Especialização PROEJA
UFRGS 2008
Josenara Nunes
Osório - RS
Sesi
Por um Brasil Alfabetizado
A fome é o apetite da esperança e o
analfabetismo é a cegueira de uma pessoa
que não enxerga.
Eliza Lucinda - ES
 No Brasil:
1947 – Campanha de Educação de
Adultos e Adolescentes;
 Décadas de 50/60 – movimentos
populares – Paulo Freire;
 1967 – criação do Mobral;
 1985 – criação da Fundação Educar (
extinta em 1990);

Gestão
 Departamento Nacional – Coordenação
geral do Programa em âmbito nacional.
Relação com o MEC/FNDE. Repasse de
recursos financeiros;
 Departamento regional – Coordenação
da execução do âmbito regional;
 Centro de Atividades – Coordenação da
execução do Programa, em âmbito municipal e
jurisdição;
Metas e Desafios
 Brasil – Governo Federal – 20 milhões;
 Sesi – 2 milhões de Jovens e Adultos
até 2010;
 100% dos alfabetizadores capacitados;
 Permanência de 100% dos alunos no
processo;
Parcerias
 Órgãos governamentais, ong’s,
empresas, clubes de serviços,
associações, universidades, sindicatos,
escolas, sistema “s”, etc;
 Desde que não possuam parceria com o
FNDE;
 Parceria direta ou mobilizadora;
Alfabetização para quê?
 Dimensão Política:




Direito à cidadania;
Conhecimentos/competências necessários
ao exercício da cidadania;
Constrói e partilha visões de mundo;
Usufrui do patrimônio cultural.
 Dimensão Técnica:


Pré condição para acessar informações;
Essencial para continuar aprendendo.
Alfabetizada era...
 Anos 50
Alfabetização básica ou elementar
“pessoa capaz de ler com discernimento e escrever frase
breve e simples sobre a vida cotidiana”
(UNESCO, 1951);
 Anos 60
Alfabetização Funcional
“pessoa que possui conhecimentos teóricos e práticos
fundamentais que lhe permitem empreender aquelas
atividades em que a alfabetização é necessária par
atuação eficaz em seu grupo e comunidade e possui em
domínio suficiente da leitura, escrita e aritmética como
para continuar utilizando os conhecimentos adquiridos a
serviço de seu próprio desenvolvimento e de sua
comunidade”
(UNESCO, 1962)
 Alfabetização “um conteúdo e um processo
de aprendizagem que dura toda a vida, cujos
domínios e aplicações estão em contínua
revisão e expansão” (UNESCO, 2003)
 Alfabetismo(s) – domínio de múltiplos
códigos
 Letramento – conjunto de práticas sociais
que se utiliza de códigos escritos, verbais e não
verbais, enquanto sistemas
Alfabetização e o
Mundo do Trabalho
 Principal referência de inserção social
do educando adulto;
 Chegou precocemente ao mundo do
trabalho;
 Construiu estratégias de sobrevivência e
de aprendizagem;
 Contextualização;
 Conhecimento do mundo do trabalho.
Princípios da Educação de
Jovens e Adultos
 Processo permanente;
 Promoção e aprimoramento do sujeito;
 Ampliação da cidadania e autonomia;
 Valorização das vivências do educando,
enquanto ser humano e trabalhador.
 Insere-se em uma proposta mais ampla
mudança e inclusão social.
Sujeitos da Alfabetização
 Analfabetos “absolutos” – 16 milhões;
 Analfabetos “funcionais” – 30 milhões;
O homem é um ser da
práxis, da ação e da reflexão.
Paulo Freire
Objetivos
 Oportunizar a interação com diferentes
tecnologias, possibilitando que o
educador gerencie, selecione e aplique
as informações, utilizando-se de
diversas linguagens (verbal, matemática,
gráfica, plástica e corporal);
 Proporcionar ao educando o
desenvolvimento do pensamento
reflexivo, frente à problemática do
cotidiano, possibilitando a ampliação da
compreensão da cidadania como
participação social e política,
incentivando atitudes de solidariedade e
de respeito mútuo.
 Promover a formação de educadores de
Alfabetização de Jovens e Adultos para
atuação no Programa;
 Desenvolver estratégias que possibilitem
o acesso e permanência do educando
no processo de alfabetização;
Metodologia
 A metodologia do Sesi Rio Grande do Sul
busca suas referências em Paulo Freire e
Emília Ferreiro;
 Valorizar os conhecimentos que o educando
possui, sua cultura e sua experiência de vida e
de trabalho;
 Proporcionar situações de aprendizagens
individuais e coletivas, por meio de atividades
diversificadas, dando ênfase à pesquisa e a
resolução de situações-problema.
Fundamentalmente é preciso saber
onde quero chegar, ou melhor, onde
queremos chegar (educador e
educando) e não esquecer nunca que o
método é um meio, uma tecnologia e
como tal não é neutra.
 A opção por uma ou outra metodologia
depende de vários fatores, entre eles
pode-se destacar: a formação do
educador, o perfil dos alunos, o local
onde ocorrerá a ação, as condições
físicas e materiais, mas principalmente a
proposta pedagógica e os seus
objetivos, isto é, o projeto pedagógico
estabelecido.
Atua no processo de tomada de
consciência dos grupos populares sobre
sua realidade frente à situação de
opressão, no engajamento crítico dos
conflitos sociais.
Sujeito Alfabetizando
 Capaz de gestar informações e
conhecimentos de forma crítica e
criativa;
 Sujeito de sua própria aprendizagem;
 Motivado para aprender;
 Executor de sua cidadania;
 Solidário e curioso.
Educador Alfabetizador
 Ter uma visão sistêmica;
 Gestor de sua própria práxis;
 Problematizador (desafiador);
 Mediador/Facilitador do processo
ensino-aprendizagem;
 Desencadeador, apoiador e orientador
do esforço de ação e reflexão do
educando;
 Apaixonado pelo que faz.
O Educador precisa:
 Competência Técnica, pedagógica e
científica, que só se mantém com
atualização permanente;
 Claridade política e decisão;
 Sabedoria que percebe as relações
entre táticas e estratégias;
 Coerência e coragem de lutar por
melhores condições de exercer sua
tarefa e isso implica também, melhores
salários;
Estratégias de Avaliação
 Avaliação da aprendizagem deve ter como um de seus
propósitos subsidiar a prática dos educadores,
oferecendo diagnósticos significativos para a definição e
redefinição da prática pedagógica, podendo corrigir os
rumos do processo educativo do curso;
 Deve ser contínua e sistemática
;
 A avaliação global do educando deve levar em conta o
seu desenvolvimento nos aspectos cognitivo, afetivo,
psicomotor e sócio-político-cultural, a partir de atividades
planejadas ou sujeridas espontaneamente no grupo.
Processo de Avaliação
 A avaliação é um processo contínuo,
participativo, com função diagnóstica,
prognóstica e investigativa, cujas informações
redimensionam a ação pedagógica e educativa.
 É um processo de permanente reflexão e ação
que consiste em informar como está ocorrendo
o processo de aprendizagem
 Os diferentes meios do processo avaliativo
devem estar constantemente articulados aos
atos de planejamento e desenvolvimento do
trabalho pedagógico;
Espaços e Tempo de aprender
 Inclusão e facilitação do acesso e




permanência;
Organização e ocupação do espaço é
determinada pela concepção de educação que
temos;
Escola é onde o aluno está (empresa, escola,
comunidade);
No tempo que ele dispõe;
Duração e organização da aula – segundo a
realidade do aluno-trabalhador.
Classe de Alfabetização
Comunidade Santa Rita (Salão Paroquial)
Passo Fundo/RS - 2006
A necessidade de aprender
para ler pedidos
Comunidade Sétimo Céu
Garagem de um morador
Passo Fundo/RS - 2006
Aprender a ler para
ajudar as netas
Melhorar a leitura e a escrita
para voltar a escola
O caminho do Brasil está na ponta
do lápis.
Aluno do Sesi – Distrito Federal
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Sesi - História da EJA e Educação Profissional