na busca dessa meta. 23 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Investimentos _ rpps | Legislação Quais as consequências da falta de equilíbrio financeiro e atuarial? O principal objetivo de uma entidade previdenciária não é pagar os benefícios previdenciários! É ter dinheiro para pagar tais benefícios. E a forma técnica que verificamos se haverá ou não recursos financeiros é o resultado atuarial do plano de benefícios administrado pela entidade previdenciária. Portanto, a consequência é óbvia: desequilíbrio atuarial significa que não haverá recursos financeiros suficientes para honrar com as obrigações futuras. As contas não fecham, e aí? Caso o resultado atuarial sinalize num déficit, o ente federativo, “fiador” da entidade previdenciária, deverá estudar uma forma financeira para conseguir recuperar, num prazo de 35 anos, dado que o servidor receberá o valor prometido por lei, independente de a entidade previdenciária conseguir ou não alcançar a reserva financeira suficiente para honrar com respectiva obrigação. Quais os impactos na gestão tendo em vista a questão do equilíbrio financeiro e atuarial no pagamento dos benefícios? Como o plano de benefícios de uma entidade previdenciária é de benefício definido, isto é, o valor do benefício previdenciário e seu pagamento está garantido, independente de a entidade previdenciária ter feito ou não a reserva financeira suficiente, esta deverá estudar, junto com seu “fiador”, formas de buscar estes recursos, dado que caso não consiga, o “fiador” deverá assumir financeiramente tal insuficiência e isso afetará seus gastos com pessoal, cujo qual possui um limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, temos que observar que não há somente impacto na gestão da entidade previdenciária, mas em toda administração do ente federativo. Qual sua dica para que o município atinja o equilíbrio financeiro/ atuarial? Há várias formas técnicas de buscar o equilíbrio atuarial, inclusive sem prejudicar o “fiador”. Primeiramente temos que garantir os repasses em dia. Uma forma de fazer isso é vincular o recolhimento ao repasse do Fundo de Atuário Túlio Pinheiro Participação dos Municípios – FPM. Agregado a isso, temos que nos concentrar em nossa principal fonte de receita: os juros das aplicações financeiras. Temos que trabalhar não somente para bater as metas atuarias de investimento estabelecidas, mas procurar superá-la. O risco é inerente ao nosso negócio. Não podemos, em nome deste risco, pecar por omissão e prejudicar todo equilíbrio atuarial do plano previdenciário, podendo colocar em risco, em alguns casos, a solvência financeira do ente federativo. Além de tudo isso, devemos manter a qualidade e controlar os três pilares que compõem a base para o estudo atuarial: banco de dados, base de cálculo e legislação previdenciária e trabalhista. Mesmo com pouco tempo de vida, a Frente Parlamentar mostra resultados positivos da atuação em defesa do RPPS Criada em dezembro de 2013, a FP - Frente Parlamentar tem como propósito defender o RPPS brasileiro e se mostra como um importante estímulo para o fortalecimento deste regime, que representa uma grande riqueza nacional em termos econômicos. O esforço para criação da FP partiu do médico e professor universitário, o deputado peemedebista Saraiva Felipe. Consciente da importância do segmento para a economia dos municípios, o deputado mobilizou forças e conseguiu tornar realidade o canal direto entre o RPPS / seus representantes com os parlamentares. Desde a sua criação até os dias atuais, a FP tem trabalhado num levantamento de dados sobre projetos de lei relativos ao tema RPPS em tramitação no Senado Federal: SF PLS 238/2013 de 18/06/2013 http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=113221 Ementa: Altera a Lei nº 9.715, de 25 de novembro de 1998, para excluir os valores destinados ao pagamento de benefícios do regime próprio de previdência de que trata o art. 40 da Constituição Federal da base de cálculo das contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP das pessoas jurídicas de direito público interno. Autor: Senador Luiz Henrique SF PLS 307/2013 de 06/08/2013 - Complementar http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=113832 Ementa: Altera dispositivos da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, que “Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências.” Autor: Senador Pedro Simon SF PLS 314/2013 de 06/08/2013 http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=113846 24 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Ementa: Altera o art. 5º da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, para que os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal, não venham a excluir da condição de dependente quem assim estiver definido pelo Regime Geral da Previdência Social. Autor: Senador Paulo Paim SF PLS 370/2013 de 12/09/2013 - Complementar http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=114360 Ementa: Acresce o art. 11-A à Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, para estabelecer a impenhorabilidade das contribuições e dos benefícios referentes a planos de previdência complementar. Autor: Senador Cássio Cunha Lima SF PLS 128/2012 de 02/05/2012 http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=105334 Ementa: Altera as Leis nºs 7.713, de 22 de dezembro de 1988, e 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para isentar do imposto de renda os rendimentos provenientes de complementação de aposentadoria e pensão pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social ou por entidade de previdência complementar. Autor: Senador Ricardo Ferraço Autor: Senador Raimundo Colombo SF PLS 511/2007 de 03/09/2007 http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82320 Ementa: Altera a Lei nº 11.053, de 29 de dezembro de 2004, para permitir a participantes e assistidos de plano de previdência complementar optarem pelo regime de tributação quando da obtenção do benefício ou do resgate dos valores acumulados. Autor: Senador Paulo Paim Durante visita feita pelas diretoras da Revista RPPS do Brasil, Ana Paula Vasconcelos e Iliane Fonseca, o deputado que preside a Frente Parlamentar em prol do Regime Próprio brasileiro lamentou o fato de o ano de 2014 ser atípico, já que é ano de eleições estaduais e de copa do mundo, e que certamente esse aspecto irá influenciar no rendimento dos trabalhos da FP. 25 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Registro Representantes da ABIPEM e de Associações Estaduais de Regime Próprio foram recebidos pelo novo Secretário de Políticas de Previdência Social em Brasília A reunião aconteceu em abril, no gabinete do secretário Benedito Brunca. Participaram da discussão a presidente do Instituto de Cabelelo/ PB, Léa Praxedes, Lúcia Helena – diretora financeira da APEPREM/SP, Alexander Mognon – presidente da APEPREM, Guiomar Pazian – vice- presidente da APEPREM e Paulo Roberto, representando a AGIP/RS, e o novo secretário ouviu várias reivindicações dos gestores. 26 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Raio X Paraíba Dentre os assuntos da pauta estavam o pedido para que Brunca tivesse a mesma abertura do ex-secretário Leonardo Rolim no sentido de prestigiar os eventos de RPPS realizados nas várias partes do país e de ser um verdadeiro parceiro do segmento; que os membros do Ministério, de uma forma ativa, venham sempre interagir com os regimes próprios, principalmente nos eventos que as entidades regionais e nacionais promovem, e o Secretário prontamente disse que sempre que sua agenda permitir, estará à disposição. Outro aspecto levantado pelos participantes foi em relação às mudanças/melhorias que se espera no sentido de garantir condições de instituição e consolidação do regime próprio de maneira geral, dando condições para que todos os institutos tenham qualidade mínima, instituindo uma condição de paridade. Para Paulo Roberto, que na ocasião representou a AGIP – Associação Gaúcha de Institutos de Previdência, ter sido recebido pelo Secretário foi uma surpresa agradável, mesmo porque o convite foi formalizado uma semana depois da posse de Brunca. “Fomos surpreendidos pela postura amistosa, receptiva do Secretário, que se colocou à disposição para auxiliar e colaborar, tendo uma visão bastante profunda do sistema previdenciário brasileiro, isso certamente é um alento para os regimes próprios que por vezes passam por turbulência, em que pese que o Ministério sempre foi um grande parceiro. E vendo na pessoa do Secretário uma pessoa comprometida, isso certamente vai ser de grande valia para os regimes próprios e também para as entidades”, ressalta. Paraíba Destacamos os esforço para fortalecer o RPPS na Paraíba através do exemplo de gestão feito no Paraíba Prev, Fundo de Boa Vista e no Instituto de Cabedelo, além da atuação da recém-criada ASPREVPB. Após ouvir as solicitações dos gestores, Benedito Brunca, em entrevista à Revista RPPS do Brasil que prestigiou o encontro, afirmou sentir um grau de preocupação por parte dos representantes das entidades. “Esse grau de preocupação também é peculiar ao Ministério. Os gestores buscam aproximação, parceria, cooperação para que todos consigam atingir o objetivo, que é fazer uma boa gestão. Principalmente no caso dos municípios que estão numa condição menos favorável, de dificuldade de enfrentar toda a preparação, todo o debate da existência, do funcionamento, e todas as providências e precauções que se deve adotar, previstas na legislação, para que o RPPS forte seja uma realidade no país todo. 27 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Raio X Associação _ rpps | Raio X Paraíba Prev A Associação tem como diretores os seguintes profissionais: Léa Praxedes – presidente, Lázaro Saraiva – vice-presidente, Cristiano Souto – diretor de política e legislação previdenciária, João Batista – diretor administrativo financeiro e Milton Raimundo – secretário geral. Paraíba está zelando pelo fortalecimento do regime próprio. Conheça um pouco do trabalho da Associação caçulinha do Brasil. Criada recentemente, a Associação Paraibana de Regimes Próprios de Previdência – ASPREVPB está fazendo um trabalho visando estimular o RPPS local. A Revista RPPS do Brasil entrevistou a presidente da entidade, Léa Praxedes sobre os planos para o Regime Próprio paraibano. A Associação Paraibana de Regimes Próprios de Previdência, de direito privado, entidade social sem fins lucrativos foi constituída por um grupo de trabalho que, desde o exercício de 2005, estudou, pesquisou, lutou, realizou várias reuniões, intensificando-as nos últimos dois anos, elaborou um anteprojeto de estatuto social, promoveu discussões internas bem aprofundadas, o que ocasionou por várias vezes na re-elaboração desse anteprojeto, que veio, inicialmente, atender a necessidade de formação da ASPREVPB. Como previsto na Constituição Federal, a adoção de um Regime Jurídico Único, possibilitando que os entes federativos criassem seus regimes próprios de previdência e assumissem o pagamento de aposentadoria integral aos seus servidores, favoreceu Estados e Municípios a criarem seus próprios regimes, sendo que a Paraíba já tem 71 oficializados, de um total de mais de 220 municípios. E a criação da entidade com certeza irá fortalecer esses institutos. Em 02 de agosto de 2013, no auditório da PBPREV, na capital João Pessoa, foi devidamente aprovado o Estatuto da ASPREVPB, e na semana seguinte à aprovação do Estatuto foi criada a ASPREVPB e eleita a Diretoria Provisória. Segundo a presidente, o tempo, o dia a dia, as demandas previdenciárias dos RPPSs do Estado da Paraíba definirão a atuação da ASPREVPB objetivando mostrar a que veio. Em fase de implantação, de divulgação e convocação dos Institutos para filiação, a 28 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 entidade vive a expectativa da realização do I Congresso Estadual de Previdência da Paraíba, em parceria com as Associações Nacionais ABIPEM e ANEPREM. Para Léa Praxedes, a criação da Associação tem como objetivo disseminar a cultura previdenciária e fortalecer os Institutos de Previdência na Paraíba. “Acreditamos que juntos somos mais fortes. Estamos nos esforçando para que a entidade se consolide. Inclusive estamos buscando benefícios para os associados como um curso gratuito para os RPPSs da Paraíba através da Caixa Econômica Federal”. A Associação busca estabelecer um Planejamento Estratégico que defina objetivos estratégicos, metas e ações que sejam viáveis e que tragam resultados para a união e fortalecimento dos RPPSs na Paraíba. “Acreditamos que a partir da realização do Congresso vamos deflagrar algumas outras ações”, destaca Léa. Léa Santana Praxedes, a presidente da Associação, uma grande defensora do RPPS brasileiro, é graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Gestão Pública, Especialista em Gestão Previdenciária pelo Centro Universitário de João Pessoa. Tem larga experiência exercendo vários cargos públicos como: Diretora de Benefícios da SETRAS, Chefe de Gabinete do Prefeito da cidade de Cabedelo-Pb, Secretária de Administração, atualmente, desde o exercício de 2004 – Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Cabedelo-IPSEMC. Coordena o Programa de Educação Previdenciária do Município-PEP / Programa de Preparação para Aposentadoria-PPA, Presidente da Associação Paraibana de Regimes Próprios de Previdência – ASPREVPB, Conselheira da Associação Nacional de Previdência Estadual e Municipal – ANEPREM. ParaíbaPrev Servidores do estado contam com um RPPS forte A Paraíba Previdência foi criada em 30 de dezembro de 2003, por meio da Lei Estadual n°. 7.517. Até janeiro do corrente ano o Estado da Paraíba contava com 55.747 servidores ativos, 32.145 servidores inativos e 10.659 pensionistas. Com Patrimônio Líquido bem cuidado, a PBPrev conta, no Fundo Previdenciário Capitalizado, com aproximadamente 12 milhões de reais aplicados (A lei da segregação de massas foi publicada em 29/12/2012). E no Fundo Previdenciário Financeiro, cerca de R$ 97 milhões, incluído o valor dos imóveis e móveis. Com Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP em vigor e em vigência até 16/8/2014, e contando com repasses das contribuições previdenciárias em dia por parte do Estado, a PBPrev conta com uma gestão que busca atuar de forma eficaz, não se deixando render às dificuldades impostas pela administração pública do país, procurando, sobretudo, tratar o servidor com o cuidado, o respeito e a atenção que ele merece; afinal, foram anos de dedicação ao serviço público do Estado da Paraíba. Para isso, a atual gestão tem desenvolvido alguns projetos nos últimos dois anos. “Um dos projetos lançados foi o “PBPREV Registro da equipe do Instituto Agiliza”, que passou a conceder o benefício de aposentadoria num prazo de 30 dias, quando antes só era concluído em aproximadamente dois anos. Dentro desse prazo ainda se faz um agendamento prévio à publicação da aposentação, informando o servidor acerca da regra que foi enquadrado, destacando os seus requisitos e características, e principalmente, o valor de seus proventos”, destaca o presidente da entidade, Hélio Carneiro Fernandes. Outro projeto que será lançado no segundo semestre do corrente ano é o “PBPREV Itinerante”, que tem por fim levar o conhecimento previdenciário a todos os servidores efetivos, disponibilizando uma equipe técnica da autarquia para satisfazer todas as suas dúvidas sobre aposentadoria, no intuito de que se prepare para esta durante sua vida funcional; com foco, principalmente, no interior do Estado, onde as informações são mais escassas. O presidente da Paraíba Previdência, auditor de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, com formação em administração de empresas, pós-graduado em Contabilidade e Controladoria pela UNIPE e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas no serviço Público, vice-presidente da ABIPEM, defende a melhoria contínua da gestão. “Estamos sempre buscando fazer alguma coisa a mais para os segurados. Com a instalação da Ouvidoria, verificamos quais são as maiores reclamações e dificuldades dos aposentados e pensionistas e procuramos satisfazê-los na medida do possível. Os projetos referidos acima foram assim pensados com base nessa audição e aos poucos vamos aprimorando a administração da PBPREV”, ressalta Hélio. Para 2014, as perspectivas são manualizar alguns procedimentos administrativos da PBprev, consolidar o SPREV/Gestão com a utilização do módulo de simulação a ser entregue pela DATAPREV ainda nesse primeiro semestre e realizar o Censo Funcional por meio do PROPREV II. 29 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Raio X Cabedelo _ rpps | Raio X Boa Vista Cabedelo Servidores contam com um instituto consolidado. Criado em 27 de julho de 1993 através da Lei n° 687/93, publicada no Diário Oficial do Estado – DOE no dia 28/07/93. São beneficiados pelo Instituto de Previdência de Cabedelo, conforme dados de fevereiro de 2014, servidores ativos - 1.746 pessoas, servidores inativos – 240, pensionistas – 70, totalizando 2.053 servidores municipais. Com Patrimônio Líquido em 28/02/2014 no valor de R$ 63.854.250,17, o Instituto de Cabedelo cuida dos recursos com carinho e pensando no futuro. EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO NOS ÚLTIMOS ANOS: mais variadas formas a ponto de desfrutar de 2005 para cá de muitos resultados, como: Aquisição do prédio próprio, reforma e ampliação do mesmo; aquisição de mobília padronizada e ergonomicamente instituída; renovação da logomarca institucional – com elaboração e implantação do Manual de identidade Visual – MIV com o intuito de estabelecer o uso e aplicação da marca; implantação de seu setor de tecnologia da informação, reestruturada através do Manual de Políticas de Segurança da Informação – MPSI; todos os processos administrativos renovados com a elaboração do Manual de Procedimentos, cronogramas, fluxogramas, ainda em construção; além disso, mantém parcerias com a PMC e diversas empresas, visando a realização de seu Programa de Atividades Integrativas ente seus beneficiários sem uso de verba previdenciária; forte crescimento do PL, dentre outras conquistas importantes. Os servidores municipais de Cabedelo são beneficiados por projetos realizados pelo Instituto como uma oficina de educação física, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos idosos aposentados e pensionistas e outros idosos da comunidade, com técnicas teatrais de improviso, expressão corporal, dança e canto, portanto, uma das atividades desenvolvidas pelo IPSEMC por meio do Grupo de Terceira Idade vinculado. A partir daí, a equipe de servidores do IPSEMC, junto com outros voluntários, tem desenvolvido um trabalho social que envolve: celebração de datas comemorativas e realização de palestras e seminários com temas variados, além de outras terapias ocupacionais através de parceiros previdenciários. “Os referidos projetos não são apenas uma brincadeira ou passa-tempo, mas uma fonte de comunicação, um instrumento de humanização e cidadania, uma ferramenta ecológica que tem resultado em melhoria contínua da qualidade de vida dos idosos integrantes, que não se limita apenas a datas comemorativas, mas, mesmo enfrentando inúmeras dificuldades de sobrevivência em face da ausência de recursos financeiros, tem atingido seus objetivos”, lembra a presidente. Contando com CRP - Certificado de Regularidade Previdenciária em dia e também com os repasses do ente também feitos na data prevista, o Instituto conta com uma gestão participativa e planejada. “Investimos nessa modalidade de gestão em função da notada necessidade de se construir uma previdência pública técnica e humanizada capaz de atender às crescentes demandas do setor previdenciário, zelando com ética, transparência, honestidade e lealdade os recursos previdenciários, buscando oferecermos soluções aos clientesusuários sem perder de vista o respeito ao meio ambiente e, principalmente, aos colaboradores e parceiros”, enfatiza Léa Praxedes, a presidente do Instituto ao contar que para atingir os objetivos utilizou uma política de economia das 30 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 O Instituto desenvolve também o Programa de Educação Previdenciária –PEP e o Programa de Preparação para Aposentadoria – PPA com o objetivo de disseminar a cultura previdenciária, como também informar aos servidores sobre seus direitos previdenciários; palestras na área financeira a fim de promover educação e melhoria nessa área. Para o ano de 2014, a expectativa da presidente Léa Praxedes é de continuar executando as ações referentes a todas as Estratégias, Objetivos Estratégicos e Metas definidas no Planejamento Estratégico, para que dentro de pouco tempo apresente outros resultados, conforme foi estabelecido no respectivo cronograma de desenvolvimento e execução das ações. Fundo de Previdência tem gestão compromissada Instituído pelas Leis 052 e 053 de 12 de Janeiro de 1998, revogadas e atualizadas pela Lei nº 307 de 04 de dezembro de 2014, o Fundo Municipal de Previdência Social de Boa Vista trabalha para garantir o futuro de servidores municipais, sendo 342 ativos, 03 inativos e 04 pensionistas. Com Patrimônio Líquido – PL investido no valor de R$ 7.551.621,79, saldo registrado em 31/01/2014, o Instituto adota uma gestão séria e comprometida, respeitando os aspectos legais. O Instituto conta com Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP em dia. Outro aspecto relevante é o repasse na data certa por parte da prefeitura. Uma gestão compromissada é marca registrada do RPPS de Boa Vista, que tem desenvolvido projetos e ações importantes como a elaboração de uma Cartilha do Servidor, na qual são esclarecidos os direitos dos servidores e de seus dependentes. O Fundo Municipal de Previdência Social de Boa Vista - FUSEM é uma autarquia nova, com apenas 16 anos, assim como a emancipação política do município. Gestora do Fundo Municipal de Previdência de Boa Vista - Luisa Porto Conforme informa a presidente do Instituto, Luisa Pereira Porto, em 2014 começaram a surgir as primeiras aposentadorias por idade. Responsável pela gestão do RPPS do município, a funcionária pública Luisa Pereira Porto, graduada em Jornalismo, especialista em Saúde Pública e atualmente cursando graduação em Serviço Social e especialização em Gestão Pública, se sente honrada por zelar pelo patrimônio previdenciário dos servidores do município. “Reunimo-nos mensalmente para discutir junto ao Conselho Previdenciário os assuntos de interesse dos servidores municipais, assim como a Política de Investimento do mesmo. Temos Sede própria, uma Estrutura Organizacional com os seguintes cargos: Diretor presidente, Diretor de Administração e Finanças, Diretor de Benefícios e Consultor Jurídico”, destaca ao salientar que o benefício mais concedido pelo FUSEM tem sido o Auxílio Doença. 31 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Registro 10oº Congresso APEPREM O evento, organizado pela APEPREM - Associação Paulista de Entidades de Previdência do Estado e dos Municípios,aconteceu em São José do Rio Preto/SP e foi um sucesso, em todos os sentidos. Na abertura, a mesa de autoridades foi composta por Fábio Cibinello – gestor de Cambé/PR, Paulo Roberto – diretor da AGIP/RS, Altair Bogo - vice-presidente da ASSIMPASC/SC, Evandro da Silva, presidente da AEPREMERJ/RJ, Renato Celito – diretor do Tribunal de Contas de São Paulo, Alex Mognon – presidente da APEPREM, Emília Maria – superintendente do Rio Preto Previdência/SP, Otoni Guimarães – diretor do departamento dos regimes de previdência no serviço público, Hélio Carneiro – gestor doParaibaPrev, Tatiana Prezolti – presidente da ACIP e Célia Emídio – presidente da APEPP. A apresentação do grupo “As Valquírias” também marcou o início da programação do Congresso. Outro destaque foi o lançamento do 8º Livro da APEPREM/ABIPEM, que traz artigos de vários profissionais do mercado: Márcio Osório, Magadar Rosália, Arthur Bragança, Miguel Horvath, Alexandre Manir, Renata Constante, Carlos Alberto, João Batista Lazzari, Bruno Sá Freire, Theodoro Vicente, Elisa Maria, João Baptista Optiz Junior, João Baptista Optiz Neto, Edevaldo Fernandes, Débora Lugoch, Silvio Renato, Lúcia Helena, Majoly Aline e Cyntia Antunes. Com uma programação vasta, o evento discutiu temáticas como: Profissionais que dão um show! Como transformar o talento pessoal em sucesso profissional com o palestrante Bianko; As responsabilidades e o perfil de atuação dos conselheiros e a governança dos RPPSs; Visão da economia brasileira para 2014; A contabilidade aplicada aos RPPSs; Questões controversas e as perspectivas da evolução na gestão dos Regimes Próprios; A perícia médica previdenciária e seu impacto na gestão dos RPPSs; Treinamento SIPREV; Improbidade administrativa, dentre outros assuntos. Alex fez um balanço positivo do evento. 32 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Abertura do 10º Congresso Estadual da Apeprem De 07 a 09 de abril, o Ipê Park Hotel, em São José do Rio Preto recebeu um público ilustre. Mais de 500 gestores/profissionais e autoridades ligados ao RPPS – Regime Próprio de Previdência do Servidor Público participaram do evento. Para o presidente da APEPREM, Alexandre (Alex) Mognon, o balanço da realização do Congresso foi positivo. “Com certeza atendeu nossa expectativa. Uma das nossas preocupações foi atender bem o associado, e conseguimos esse propósito. Ultrapassamos 500 participantes de 128 municípios representados. Tivemos elogios por conta da grade de palestras, pois sempre procuramos inovar, trazer bons palestrantes, temas relevantes. Tivemos palestras bem técnicas, específicas, inclusive tivemos duas salas temáticas, uma falando de Contabilidade e outro de Sistema de Previdência – SIPREV. É um modelo de cursos que estamos proporcionando aos associados e que está dando muito resultado, por isso resolvemos trazer essa mesma proposta para o Congresso. Tivemos uma experiência desde o ano passado, que foi muito proveitosa para os participantes, por isso resolvemos trazer essa formataçãode cursos”, destaca ao salientar que a APEPREM está compromissada em aproximar-se do associado. “Tivemos no passado muitas queixas nesse sentido, até porque tem a questão demográfica de São Paulo. Mas estamos agora com as diretorias regionais, que estão bem empenhadas. Já foram realizados diversos cursos, eventos, e a questão da proximidade com o associado no sentido de auxiliá-lo junto ao Ministério da Previdência, na parte do CRP e de outros documentos, isso já está ocorrendo, e com certeza a partir do 2º semestre vai melhorar ainda mais, até porque nossos diretores regionais estão mais engajados, com mais know hall, mais experiência”, enfatiza o presidente. Para Willian Barreto, de Sumaré/ SP, a realização dos cursos/oficinas por parte da APEPREM tem ajudado muito na busca da eficiência na gestão. “As palestras são muito boas, e em especial a oficina sobre investimento agregou muito para mim”. Outro participante do Congresso que aprovou a realização do Congresso foi Camila Coelho Velatore, conselheira da APEPREM e gestora de Catanduva. “Avalio como excelente o evento, pois é uma oportunidade de agregar conhecimento, trazendo para nós uma nova visão. É meu primeiro mandato e participar da APEPREM como conselheira é uma oportunidade única de crescimento enquanto experiência no segmento”, frisou. Para o auditor da Receita Federal, Delúbio Gomes, que acompanha a evolução da APEPREM desde a última década, a entidade é uma das mais importantes do Brasil. “Vejo cada vez mais o profissionalismo, uma gestão profissional dos Municípios, dos Regimes Próprios, decorrente de um trabalho muito forte, e a Associação trabalha muito com essa questão de capacitação, da profissionalização e isso tem melhorado os resultados que tenho visto nos RPPSs do estado de São Paulo. E é importante destacarmos que RPPS é uma questão extremamente complexa dentro do setor público, e esse trabalho de conscientização e de divulgação de informação é fundamental para que se possa ter a profissionalização que se espera. Quando eu estava como diretor do departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público da Secretaria de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, a APEPREM, era uma das Associações que mais atuava no sentido de melhorar a legislação em favor dos RPPSs”, acrescenta o palestrante e consultor. E o esforço da atual diretoria da APEPREM continua no sentido de levar qualificação para quem trabalha na área do RPPS. Em agosto acontecerá o evento temático na área jurídica em São Paulo – capital e em novembro vai ser realizado o 1º Seminário Temático de Previdência no litoral Sul do estado. 33 | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 _ rpps | Social 10oº Congresso APEPREM A Revista RPPS do Brasil registrou o evento, que foi um sucesso. Confira mais fotos no www. revistarppsdobrasil.com.br Agenda | 2014 Demetrius - Abipem, Nancy e Marcelo - MPS Alex, Lúcia, o mágico palestrante Bianko Junho TCE-RJ – Seminário: A transparência na gestão dos recursos para municípios – 02 de junho – Rio de Janeiro/RJ Acesse: www.ecg.tce.rj.gov.br AEPREMERJ – 1º Circuito RPPS da AEPREMERJ 06 de junho – Sapucaia/RJ TABOÃOPREV – Curso: Introdução à avaliação de Investimentos – 05 e 06 de junho – Taboão da Serra/SP Ana Lara e Aida da Ourinvest e João de Itapura Maria - Jandira, Otávio e Fabiano - Orindiúva, Juliane e Douglas de Sales Augusto, Samuel, Lúcia, Evandro, Hélio e Tatiana, defensores do RPPS no Brasil Agosto APEPREM - VIII Encontro Temático Jurídico / Financeiro 20 e 21 de agosto- São Paulo/SP 34 Kátia e Luana, de Cáceres-MT Maria, Paulo, Joel e Liliana de Mogi das Cruzes Turma do Bradesco, Roberto, Mônica e Everton Turma da Crédito e Mercado, Caio, Andressa, Edmir, Júnior e Vinicius Samir do BB e o palestrante Theodoro A turma da Geração Futuro, Priscila, Rivaldo e Sulivan com Célia, Talita, Lucimar e Rosana | rpps do brail - 15º Edição - Março/Abril 2014 Visando evidenciar o que as regiões brasileiras estão construindo em termos de Regime Próprio de Previdência Social, a Revista RPPS do Brasil criou o espaço RPPS raio X, cujo objetivo é fazer um raio x das Associações e dos Institutos de cada região do Brasil. Na 15ª Edição da Revista RPPS do Brasil, vamos mostrar o RPPS do ESTADO DO CEARÁ. Portanto, se você é gestor ou trabalha com esse segmento, não perca a oportunidade. Entre em contato através dos e-mails: [email protected] ou [email protected], ou através dos telefones: 64 – 3442 6963 / 8133 1707 / 8106 3838.