Contas Nacionais Trimestrais Dezembro de 2013 3º Trimestre de 2013 A economia brasileira, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, registrou trajetória declinante no 3º trimestre de 2013, com taxa negativa de variação de 0,5% (com ajuste sazonal) em relação ao trimestre anterior, ficando próximo da expectativa de mercado (-0,3% a -0,5%). Trata-se da retração mais relevante desde o 1º trimestre de 2009, quando houve queda 1,6%, refletindo a crise internacional. No entanto, na comparação com o 3º trimestre de 2012, registrou-se um incremento de 2,2%, enquanto, nos primeiros nove meses do ano, a expansão foi de 2,4%. No acumulado de quatro trimestres (taxa anualizada), o PIB cresceu 2,3% em relação ao período anterior (ver gráfico abaixo). Sob a ótica da demanda, a análise da taxa anualizada mostra que, no 3º trimestre do ano, o Consumo das Famílias cresceu 2,8%, ante 2,7% no período anterior, refletindo a situação do crédito com recursos livres para as pessoas físicas. O Consumo do Governo (Despesa de Consumo da Administração Pública) se manteve estável em relação ao verificado no período anterior (2,5%). Como destaque, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou crescimento expressivo (3,7%), ante decréscimo de 2,4% no período anterior. O incremento da FBCF (taxa de investimento da economia) pode apontar para a recuperação de taxas mais SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL 1 consistentes de crescimento no Brasil, sinalizando aumento da oferta de bens e serviços nacionais, colaborando também com o controle da inflação. As Exportações de Bens e Serviços registraram incremento de 1,6%, enquanto as Importações de Bens e Serviços anotaram alta de 7,2%, contra 5% no ano anterior. A diferença acentuada entre os desempenhos das exportações e importações surpreende e não favorece o país, no contexto dos crescentes déficits registrados em conta corrente. Do lado da oferta, o resultado anualizado do 3º trimestre de 2013 reflete o desempenho dos setores Serviços (2,3%), Agropecuária (5,1%) e Indústria (0,9%). À exceção da Indústria Extrativa Mineral, que registrou queda de 3%, todas as atividades industriais registraram crescimento: SIUP - Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana (3,1%), Construção Civil (1,3%) e Indústria de Transformação (1,4%). A desaceleração no consumo das famílias e o cenário externo adverso continuaram inibindo o desempenho do setor industrial brasileiro no período. SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL 2 No 3º trimestre de 2013, o PIB brasileiro alcançou R$ 1.213,4 bilhões, sendo R$ 1.031,6 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 181,8 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Considerando o valor adicionado, nota-se que a Agropecuária aumentou sua participação relativa no PIB, passando de 5,2% no 3º trimestre de 2012 para 5,3% em igual período em 2013. A Indústria continua perdendo importância relativa, tendo sua participação no PIB caído de 26,6%, no 3º trimestre de 2012, para 26% em igual período de 2013. O setor de Serviços ganhou participação no PIB, passando de 68,2% para 68,7%, na mesma comparação intertemporal. Quanto ao desdobramento do PIB pelos componentes da demanda a preços de mercado (inclusive impostos), o Consumo das Famílias totalizou R$ 764,9 bilhões, o Consumo do Governo R$ 253,4 bilhões e a FBCF R$ 232,0 bilhões (19,1% do PIB, contra 18,7% no 3º trimestre de 2012). As Exportações e as Importações de Bens e Serviços alcançaram R$ 165,4 bilhões e R$ 197,2 bilhões, respectivamente, enquanto a Variação de Estoques foi negativa em R$ 5,2 bilhões. Segundo a SEI, o PIB da Bahia cresceu 3,3% no acumulado de quatro trimestres (taxa anualizada) até o 3º trimestre de 2013, refletindo a expansão dos setores Indústria (5,8%, com destaque para a Indústria de Transformação e SIUP) e Serviços (2%). O setor da Agropecuária apresentou retração de 4,7%, na comparação com o período anterior. A expectativa da SEI é que o PIB baiano apresente expansão de 2,7% em 2013. SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL 3