METODOLOGIAS DE
PLANEJAMENTO SOCIAL II
UNIDADE 02
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO
SOCIAL
Planos, programas e projetos:
elaboração, implementação e avaliação
Elizabeth Barcellos Azoury
setembro 2009
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
 Planejamento é um estado de espírito
ativo

O planejamento é uma reflexão que
precede e comanda a ação
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
O Planejamento mexe com:
A VERDADE - A SITUAÇÃO




Quais são os meus problemas?
Como explico os meus problemas?
Qual o contexto no qual o meu grupo está
inserido?
Tenho interesse em resolver os meus
problemas?
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
O Planejamento mexe com:
A VONTADE



A vontade transforma a reflexão em ação
e esta em reflexão
A vontade é a vida do planejamento
Se a vontade é concreta o ator que
planeja tratará de criar uma forma de
organização para fazer esta reflexão
sistemática sobre sua ação
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
O Planejamento mexe com:
O DESEJO
O que eu quero no lugar dos meus
problemas atuais?
 Alguns problemas menores que os atuais?
 Sei realmente o que quero?

INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
O Planejamento mexe com:
A QUESTÃO DO PODER
Posso chegar onde quero?
Tenho os recursos necessários?
Quem são os meus aliados e os meus
oponentes?
 Qual a força de cada um?
 Como vou acumular poder?
 Como vou usá-lo?
 Como vou viabilizar o meu plano?



INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
O Planejamento requer:

Primeiro: compreensão correta de seu
significado

Segundo: selecionar o melhor método que
permita articular de forma coerente todas
nossas reflexões
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
Planejamento






Planejar o quê?
Planejar para quê?
Planejar para quem?
Planejar com quem?
Como Planejar?
Onde Planejar?
Estratégia
Aonde
pretendemos
chegar
Onde
estamos?
Como evoluir de
“A” para “B”?
(A) Presente
(B) Futuro
Planejamento
Algumas reflexões...
As políticas sociais vem sendo limitadas a ações segmentadas
setorialmente e, a depender de cada setor, a possibilidade de
maior impacto de ação planejada torna-se bastante restrita.
Os projetos setoriais tem revelado baixo impacto sobre as condições
de vida dos mais desfavorecidos
Os projetos , em sua maioria, estão subordinados
à disponibilidade eventual de recursos
Concepção de que o maiores investimentos devem
ser na área econômica
Planejamento
Deslocar a reflexão das distintas áreas setoriais e do
cálculo custo benefício para uma formulação mais geral
Pensar o Planejamento social num contexto
mais amplo
um projeto para a sociedade
Quando a participação assume a finalidade de
mecanismo de construção de uma nova
institucionalidade, o planejamento social também
adquire uma nova dimensão.
a busca da racionalidade meio e fins passa a ser orientada pela
lógica de construção de uma ordem democrática, na justa medida
da negociação (política) possível dos objetivos a serem alcançados
e dos meios a serem utilizados.
O raciocínio do custo benefício deixa então de ser meramente
contábil para ser uma construção social que contemple sua base
material necessária, mas também a presença dos distintos
interesses, expectativas e demandas.
COHEN, 1991
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
Ao se perder na floresta, Alice pergunta ao Gato:
- em qual direção devo seguir?
O Gato respondeu imediatamente:
- quando não existe caminho a seguir qualquer
alternativa serve.
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
PLANO
“[...] um plano é uma direção”
(Drucker, 2006).
O plano delineia:





as decisões de caráter geral do sistema,
as suas grandes linhas políticas,
suas estratégias,
suas diretrizes
as responsabilidades
Componentes estruturais de um Plano

síntese dos fatos e necessidades (plano e a formulação de objetivos);

a formulação da política de prioridades e a razão da escolha;

o quadro , ordenado por itens, das mudanças a operar, quanto à expansão de diferentes
e modalidades do sistema, à estrutura e ao conteúdo dos setores e dos níveis dos
rendimentos previstos;

o quadro cronológico das metas ou resultados a alcançar ao término do período ou em
etapas;

os tipos e a magnitude dos recursos humanos , físicos e instrumentais indispensáveis

o volume e gastos para todo o período e para cada fase;

a especificação das fontes e/ou modalidades de financiamento;

a previsão de mudanças legais, institucionais e administrativas indispensáveis para a
viabilidade do plano;

a distribuição das responsabilidades de execução e de avaliação dos resultados.
PLANO
DIAGNÓSTICO
CONHECER OS PROBLEMAS
E AS POTENCIALIDADES
A PARTIR DA ÓTICA
DOS DIFERENTES
ESTRATOS DA POPULAÇÃO
Plano
O processo de formulação deve ser participativo e ascendente
A partir da análise situacional, apresenta as
intenções e os resultados a serem alcançados e
a serem buscados num determinado período,
expressos em objetivos, diretrizes e metas.
Plano
ANÁLISE SITUACIONAL
Planejamento Estratégico Situacional
Selecionar
problemas
Explicar
problemas
Identificar
problemas
Priorizar
problemas
Formular
Situação ideal
REALIDADE
Desenhar proc.
intervenção
Avaliar
resultados
Monitorar
ações
Desenvolver
ações
Governabilidade?
Viabilidade?
Factível?
PROPOSTA DO PES
PROBLEMA
REFLETIR
Indicadores
DESENHAR
DESENVOLVER
Planejar
MONITORAR
AVALIAR
Plano
Ações
Resultados
TODAS AS TRANSFORMAÇÕES E MUDANÇAS
Plano de Desenvolvimento Espírito Santo 2025
objetivo: agregar esforços na elaboração e execução de
ações que impulsionem o desenvolvimento do Estado
em todas as suas dimensões.
Apresenta respostas a quatro questões:
Como está o Espírito Santo hoje?
Quais as opções de futuro para Estado?
O que os capixabas desejam para o futuro do Espírito
Santo?
O que deverá ser feito para que o Estado alcance o
sonho de futuro dos capixabas?
O que diferencia um programa de um projeto
social?
Segundo Armani (2001:18) podem-se identificar três níveis de
formulação da ação social:

o nível dos grandes objetivos e eixos estratégicos de ação - a
política;

um nível intermediário em que as políticas são traduzidas em
linhas mestras de ações temáticas e/ou setoriais - programas;

o nível das ações concretas, delimitadas no tempo, no espaço e
pelos recursos existentes, que possam realizar os programas e
as políticas - projetos.
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
PROGRAMA
É o aprofundamento do Plano.
Os objetivos setoriais do plano irão constituir os objetivos
gerais do programa.
É o documento que detalha por setor , a política,
diretrizes, metas e medidas instrumentais .
Programação
Operacionaliza os
OBJETIVOS, DIRETRIZES E METAS DO PLANO
Ações
Metas anuais
Recursos financeiros
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
Programar
decidir antecipadamente o que se quer fazer e o que vai
fazer. Se trata de prever como realizar algo que se deseja e
que se estima necessário e valioso.
A programação é um instrumento operativo que ordena, vincula
cronologicamente , espacialmente e tecnicamente as atividades
e recursos necessários para alcançar num determinado tempo,
metas e objetivos.
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO SOCIAL
PROJETO
É o documento que sistematiza e estabelece o traçado
prévio da operação de uma unidade de ação. É,
portanto, a unidade elementar do processo sistemático
da racionalização de decisões.
A elaboração de projetos, em geral , acompanha um roteiro predeterminado,
o qual , via de regra, é definido de acordo com as necessidades e exigências
próprias do órgão de execução e/ou financiador.
Projeto 13 - Universalização dos Serviços à Saúde da
Família
Objetivo
Melhorar a qualidade de vida da população de maior vulnerabilidade social por
meio do atendimento dos serviços primários de saúde à família e da mulher.
Resultados
Atingir 700 mil famílias atendidas por ano até 2015.
Entidade Responsável
Secretaria de Estado de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde
Situação atual
Em andamento
Prazo
Término: 2025
Relatório Anual de Gestão
Apresenta os resultados alcançados com a execução da
Programação Anual de Saúde
Ações
Metas anuais
Subsidia a elaboração do novo Plano de Saúde
Violência
Exige tratamento concomitante/simultâneo de
aspectos:
- individuais e coletivos,
Só a ação setorial
não dá conta da
- subjetivos e objetivos,
problemática
- de condições de vida,
- de educação,
- de capacidade de ação e possibilidade de expressão,
- de rompimento da exclusão e,
- de mudança do significado da inclusão
(AGUDELA, 1997).
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