PORTUGUÊS - 3o ANO
MÓDULO 35
ESTUDO DO TEXTO
LITERÁRIO: ASPECTOS
DO TEXTO POÉTICO
Como pode cair no enem
(ENEM)
Pequeno concerto que virou canção
Não, não há por que mentir ou esconder
A dor que foi maior do que é capaz meu coração
Não, nem há por que seguir cantando só para explicar
Não vai nunca entender de amor quem
nunca soube amar
Ah, eu vou voltar pra mim
Seguir sozinho assim
Até me consumir ou consumir toda essa dor
Até sentir de novo o coração capaz de amor
(VANDRÉ, G. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br.
Acesso em: 29 jun. 2011.)
Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que
é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras
e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe- -se, também, a presença marcante da
função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor:
a) imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos.
b) transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção.
c) busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento.
d) procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção.
e) objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada.
Fixação
Mestre, são plácidas
Todas as horas
Que nós perdemos,
Se no perdê-las,
Qual numa jarra,
Nós pomos flores.
Mestre
Saibamos, quase
Maliciosos,
Sentir-nos ir.
Não vale a pena
Fazer um gesto.
Não se resiste
Ao deus atroz
Que os próprios filhos
Devora sempre.
Não há tristezas
Nem alegrias
Na nossa vida.
Assim saibamos,
Sábios incautos,
Não a viver,
Colhamos flores.
Molhemos leves
As nossas mãos
Nos rios calmos,
Para aprendermos
Calma também.
Mas decorrê-la,
Tranquilos, plácidos,
Tendo as crianças
Por nossas mestras,
E os olhos cheios
De Natureza...
Girassóis sempre
Fitando o sol,
Da vida iremos
Tranquilos, tendo
Nem o remorso
De ter vivido.
À beira-rio,
À beira-estrada,
Conforme calha,
Sempre no mesmo
Leve descanso
De estar vivendo.
O tempo passa,
Não nos diz nada.
Envelhecemos.
(Ricardo Reis. PESSOA, Fernando. Obra Poética.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1999.)
1) Na 1a estrofe do poema, para construir o sentido
geral do texto, o poeta faz uma referência à expressão perder tempo, dando-lhe, entretanto, outro
sentido, diferente do usual.
Explique o sentido usual da expressão perder
tempo e apresente, também, o sentido que essa
mesma expressão assume no poema.
Fixação
Texto para as questões 2 e 3.
A***
Falo a ti – doce virgem dos meus sonhos,
Visão doirada dum cismar tão puro,
Que sorrias por noites de vigília
Entre as rosas gentis do meu futuro.
Tu m’inspiraste, oh musa do silêncio,
Mimosa flor da lânguida saudade!
Por ti correu meu estro1 ardente e louco
Nos verdores febris da mocidade.
Tu, que foste a vestal2 dos sonhos d’ouro,
O anjo-tutelar dos meus anelos3,
Estende sobre mim as asas brancas...
Desenrola os anéis dos teus cabelos!
(Poema de 20/08/1859. Publicado em: ABREU, Casimiro. Obras, Rio de Janeiro: MEC, 1955, p. 49-50)
Glossário:
1) Estro: imaginação criadora
2) Vestal: mulher casta ou virgem
3) Anelo: desejo ardente
-2) (UERJ) Analisando os aspectos estruturais do texto, é possível identificar as seguintes características
formais:
a) a presença de versos brancos e de versos livres;
b) a simetria das estrofes e o ritmo de seus versos;
ac) o uso da redondilha maior e a forma fixa de soneto;
d) o uso de rimas emparelhadas e da ordem inversa.
Fixação
3) (UERJ) O eu lírico, no texto, dirige-se a uma mulher com características específicas.
A alternativa em que se atribui à mulher características semelhantes às definidas nesse
texto é:
a) Pra distrair minhas mágoas/ Namoro e toco vitrola. (Murilo Mendes)
b) É um traço característico do século: a mulher está perdendo a superstição do homem.
(Machado de Assis)
c) Não creias, não, mulher: ele te engana / As lágrimas são galas da mentira. (J. Manuel de Macedo)
d) Eu senti-a tremer, e a transluzir-lhe / nos olhos negros a alma inocentinha. (Álvares de Azevedo)
Fixação
4)
.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração
Porém, meus olhos
Não perguntam nada
(Carlos Drummond de Andrade)
Analise a estrofe acima quanto à métrica e à rima.
Fixação
5) (ENEM)
Eu começaria dizendo que poesia é uma questão de linguagem. A importância do poeta
é que ele torna mais viva a linguagem. Carlos Drummond de Andrade escreveu um dos
mais belos versos da língua portuguesa com duas palavras comuns: cão e cheirando. “Um
cão cheirando o futuro”
(Entrevista com Mário Carvalho. Folha de S.Paulo, 24/05/1988. adaptação)
O que deu ao verso de Drummond o caráter de inovador da língua foi:
a) o modo raro como foi tratado o “futuro”.
b) a referência ao cão como “animal de estimação”.
c) a flexão pouco comum do verbo “cheirar” (gerúndio).
d) a aproximação não usual do agente citado e a ação de “cheirar”.
e) o emprego do artigo indefinido “um” e do artigo definido “o” na mesma frase.
Fixação
Texto para as questões 6 a 8.
Qualquer canção
Qualquer canção de amor
É uma canção de amor
Não faz brotar amor
E amantes
Porém, se essa canção
Nos toca o coração
O amor brota melhor
E antes
Qualquer canção de dor
Não basta a um sofredor
Nem cerze um coração
Rasgado
Porém, inda é melhor
Sofrer em dó menor
Do que você sofrer
Calado
Qualquer canção de bem
Algum mistério tem
É o grão, é o germe, é o gen
Da chama
E essa canção também
Corrói como convém
O coração de quem
Não ama
(Chico Buarque)
6) (UERJ) A coerência é determinada, entre
outros fatores, por elementos que contribuam
para a progressão do texto.
Na letra da canção de Chico Buarque, a
coerência do texto decorre da utilização dos
seguintes recursos:
a) marcação rítmica, repetição vocabular,
paralelismo sintático;
b) marcação rítmica, repetição vocabular,
multiplicidade temática;
c) repetição vocabular, paralelismo sintático,
multiplicidade temática;
d) marcação rítmica, paralelismo sintático,
multiplicidade temática.
Fixação
7) (UERJ) A pluralidade de sentidos, característica da linguagem poética, pode ser obtida por
meio de vários mecanismos, como, por exemplo, a elipse de termos.
Esse mecanismo está presente, de modo mais marcante, no seguinte verso:
a) “E amantes” (v. 4);
b) “E antes” (v. 8);
c) “Rasgado” (v. 12);
d) “Calado” (v. 16).
Fixação
8) (UERJ) Na última estrofe do texto, o mistério a que se refere o eu lírico indica uma construção
paradoxal.
Os elementos que compõem esse paradoxo são:
a) início e fim;
b) alegria e dor;
c) música e silêncio;
d) criação e destruição.
Proposto
Texto para as questões 1 e 2.
O corpo
Acrobata enredado
Em clausura de pele
Sem nenhuma ruptura
Para onde me leva
Sua estrutura?
Doce máquina
Com engrenagem de músculos
Suspiro e rangido
O espaço devora
Seu movimento
(Braços e pernas
sem explosão)
Engenho de febre
Sono e lembrança
Que arma
E desarma minha morte
Em armadura de treva.
(Armando Freiras Filho)
1) (UERJ) No poema, o eu lírico desenvolve, empregando diferentes imagens, a ideia de corpo
como clausura.
Isso não ocorre no seguinte verso:
a) “Acrobata enredado” (v. 1).
b) “Sem nenhuma ruptura” (v. 3).
c) “Com engrenagem de músculos” (v. 7).
d) “Em armadura de treva.” (v. 17).
Proposto
2) (UERJ) A concisão é uma das características que mais se destacam na estrutura do poema.
Essa concisão pode ser atribuída a:
a) clara ausência de conectivos, explorando a sonoridade do poema.
b) pouco uso de metáforas, enfatizando a fragmentação dos versos.
c) abrupta mudança de versos, reforçando a lógica das ideias.
d) baixa frequência de verbos, exprimindo a inércia do eu lírico.
Proposto
Texto para as questões 3 a 5.
Um boi vê os homens
Tão delicados (mais que um arbusto) e correm
e correm de um para outro lado, sempre
esquecidos
de alguma coisa. Certamente, falta-lhes
não sei que atributo essencial, posto se apresentem nobres
e graves, por vezes. Ah, espantosamente
graves, até sinistros. Coitados, dir-se-ia que
não escutam
nem o canto do ar nem os segredos do feno,
como também parecem não enxergar o que
é visível
e comum a cada um de nós, no espaço. E
ficam tristes
e no rasto da tristeza chegam à crueldade.
Toda a expressão deles mora nos olhos – e
perde-se
a um simples baixar de cílios, a uma sombra.
Nada nos pelos, nos extremos de inconcebível fragilidade,
e como neles há pouca montanha,
e que secura e que reentrâncias e que
impossibilidade de se organizarem em formas calmas,
permanentes e necessárias. Têm, talvez,
certa graça melancólica (um minuto) e com
isto se fazem
perdoar a agitação incômoda e o translúcido
vazio interior que os torna tão pobres e carecidos
de emitir sons absurdos e agônicos: desejo,
amor, ciúme
(que sabemos nós?), sons que se despedaçam e tombam no campo
como pedras aflitas e queimam a erva e a
água,
e difícil, depois disto, é ruminarmos nossa
verdade.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião: 10 livros de poesia. Rio
de Janeiro: José Olympio, 1977.)
3) (UERJ) O poema de Drummond procura ver os
seres humanos de um ponto de vista não humano.
Se fizermos uma correlação entre a construção
deste texto e a própria literatura, podemos perceber na literatura a capacidade fundamental de:
a) espelhar a realidade do homem.
b) deslocar a perspectiva do leitor.
c) estabelecer uma negação do cotidiano.
d) promover a ratificação do senso comum.
Proposto
4) (UERJ) O boi – o eu poético declarado no título – apresenta sua visão sobre os homens e
a eles se refere como “coitados”, expressando uma atitude de superioridade que enfatiza, ao
longo do texto, a fragilidade humana.
O fragmento em que essa fragilidade dos homens está explicitamente demonstrada pelo
eu poético é:
a) “Ah, espantosamente graves, / até sinistros.” (v. 05 - 06).
b) “E ficam tristes / e no rasto da tristeza chegam à crueldade.” (v. 09 - 10).
c) “Têm, talvez, / certa graça melancólica” (v. 17 - 18).
d) “o translúcido / vazio interior que os torna tão pobres” (v. 19 - 20).
.
Proposto
5) (UERJ)
Tão delicados (mais que um arbusto) e correm / e correm de um para outro lado, ... (v. 01 - 02).
Pela leitura dos versos anteriores, pode-se afirmar que a repetição estilística do conectivo
e assume o seguinte sentido na caracterização dos homens:
a) revela uma gravidade pessoal.
b) enfatiza uma atitude obsessiva.
c) aponta uma inquietude interior.
d) insinua uma crueldade escondida.
Proposto
Textos para as questões 6 a 10.
o
O “Adeus” de Teresa
A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus...
E amamos juntos... E depois na sala
“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala...
E ela, corando, murmurou-me: “adeus!”
Uma noite entreabriu-se um reposteiro...
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando era uma mulher sem véus...
Era eu... Era a pálida Teresa!
“Adeus” lhe disse conservando-a presa...
E ela entre beijos murmurou-me “adeus!”
Passaram tempos... séc’los de delírio
Prazeres divinais... gozos do Empíreo...
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse – “Voltarei!... descansa!...”
Ela, chorando mais que uma criança.
Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”
Quando voltei... era o palácio em festa!...
E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei!... ela me olhou branca... surpresa!
Foi a última vez que vi Teresa!...
E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”
(ALVES, Castro. Obra Completa)
Teresa
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos
que o resto do corpo (os olhos nasceram e ficaram
esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre
a face das águas.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira)
6) (UFF) Em relação ao ritmo, pode-se afirmar que o
poema de Castro Alves:
a) é tecido de maneira aleatória, com versos livres
e sem rimas, levando ao extremo uma das lições do
Modernismo;
b) obtém sua musicalidade pela utilização de versos
decassílabos, recurso intensificado pela ausência
de estribilho;
c) é constituído por versos decassílabos e versos
alexandrinos intercalados, além do refrão estrategicamente repetido, sempre da mesma forma;
d) é constituído por quatro estrofes, cada uma
com cinco versos decassílabos e por um estribilho
variável;
e) é constituído por quatro estrofes, cada uma com
cinco alexandrinos – versos de doze sílabas –, intercaladas por um estribilho variável.
Proposto
7) (UFF) Quanto aos elementos gráficos do texto de Castro Alves, só NÃO se pode afirmar que:
a) o travessão (verso 16) tem a mesma função que o sinal de dois pontos dos estribilhos;
b) o uso do apóstrofe “séc’los de delírio” (verso 13) resulta na regularidade rítmica do verso;
c) o uso de aspas, em todas as ocorrências da palavra “adeus”, inclusive no título, marca as
falas da personagem Teresa;
d) o uso das reticências em “Quando voltei...!” (verso 19) sugere emotividade e contribui para
o clima de expectativa;
e) o uso de apóstrofe em “co’a fala” (verso 5) representa uma contração com perda simultânea de
elemento nasal da preposição, o que resulta na regularidade rítmica do verso.
Proposto
8) (UFF) O tratamento dado por Bandeira ao poema Teresa, expressa a herança modernista
já incorporada e amadurecida pelo poeta, o que se pode depreender, principalmente, a partir:
a) da introdução de elementos díspares construindo o verso e da referência a outro texto poético;
b) do elogio à vertente nacionalista da poesia romântica e da manutenção dos parâmetros
parnasianos de perfeição formal;
c) da retomada de temas mitológicos à maneira dos períodos árcade e parnasiano e da revisitação da estética barroca com relação à linguagem;
d) do repúdio total à subjetividade do poeta, inclusive no tocante à idealização da mulher amada,
e da repetição de temas românticos e simbolistas;
e) do desprezo ao nacionalismo xenófobo com a valorização do produto brasileiro híbrido.
Proposto
9) (UFF) No texto de Bandeira, as impressões do eu lírico sobre Teresa causam estranheza
no leitor, porque:
a) descrevem Teresa sob uma ótica romântica;
b) apresentam Teresa do ponto de vista estreitamente religioso;
c) põem, lado a lado, expressões incompatíveis no sentido denotativo;
d) privilegiam o corpo em detrimento dos olhos para enfatizar a experiência tátil;
e) estabelecem, entre as palavras, uma conexão lógica absolutamente usual e previsível.
Proposto
10) (UFF) Uma leitura comparativa dos dois poemas propicia várias conclusões. Assinale a
INCORRETA.
a) O poema moderno opera uma leitura no texto romântico, introduzindo-lhe um desfecho
metafísico.
b) Pode-se afirmar que a inserção de elementos novos é uma estratégia moderna que revitaliza
a força expressiva do texto romântico.
c) Ao revisitar este poema romântico, Manuel Bandeira mantém na sua versão, os mesmos
recursos rítmicos do original, o que inclui o refrão, a metrificação e a rima.
d) Ambos os poemas falam de como o eu lírico registra mudanças, seja no comportamento
de Teresa (no texto de Castro Alves), seja no seu próprio olhar de sujeito poético (no texto de
Manuel Bandeira).
e)Já em 1930, Manuel Bandeira se utiliza de um recurso bastante moderno, ao fazer uma versão
poética marcadamente diferenciada do poema original de 1868, acrescentando elementos
novos, substituindo outros e alterando conteúdo e aspectos formais.
Proposto
Leia atentamente trecho de um poema de
Patativa do Assaré, poeta popular cearense
cujo nome verdadeiro é Antônio Gonçalves
da Silva, e responda às questões 11 e 12.
No verdô da minha idade
modeacalentá meu choro
minha vovó de bondade
falava em grandes tesôro
era história de reinado
prencesa, prinspeincantado
comfeiticêra e condão
essas história ingraçada
tá selada e carimbada
dentro do meu coração
Mas porém eu sinto e vejo
que a grande sodade minha
não é só de história e bejo
da querida vovozinha
demanhazinha bem cedo
sodade dos meu brinquedo
meu bodoque e meu bornó
o meu cavalo de pau
meu pinhão, meu berimbau
e a minha carça cotó.
11) Na construção do poema, o emprego da
primeira pessoa marca qual traço discursivo?
a) impessoalidade;
b) intertextualidade;
c) polissemia;
d) implícito;
e) subjetividade.
Proposto
12) Além da sonoridade (ritmo, rimas), a métrica desse poema (o número de sílabas poéticas
dos versos) é traço da poesia popular oral. A métrica desses versos classifica-os como:
a) redondilhas menores.
b) octossílabos.
c) decassílabos.
d) redondilhas maiores.
e) alexandrinos.
Proposto
Texto para as questões 13 e 14.
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
(Carlos Drummond de Andrade)
13) Uma das características da poesia de
Drummond é que ela passa por diversas fases,
indo de textos mais convencionais a outros
mais experimentais. Sobre a estrutura poética
de “Memória”, é correto afirmar:
a) Cada uma das quatro estrofes apresenta
três versos e cada um deles apresenta cinco
sílabas poéticas.
b) Cada uma das quatro estrofes apresenta
três versos e cada um deles apresenta um
número de sílabas poéticas diferente do anterior.
c) O poema apresenta estrofes irregulares e
versos com cinco sílabas poéticas cada.
d) É possível contar as estrofes, mas não é
possível fazer a contagem das sílabas poéticas.
e) A organização dos versos e das estrofes não
importa para a construção do sentido poético.
Proposto
e
,
s Se o mundo não vai bem
a seus olhos, use lentes
ou transforme o mundo ...
ótica olho vivo
agradece a preferência
Reclame
(CHACAL et al. Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006.)
m14) Chacal é um dos representantes da geração poética de 1970. A produção literária dessa
-geração, considerada marginal e engajada, de que é representativo o poema apresentado,
valoriza:
a) o experimentalismo, em versos curtos e tom jocoso.
b) a sociedade de consumo, com o uso da linguagem publicitária.
éc) a construção do poema, em detrimento do conteúdo.
-d) a experimentação formal dos neossimbolistas.
e) o uso de versos curtos e uniformes quanto à métrica
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ESTUDO DO TEXTO LITERÁRIO: ASPECTOS DO TEXTO POÉTICO