IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS – ISSN – 18083579 EXPERI ÊN CI A S DO EN SI N O DE H I STÓRIA : A PON TA M EN TOS A RESPEI TO DE PROJ ETOS DE EN SI N O E UTIL I ZA ÇÃ O DE LI N GUA GEN S EM SA L A DE A UL A L ilian Apar e cida de SO UZ A (P/G USF- UEN P/C C HE) Mar isa N O DA (O r ie ntado r a UEN P/C C HE) RESUM O O o bje tivo de sta co municação é apre se ntar o s r e sultado s de um tr abalho r e aliz ado ao lo ngo de 20 08 , co mo par te do pr o je to ” O L abo r atór io de Ensino de Histó r ia na Educação B ásica: Ensino , Pe squisa e Exte nsão junto à C o munidade Esco lar ” . B usco u- se pr o mo ve r uma discussão , co m pr o fe sso re s e aluno s do e nsino fundame nta l e mé dio , so br e o uso de o utr as lingua ge ns par a o e nsino de Histó r ia: música, cine ma, fo to gr afia, e ntr e o utr as. A utiliz ação de ssas no vas lingu age ns não po de per de r de vista que a cr iativi dade també m é impo r tante par a o de se nvo lvime nto do co nhe cime nto histó r ico . Palavr as chave s: Histó r ia. L inguage m. Música . I N TRODUÇÃ O Pe nsando no e nsino de Histó r ia e as dive r sas lingua ge ns e re cur so s que po de ser utiliz ado par a dinamiz a r e aume ntar a co mpre e nsão do s aluno s, e ste ar tigo te m co mo o bje tivo pe nsar na música co mo uma das ling uage ns que se inse r e m ne ste co nte xto . Par a tanto ser ão fe ito s aqui alguns apo ntame nto a r e spe ito do e nsino de histó r ia e num se gundo mo me nto lançar pistas na util iz ação da música e m sala de aula. O co nhe cime nto histó r ico é co nstr uído numa dinâmica , numa ó tica dife r e nte da tr adicio nal ista , e m que o aluno to ma uma po sição ativa, inse r indo se na co nstr ução do co nhe cime nto , inte r agin do co m o e ducado r a fim de que junto s po ssam che gar à me ta de e nsinar e apr e e nde r . Ne ste se ntido o pro fe sso r de ve o bse r var co m cuidado o públ ico alvo e sua faixa e tár ia na qual se r á tr abalhado de ter minado co nte údo , be m co mo as lingu age ns ade quadas par a o mo me nto , as quais po de m encaixar - se no e nsino de histó r ia. No e nsino fundame ntal , pr incipa lme nte de pr ime ir a a quar ta sé r ie a aplica bil ida de co ncor re a for mas mais lúdicas , no e nsino de quinta a o itava IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS – ISSN – 18083579 sé r ie faz -se ne ce ssár io aulas mais apro fundadas . Já no e nsino mé dio de ve -se pe nsar de uma for ma e spe cífica. De ve mo s te r me nte que e m to do mo me nto o aluno de ve ser le vado a pe nsar cr iticame nte . A par tir da se gunda me tade do sé culo X X, muitas são as linguage ns que se apr e se ntam co mo fer r ame ntas ao pr o fe ssor par a ministr ar sua aula. Estas lingua ge ns util iz adas na sala de aula dive r sificam - se e m: lite r atur a, poe mas, crô nicas, filme s, cançõ e s, e ntr e o utr as, se ndo e stas as mais co muns e dispo níve is a maio r ia do s pro fe sso re s. Essa po ssibi lida de do e nsino de histó r ia é capaz de abr ir no vo s ho r izo nte s tanto par a e ducado r e s quanto par a e ducando co mo no s co lo ca Se lva G uimar ãe s: T o r n o u - s e p r á t i c a r e c o r r e n t e n a e du c a ç ã o e s c o l a r , n o e n s i n o e n a p e s q u i s a de s e n v o l v i d o s n a s u n i v e r s i d a d e s , o u s o d e i m a g e n s . O b r a s d e f i c ç ã o , a r t i g o s de j o r n a i s , f i l m e s e p r o g r a m a s d e T V , n o d e s e n v o l v i m e n t o d e v á r i o s t e m a s . T r a t a - s e de u m a o p ç ão m e to d o l ó g i c a q u e a m p l i a o o l h a r d o h i s t o r i a d o r , o c a m po de e s t u d o , t o r n a n d o o p r o c e s s o d e t r a n s m i s s ã o e p r o d u ç ão d e conhecimentos interdisciplinar, dinâmico e flexível 1. Mas e stas linguage ns po de m se tor nar uma faca de do is gume s, e m que po r um lado , tr az e m muito s be ne fício s par a a co nstr ução do co nhe cime nto , mas po r o utr o , quando o pr o fe ssor não as co nse gue tr abalhar co mo do cume nto s, se to r na um gr ande pro ble ma, dificul tando assim à e dificação tr anqüila do s co nte údo s. A partir do final do século XIX e, principalmente, no século XX, o d e s e n v o l v i m e n t o e a e x p a n s ã o de n o v a s l i n g u a g e n s c u l t u r a i s , como a fotografia, o cinema, a televisão e a informática, t r o u x e r a m n o v o s d e s af i o s ao h i s t o r i a d o r e a o p r o f e s s o r de h i s t ó r i a . E s s e s p r o f i s s i o n a i s t i v e r a m de , a l é m d e c o m p r e e n d e r a n a t u r e z a d a s n o v a s l i n g u a g e n s e i n c o r p o r a - l a s , p e r c e be r a m - n a s l e g i t i m a d a s c o m o f o n t e p a r a o e s t u d o e a r e c o n s t r u ç ã o do p a s s a d o . A s s i m n o e n s i n o d e H i s t ó r i a , o u s o de l i n g u a g e n s t e m e n f r e n t a d o o de s a f i o d e s e c o n s t i t u í r e m n o v a s i n t e r p r e t a ç õ e s a o documento 2. De tal mo do , ao pr o fe sso r faz se ne ce ssár io ce r to apro fundame n to e e studo a r espe ito das no vas lingua ge ns, par a que po ssa as utiliz ar de fo r ma pr o dutiva e m sala de aula. De ve -se , po r tanto buscar inte r agir co m esta faixa e tár ia, a par tir de lingua ge ns ace ssíve is, e que le ve m o aluno a se inte r e ssar pe lo co nte údo par a po de r co labo r ar ativame nte nas aulas. 1 F O NS E C A , S e l v a G u i m a r ã e s . D i d á t i c a e p r á t i c a d e e n s i n o de H i s t ó r i a . C am p i n a s : Papirus, 2003. p 163. 2 S H M I D T , M a r i a A u x i l i a d o r a ; C A I N E L LI , M a r l e n e . E n s i n a r H i s t ó r i a : S ão P a u l o . S c i p i o n e , 2004. p.109-110. IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS – ISSN – 18083579 Visto isto , po de mo s co nside r ar as lingua ge ns co mo do cume nto s a ser e m inve stig ado s e m sala de aula por e ducado r e s e e ducando , a fim de e ste s inse r ido s no co nte xto do aluno po ssa ser fo nte de estudo do passado . Por fim unimo s no sso pe nsame nto ao de Mar ia Auxilia do r a e Mar le ne C aine lli e diz e mo s que o : O do c u m e n t o p a s s o u a s e r i n s t r u m e n t o d i d á t i c o p a r a o p r o f e s s o r porque ajudaria a tirar o aluno de sua passividade e reduziria a d i s t â n c i a de s u a e x pe r i ê n c i a e s e u m u n do d e o u t r o s m u n d o s e o u t r a s e x pe r i ê n c i a s de s c r i t a s n o d i s c u r s o d i d á t i c o . E s t i m u l o u - s e o u s o d e m a p a s h i s t ó r i c o s , g r a v u r a s , f i l m e s , q u e pe r m i t i r i a m r e f a z e r a s i m a g e n s d o p a s s a do o u f a z e r o a l u n o p o de r , e l e m e s m o , i m a g i n a r c o m o e r a o p a s s a do . D e s s a f o rm a , e s p e r a v a - s e q u e a s aulas se tornassem mais atraentes, e o aluno, mais participante3. A pr o dução de co nhe cime nto histó r ico no co tidiano esco lar fo i uma das que stõ e s mais de batid as no s ano s 8 0 o nde os pr o fe sso re s que stio nam so br e se u pr ó pr io tr abalho , r e pe nsando sua for mação em quanto pr o fe ssor de Histó r ia, co lo cando e m discussão a po ssibili dade de pr o dução do co nhe cime nto no e nsino fundame ntal e mé dio . Assim, var ias publicaçõ e s em r evistas e spe cializ adas, suge r ir am po ssibi lid ade s de stas lingua ge ns e m sala de aula. Facil itar am ao pro fe sso r utiliz ar - se de no vo s instr ume nto s . Estas no vas lingu age ns dive r sificam - se e m: lite r atur a, po e mas, cr ô nicas, filme s, cançõ e s, e ntr e o utr as, se ndo estas as mais co muns e dispo níve is a maio r ia do s pr o fe ssor e s Co m a atuação do Pr o gr ama Unive r sidade Se m Fr o nte ir as na e sco la Ané sio T e ixe ir a L e ite , na cidade de Jacar e z inho - Par aná, po de mo s infe r ir que a par tir de no ssas ativida de s um pro je to só é co nside r ado bo m, se o aluno par tici par e ao me smo te mpo adquir ir co nhe cime nto s e o pr o fe sso r e aluno inve stig ar e m cada ve z mais. A pro po sta de e nsino e pe squisa é muito impo r tante , po is, atr avé s de ssa no va for ma de apr e ndiz age m a pe squisa de ixa de se r co nside r ada uma tar e fa ne utr a e ace ssíve l ape nas par a e spe cialistas . Se guindo par a o final de ste ar tigo fare mo s alguns apo ntame nto s a r e spe ito da música em sala de aula, a par tir de no ssa e xpe r iê ncia no pro je to : “ O L abo r atór io de Ensino e Pe squisa de Histó r ia na Educação Básica: Ensino , pe squisa e Exte nsão junto à co munida de e sco lar . A música se m dúvida é uma “ e xpr e ssão ar tística que co nté m um fo r te po de r de co municação ” 4 , que nas últi mas dé cadas te m o cupado um e spaço de ntr o da histo r io gr afia . Assume a 3 Idem. p. 93. VINCI, José Geraldo. História e música: Canção popular e conhecimento histórico. In: Revista Brasileira de História. Dossiê: Brasília, v. 20, n. 30, 2000. 4 IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS função de do cume nto que le va – ISSN – 18083579 o histo r iado r a co mpr e e nder a cultur a de dive r so s po vo s e a de sve ndar as z o nas o bscur as que fo r am po uco le mbr adas o u até me smo esque cidas pe la histo r io gr afia tr adicio nal e po sitiv ista . Entr e tanto , o histo r iado r que te m a música co mo do cume nto e m sua ação se vê diante de inúme r as dificu lda de s, tais co mo a dispe r são das fo nte s, a de so r ganiz ação do s ar quivo s, a falta de e spe cialist as e e studo s espe cífico s na ár e a e a falta de apo io instituc io nal . O s histo r iado r e s são impuls io nado s, e m r e lação à música, a: [...] discutir com rigor uma temática considerada pelos historiadores da Arte Culta como algo “fora da História” ou de “insignificante teor estético” ou ainda, como simples fonte de i n s p i r a ç ã o do c o m po s i t o r c u l t o n a c o n s t r u ç ã o d o m o d e r n i s m o nacionalista. 5 O ca mpo da música r e alme nte não é o unive r so dir e to e ime diato do histo r iado r , mas nada impe de que e sse s mate r iais po ssam se r utiliz ado s co mo fo nte histó r ica. Afinal , a música ao abo r dar te mas rar o s e m o utr as fo nte s co mo , por e xe mplo : amo r , do r , r o mantismo , pro te sto , de núncia e ao co nstitu ir uma cr iação ar tística que é r e sultada de uma pr o dução co le tiva pr e e xiste nte na base da so cie dade , e la se co lo ca co mo e ixo do cume ntal de pe squisa histó r ica. A música de mo do ger al se ndo uma re alidade tão pre se nte na vida co tidiana das pe sso as, abre por sua vez um le que de po ssibili dade s a inte r pre taçõ e s de dife r e nte s mane ir as, as quais le vadas em sala de aula se to r nam o po nto de par tida par a le vantar indagaçõ e s do s co nce ito s e assunto s que de ve m ser tr abalhado s , e dali se util iz ar do livr o didát ico co mo apo io par a co mpr e e nsão da fo nte . Vale co lo car que qualque r fo nte nunca vai tr aduz ir o passado de fo r ma co mple ta e o bje tiva. C ar lo Ginz bur g no s r eco r da que “o fato da fo nte não se r ‘ o bje tiva’ não signi fica que e la se ja inutil iz áve l” . 6 Alé m do mais, se vê na histo r io gr afia atual que o do cume nto re tir o u um po uco da pe sada pr e te nsão o bje tiva po sitivist a, o que fez co m que no vo s hor iz o nte s se abr isse m. Q uanto à que stão do e nsino , re ssaltamo s que atualme nte o pr o fe sso r te m o ptado po r tr abalhar co m as linguage ns e ino vado r e s re cur so s didát ico s aplica do s no e nsino de Histó r ia. Entr e e ssas ling uage ns te mo s a música: 5 C O N TI E R , A r n a l d o D a r a y a . M ú s i c a n o B r a s i l : H i s t ó r i a e I n te r d i s c i p l i n a r i d a d e – a l g u m a s i n t e r p r e t a ç õ e s ( 1 9 2 6 - 8 0 ) . I n : H i s t ó r i a e m d e b a t e . S ã o P a u l o , 1 9 9 1 . p. 1 7 3 . 6 V I N C I , J o s é G e r a l d o . H i s t ó r i a e m ú s i c a : C a n ç ão p o p u l a r e c o n h e c i m e n t o h i s t ó r i c o . I n : Revista Brasileira de História. Dossiê: Brasília, v. 20, n. 30, 2000. IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS – ISSN – 18083579 A m ú s i c a é u m a m a n i f e s t a ç ã o a r t í s t i c a q u e r e v e l a a s pe c t o s d a v i v ê n c i a de s e u s p r o d u t o r e s e o u v i n t e s . A s s i m , s e o c o m p o s i t o r c a p t a , r e p r o d u z e e x p l o r a m e p i s ó d i o s do c o t i d i a n o , s e u p ú b l i c o , por outro lado, interage, capta, reproduz e assume idéias e s e n t i m e n t o s e x p r e s s o s p e l o a u t o r n a c a n ç ã o , m a s t a m b é m r e je i t a , adapta, trova e até inverte sentidos. É indispensável considerar e s s a r e l a ç ã o p a r a o b s e r v a r a m ú s i c a c o m o u m a p r o d u ç ão q u e n ã o é isolada, nem individual, mas um elemento de aprendizagem c u l t u r a l ( o u s e j a, d e i n t e g r a ç ã o n u m a c u l t u r a ) , q u e t a m b é m representa sensibilidade, valores, padrões e regras. 7 Ao no s de par ar mo s co m a r ique z a da música, não r e sta dúvida que e la é um gr ande r e cur so didát ico par a se ensinar Histó r ia no e nsino fundame ntal e mé dio . Fr e nte às co ntínu as r e fo r mas no e nsino do B r asil ve mo s que ao e star inco r po r ada no pro ce sso de apr e ndiz age m a utiliz ação da música de ve e star dir e cio nada a uma e ducação que e stimule a r e fle xão , o e spír ito cr ítico e a é tica na pr ática so cial. N ão e xiste um mo de lo par a tr abalhar co m a música na sala de aula. O que se po de faz e r é e xplo r ar se u car áte r inte r disci pli nar , e nvo lve ndo - a nas o utr as discipl inas do cur r ículo . Gr az ie la Z ó bo li no s diz que : [...] a atividade musical p r e c i s a e s t a r be m c l a r o por que (objetivos), a n e c e s s i d a d e s do a l u n o ) e alcançar os objetivos).8 de v e s e r p l a n e j a d a p e l o p r o f e s s o r , p o i s o q u e e l e p r e t e n d e e n s i n a r ( c o n t e ú do ) , quem (verificando as possibilidades e como (técnicas e recursos didáticos para Pe lo que vimo s de nada adianta utiliz ar uma música na aula de Histó r ia, se caso o pro fe ssor não saiba tr abalhá - la. É ne ce ssár io tr ilhar o caminho da música, “ le r ” a le tr a e o s so ns par a ente nde r o auto r e o se u unive r so cultur al , faz er uma r e le itur a da o br a, te ndo e m vista uma discussão que po ssa ser dir e cio nada par a situaçõ e s, te mas e mo me nto s da Histó r ia. O u me lho r , é buscar a par tir da música uma tr o ca de apre ndiz age ns e um r e pe nsar das açõ e s e pr e co nce ito s que fo r am se dime ntado s pe la histo r io gr afia po sitivis ta. A música abre as po ssibili dade s do aluno par a a pr ática de pe squisa, cr iação , re fle xão e até me smo e mbasame nto de uma o pinião pr ó pr ia. Par a o auto r as le tr as e o s so ns de uma música “ simbo liz am a unidade e a inte gr ação 7 M A T O S . M a r i a I z i l d a S a n t o s de . “ S a u do s a m a l o c a ” v a i à e s c o l a . I n : N o s s a H i s t ó r i a . São Paulo. Ano 3. nº 32. p. 80. jun/2006. 8 Z Ó B O L I , G r a z i e l l a . P r á t i c a s d e e n s i n o – S u b s í d i o s p a r a a a t i v i d a d e do c e n t e . S ão Paulo: Ática, 1990. p.79. IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS – ISSN – 18083579 do ho me m em se u me io so cial” 9 , e ao ser tr abalhada co m os aluno s, e ste se vê mais pró ximo da histó r ia e se inco r po r a no unive r so do auto r co m a sua pró pr ia r e le itur a. O utr o cuidado ao tr abalhar co m a música, é que e sta não de ve se r vista co mo uma no va lingua ge m na qual o pr o fe sso r re co rr e ape nas par a to r nar a aula mais atr ativa e dinâmica, a fim de supe r ar os pr o ble mas didático s e nco ntr ado s no pro ce sso de tr ansmissão do sabe r . Ape sar de a música tor nar a aula mais dinâm ica, e la e stá lo nge de ser algo pr o nto e fe chado que o pr o fe ssor passa ao aluno , po is a música é um pr incípio de tr o ca de expe r iê ncias e ntr e suje ito s dife r e nte s da co nstr ução do co nhe cime nto . També m não é qualque r música que po de se r de co dificada po r qualque r gr upo de aluno s. É p r e c i s o a de q u a r o c o n t e ú d o ao s a l u n o s , á p r o p o s t a t e m á t i c a e a e s t r a t é g i c a d i d á t i c o - pe d a g ó g i c a . P a r a i s s o c a be r e s p e i t a r o s d i f e r e n t e s g r a u s d e e s c o l a r i d a d e ( e n s i n o f u n d am e n t a l e m é d i o ) e faixas etárias, recorrendo a canções com maior ou menos s o f i s t i c a ç ã o e c o m p l e x i d a d e , d e m o do q u e p o s s am p r o v o c a r efetivamente o aprofundamento das reflexões.10 Em fim, ao utiliz ar mo s tais pr o po stas, e m e spe cial da música em sala de aula não de ve mo s pe r de r de vista que a cr iativ ida de de ve se r de fundame nta l impo r tância , de se nvo lve ndo a co nstr ução do co nhe cime nto fir mada numa dinâmica que e nvo lva o s aluno s. T o do o mé to do busca inve stigar uma ve r dade par cial a de ter minado gr upo , po r isso te ve se mpr e te r fim a alcançar , assim co mo no sso s pr o je to s, se m uma me ta não a caminho ce r to a se guir . 9 C O N T I E R , A rn a l d o D a r a y a . M ú s i c a n o B r a s i l : H i s t ó r i a e I n t e r d i s c i p l i n a r i d a d e – a l g u m a s i n t e r p r e t a ç õ e s ( 1 9 2 6 - 8 0 ) . I n : H i s t ó r i a e m d e b a t e . S ã o P a u l o , 1 9 9 1 . p. 1 7 0 . 10 M A T O S . M a r i a I z i l d a S a n t o s de . “ S a u do s a m a l o c a ” v a i à e s c o l a . I n : N o s s a H i s t ó r i a . São Paulo. Ano 3. nº 32. p.81. jun/2006. IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS – ISSN – 18083579 REFERÊN CI A S AR R UDA, G ilmar . Par a que se r ve o e nsino de Histó r ia? In: H istó r ia e ensino . L o ndr ina: Edue l, v.1 , 1 99 5 . B LO C H, Mar c. Ap o lo g ia d a H istó r ia . T r adução de Andr é T e lle s. R io de Jane ir o : Jo r ge Z ahar , 2 00 1 . C HEVAL L AR D, Y . L a tr anspo sició n didática . De l saber sábio al sabe r e nse ñado . In: MO NT EIR O , Ana Mar ia F. C . A hist ór ia ensina d a : algumas co nfigur açõ e s do sabe r e sco lar . L o ndr ina: Edue l, 20 03 C IAMPI, He le nice . O pr o ce sso do co nhe cime nto /pe squ isa no e nsino de histó r ia. In: H ist ór ia e Ensino . Lo ndr ina: Edue l, v.9 , o ut. 20 03 . C O NT IER , Ar naldo Dar aya. Música no Br asil: Histó r ia e Inte r disci pli nar ida de – algumas inte r pr e taçõ e s (1 92 6 -8 0 ). In: H ist ór ia em Deb a t e. São Paulo , 1 99 1 . FER R EIR A, Mar tins. Co m o usa r a m úsic a na sa la . São Paulo : C o nte xto , 7 . e d. 2 00 7 . FER R O , Mar c. O Filme : uma co ntr a- análise da so cie dade ? In: L E G O FF, Jacque s e N OR A, Pie r re . H istó r ia : N o vo s O bje to s. R io de Jane ir o : F. Alve s, 19 88 . FO N SEC A, Se lva G uimar ãe s. C ampinas : Papir us, 20 03 . Did á t ic a e p r át ic a de ensino de H ist ó r ia . FO R Q UIN , Je an- C laude . Esco la e C ultur a. In: MO N T EIRO , Ana Mar ia F. C . A hist ó r ia ensina d a : algumas co nfigur açõ e s do sabe r e sco lar . L o ndr ina: Edue l, 2 00 3 . G USDO R F, Ge or ge s. Humanis tas) . A fa la . Po r to : De spe r tar , 1 99 6 . p. 7 -8 (C o le ção SC HMIDT , Mar ia Auxilia do r a. A fo r ma ç ã o d o pr o fesso r d e H ist ór ia e o c ot id ia no da sa la d e a ula . São Paulo : C o nte xto , 2 00 4 . MAT O S. Mar ia Iz ilda Santo s de . “ Saudo sa malo ca” vai à e sco la. H ist ór ia . São Paulo . Ano 3 . nº 3 2 . p. 80 . jun/2 0 0 6 . Rev ist a N o ssa MO N T EIRO , Ana Mar ia F. C . A hist ór ia ensina d a : algumas co nfigur açõ e s do sabe r e sco lar . L o ndr ina: Edue l, 20 03 . PO PPER , Kar l. Em b usc a d e um m und o m elho r . T r adução de T er e sa C ur ve to . L isbo a: Fr agme nto s. 19 76 . SHIMIDT , Mar ia Auxil iado r a. A fo r mação do pr o fe sso r de Histó r ia e o co tidia no da sala de aula. In: B IT EN C O URT , C ir ce . O sa b er hist ór ic o na sa la d e a ula . São Paulo : Co nte xto , 2 00 4 . SHIMIDT , Mar ia Auxil iado r a; C AI N EL L I, Mar le ne . Ensina r H ist ór ia : São Paulo . Scipio ne , 20 04 . IX CO N GR ESSO D E ED U CA Ç ÃO D O N OR TE P IO N EIR O Educação: Horizontes Possíveis: Desafios Imediatos UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação Centro de Letras Comunicação e Artes A N A IS – ISSN – 18083579 VIN C I, Jo sé G er aldo . Histó r ia e música: C anção po pular e co nhe cime nto histó r ico . In: Rev ist a Br a sileir a d e H ist ór ia . Do ssiê : B r asília, v. 2 0 , n. 3 0 , 2 00 0 . Z ÓB O L I, Gr az ie lla. Pr á t ica s d e ensino – Subsí dio s par a a ativi dade do ce nte . São Paulo : Ática, 19 90 . Par a citar e ste ar tigo : SO UZ A, L ilian Apar e cida de . Ex p er iênc ia s do ensino de H istó r ia : apo ntame nto s a re spe ito de pro je to s de e nsino e utiliz ação de linguage ns e m sala de aula. In: IX C O NG R ESSO DE EDUC AÇ ÃO DO NO RT E PIO N EIR O Jacar e z inho . 2 00 9 . Anais.. . UEN P – Unive r sidade Estadua l do N o r te do Par aná – C e ntr o de C iê ncias Humanas e da Educação e C e ntr o de Le tr as C o municação e Ar te s. Jacar ez inho , 20 09 . ISSN – 1 80 83 57 9 .