III Conferência Global sobre Trabalho Infantil Escritório da OIT no Brasil Março 2013 Antecedentes Iniciativa dos países que aderiram ao movimento mundial pela erradicação das piores formas de trabalho infantil. I Conferência – 1997 Amsterdam, Holanda II Conferência – 2010 Haia, Holanda Participação de 450 delegados de 80 países, com o objetivo de: o Discutir os progressos realizados desde a adoção da Convenção nº 182 da OIT em 1999 o Elaborar ‘roteiro’ – road map – para eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2016 III Conferência – 2013 Brasília, Brasil I CGTI 1997 Convenção 182 1999 II CGTI 2010 III CGTI 2013 Meta 2016 Antecedentes Razões para realizar a IIII Conferência no Brasil • Reconhecer e destacar os esforços realizados no país para combater o trabalho infantil • Possibilidade de ampliar a participação de países na Conferência, levando-a para outros continentes (fora da Europa) Discurso proferido pelo Ministro do Desenvolvimento Social e Trabalho da Holanda, Piet Hein Donner, Haia, 2010: • O Brasil tem feito sua parte e está engajado em colaborar com os países irmãos nesta busca comum por um mundo livre do trabalho infantil. Trabalho infantil no Brasil e no Mundo Trabalho infantil: Panorama mundial • Relatório Global OIT, 2008: 215 milhões de crianças e adolescentes (5-17 anos) em situação de trabalho infantil no mundo 115 milhões das quais envolvidas nas piores formas de trabalho infantil Ritmo de redução é insuficiente e decrescente • Nova estimativa global será lançada em abril, como uma contribuição à III Conferência Trabalho infantil: Panorama mundial Tendência Global do trabalho infantil (faixa etária 5-17, millhões) 250 245 245.50 Milhões 240 235 230 225 222.29 220 215.27 215 210 2000 2004 2008 Ano www.oit.org/ipec Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil 6 Trabalho infantil: Tendências desagregadas por sexo Tendência Global do trabalho infantil por sexo (faixa etária 5-17, percentual) 18.0% 17.0% 16.8% 16.0% % 15.0% 15.6% 15.2% 14.9% 14.0% Men 13.5% 13.0% 12.0% 11.4% 11.0% 10.0% 2000 2004 2008 Ano Meninos Boys www.oit.org/ipec Girls Meninas Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil 7 Trabalho Infantil: Grandes regiões Crianças trabalhadoras (faixa etária 5-14, milhões) 19% 140 127 18% 122 120 96 100 Milhões 14% 26% 28,4% 80 28,8% 60 48 16% 40 17 20 49 58 10% 9% 11 10 0 Asia and the Pacific Latin America and the Caribbean Região 2000 Fonte: IPEC/OIT, 2008 2004 2008 Sub-Saharan Africa Trabalho Infantil: distribuição setorial Trabalho infantil, distribuição por ramo de atividade econômica (%), faixa etária 5-17 Não Definidos Not defined (7.5) Serviços Services (25.6) Agricultura Indústria Industry (7.0) Fonte: IPEC/OIT, 2008 Agriculture (60.0) Trabalho Infantil no Brasil Número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos envolvidos no trabalho infantil 9000000 8423448 8000000 7000000 6492745 6000000 5 125 455 5000000 4 849 223 4 250 401 4000000 3 673 000 3000000 1992 1993 1995 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 Source: IBGE - PNAD 56% de redução entre 1992 e 2011 Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil 10 www.oit.org/ipec Número de Crianças Ocupadas (PNAD 2011) 3.000.000 2.557.000 24,2% 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.027.000 6,0% 1.000.000 500.000 89.000 0,6% 0 5 - 9 anos 10 - 14 anos 15 - 17 anos Trabalho Infantil: Brasil PNAD 2011: redução do Trabalho Infantil 597 mil crianças deixaram atividade laboral no Brasil entre 2009 e 2010 Fonte: PNAD, 2011 Trabalho Infantil: Brasil Trabalho Infantil Variação Censo 2000 / 2010 IBGE Número de Ocupados com entre 10 e 15 anos Legenda: Mais de 500 (64 Municípios) De 0 a 500 (1882 Municípios) De -499 a -1 (3619 Municípios) Escolas (31813 escolas em 3447 Municípios) Fonte: Censo. IBGE, 2000/2010 Trabalho Infantil: Brasil Censo Demográfico de 2010: • 131 mil famílias no país têm como responsáveis principais pelo sustento da casa crianças e adolescentes de 10 a 14 anos • 661 mil adolescentes e jovens entre 15 a 19 anos são responsáveis pela família Brasil: referência mundial na luta contra o trabalho infantil Reconhecimento oficial do problema (anos 90) Legislação avançada Política ativa de Estado Informações Estatísticas consistentes Avanço na Base de Conhecimento Políticas Nacionais : redução da pobreza, aumento do salário mínimo, geração de emprego, extensão da proteção social, educação: extensão da escolaridade obrigatória, escolas de tempo integral) Intersetorialidade Desafios • Apesar dos significativos avanços, persistem “núcleos duros” • Novo perfil do trabalho infantil: o 40% das famílias com situação de trabalho infantil não são elegíveis para o Programa Bolsa Família. o 80% das crianças trabalhadoras combinam trabalho e estudo. • Como avançar? o o o o Municipalização das políticas Escola em tempo integral e papel mais ativo da escola Ampliação da aprendizagem (14-18 anos) Ampliação das formas de trabalho protegido formalizado (16-18 anos) III Conferência Global III Conferência • • • • Convocada por Decreto Presidencial (14/6/12) Data: outubro 2013 Local: Brasilia Tema: Estratégias para Acelerar o Ritmo da Erradicação das Piores Formas de Trabalho Infantil • Objetivos: o Fazer um balanço dos progressos realizados desde a adoção da Convenção nº 182 da OIT (Piores Formas de Trabalho Infantil) o Avaliar os obstáculos e propor medidas para acelerar o progresso na eliminação das piores formas de trabalho infantil o Propiciar a troca de experiências sobre as estratégias adotadas pelos países participantes para o enfrentamento do trabalho infantil Decreto Estrutura Organizacional da III CGTI Presidência: Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Vice-presidência: Ministros das Relações Exteriores e do Trabalho e Emprego Comitê Executivo: caráter deliberativo, responsável pela organização e realização da Conferência Comissão Organizadora Nacional: caráter consultivo, responsável pelo assessoramento da organização da Conferência Secretaria Executiva: será exercida pelo MDS, executará deliberações do Comitê Executivo, sendo responsável pela operacionalização da Conferência Comitê Consultivo Internacional: caráter consultivo, responsável por assessorar o Comitê Executivo na mobilização internacional da Conferência Decreto Estrutura Organizacional da III CGTI Comitê Executivo Comitê Consultivo Internacional Comissão Organizadora Nacional Secretaria Executiva Decreto Estrutura Organizacional da III CGTI Comitê Executivo MDS MRE MTE Decreto Estrutura Organizacional da III CGTI Comissão Organizadora Nacional Componentes 1. MDS 2. MRE 3. MTE 4. MPOG 5. MPS 6. MEC 7. MS 8. SDH/PR 9. CC/PR 10. SG/PR 11. CNAS 12. CONANDA 13. CONAETI Atribuições Convidados 1. Representante do FNPETI 2. Representante de empregadores 3. Representante de trabalhadores 4. Representante do Gabinete do Governador do DF 5. Representante da OIT 6. Representante do TST 7. Representante do MPT Responsável pelo assessoramento da organização da Conferência e pela articulação quadripartite: governos, trabalhadores, empregadores e sociedade civil.empregadores e sociedade civil organizada. Decreto Estrutura Organizacional da III CGTI Comitê Consultivo Internacional Convidados • • • • Países que organizaram eventos internacionais sobre o enfrentamento ao trabalho infantil Agências da ONU ONGs internacionais da área da infância e juventude, com foco no trabalho infantil, tais como: Save The Children, Action Aid, World Child Food Foundation, Global March Against Child Labor e outras. Arranjos Multilaterais: União Africana, Unasul, ASEAN, UE, OEA, CPLP, Mercosul, CARICOM e outros. Atribuições • Responsável por assessorar o Comitê Executivo nas matérias pertinentes à mobilização internacional da Conferência III Conferência Global sobre Trabalho Infantil. Caracterização da III CGTI • Conferência de países antecedida por processos de consulta: objetivo do Documento Base não é ser aprovado ao final, mas estimular/orientar o debate • Não deliberativa • • • Pressupõe processo de negociação/consenso Critérios mais flexíveis para a definição do tamanho das delegações Oportunidade de realizar Conferência amplamente democrática • Representação quadripartite composta por: • • • • Governos Empregadores Trabalhadores Sociedade Civil (ONGs, academia, movimentos sociais, outros) • Resultados esperados • • • Declaração dos países com repactuação acerca do Road Map Compêndio de boas práticas Relatório da III CGTI Composição de Delegações Participantes na III CGTI: 1250 pessoas Segmentos 193 países (que compõem o sistema ONU) Vagas Comentário 4 por país: 772 Sugestão de delegação quadripartite: governo, representantes de trabalhadores, de empregadores e da sociedade civil Brasil 100 50 governo (incluindo representação dos poderes, estados e municípios) e 50 sociedade civil Organismos internacionais (sistema ONU) 40 OIT, PNUD, UNICEF, UNESCO, FAO, ONU MULHER Outras organizações internacionais 40 ONGs internacionais, representações internacionais de trabalhadores, de empregadores, do Poder Judicial Adolescentes 60 + 30 (acompanhantes) Membros da Comissão Nacional Organizadora 40 Convidados e equipe técnica 150 TOTAL 1232 27 adolescentes brasileiros, aproximadamente 30 adolescentes estrangeiros (5 por região + outros indicados) Incluindo palestrantes, equipe de apoio (relatores, tradutores etc.) Aspectos de mobilização internacional Formação de Rede de Mobilização Internacional, com adoção das seguintes estratégias, complementares e sinérgicas: • Mobilização dos governos, coordenada pelo MRE, em contato com as missões diplomáticas dos países e nas instâncias temáticas dos fóruns multilaterais, tais como: G20, UNASUL, OEA, MERCOSUL, ASPA, BRICS, IBAS, UNIÃO EUROPÉIA, CARICOM, outros. • OIT, UNICEF e PNUD, mobilizando seus escritórios e redes regionais • Plataforma Virtual (modelo Rio +20): processo de consulta • Eventos presenciais (preferencialmente tripartites e representativos): resultados disponibilizados na plataforma Plataforma Virtual Secretaria Executiva da III CGTI Esplanada dos Ministérios | 6 º andar | Sala 604 Telefones: 61 3433 1087 | 1088 Contato pelo e-mail: [email protected]