ÍNDICE - 10/04/2007 Correio Braziliense........................................................................................................2 Cidades ....................................................................................................................................................2 Perigo ronda salões de beleza......................................................................................................................2 Anvisa estuda proibição ...............................................................................................................................3 O Globo ..........................................................................................................................5 Coluna ......................................................................................................................................................5 EURECA........................................................................................................................................................5 Jornal do Brasil .............................................................................................................6 Ciência & Tecnologia..............................................................................................................................6 Leite e fruta para largar o cigarro.................................................................................................................6 O Estado de S.Paulo .....................................................................................................7 VIDA& .......................................................................................................................................................7 Internautas apóiam proibição de fumo .........................................................................................................7 Tribuna da Imprensa (RJ) .............................................................................................8 País/Cidades ............................................................................................................................................8 Documento denuncia epidemias entre índios no Amazonas.......................................................................8 Diário Catarinense (SC)............................................................................................... 10 Economia ...............................................................................................................................................10 Porto agiliza trâmite burocrático..................................................................................................................10 Diário Catarinense (SC)............................................................................................... 11 Geral .......................................................................................................................................................11 Anvisa quer criar salas exclusivas para fumantes .....................................................................................11 O Popular (GO) ............................................................................................................ 12 Cidades ..................................................................................................................................................12 Juiz ouve acusado de fabricar remédio.......................................................................................................12 Diário da Manhã (GO) .................................................................................................. 13 Cidades ..................................................................................................................................................13 Vigilância Sanitária eleva fiscalização de cosméticos ..............................................................................13 Diário da Manhã (GO) .................................................................................................. 14 Cidades ..................................................................................................................................................14 Consulta pública da Anvisa estipula área para fumantes ..........................................................................14 Medida gera polêmica .................................................................................................................................15 A Gazeta de Cuiabá (MT)............................................................................................. 16 Editorial ..................................................................................................................................................16 Nova batalha contra o cigarro ....................................................................................................................16 Jornal do Commercio (PE).......................................................................................... 17 Cidades ..................................................................................................................................................17 O alto preço da boa aparência ....................................................................................................................17 Correio Braziliense 10/04/2007 Cidades Perigo ronda salões de beleza Formol usado indevidamente em produtos para fazer escovas progressivas pode ser comprado em farmácias. Cabeleireiros chegam a usar dosagem 10 vezes superior ao permitido pela legislação Talita Cavalcante Da equipe do Correio Considerada a capital dos salões de beleza, Brasília passa por problemas com o uso indiscriminado de formol, assim como Goiás. A substância pode ser comprada em farmácias ou lojas de artigos hospitalares por qualquer pessoa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libera o uso de até 0,2% do composto em produtos de beleza, porém, cabeleireiros utilizam até dez vezes mais do que o permitido. De acordo com o Sindicato dos Salões de Cabeleireiros, Barbeiros, Clínicas de Estética e Podologia do Distrito Federal (Sincaab-DF), existem 2,6 mil salões de beleza legalizados e cerca de dois mil irregulares. Esses estabelecimentos podem ser multados de R$ 2 mil a R$ 1 milhão, caso infrinjam a norma. O excesso no uso de formol pode ter feito sua primeira vítima brasileira no fim do mês passado. A dona-de-casa Maria Eni da Silva, 33 anos, passou mal após fazer uma escova progressiva na cidade goiana de Porangatu. No último fim de semana, uma escola de cabeleireiros foi fechada em Anápolis. A Vigilância Sanitária de Goiás apreendeu uma escova hidroalisante de chocolate, com 3% de formol. Lá, já tinham sido identificadas quatro vítimas do produto, todas na semana passada. Uma das mulheres sofreu ferimentos em quase 30% do couro cabeludo. O abuso na utilização do formol ocorre, muitas vezes, dentro do próprio salão. Os kits de produtos para fazer escova progressiva são adquiridos pelos cabeleireiros com selo da Anvisa e contêm os 0,2% permitidos pela agência. Porém, para ter mais lucro e para alisar por completo os cabelos das freguesas, o cabeleireiro acrescenta mais formol à composição. O preço dos kits das progressivas variam entre R$ 150 e R$ 450 e o litro do formol custa em média R$ 4. Além disso, a mistura para fazer a escova progressiva é, muitas vezes, produzida de forma clandestina em fundos de quintais e até entregues nos domicílios dos clientes. O agente ativo da solução caseira é o formol, porém, é misturado com queratina, condicionador e silicone, mais conhecido como reparador de pontas. De acordo com a cabeleireira Maria Socorro Rodrigues de Oliveira, 36 anos, os 0,2% de formol que estão na fórmula dos produtos não são suficientes para eliminar os cachos. Ela não acrescenta formol aos produtos industrializados e conta que quando alguma clientes pede para fazer progressiva, ela alerta sobre o resultado. "Já digo que não vai ficar liso. Apenas com menos volume." Ela afirma que para alisar recorre a outros produtos permitidos pela Anvisa, como o Sódio, o Litium e a Guanidina. "O formol resseca o cabelo e, em grandes quantidades, não sai mais. É preciso cortar os fios", completa. Segundo ela, os aromas de chocolate e de morango servem apenas para disfarçar o cheiro de formol. Na rede de salões do cabeleireiro Hélio Nakanishi, 49 anos, há um cartaz explicativo sobre os males do uso do formol em cosméticos. O aviso foi colocado há quatro anos nas paredes dos cinco salões do cabeleireiro. "O que nos interessa hoje é a saúde capilar e não só uma sensação de beleza passageira". A Vigilância Sanitária do DF adverte que nenhum profissional está autorizado a manipular formol dentro de salões de beleza. A gerente de fiscalização do órgão, Luciane Cardoso, afirma que raramente é encontrado um produto sem registro. O problema é a falsificação. "As pessoas fazem a solução e a colocam num frasco rotulado e com selo da Anvisa. Isso dificulta a fiscalização." Ao todo, 170 agentes fazem a fiscalização rotineira dos salões de Brasília. O sindicato dos cabeleireiros, porém, cobra mais rigor no trabalho da vigilância. Segundo a presidente da entidade, Elaine Furtado, as visitas aos salões são feitas semestralmente. Anvisa estuda proibição Gizella Rodrigues Da equipe do Correio A incansável busca da beleza pode custar caro. Casos de acidentes após escovas progressivas que utilizam formol são comuns. Além da morte da dona-de-casa no interior de Goiás, outras três mulheres sentiram-se mal no estado vizinho, após fazer o tratamento para alisar os cabelos. A substância pode causar irritação, queimaduras, falta de ar e queda de cabelo, alertam especialistas. Em casos mais graves, o uso indevido do formol pode resultar em doenças como o edema pulmonar, pneumonia e até câncer. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta a aplicação do formol em produtos de beleza, mas estuda proibir o uso da substância. Aplicar formol em cosméticos é permitido, mas em pequenas concentrações, suficientes apenas para preservar os produtos de danos ou deteriorações causados por microorganismos durante a fabricação e estocagem. A Resolução nº162, de 11 de setembro de 2001, permite o uso de formol como conservante em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A concentração permitida é de 0,1% em produtos de higiene oral e 0,2% nos demais. Além disso, a Resolução nº 215, de 25 de julho de 2005, tolera a concentração de até 5% de formol em esmaltes e bases fortalecedores de unhas. O problema é que tais índices não são suficientes para alisar cabelos e proporcionar os efeitos desejados da escova progressiva. "A concentração de 0,2% de formol é eficaz apenas como conservante e não tem efeito alisador. Por isso, as cabeleireiras acabam usando muito mais que isso", explica a especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa, Andreia Novaes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o formol como substância cancerígena. Se ele estiver em altas concentrações e for absorvido pelo organismo por inalação e, principalmente, pela exposição prolongada, pode causar câncer na boca, nas narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça. Em países da Europa, a aplicação do formol é proibida, independente da concentração. O exemplo deve ser seguido no Brasil. "A medida ainda está em estudo, mas a tendência é que se proíba o uso mesmo como conservante", admite Andreia. Morte sob investigação O uso de formol na escova progressiva fez quatro vítimas em Goiás nos últimos 20 dias. Uma delas morreu após fazer o tratamento em Porangatu (a 426 km de Goiânia). Outras três mulheres passaram mal em Formosa, Anápolis e na capital goiana. O caso mais grave foi o da dona-de-casa Maria Ení da Silva, 33, que morreu depois de aplicar uma mistura de cremes e formol nos cabelos. O tratamento exigia que ela ficasse três dias sem lavar os cabelos e, nesse período, ela reclamou de dores de cabeça, coceira no couro cabeludo e dificuldades para respirar. Quando chegou o momento de retirar os produtos, Maria passou mal, foi levada a um hospital público da cidade e recebeu alta no mesmo dia. Ela voltou a se sentir mal, foi internada novamente, mas morreu em seguida. A Polícia Civil de Porangatu ainda investiga se a morte da dona-de-casa foi causada pelo formol. A técnica de enfermagem Simone Moreira de Souza, 30, moradora de Formosa teve dormência nas pernas, braços e pescoço e precisou ser hospitalizada após a sessão de alisamento. Simone ficou internada durante cinco horas e, depois de ser liberada, teve queda de cabelo. O salão tinha autorização da prefeitura para funcionar, mas a dona do estabelecimento usava dois tipos de produtos à base de formol sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em Anápolis, uma servidora estadual teve 30% do couro cabeludo perdidos depois de fazer cinco sessões de escova progressiva no intervalo de um ano. Uma moradora de Goiânia deu entrada no hospital depois de fazer uma escova à base de chocolate e formol. Depois dos casos de intoxicação, a Vigilância Sanitária de Goiás apertou o cerco aos salões. Em Anápolis, os fiscais receberam oito denúncias de estabelecimentos que utilizam formol nas escovas progressivas. Cinco tipos de produtos foram recolhidos em lojas e salões de beleza da cidade. Os produtos eram de marcas clandestinas e não tinham registro na Anvisa. Em Formosa, a Vigilância Sanitária também encontrou produtos clandestinos em três salões de beleza. O Globo 10/04/2007 Coluna EURECA Ana Lucia Azevedo Células-tronco: teste para o Senado dos EUA Os senadores democratas eleitos com plataformas próliberação do financiamento federal para pesquisas com células-troncos embrionárias humanas têm hoje seu primeiro teste. O Senado dos EUA começa a apreciar dois projetos de lei. O primeiro é idêntico a um vetado em 2006 por George W. Bush e que permite o financiamento - nos EUA não é proibido fazer pesquisa, e sim usar dinheiro público para isso. O segundo, de republicanos, encoraja estudos com embriões considerados inviáveis, tais como os descartados por clínicas de fertilização assistida. Os EUA retomam a discussão sobre o uso de células de embriões humanos no mesmo momento em que o Supremo Tribunal Federal brasileiro começa a analisar uma ação de inconstitucionalidade contra a Lei de Biossegurança, aprovada em 2005. A lei brasileira permite o uso em estudo médicos de tais embriões, os mesmos que seriam relegados ao esquecimento. Jornal do Brasil 10/04/2007 Ciência & Tecnologia Leite e fruta para largar o cigarro Cristine Gerk Leite, frutas e vegetais ajudam fumantes a se livrar do hábito, enquanto álcool, café e carne são aliados do cigarro. De acordo com cientistas da Universidade Duke, nos EUA, os primeiros alimentos citados pioram o gosto do fumo e os outros itens aprimoram seu sabor. A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de dietas antitabagismo, ou de gomas de mascar que tornem os cigarros menos palatáveis. Se consumirem alimentos e bebidas que pioram o gosto do cigarro, podem largar o hábito sugere Joseph McClernon, da universidade. No estudo, 209 fumantes foram questionados sobre os itens que alteram o sabor de cigarros. Laticínios foram citados por 19% das pessoas como alimentos que pioram o gosto. Bebidas sem cafeína, como água ou sucos, foram citadas por 14%, enquanto 16% indicaram frutas e vegetais. Os cigarros com menta escondem o gosto ruim induzido por itens consumidos junto com o fumo. As bebidas alcoólicas melhoraram o gosto dos cigarros para 44% dos fumantes. As bebidas com cafeína foram elogiadas por 45% e a carne por 11%. Para McClernon, o estudo mostra que, além do vício em nicotina, as pessoas se conectam ao cheiro, gosto e comportamentos ligados ao fumo. Por isso, os tratamentos precisam envolver aspectos não relacionados à substância, como dietas equilibradas, que também previnem o ganho de peso que surge ao largar o hábito. Analice Gigliotti, responsável pelo setor de tabagismo da Santa Casa de Misericórdia, do Rio, explica que o álcool e o café diminuem o pH do sangue. A acidez reduz a capacidade de concentração de nicotina e a pessoa "puxa" uma quantidade maior da substância e sente mais prazer. Para Analice, o leite deve ter efeito oposto, por ser alcalino. A bebida alcoólica diminui a censura, e por isso as pessoas fumam mais ao beber. O álcool também é depressor do sistema nervoso central, enquanto a nicotina é estimulante e compensa seu efeito completa a autora de um estudo que mostrou que 81% dos fumantes brasileiros querem largar o hábito, mas já tentaram cinco vezes sem sucesso. Os cientistas sugerem chicletes com acetato de prata, que muda o gosto dos cigarros, para ajudar no abandono do hábito. O Estado de S.Paulo 10/04/2007 VIDA& Internautas apóiam proibição de fumo A Agência Nacional de Vigilância Sanitária está certa em propor a proibição do fumo em lugares públicos, de acordo com 78,84% dos leitores do estadao.com.br que responderam a enquete promovida pelo portal. Foram 231 internautas a favor da medida e 62 contrários. A Anvisa propõe proibição total do fumo em bares, restaurantes, danceterias ou qualquer local fechado. Tribuna da Imprensa (RJ) 10/04/2007 País/Cidades Documento denuncia epidemias entre índios no Amazonas BRASÍLIA - Documento assinado por representantes de órgãos públicos e ONGs que trabalham na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, deverá ser encaminhada na semana que vem aos ministros da Saúde, Justiça, Meio Ambiente e Educação, aos presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), denunciando e pedindo providências em relação à grave situação de saúde dos povos indígenas que vivem na região. Segundo o documento, 80 mortes de indígenas já aconteceram em função dos problemas. Uma comissão de lideranças dos grupos indígenas que vivem no Vale do Javari deve vir a Brasília para, além de entregar em mãos ou protocolar o documento nos diferentes órgãos de governo, formalizar denúncia ao Ministério Público Federal sobre a atuação das direções estadual e federal da Funasa, além da Prefeitura de Atalaia do Norte (AM) no atendimento de saúde indígena. De acordo com o documento, inquérito sorológico realizado em dezembro de 2006 pela Funasa em parceria com o Hospital de Medicina Tropical do Amazonas entre 309 indígenas do Vale do Javari (quase 10% da população da área) constatou que 56% dos pesquisados são portadores do vírus da Hepatite B. A Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o documento, considera aceitável uma taxal de no máximo 2%. Além disso, 263 indígenas, ou seja, 85,1% dos pesquisados, já tiveram contato com o vírus de hepatite. Os exames detectaram ainda quatro casos de hepatite C, doença decorrente de vírus anteriormente não registrado na região do Javari. Índios mortos Ainda segundo o texto, nas duas últimas décadas, 2% da população geral da terra indígena morreu em virtude da hepatite B, e há notícias de que dez indígenas estão atualmente em estágio avançado e irreversível da doença. "Diante desses fatos, os povos do Vale do Javari vivem em estado de desespero", diz o texto. Há ainda, no Javari, a presença do vírus da Hepatite D (Delta), que tem grau de letalidade ainda mais alto. Nos últimos cinco anos, segundo o documeno, quase duas dezenas de pessoas morreram em função de hemorragia generalizada ocasionada pela doença. A malária na região também preocupa os signatários do documento, porque, segundo eles, há informações de agentes de saúde de que estão faltando medicamentos para tratar os doentes nas aldeias e de que os próprios agentes estão voltando dos trabalhos na área infectados pela doença. A carta lembra que se contabilizam mais de 2,8 mil casos de malária na área, em tempos recentes, e responsabiliza a Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas pela ineficácia no combate ao mosquito que transmite a malária. "Devido à recorrência de casos de malária e suas seqüelas (especialmente em crianças), as condições gerais de saúde têm se agravado, requerendo urgência no controle do vetor." Na denúncia que farão em Brasília, os índios também pedirão que sejam realizados imediatamente testes de hepatite em todos os habitantes do Javari e o início do tratamento dos casos mais graves. Desde a última quarta-feira, lideranças de povos que vivem no Javari, como Kanamari, Marubo, Mayuruna, Matís e Kulina, ocupam a sede da Funasa em Atalaia do Norte. Os indígenas desconfiam que estejam ocorrendo desvios das verbas federais enviadas para o município, acusam as autoridades locais de intervir politicamente na contratação dos técnicos da Funasa (incluindo médicos sem registro legal) e pedem intervenção federal no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Javari até que seja cumprido o Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público e assinado pela Funasa em 2003. A Terra Indígena Vale do Javari está localizada no extremo ocidente do Amazonas e foi homologada em 2001. É a segunda maior terra indígena do país. Possui 8,5 milhões de hectares e uma população de mais de 4 mil indígenas de seis etnias contatadas, além de 16 referências de diferentes grupos isolados, em 26 aldeias. Segundo a Funai, o Vale do Javari concentra a maior população de índios isolados do planeta. Os índios isolados, também chamados índios arredios, são aqueles para os quais não há registro histórico de contato com não índios e, até recentemente, nem mesmo com índios de outras etnias. A preocupação maior se dá em função de um recente contato entre um grupo de índios da etnia Korubo com alguns desses isolados. A Funai teme que esses encontros possam levar algum desses vírus às aldeias dos não-contatados, o que poderia dizimar toda essa população em apenas poucos dias. O documento, intitulado Calamidade no Vale do Javari, leva a assinatura de vários representantes da Funai, da Chefe do DSEI/Javari, do presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), além do representante do Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e da Associação de Apoio à Saúde e Educação do Vale do Javari (Asasevaja). Além das denúncias em relação à saúde indígena, o documento também pede providências em relação à educação e a fiscalização territorial e ambiental no Vale do Javari. Diário Catarinense (SC) 10/04/2007 Economia Porto agiliza trâmite burocrático Órgãos reunidos num local Itajaí Para agilizar os trâmites burocráticos de importação e exportação, o Porto de Itajaí reuniu num mesmo prédio os órgãos federais. O Centro Integrado de Atendimento (CIA) foi inaugurado ontem. Os órgão serão transferidos para o prédio na próxima semana e, dentro de 15 dias, todos os serviços estarão disponíveis no local, segundo informou o diretor técnico do porto, Ricardo Faissal. Segundo ele, o Porto de Itajaí, entre os grandes portos do país, foi o primeiro a instalar um centro deste gênero. Isso irá agilizar o processo de liberação das mercadorias explicou. A obra custou R$ 1,3 milhões e foi construída com recursos do programa Agenda Portos, do governo federal, e contrapartida da superintendência do Porto de Itajaí. O prédio conta com 1,4 mil metros quadrados de área construída. Os órgão que terão seus escritórios no prédio são: Anvisa, Ministério da Agricultura, Ibama, Portus, Gerência de Meio Ambiente, Diretoria de Logística e Operações, Marinha Mercante e agência do Banco do Brasil, além de um auditório para reuniões internas e também um ambulatório. O Centro Integrado de Atendimento está localizado na Avenida Coronel Eugênio Muller, em frente ao porto, e o atendimento ao público será em horário comercial. Diário Catarinense (SC) 10/04/2007 Geral Anvisa quer criar salas exclusivas para fumantes Brasília A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública sobre a proposta de regulamentar o funcionamento de salas exclusivas para o fumo de cigarros, cigarrilhas, charutos e outros produtos derivados do tabaco em estabelecimentos comerciais. Atualmente, os fumantes só podem consumir tabaco ao ar livre ou em áreas coletivas arejadas e especificadas. Segundo a Anvisa, o objetivo da regulamentação é minimizar os riscos à saúde de pessoas não-fumantes. O gerente de Tabaco da Anvisa, Humberto Martins, acredita que a restrição é para dar direitos ao fumante passivo e não-fumante, que são a maioria da população brasileira. Estamos protegendo essa faixa da população dos malefícios do tabaco. A criação das áreas exclusivas para fumar é porque, apesar das placas de fumantes e não-fumante, a fumaça não lê isso explicou Martins. As salas deverão possuir sistema de climatização específico para reduzir o acúmulo de fumaça e impedir que ela vá para outros ambientes. Além disso, os móveis delas vão ter que ser feitos de materiais não inflamáveis e que minimizem a absorção da fumaça. O espaço deve ter, no mínimo, 4,8 metros quadrados, e, pelo menos, 1,2 metros quadrados para cada fumante. 10m Entrada será proibida para menores de 18 anos Esses recintos deverão possuir ainda cinzeiros com caixa de areia e avisos com imagens e frases de advertência que serão definidas pela Anvisa. O funcionamento dessa sala também vai ter uma série de restrições. A primeira é que a entrada vai ser proibida para menores de 18 anos. Será proibido o exercício de atividades de entretenimento, alimentação e comercialização de produtos derivados do tabaco. Com a regulamentação, as áreas de fumantes e não-fumantes de bares e restaurantes vão acabar disse Martins. A proposta é essa. Os não-fumantes, que são maioria, ficariam protegidos se o estabelecimento proibir o cigarro ou se instalar essas salas. O Popular (GO) 10/04/2007 Cidades Juiz ouve acusado de fabricar remédio Marília Costa e Silva Quem trafega pelas principais rodovias goianas já se deparou com cartazes afixados em placas de sinalização de trânsito anunciando remédio para curar vitiligo. O suposto medicamento é fabricado por João Batista Fernandes, que ontem foi ouvido pelo juiz da 11ª Vara Criminal de Goiânia, Donizete Martins de Oliveira. Ele é acusado de comercializar remédio sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a denúncia do Ministério Público, João Batista foi preso em flagrante em 9 de fevereiro do ano passado, na esquina da Avenida Goiás com a Rua 2, Centro. Na ocasião, foram apreendidos, com ele, três frascos contendo o rótulo Vitiligo Tratamento Natural. Em sua casa, policiais encontraram outros 241 frascos idênticos, além de panfletos de propaganda do medicamento e 3 potes de pó parecido com serragem. Em seu depoimento, João Batista contou que seu filho estuda Biologia no Tocantins. Durante uma viagem para visitar o rapaz, ele teria descoberto "raízes que combatem o vitiligo". O material foi trazido para Goiânia, onde ele mandou moer, colocando o pó em frascos. Cada três embalagens com o produto seriam comercializadas por 50 reais. O suposto remédio é feito de uma planta chamada cumarina. João Batista admitiu que fez panfletos de propaganda do remédio. Ele foi denunciado pelo crime de falsificação, adulteração ou alteração de produtos com fins terapêuticos ou medicinais. Diário da Manhã (GO) 10/04/2007 Cidades Vigilância Sanitária eleva fiscalização de cosméticos A Vigilância Sanitária Estadual emitiu ontem um ofício para alertar que todas as unidades regionais e municipais de Goiás intensifiquem a fiscalização de produtos de beleza. O órgão enviou uma lista dos cosméticos que deverão ser vistoriados. Os primeiros alvos serão os shampoos e os sabonetes íntimos. Serão vistoriados CNPJ, rotulagem e cadastro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além das vistorias, a vigilância sa-nitária pretende receber denúncias de irregularidades pelos telefones 0800-6464350 ou 3201-4128 Diário da Manhã (GO) 10/04/2007 Cidades Consulta pública da Anvisa estipula área para fumantes Estabelecimentos comerciais e órgãos públicos podem ser obrigados a criar "fumódromos". Locais devem ter preparo específico Gabriela Louredo e Daniela Ribeiro Da editoria de Cidades Os fumantes que freqüentam áreas públicas podem ser obrigados a se isolarem temporariamente do convívio dos não-fumantes, caso a Consulta Pública número 29, aberta na última quarta-feira, 4, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), torne-se uma resolução. O texto da proposta prevê a criação de uma sala exclusiva para os fumantes nos órgãos públicos e estabelecimentos comerciais fechados, que tenha sistema de climatização diferenciado (que possibilite a exaustão da fumaça), além de materiais e móveis que não sejam comburentes - não provoquem incêndio - e reduzam a absorção da fumaça. Sempre que quiserem satisfazer o seu vício, os usuários de cigarros, cigarrilhas, cachimbos e charutos terão que se dirigir a esta sala reservada, uma espécie de "fumódromo". Depois disso, poderão retornar à área onde estão os nãofumantes. A Anvisa está aberta a sugestões e idéias de representantes dos proprietários de estabelecimentos co-merciais, autoridades dos órgãos de vigilância sanitária dos Estados e municípios, além da sociedade em geral. A diretoria colegiada do órgão deve analisar os encaminhamentos e decidir se o texto será complementado. Em seguida, deve ser realizada audiência pública em Brasília (DF) para discutir a questão. Após publicação no Diário Oficial da União, os proprietários de estabelecimentos comerciais e órgãos públicos terão 180 dias para se ajustarem às novas exigências. De acordo com o gerente de Produtos Derivados do Tabaco da Anvisa, Humberto José Coelho Martins, com a medida, a agência pretende regulamentar a Lei Federal 9.294 de 1996 e o Decreto-Lei 2018, que exigem a criação de locais reservados para os fumantes nos recintos públicos e particulares, mas não estabelecem o cumprimento específico de medidas que garantam a separação entre fumantes e não-fumantes. Para argumentar, ele apresenta dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que demonstram que 80% da população brasileira é formada por não-fumantes. Proteção - Martins afirma que esta é uma forma de garantir proteção à saúde do fumante passivo, afetado ao aspirar a fumaça expelida pelos fumantes e sujeito a desenvolver doenças graves, como o câncer de pulmão. O anúncio da tentativa de regulamentação por parte da Anvisa não foi bem recebido pelo presidente da seccional de Goiás da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Newton Emerson Pereira. Segundo ele, trata-se de mais uma interfe-rência do Poder Público em questões que são bem definidas pelo setor privado e pelos próprios consumidores. "O cliente já entra sabendo das condições dos restaurantes e bares. Ele tem o poder de decidir. Acho que a divisão de áreas já é suficiente para resolver este problema", diz. Para ele, os fumantes e não-fumantes têm liberdade para decidir que ambientes querem freqüentar e as pessoas com quem vão conviver. Newton considera que a medida radica-liza contra os fumantes e cor-responde a uma forma de exclusão. Ele adianta que a obrigatoriedade de um espaço destinado aos fumantes vai representar gastos para os comerciantes. Os custos para a cons-trução dos fumódromos são estimados em R$ 5 mil. "Desta forma, os estabelecimentos vão aceitar apenas a entrada dos não-fumantes", acredita. Newton afirma que, mesmo que a população de fumantes seja proporcionalmente menor em relação a dos não-fumantes, os adeptos do tabaco respondem por uma parcela de cerca de 70% do consumo em bares e restaurantes na Capital. Proprietária de uma pizzaria em Goiânia, Angele Caixeta Borges, é totalmente contra a proposta da Anvisa. Ela diz que seu estabelecimento é fechado e funciona apenas em um salão. Afirma não ter estrutura física para fazer o fumódromo. "Não tenho condições. Eu não vou ter retorno financeiro, porque os fumantes compõem uma porcentagem pequena dos clientes", afirmou. Medida gera polêmica Se aprovada, a lei irá gerar polêmica. Por um lado, existem os que sentem-se incomodados com a fumaça dos cigarros, como o bancário César Borges Malagoni, 29. Ele não fuma e, quando freqüenta bares da cidade, fica irritado com a fumaça. "As pessoas fumam nas mesas ao lado e não estão nem aí para quem não gosta", diz. Já o estudante José Gomes de Vasconcelos Neto, 24, desaprova a idéia. Ele fuma há cinco anos e, toda semana, vai a barzinhos e a restaurantes. Sua maior preocupação é quanto a noiva que não fuma. "Vou ter que ficar longe dela caso formos a um lugar assim?", questiona. O estudante criou uma forma para não incomodar as pessoas quando vai praticar o seu vício: vira de lado para a fumaça não atingir ninguém. "Geralmente, não percebo ninguém chateado com isso." A medida também não agrada donos de bares e restaurantes da Capital. O gerente de bar Jair Tressoldi acredita que a lei não será cumprida. "Vão criar áreas específicas para fumantes, mas eles não irão utilizar. Não vão querer ficar isolados em uma sala", diz. Jair acha que a regulamentação só irá trazer trans-tornos para os proprietários e usuários dos bares. "Quem vai para um local desse quer relaxar e não ficar preocupado com quem fuma ou não." O gerente irá aguardar o resultado da consulta pública. Se for aprovada, mesmo sendo contrário, irá adequar o estabelecimento que administra. "Fazer o que, lei é lei." A Gazeta de Cuiabá (MT) 10/04/2007 Editorial Nova batalha contra o cigarro Da Editoria Pouco a pouco o cigarro vem perdendo espaço. Da publicidade aos aviões, onde cigarro é um objeto totalmente proibido, a batalha para proteger os não-fumantes - que também são vítimas dos malefícios da nicotina - a batalha contra o tabaco não acabou. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu recentemente uma consulta pública sobre a proposta de regulamentar o funcionamento de salas exclusivas para o fumo de cigarros, charutos e outros derivados do tabaco. Estas salas seriam oferecidas em estabelecimentos comerciais encerrando assim a hoje conhecida divisão de ambientes (fumante e não-fumante) muitas vezes desrespeitada não apenas pelo fumante mas pela própria fumaça, que não encontra barreiras e se espalha pelo ambiente, esteja ele sinalizado ou não. Os não-fumantes, a maioria da população brasileira, estariam assim uma vez mais protegidos e os fumantes, por sua vez, teriam à sua disposição um ambiente confortável e com sistema de climatização específico para reduzir o acúmulo de fumaça impedindo que ela se espalhe por outros ambientes. Lá, no entanto, não faltariam os cinzeiros, cuja ausência é hoje um aviso educado, mas firme, da proibição do cigarro em determinados ambientes comerciais. Mas também não faltariam algumas restrições como a proibição para menores de 18 anos e imagens e frases de advertência definidas pela Anvisa. Afinal, nunca é demais ressaltar e informar sobre os malefícios do cigarro e seus derivados para o organismo como um todo, tanto de quem fuma quanto de quem não fuma. Os fumantes hoje, se foram reduzidos em número, é graças às constantes proibições e campanhas educativas que colocaram na balança o prazer de algumas tragadas ante os prejuízos ao organismo, incluindo aí alguns anos a menos de vida. Mas o hábito de fumar ainda faz parte de muitas culturas, permanece glamourizado e, para muitos, é uma necessidade vital. As salas exclusivas seriam uma maneira de remediar o irremediável, dar ao fumante a sua privacidade e o seu momento de prazer, contanto que ele prejudique apenas a si próprio. Jornal do Commercio (PE) 10/04/2007 Cidades O alto preço da boa aparência Não há legislação que regulamente serviço, mas consumidor deve ficar atento aos profissionais e produtos usados em salões de beleza e clínicas RODRIGO CARVALHO Ter uma boa aparência pode custar muito caro. E o preço a ser pago, por vezes, extrapola os limites do bolso. A procura por padrões ditados pela sociedade, na verdade, podem colocar em risco a saúde de quem se submete aos diversificados tratamentos estéticos disponíveis no mercado. Relatos de procedimentos malsucedidos, nas últimas semanas, evidenciaram os perigos a que estão sujeitos os consumidores desse tipo de serviço. Não há motivos para alarde, mas ao freqüentar salões beleza e clínicas de estética, os clientes precisam ficar atentos. A utilização inadequada de cosméticos e substâncias químicas podem levar o usuário a sofrer lesões irreversíveis. Certificar-se previamente das condições e contra-indicações dos produtos aplicados em tratamentos estéticos não assegura ao usuário um resultado perfeito, mas as precauções minimizam os riscos de acidentes. Antes de aderir a qualquer procedimento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda a verificação atenta da composição e a finalidade da substância. "É preciso que o consumidor observe se o produto possui algum componente capaz de provocar reação adversa", frisa a especialista em regulamentação e vigilância sanitária da Gerência Geral de Cosméticos da Anvisa, Érica França. A ausência de uma legislação específica impede a agência de regulamentar os procedimentos adotados pelos profissionais que atuam nos salões e nas clínicas. A ação da Anvisa se restringe ao controle dos produtos e dos equipamentos. Diante disso, é necessário cautela. É imprescindível ao consumidor observar se as substâncias utilizadas no tratamento estão dentro do prazo de validade e, devidamente, registradas pelo órgão regulador. O número de registro da Anvisa, em geral, está localizado no verso da embalagem e apresenta de nove a 13 dígitos. Não são raros os relatos de casos de reações adversas resultantes de aplicações incorretas de produtos químicos. Em outubro do ano passado, a tentativa de alisar os cabelos ondulados provocou dores e frustrações à costureira Conceição de Lima Barros, 59 anos. A substância utilizada para desfazer os cachos causou queimaduras no couro cabeludo da cliente. "Saí do salão de beleza com a minha cabeça ardendo", comentou. Conforme Conceição, ao voltar ao estabelecimento, o cabeleireiro admitiu que deveria ter testado o produto antes da aplicação. Traumatizada, a consumidora passou três meses sem usar sequer xampu. "Não quero mais nenhum produto para alisamento. Sofri muito", resume. O presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Carlos Vital, aconselha o consumidor interessado em tratamentos estéticos a procurar os serviços de profissionais qualificados. Segundo Vital, procedimentos como o bronzeamento artificial ou consumo de medicamentos de uso interno e externo devem ser realizados com a supervisão de um médico. "É recomendável que os tratamentos sejam feitos por profissionais com competência na área de dermatologia", conclui.