A TEORIA ECONÔMICA DA
FILTRAGEM (SCREENING)
PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS
UFRGS
Bibliografia
*Molho (1997, cap.6)
*MWG (1995, cap. 13D)
Arrow (1973)
Guash & Weiss (1981)
2
Origem: Arrow (1973)
Higher education, in this model, contributes in no way
to superior economic performance; it increases neither
cognition nor socialization. Instead, higher education
serves as a screening device in that is sorts out
individuals of differing abilities, thereby conveying
information to the purchasers of labor.
3
Origem: Arrow (1973)
The screening or filter theory of higher education, as I
shall call it, is distinct from the productivity-adding
human capital theory but is not in total contradiction to
it. From the viewpoint of an employer, an individual
certified to be more valuable is more valuable, to an
extend which depends on the nature of the production
function.
4
Origem: Arrow (1973)
The filter theory of education is part of a larger view about the nature of
the economic system and its equilibrium. It is based on the assumption
that economic agents have highly imperfect information. In particular, the
purchaser of a worker’s services has a very poor idea of his productivity.
In trhis model, I assume instead that the buyer has a very good
statistical information but nothing more. That is, I assume that there are
certaing prices of information about the worker, specifically whether ot
not he has a college diploma, which the employer can adquire costlessy.
He know, from the general information or previous experience, the
statistical distribution of productivities given the information he has, but
has no way of distinguising the productivities of individuals about whom
he has the same information.
5
Origem
Rothschild & Stiglitz (1976) utilizaram uma abordagem
de screening para lidar com o problema da informação
assimétrica no mercado de seguros.
A abordagem utilizada por eles passou a ser conhecida
na literatura como screening (filtragem).
A abordagem utilizada era praticamente igual a utilizada
por Spence (1973) – sinalização - para o mesmo
problema, embora a relação entre os dois trabalhos não
tenha sido inicialmente explorada.
6
Signaling & Screening
Embora o problema de informação que foi
tratado por Spence (1973, 1974) e R&S (1976)
seja quase idêntico, há uma pequena diferença
entre eles no que se refere a estrutura do jogo
subjacente usado por R&S (1976) no que se
refere a ordem dos movimentos o qual leva a
alguns resultados ou pouco diferentes daqueles
obtidos originalmente por Spence (1973, 1974).
7
Signaling & Screening
Segundo Molho (1997, p.82) a diferença crucial entre a sinalização e
a filtragem situa-se na ordem dos movimentos.
No modelo de Spence (1973,1974), os candidatos fazem seu
primeiro movimento escolhendo o nível de educação para sinalizar.
Os empregadores então tem que interpretar o sinal a fim de fazer
suas ofertas salariais; e eles tem que interpretar os sinais de
acordo com suas crenças a priori. Os empregadores estariam
restringidos no sentido de que eles não podem iniciar a sinalização.
O modelo de Spence (1973,1974) produz um equilíbrio se a
interpretação dos empregadores (crenças que eles tem) sobre o
sinal se confirmarem verdadeiras.
8
Signaling & Screening
Já na abordagem R&S (1976), são os
empregadores que escolhem tanto o salário
como o nível de educação como parte da oferta
do contrato salarial que eles podem colocar no
mercado.
Então, os candidatos respondem escolhendo o
seu contrato preferido, isto é, eles se autoselecionam através dos contratos.
9
Screening (Filtragem)
alto
aceita
N
P
A2
sinaliza
A1
contrata
rejeita
baixo
Não observável
10
Economia da Informação –
o problema de screening
Screening é uma ação tomada pela parte não
informada para determinar a informação
possuída pelo indivíduo informado.
A screening é uma iniciativa tomada pela parte
menos informada para extrair e ou obter,
indiretamente as características da outra parte.
11
Economia da Informação –
Definição de screening
[cf. Milgron & Roberts (1992, p.157)]
A screening refere-se a atividades ou ações tomadas
pela parte sem informação privada a fim de separar os
diferentes tipos da parte informada com relação a
alguma dimensão que considera importante.
De um modo geral, isto é feito oferecendo-se uma
variedade de alternativas, cada uma delas com a
intenção separar os vários tipos existentes cujas
escolhas revelem, de modo efetivo, suas informações
privadas.
12
Economia da Informação –
Definição de screening
[cf. Milgron & Roberts (1992, p.157)]
Na screening, as restrições de auto-seleção são
cruciais para obtermos a filtragem: os
indivíduos escolhem as alternativas pretendidas
por elas somente se elas são as melhores para
elas próprias no conjunto de alternativas
oferecidas, dado o seu conhecimento.
13
Economia da Informação –
o problema de screening
No processo de screening procura-se explorar a
sensibilidade da parte mais bem informada com relação
a alguma variável que a parte mais bem-informada
pode controlar.
O parte menos informada deve estruturar escolhas em
torno de uma variável que induza a auto-seleção (selfselection), significando que as partes com diferentes
características escolhem diferentes alternativas.
14
Economia da Informação –
o problema de screening
A aplicação da screening somente é possível se a parte
menos informada puder controlar alguma variável que a
parte menos informada seja diferencialmente sensível.
Assim, na técnica de screening, temos que o principal
escolheria a característica da parte mais bem informada
indiretamente.
Portanto, vemos que a screening é um modo ou um meio
indireto de resolver um problema de assimetria de
informação.
15
O problema de screening nas decisões judiciais – o caso do Rei
Salomão [Bíblia, Livro dos Reis, 3.16-28]
[cf. Png (1998,p.421), Salop & Salop (1976) e Baird, Gertner &
Picker (1994, cap.4)]
16Então vieram duas mulheres prostitutas ter com o rei, e se puseram diante dele.
17 E disse-lhe uma das mulheres: Ah, meu senhor! eu e esta mulher moramos na mesma casa; e
tive um filho, estando com ela naquela casa.
18 E sucedeu que, no terceiro dia depois de meu parto, também esta mulher teve um filho.
Estávamos juntas; nenhuma pessoa estranha estava conosco na casa; somente nós duas
estávamos ali.
19 Ora, durante a noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele.
20 E ela se levantou no decorrer da noite, tirou do meu lado o meu filho, enquanto a tua serva
dormia, e o deitou no seu seio, e a seu filho morto deitou-o no meu seio.
21 Quando me levantei pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas,
atentando eu para ele à luz do dia, eis que não era o filho que me nascera.
22 Então disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Replicou a
primeira: Não; o morto é teu filho, e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei.
23 Então disse o rei: Esta diz : Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; e esta outra diz: Não;
o morto é teu filho, e meu filho o vivo.
24 Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante dele.
25 E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo, e dai a metade a uma, e metade a outra.
26 Mas a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram
por seu filho), e disse: Ah, meu senhor! dai-lhe o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. A
outra, porém, disse: Não será meu, nem teu; dividi-o.
27 Respondeu, então, o rei: Dai à primeira o menino vivo, e de modo nenhum o mateis; ela é sua
mãe.
28 E todo o Israel ouviu a sentença que o rei proferira, e temeu ao rei; porque viu que havia nele a
sabedoria de Deus para fazer justiça.
16
O problema de screening nas decisões judiciais – o caso do Rei
Salomão [Bíblia, Livro dos Reis, 3.16-28]
[cf. Png (1998,p.421), Salop & Salop (1976) e Baird, Gertner &
Picker (1994, cap.4)]
Neste caso bíblico, o Rei Salomão era a parte menos informada:
ele não sabia qual das mulheres era verdadeiramente a mãe do
menino sobrevivente.
Ele sabia, contudo que a verdadeira mãe não iria permitir que o
seu filho fosse morto, enquanto que a falsa mãe poderia ficar
indiferente.
As duas mulheres possuíam sensibilidades diferenciadas a
proposta do Rei Salomão com relação a divisão da criança. O
Rei explorou este diferencial para obter um bom resultado. A
falsa mãe e a verdadeira mãe foram prontamente identificadas
elas próprias pelas escolhas que realizaram.
17
O problema de screening nas decisões judiciais – o caso do Rei
Salomão [Bíblia, Livro dos Reis, 3.16-28]
[cf. Png (1998,p.421), Salop & Salop (1976) e Baird, Gertner &
Picker (1994, cap.4)]
Bem-estar da criança:
probabilidade de que ela viva
Curva de indiferença
da verdadeira mãe
1
A verdadeira mãe dá a
criança a outra mulher.
Curva de indiferença
da falsa mãe
0
Dividir a criança em duas.
1
Rancor: probabilidade de
que a outra mulher fique
sem a criança
18
O problema de screening nas decisões judiciais – o caso do Rei
Salomão [Bíblia, Livro dos Reis, 3.16-28]
[cf. Png (1998,p.421), Salop & Salop (1976) e Baird, Gertner &
Picker (1994, cap.4)]
Para obter a auto-seleção, o rei Salomão ofereceu as
mulheres duas escolhas, ou um menu de escolhas.
A idéia é que cada mulher tendo suas próprias
preferências iria se auto-selecionar, e assim,
efetivamente revelar sua informação oculta (hidden
information).
19
O problema de screening nas decisões judiciais –
o caso do Rei Salomão [Bíblia, Livro dos Reis, 3.16-28]
[cf. Png (1998, p.421), Salop & Salop (1976) e
Baird, Gertner & Picker (1994, cap.4)]
Os processos criminais proporcionam um claro exemplo
de assimetria de informação. O acusado conhece ou
sabe muito mais sobre a sua conduta passada do que o
promotor público, o juiz e o júri.
As cortes americanas e inglesas permitem que cada
acusado permaneça em silêncio e proíbe a corte de
inferir qualquer coisa da decisão do acusado. Este direito
anula o que, de outro modo, poderia ser um mecanismo
efetivo de screening nos processos judiciais.
20
Economia da Informação –
o problema de screening
Nos jogos de screening, o jogador informado (agente)
se move depois de a ele ser oferecido um contrato pelo
principal, o qual significa que ele se move em resposta
ao contrato oferecido pelo jogador não informado (o
principal).
Tendo o agente não informado feito o primeiro
movimento do jogo (oferecido um contrato), é
importante, porque a sua oferta carrega nenhuma
informação sobre ele mesmo, mas ao aceitar ou não o
contrato, o agente releva a informação que o principal
deseja saber.
21
As crenças nos jogos de sinalização
Nos jogos de screening as crenças não necessitam ser
especificadas, pois o jogador não informado (principal)
se move primeiro, de modo que suas crenças depois de
ver o movimento do jogador informado (o principal) são
irrelevantes aqui.
O agente é plenamente informado, de modo que suas
crenças não são afetadas pelo que ele observa. Uma
importante implicação disto como veremos mais adiante
é que não há necessidade de nós refinarmos o equilíbrio
obtido.
22
O equilíbrio no mercado
de trabalho e screening
A fim de ilustrar o problema de screening,
veremos como este problema se manifesta no
mercado de trabalho, assumindo que os
empregadores não conhecem a produtividade
dos candidatos a uma vaga.
23
O equilíbrio no mercado
de trabalho e screening
A seqüência de movimentos num mercado de trabalho
num contexto de um jogo de screening é estruturada
do seguinte modo:
(i) os principais oferecem aos agentes um “menu de
contratos” a fim de que eles considerem.
Cada contrato consiste de um vetor (salário, nível de
educação) – isto é, cada contrato vincula uma oferta
salarial a um determinado nível de educação;
24
O equilíbrio no mercado
de trabalho e screening
(ii) cada candidato considera o menu de contratos sobre
a oferta dos empregadores e escolhe qual o contrato é o
preferido para ele. Fazendo isto, ele revela para o
principal qual o seu tipo.
A finalidade da filtragem para a firma no mercado de
trabalho e a de descobrir, de modo indireto, a
produtividade do trabalhador; em outras palavras, que
ele revele o seu tipo para a empresa.
25
O equilíbrio no mercado
de trabalho e screening
Num equilíbrio de screening as seguintes
condições devem prevalecer:
(i) nenhum contrato que está sendo oferecido
no mercado de trabalho gera perdas esperadas.
Se um contrato implicar, em média, numa
perda, então ele deveria ser sacado ou retirado
do rol das alternativas;
26
O equilíbrio no mercado
de trabalho e screening
(ii) nenhum contrato fora do mercado torna os lucros
esperados positivos.
Em outras palavras, não existe um contrato factível o
qual já não tenha sido oferecido no mercado, o qual, se
fosse oferecido iria fazer com os lucros fossem aqueles
normais no mercado. Assim, os empregadores teriam o
incentivo de introduzi-lo.
27
O equilíbrio no mercado
de trabalho e screening
Uma das implicações das condições de equilíbrio acima é
que todos os contratos fazem com que os lucros
esperados sejam exatamente iguais a zero no equilíbrio.
Contratos que implicam em perdas são retirados do
mercado pois não são lucrativos para as firmas e
contratos que implicam em lucros excessivos atraem
rivais até que os lucros esperados sejam iguais a zero
(ou seja a firma obtém lucros normais no mercado em
que atua).
28
No modelo de screening não
existe um equilíbrio agregador [pooling]
Um contrato no modelo de screening pode ser
identificado como um ponto no diagrama
abaixo no espaço salário x credencial.
Cada ponto no diagrama especifica um par
(w,y) (salário, educação).
29
No modelo de screening não
existe um equilíbrio agregador [pooling]
Os empregadores podem oferecer qualquer de
tais contratos que desejem.
Aqui não existem uma curva de oferta salarial,
ao invés disso, os empregadores oferecem
conjuntos de contratos/ponto, os quais os
candidatos escolhem entre eles.
30
No modelo de screening não
existe um equilíbrio agregador [pooling]
As break-lines podem ser interpretadas do seguinte modo:
(i) para os indivíduos do tipo H é construído uma linha
segundo a qual qualquer contrato sobre esta linha iria
resultar num lucro zero se somente os trabalhadores que
aceitarem o contrato forem do tipo H.
Qualquer contrato acima desta linha iria implicar em
perdas, pois a empresa estaria oferecendo um salário que
iria exceder a produtividade do trabalhador do tipo H, que
aqui é assumida ser igual a 2.
31
No modelo de screening não
existe um equilíbrio agregador [pooling]
(ii) um contrato abaixo de linha break-lines de
torna os lucros positivos se somente os
indivíduos do tipo H o aceitam.
A linha de break-lines para o indivíduo do tipo
L pode ser definida de modo análogo ao do tipo
H, sob o pressuposto de que somente o tipo L
aceita este contrato.
32
No modelo de screening não
existe um equilíbrio agregador (pooling)
A linha break-lines (pooling) é construída de modo tal
que qualquer contrato sobre esta linha torna os lucros
normais iguais a zero) se todos os trabalhadores na
população o aceitarem.
A posição exata desta linha depende da proporção q do
tipo L na população. Se L é baixo a linha agregadora
(pooled line) irá se situar próxima a dos indivíduos H;
se q é alta ela iria se situar próxima a linha dos
indivíduo L.
33
No modelo de screening não
existe um equilíbrio agregador [pooling]
W$
Break even L
Break even H
2
wm
1
y
0
Break even pooled
34
No modelo de screening não
existe um equilíbrio agregador [pooling]
Considere um contrato A como na figura abaixo.
Desenhe uma linha passando pelo ponto A e
que seja paralela a cL e outra através de A que
seja paralela a cH.
Considere qualquer ponto a nordeste de A entre
estas duas linhas, tal como um contrato no
ponto B.
35
No modelo de screening não existe
um equilíbrio agregador [pooling]
Comparando-se A e B, temos que o contrato B oferece
um salário mais elevado e demanda mais educação.
O aumento nos custos de atrair um maior nível de
educação é menor do que o alto salário para o tipo H,
portanto temos que B é preferido a A. Mas o contrário é
verdadeiro para o trabalhador do tipo L que estaria pior
em B, portanto ele aceita o contrato A. Portanto, se a
empresa oferecer um contrato do tipo B, ele iria captar
(cream off) apenas os bons trabalhadores.
36
No modelo de screening não existe
um equilíbrio agregador [pooling]
O contrato B é lucrativo para as empresas?
Se o contrato B implicasse numa perda, teríamos que
nenhum empregador iria desejar oferece-lo aos
trabalhadores de qualquer modo. Mas vemos que, de
fato, o contrato B implica num excesso de lucros
(acima dos lucros normais do setor), na medida em
que atrai somente aqueles trabalhadores que são de
alta produtividade, e eles pagam menos do que a sua
produtividade, isto é 2.
37
No modelo de screening não existe
um equilíbrio agregador [pooling]
No que se refere ao contrato A, ele não satisfaz
a condição (b) e não pode ser um equilíbrio
agregador (pooling equilibrium) num modelo de
screening , pois existe um outro contrato B, fora
do mercado o qual implica em lucros
extraordinários se for oferecido.
O mesmo argumento é valido para qualquer
contrato que gere um equilíbrio pooling.
38
No modelo de screening não existe
um equilíbrio agregador [pooling]
Break even H
Break even L
W$
2
wm
cL
B
cH
A
1
0
y
Break even pooled
39
No modelo de screening não existe
um equilíbrio agregador [pooling]
Utilizando-se a mesma lógica acima, nos somos
capazes de encontrar um outro contrato, em torno de
B ou próximo a B, o qual iria separar ou filtrar os
trabalhadores mais habilidosos dos menos habilidosos e
gerar lucros normais.
Portanto, vemos que o resultado do modelo de
screening implica na não existência de um equilíbrio
pooling.
40
O equilíbrio separador é único
A oferta de um par de contratos é capaz de
produzir um equilíbrio separador num
modelo de screening?
41
A existência de um equilíbrio separador
42
O equilíbrio separador é único
Considere o par de contratos como AH e AL como
na figura abaixo.
Este par é estruturado com a finalidade de
separar os tipos de trabalhadores existentes no
mercado [H e L], porque o tipo H prefere AH e o
tipo L prefere AL.
43
O equilíbrio separador é único
O contrato AH oferece maiores salários,
mas implica em maiores custos para obter
educação até o nível que é requerido e
que seja muito maior para os
trabalhadores do tipo L, pois y >1 em AH.
44
O equilíbrio separador é único
Vemos também que cada contrato é consistente com a
condição de equilíbrio (a) e que AH atrai somente
trabalhadores do tipo H e paga o que eles valem [2], e
AL atrai somente trabalhadores do tipo L e paga a eles
somente o que eles valem [1].
Contudo, vemos que o par de contratos [AL, AH] não
pode produzir um equilíbrio porque ele não satisfaz a
condição (b), isto é, existem outros contratos em torno
do qual seria lucrativo serem oferecidos pelas firmas aos
trabalhadores.
45
O equilíbrio separador é único
Os trabalhadores do tipo H iriam preferir B a AH porque
ele oferece quase o mesmo salário para menores custos
de sinalizar a educação, enquanto que os trabalhadores
do tipo L ainda iria preferir AL, visto que os custos de
sinalizar referentes ao contrato B são ainda elevados
para L para que sejam imitados.
Assim, temos que o contrato B atrai somente os
trabalhadores H e é lucrativo para as empresas.
46
O equilíbrio separador é único
O mesmo argumento se aplica para qualquer
contrato que envolva y >1 que seja estruturado
para atrair somente os trabalhadores mais
habilidosos.
Para ser parte de um equilíbrio, tal contrato
deve se situar sobre a linha BE (tipo H).
47
O equilíbrio separador é único
O único contrato que não pode ser indeterminado é 
[onde w = 2 e y =1], que é oferecido junto com AL.
O contrato  envolve o menor nível de educação que o
empregador pode demandar de trabalhadores de alta
qualidade, sem que isto atraia trabalhadores do tipo L.
Qualquer nível educacional menor do que y = 1,
implica que os trabalhadores do tipo L irão desejar se
agregar [pool] aos trabalhadores H.
48
O equilíbrio separador é único
O par de contratos (AL, ) não pode ser superado por
qualquer outro contrato separador, pois qualquer outro
contrato que atraísse os trabalhadores do tipo H e não os
do tipo L iria implicar numa perda para as empresas visto
que elas teriam que oferecer um salário maior do que 2;
e qualquer outro contrato que atraísse os trabalhadores
do tipo L e não do tipo H iria também, levar a uma perda
monetária, visto que ela iria ter que oferecer um salário
maior do que 1.
49
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador [pooling contract], que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
Considere o seguinte:
(i) o retorno líquido do tipo L (aquele que aceita o
contrato AL) é igual a w = 1.
(ii) o retorno líquido do tipo H (aquele que aceita o
contrato ) é igual a w= 2 – ½= 1,5.
CH (y=1)
50
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador (pooling contract), que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
Considere agora um contrato como  no mercado, que
ofereça um salário w  1,5 e que não envolva nenhum
tipo de sinalização, visto que ele não envolveria
nenhuma educação.
Neste caso, H e L iriam adota-lo, visto que o retorno
liquido seria igual a w = 1,5, e excederia qualquer outro
ambos obteriam com AL e .
Portanto, o contrato  prospera em agregar os tipos de
trabalhadores.
51
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador (pooling contract), que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
O contrato  é lucrativo, isto é, ele satisfaz a
condição (b)?
A resposta a esta questão depende da posição
da linha break even pooled line [w= 2 - q].
52
A existência de um equilíbrio separador
53
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador (pooling contract), que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
CASO #1 [L > H]
Vamos assumir aqui que existam mais
trabalhadores do tipo L do que do tipo H,
portanto temos que q > (1/2).
Então a linha break even pooled line [w= 2 - q]
iria se situar abaixo de de 1,5 como na figura
abaixo.
54
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador (pooling contract), que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
Contudo, neste caso o contrato  iria implicar em perdas,
em média. O equilíbrio pooling neste caso não seria
lucrativo porque existiriam muito trabalhadores com baixa
produtividade, do tipo L na população; e se contratos do
tipo  não são lucrativos para as empresas, temos que
qualquer outro contrato iria também produzir perdas.
Isto ocorre porque um contrato pooling no qual y > 0 teria
que compensar os trabalhadores por ter que sinalizar em
termos de educação oferecendo um salário mais elevado e
como conseqüência produzindo menores lucros.
55
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador [pooling contract], que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
Com q > ½, portanto, o par de contratos (AL, ) não
pode ser dominado pela oferta de um contrato pooling,
pois qualquer contrato que gerasse um equilíbrio
agregador iria implicar em perdas para a empresa.
Deste modo a condição (b) se mantém e o par (AL, )
produz um equilíbrio separador.
56
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador [pooling contract], que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
CASO # 2
[H > L]
No caso em que H> L (isto é, no caso em que
os trabalhadores H são predominantes na
população, temos que q < (1/2). Aqui temos
que a linha de break even pooled se situa acima
de 1,5 como BEP’ na figura.
57
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador [pooling contract], que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
Um contrato como  teria sucesso em atrair ambos os
tipos de trabalhadores, e seria lucrativo pois  situa-se
abaixo de BEP’. Neste caso, temos que o contrato
(AL, ), que gera o equilíbrio separador, pode ser
dominado, pois a condição (b) não é satisfeita, visto
que é possível encontrarmos outro contrato como  que
gere lucros se oferecido.
Portanto, não existe equilíbrio separador quando
q < (½).
58
É possível que o par de contratos (AL, ) seja dominado
por um contrato agregador [pooling contract], que
atraia ambos os tipos de trabalhadores, L e H?
Nós sabemos também que o contrato  não pode
produzir um equilíbrio porque  é um contrato
agregador (pooling) e nós vimos anteriormente que
nenhum equilíbrio agregador (pooling equilibrium)
existe.
Sem um equilíbrio agregador e sem um equilíbrio
separador, temos que não existe um equilíbrio quando
q < (1/2).
59
Conclusão
(i) se os trabalhadores do tipo L predominam na
população (q > 1/2), temos que o par de contratos
(AL, ) sobrevive e é um equilíbrio separador;
(ii) se os trabalhadores do tipo H forem predominantes
(q < 1/2), então o par de contratos (AL, ) e destruído
pela existência de um contrato agregador que é
lucrativo para as empresas, e não existe um equilíbrio
separador.
(iii) onde (AL, ) sobreviver, então o equilíbrio será
único.
60
Conclusão
(iii) onde (AL, ) sobreviver, então o equilíbrio
será único.
Este resultado é o mesmo que é encontrado
pela aplicação do critério de refinamento de
Cho-Kreps (1987) aplicado ao jogo de
sinalização a fim de obter um equilíbrio
separador, isto é, um equilíbrio onde H fixa y =
1 e recebe w = 2 e o tipo L fixa y = 0 e recebe
w = 1.
61
Conclusão
O equilíbrio separador neste caso (com informação
assimétrica) é Pareto-eficiente no sentido de que os
custos de sinalização impostos ao trabalhador do tipo H
estão no nível mínimo requerido para induzir a
separação entre os tipos L e H.
Mas ele é Pareto-ineficiente quando comparado com o
caso de informação simétrica (full information), visto
que aqui não é incorrido nenhum tipo de custo para
sinalizar.
62
Conclusão
Quando existir um equilíbrio sinalizador, os
trabalhadores mais habilidosos estariam em
melhor condição onde os mecanismo de
sinalização/screening estivessem ausentes.
63
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. MWG (1995, p. 466)]
Restringindo nossa atenção ao caso no qual
existe um equilíbrio, ele é único, o equilíbrio de
screening possui propriedades semelhantes
aquelas do modelo de sinalização onde ocorre o
melhor equilíbrio separador.
64
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. MWG (1995, p. 466)]
(i) o problema de assimetria de informação leva a um
resultado que é Pareto ineficiente, onde os
trabalhadores mais habilidosos acabam assinando
contratos que fazem com que eles se engajem em
tarefas que são completamente improdutivas e que
implicam em desutilidade meramente para que possam
ser distinguidos, eles próprios, de outros trabalhadores
menos produtivos;
65
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. MWG (1995, p. 466)]
(ii) como no modelo de sinalização, os trabalhadores
menos habilidosos sempre estão piores quando a existe
a possibilidade de filtragem (screening) do que quando
ela não existe;
(iii) uma diferença com relação ao modelo de
sinalização é que, nos caso onde existe um equilíbrio, a
screening coloca os trabalhadores com maior habilidade
numa situação melhor;
66
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. MWG (1995, p. 466)]
(iv) quando existe um equilíbrio, ele é um resultado
Pareto ótimo restringido, pois se nenhuma firma têm
um desvio que possa atrair ambos os tipos de
trabalhadores e produzir um lucro positivo, então uma
autoridade central que seja incapaz de observar os tipos
de trabalhadores não pode também alcançar uma
melhoria no sentido de Pareto.
67
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. Molho (1997 p. 89-90)]
(v) nos modelos de screening os empregadores
(principais) se movem primeiro e especificam um contrato
que estabelece a priori tanto os salários como os níveis de
educação. Eles tem, então, um incentivo para oferecer
qualquer contrato no mercado que implicasse em lucros.
Esta diferença significa, segundo Mollho (1997, p.89), que no
equilíbrio de screening, não existem contratos adicionais que
poderiam ser introduzidos no mercado e que gerassem lucros
se fossem oferecidos aos trabalhadores.
68
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. Molho (1997 p. 89-90)]
O equilíbrio de screening é único e, além disso,
não existem um equilíbrio agregador, porque
sempre será possível encontrar um contrato
lucrativo e separador que permita distinguir os
dois tipos de trabalhadores no mercado.
69
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. Molho (1997 p. 89-90)]
Assim, se existir um equilíbrio separador sob
screening, ele será único e irá produzir a mesma
solução que foi identificada pelo refinamento de
Cho-Kreps (1987) na solução de equilíbrio
sinalizador, isto é, um resultado que seja Paretoeficiente e separador com relação aos tipos.
70
As propriedades de bem-estar do equilíbrio
screening [cf. Molho (1997 p. 89-90)]
(vi) o equilíbrio separador somente irá existir num
contexto de screening se os trabalhadores de baixa
produtividade forem predominantes na população
(q > ½); caso contrario, o par de contratos Pareto
eficiente pode ser rompido pela oferta de um contrato
agregador, e nenhum equilíbrio separador em screening
irá existir.
71
O equilíbrio reativo
[reative equilibrium] de Riley (1979)
Riley (1979) utilizou uma abordagem que ele chamou de
reative equilibrium.
Ele argumentou que os contratos agregadores, como ,
não seria oferecidos mesmo quando eles fossem viáveis
[i.é, quando q <1/2] porque os os empregadores dariamse conta que se eles o fizessem, então o empregador
rival iria oferecer um contrato separador que separasse os
melhores trabalhadores daquele contrato, deixando 
com uma perda. Portanto o contrato (AL,) iria
sobreviver como um equilíbrio separador.
72
O equilíbrio reativo
[reative equilibrium] de Riley (1979)
Riley (1979) mostrou também que quando os
empregadores antecipam a introdução de tais contratos
como uma reação a qualquer outro contrato que eles
poderiam introduzir, então temos que um resultado
separador Pareto-eficiente iria sobreviver como um
equilíbrio.
[cf. também Riley (1988) no New Palgrave Dictionary of
Economics – Signalling]
73
Exemplo prático – Rasmussen (1994, p. 259-260)
Educação V: Screening com sinal discreto
- Jogadores: um trabalhador e dois empregadores.
- Ordem do jogo:
(0) a natureza escolhe a habilidade do trabalhador com a {2; 5,5},
sendo que cada habilidade tem um probabilidade de 0,5. Os
empregadores não observam a habilidade, mas os trabalhadores sim.
Isto implica, então, que existe assimetria de informação entre eles.
(1) cada empregador oferece um contrato w(s);
(2) o trabalhador escolhe o nível de educação s  {0, 1};
(3) o trabalhador aceita um contrato ou rejeita ambos.
(4) o produto é igual a (a).
74
Exemplo prático – Rasmussen (1994, p. 259-260)
Educação V: Screening com sinal discreto
Payoffs:
w =
W – 8S/a - se o trabalhador aceita o contrato w
0 - se o trabalhador rejeita ambos os contratos
e =
a – w - para o empregador cujo contrato é aceito
0 - para ao outro empregador
75
Exemplo prático – Rasmussen (1994, p. 259260) Educação V: Screening com sinal discreto
Este jogo não tem um equilíbrio pooling (agregador),
porque se o empregador tentar oferecer um contrato
agregador com lucro zero, w (0)= 3,75, o outro
empregador iria oferecer w(1) = 5,5 e iria obter todos
os indivíduos de alta produtividade. O único equilíbrio é
um equilíbrio separador onde:
equilíbrio separador
S (low) = 0 e s (high) = 1
W(0) = 2,0 w(1) = 5,5
76
Screening –
O Modelo Formal de MWG (1995)
O modelo competitivo
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
No modelo de screening nós consideramos que a parte
não informada no mercado, o principal adotará medidas
a fim de buscar distinguir, ou filtrar [screen] os vários
tipos de indivíduos no mercado.
Esta possibilidade foi primeiramente estudada por
Rothschild e Stiglitz (1976) e Wilson (1977) no mercado
de seguros.
78
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p. 460-466)
Pressupostos
(i) há dois tipos de trabalhadores L e H, e onde a
fração de trabalhadores do tipo H é   (0,1); além
disso, assumimos que H > L > 0;
(ii) o trabalhador não ganha nada se ele não aceita o
emprego na firma, [r(L) = r(H) = 0 ];
79
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p. 460-466)
Pressupostos
(iii) aqui é assumido que que os empregos
podem diferir em termos do nível de tarefas
requeridas do trabalhador e a empresa deve
identificar qual o trabalhador mais adequado
para a vaga em questão do conjunto dos
trabalhadores existentes;
80
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
Pressupostos
(iv) é assumido que os os elevados níveis requeridos
para executar a tarefa não adicionam nada ao produto
do trabalhador, sendo que seu efeito é somente o de
reduzir a utilidade do trabalhador; (este pressuposto é
assumido apenas para propósitos expositivos da
teoria);
(v) o produto de um trabalhador do tipo  é igual a ,
independente do nível de tarefa do trabalhador;
81
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
Pressupostos
(vi) é assumido que a utilidade de um trabalhador do
tipo  que recebe um salário w e faz face a uma tarefa
de nível t  0 é dada por:
u (w, t/) = w – c (t,)
Onde:
c (0,)= 0 ; ct (t,) > 0; ctt (t, ) > 0; c (0,) < 0
para todo o t e ct (t,) < 0.
O nível das tarefas [t] serve aqui apenas para distinguir
entre os tipos de trabalhadores {H e L}.
82
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
Pressupostos
(vi) Aqui nós iremos estudar um equilíbrio puro de Nash
perfeito de subjogo [pure strategy subgame perfect
Nash equilibria – SPNEs] para o seguinte jogo de dois
estágios:
Estágio I - duas firmas, simultaneamente anunciam um
conjunto de contratos. Um contrato é um par que
especifica a taxa de salário e a tarefa a ser executada
[task]. Cada firma pode anunciar qualquer número finito
de contratos. Um contrato é dado por (wi, ti).
83
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
Pressupostos
Estágio II - dadas as ofertas feitas pelas firmas, os
trabalhadores de cada tipo escolhem se aceitam um
contrato e, qual deles. Por simplicidade, é assumido
também que se um trabalhador é indiferente entre dois
tipos de contratos, ele sempre pode escolher um no qual
há o menor nível de tarefas e ele aceita o emprego se
ele for indiferente em executa-lo.
Se o contrato mais preferido do trabalhador for oferecido
por ambas as firmas, ele aceita a oferta da firma com
probabilidade de ½ .
84
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
Pressupostos
A idéia aqui é que uma firma pode oferecer
uma variedade de contratos e diferentes tipos
de trabalhadores podem então acabar
escolhendo diferentes contratos oferecidos pela
firma.
85
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação simétrica
No caso com informação simétrica, nós permitimos que
a firma condicione suas ofertas ao tipo do trabalhador,
de modo que ela possa oferecer um contrato (wL, tL)
somente ao trabalhador do tipo L e um outro contrato
(wH, tH) somente ao trabalhador do tipo H.
86
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação simétrica
Proposição #1 - Em qualquer SPNE [Pure Strategy
Subgame Perfect Nash Equilibria] de um jogo de
screening no qual o tipo dos trabalhadores são
observáveis, um trabalhador do tipo i aceita um
contrato (wi*, ti*) = (i*, 0) e as firmas obtêm lucros
iguais a zero.
87
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação simétrica
Prova da proposição #1- qualquer contrato (wi*, ti*)
que um trabalhador do tipo i aceitar, em equilíbrio,
deverá produzir um lucro igual a zero, isto é, ele
envolve um salário no qual wi* = i .
Se wi* > i , isto implica, então, que alguma firma está
incorrendo em prejuízo oferecendo este contrato e ela
poderia melhorar de situação não oferecendo qualquer
contrato ao trabalhador do tipo i.
88
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação simétrica
Se por outro lado wi* <  i , e fazendo com que
 > 0 (lucro agregado seja maior que zero) pelas
duas firmas, temos que uma das duas firmas
não pode estar ganhando mais do que ( /2)
dos trabalhadores.
89
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação simétrica
Se ela se desviasse, oferecendo um contrato
(wi* + , ti*) para qualquer > 0, ela iria atrair
todos os trabalhadores do tipo i .
Visto que  pode ser arbitrariamente pequeno,
são os lucros do tipo i de trabalhadores que
devem ser arbitrariamente próximos de , se
modo que este desvio irá aumentar seus lucros.
Portanto, temos que wi* = i.
90
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação simétrica
w
Curva de indiferença do tipo i
(wi*, ti*)
(i , t)
0
(w’, t’)
Y (tarefa)
91
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação simétrica
Suponha que (wi*, ti*) = (i , t’), para algum t’ >0,
então qualquer firma poderia se desviar a obter um
lucro positivo por oferecer um contrato tal como (w’, t’).
O único contrato no qual não há desvios lucrativos é
(wi*, ti*) = (i, 0), o contrato que maximiza a utilidade
do trabalhador do tipo i sujeito a restrição que que a
firma está oferecendo o contrato break even (com lucro
zero).
92
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
No caso de informação assimétrica, no qual o tipo do
trabalhador não é diretamente observável, temos que
cada contrato oferecido pela firma, pode, em princípio
ser aceito por ambos os tipos de trabalhadores.
Visto que os trabalhadores de baixa habilidade preferem
os contratos de alta habilidade (H, 0) ao contrato (L,
0), se estes fossem os contratos oferecidos pela firma,
então todos os trabalhadores iriam aceitar o contrato
(H, 0) e a firma iria acabar perdendo dinheiro.
93
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Para determinar o resultado de equilíbrio com
trabalhadores não observáveis, nós desenhamos três
linhas de lucro zero (break even lines]): linhas de lucro
zero para níveis de produtividade baixa (L), esperada E
() e alta (H).
A linha média [E ()] representa a linha média para um
contrato que atrai ambos os tipos de trabalhadores e é
chamada de pooled break-even line.
94
Screening – break even lines
w
H
E[]
L
0
t
95
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Lema #1 – em qualquer equilíbrio, seja ele
agregador ou separador, ambas as firmas
devem obter lucros zero.
Este lema implica que, em qualquer equilíbrio,
nenhuma firma pode ter um desvio () que lhe
permita obter um lucro estritamente positivo.
96
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Prova do lema #1: seja (wL, tL) e (wH, tH) os contratos a
serem escolhidos pelos trabalhadores de baixa e alta
produtividade, respectivamente) eles poderiam ser os
mesmos contratos), e suponha também que os lucros
agregados das duas firmas sejam positivos, isto é,
[ >0].
Se isto for verdade, então temos que uma firma não
deve estar obtendo mais do que ( /2).
97
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Prova do lema #1 (continuação): considere um desvio por uma
firma na qual ela oferece um contrato [wL+ ; tL] e [wH+ ; tH]
para  > 0.
O contrato [wL+ ; tL] iria atrair todos os trabalhadores do tipo L
e o contrato [wH+ ; tH] iria atrair os trabalhadores do tipo H.
Visto que  pode se escolhido como sendo arbitrariamente
pequeno, este desvio produz lucros próximos a , e, portanto a
firma tem um desvio lucrativo.
Portanto, nós devemos ter que   0. Contudo, como nenhuma
firma pode incorrer numa perda em qualquer equilíbrio, ambas as
firmas devem de fato ganhar lucro zero.
98
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Lema #2 – não existe equilíbrio agregador (pooling
equilibrium).
Prova: suponha que exista um contrato que gere um
equilíbrio agregador (wp, tp). Pelo Lema #1, ele deveria
situar-se sobre a linha pooled break-even, como
mostrado na figura abaixo. Contudo, suponha que a
firma j esteja oferecendo um contrato (wp, tp). Então a
firma k  j tem um desvio que produz um lucro
estritamente positivo: ela oferece um contrato (w’, t’)
que se situa em alguma região entre as curvas e a linha
e que tem w’ < H.
99
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Contudo, este contrato iria atrair todos os trabalhadores
do tipo H e nenhum do tipo L, que iria preferir (wp,tp)
a (w’,t’).
Além disso, w’ < H, o que faz com que a firma k
obtenha lucros estritamente positivos deste contrato
quando os trabalhadores de alta habilidade os aceitam.
100
Não existe equilíbrio agregador (pooling equilibria)
Tipo L
w
Tipo H
H
E[]
(wp, tp)
(w’, t’)
L
0
t
101
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Lema # 3 – Se (wL, tL) e (wH, tH) são contratos firmados
pelos trabalhadores com baixa e alta habilidade
respectivamente num equilíbrio separador, então ambos
os contratos produzem lucros zero, isto é, temos que,
no equilíbrio separador wL = L e wH = H .
O lema #3 nos mostra que todos os contratos aceitos
pelos indivíduos num equilíbrio separador (separating
equilíbrium) devem produzir lucros zero.
102
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Prova do lema #3 - suponha que wL < L (o salário
seja menor do que a produtividade marginal do
trabalho).
Neste caso qualquer firma pode obter lucros
estritamente positivos somente oferecendo contratos
(w’, t’) onde L > wL’ > wL.
103
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Prova do lema #3 ... continuação
Todos os trabalhadores com baixa habilidade iriam aceitar
tal contrato. Além disso, a firma desviante iria obter lucros
estritamente positivos de qualquer trabalhador [de alta ou
baixa habilidade] que o aceitasse.
Contudo, pelo lema #1 que implica que qualquer desvio
não pode existir em equilíbrio. Nós devemos ter que
wL  0 em qualquer equilíbrio separador.
104
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Por outro lado, supondo que wH < H, como ilustrado
na figura abaixo, se nos tivermos um equilíbrio
separador, o contrato do tipo L (wL, tL) deve se situar
na região achuerada da figura. Nós devemos ter
também que wL > L.
105
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Note que os trabalhadores do tipo H escolhem
o contrato (wH, tH), um contrato que deve se
situar sobre ou abaixo da curva de indiferença
do tipo H através (wH, tH), e visto que os
trabalhadores do tipo L escolhem (wk,tL) sobre
(wH, tH), o contrato (wL,tL) deve se situar sobre
ou acima da curva de indiferença do tipo L
através de (wH, tL).
106
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Supondo, agora, que a firma j esteja oferecendo um
contrato para os indivíduos do tipo de baixa habilidade
(wl,tL), temos que a firma k  j deveria obter lucros
estritamente positivos desviando-se e oferecendo
somente um contato que se situasse na região
achuerada da figura com um salário estritamente menor
do que H, tal como (w’,t’).
Este contrato, o qual tem, wH < H, seria aceito por
todos os trabalhadores tipos H e nenhum do tipo L.
107
O contrato de alta habilidade num equilíbrio
separador não pode ter wH <H.
Tipo L
(wH, tH)
w
Tipo H
H
(w’, t’)
L
(wL, tL)
0
t’H
t
108
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Portanto, nós deveremos ter que wH  L em qualquer
equilíbrio separador. Mas pelo lema #1, nós devemos,
de fato ter, num equilíbrio separador, sob screening,
wH = H e wL= L.
109
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p. 460-466)
O caso com informação assimétrica
Lema # 4 – Em qualquer equilíbrio separador,
os trabalhadores de baixa habilidade aceitam
contratos (L, 0); isto é, eles recebem o mesmo
contrato que no caso de simetria informacional.
O lema # 4 busca identificar os contratos que
devem ser aceitos pelos trabalhadores de baixa
habilidade em qualquer equilíbrio separador
(separating equilibrium).
110
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Prova do lema #4 – pelo lema #3, wL = L, em qualquer
equilíbrio separador.
Suponha que o contrato do trabalhador com baixa
habilidade seja algum ponto como (L, tL’), com tL’ > 0
como na figura abaixo. Assim, uma firma poderia obter
lucros estritamente positivos somente oferecendo um
contrato que se situasse na região entre as curvas de
indiferença, tal como (w’, t’).
Todos os trabalhadores de baixa habilidade iria aceitar tal
contrato e o mesmo iria produzir lucros positivos de
qualquer trabalhador que o aceitasse.
111
O trabalhador de alta habilidade deve receber um
contrato (H, t’H) em qualquer equilíbrio separador.
Tipo L
Tipo H
w
H
L
(wH, tH)
(w’, t’)
0
t’H
(L , t’L)
t
112
Screening –
O modelo formal de MWG (1995,p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Lema # 5- em qualquer equilíbrio separador, os
trabalhadores com alta habilidade iriam aceitar um
contrato (H, t’H), onde t’H satisfaz a condição:
(H) – c(t’H, L) = L – c(0, L).
Com isto derivamos o contrato do trabalhador de alta
habilidade.
113
Screening –
O modelo formal de MWG (1995,p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Prova do lema # 5 – pelos lemas #3 e #4, nós
sabemos que (wL, tL) = (L, 0) e que wH = H.
Além disso, se o trabalhador do tipo L estiver disposto
a aceitar o contrato (L, 0), tH deve ser tão grande
quanto tH’ como mostrado na figura abaixo.
Os trabalhadores com baixa habilidade são indiferentes
entre os contratos (L, 0) e (H,t’H), e portanto, H –
c(t’H, L) = L – c (0, L).
114
Screening –
O modelo formal de MWG (1995,p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Suponha agora que, o contrato para os indivíduos de
mais alta habilidade (H, tH) tenha tH > t’H, como na
figura. Então, temos que tanto a firma pode obter
lucros estritamente positivos oferecendo tal contrato em
adição ao seu contrato corrente, um contrato que se
situa na região achureada da figura com wH < H, tal
como (w’, t’).
Contudo, tal contrato não pode ser um contrato de
equilíbrio porque ele iria atrair os trabalhadores
altamente habilidosos e não iria mudar a escolha dos
trabalhadores com menor habilidade.
115
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Portanto, em qualquer equilíbrio separador, os
contatos para os trabalhadores de alta
habilidade dever ser tais que (H, t’H).
116
O trabalhador de alta habilidade deve receber um
contrato (H, t’H) em qualquer equilíbrio separador.
Tipo L
Tipo H
w
H
(w’, t’)
(wH, tH)
L
0
t’H
t
117
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Proposição # 2 - em qualquer equilíbrio perfeito de
subjogo de Nash de um jogo de screening, os
trabalhadores menos habilidosos aceitam um contrato
(L,0) e os trabalhadores habilidosos aceitam um
contrato (H, t’H), onde t’H satisfaz a condição de que H
– c (t’, L) = L – c (0, L).
118
Screening –
O modelo formal de MWG (1995, p.460-466)
O caso com informação assimétrica
Tipo L
Tipo H
w
H
(w’, t’)
(wH, tH)
L
0
t’H
t
119
A confusão terminológica
Os termos sinalização, auto-seleção e screening são
usados de modo confuso na literatura: (i) Spence (1974, p.
14) - education as a signal ; Stiglitz (1975,p.285) – one
of the functions of education is to scree individuals.
Aqui nós seguimos a orientação de Kreps (1990, p.651):
se a parte informada toma uma ação ativa como em
Spence, temos uma sinalização de mercado. Se o lado sem
informação propõe um menu de contratos entre os quais a
parte informada seleciona um, temos uma filtragem de
mercado (markets screening).
120
Aplicações da análise de screening
Personnel Economics:
Lazear (1998, cap. 3) – estágio probatório;
Lazear (1998, cap.4) – alocação de trabalhadores na firma;
Salop & Salop (1976, QJE) – rotatividade.
Seguros:
R&S (1976, QJE)
121
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
A segundo a hipótese de screening aplicada a educação,
os indivíduos estão dispostos a alocar recursos em
educação, mesmo que esta não aumente o seu nível de
habilidades cognitivas, porque eles são capazes de
sinalizar aos empregadores potenciais a posse de
características pessoais pré-existentes que os tornam
trabalhadores desejáveis.
123
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
One of the most fascinating hypothesis in the economics
of education literature is the so-called screening
hypothesis (or its many variants). One the main appeal
of this hypothesis lies in the difficulty of testing it
empirically.
George Psacharopoulos (1996, p. 342)
124
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
A hipótese da screening sustenta que a educação nada
mais é do que um elaborado mecanismo de filtragem que
atua como uma espécie de filtro direcionando os
indivíduos com certas características em áreas
ocupacionais nos quais eles sejam requeridos.
Assim, o mecanismo de screening simplesmente identifica
os indivíduos com e sem determinadas e particulares
características mas não produz, ela própria aqueles
atributos requeridos pelos empregadores.
125
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
A hipóteses de screening com relação aos efeitos da
educação apresenta duas ramificações originadas do
trabalho de Wolpin (1977):
(i) a hipótese fraca [Psacharopoulos (1979)];
(ii) a hipótese forte [Spence (1973); Arrow (1971,
1973), Stiglitz (1975)]
126
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
A hipótese forte de screening assume que a
produtividade da mão-de-obra não é modificada com a
educação que é utilizada exclusivamente como um sinal
da produtividade. Ou seja, a educação têm apenas um
calor informacional e que qualquer diferença nos
rendimentos devidos aos anos de escolaridade deve ser
atribuído ao efeito de filtragem.
Visto que os empregadores adquirem informação sobre
os trabalhadores ao longo do tempo, teríamos que os
diferenciais de rendimento por anos de escolaridade
deveriam ir gradualmente diminuindo e no limite
desaparecer.
127
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
Já a hipótese fraca de screening [Psacharopoulos
(1979)] concede a idéia de que enquanto a função
principal da educação é de sinalizar, mas ela também
pode aumentar a produtividade inerente da mão-de-obra
[Spence (1973); Arrow (1973), Stiglitz (1975)].
Os empregadores usam as credenciais educacionais
para determinar os salários iniciais, mas afirma que os
rendimentos em anos posteriores são determinados pela
produtividade.
128
Screening & Educação:
Evidências Empíricas
Há também a teoria do credencialismo [Rawlins & Ulman
(1974)], segundo a qual, os retornos da educação não
são devidos aos efeitos do aumento da produtividade
resultantes de uma maior educação, mas apenas pela
aquisição de um certificado.
Segundo esta abordagem, os aumentos dos ganhos
com a educação são obtidos através da obtenção de um
certificado.
129
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Layard e Psacharopoulos (1974)
Países:
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão: não suporta a hipótese de screening.
130
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Lee (1980)
País: Malásia
Amostra: pesquisa com funcionários nos setores
público e privado
Ano: 1978
Método econométrico: MQO
Conclusão: não sustenta a hipótese forte da teoria da
screening.
131
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autores: Cohn, Kiker e De Oliveira (1987)
País: EUA
Amostra: PSID
Ano: 1978
Conclusão: rejeita totalmente a hipótese de screening
(tanto na sua versão forte como na sua versão fraca) e
apóia a hipótese do capital humano.
132
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Tucker III (1986)
País: EUA
Amostra: Panel Study on Income Dynamics (PSID)
Ano: 1968
Conclusão: rejeita totalmente a hipótese de screening
(tanto na sua versão forte como na sua versão fraca) e
apóia a hipótese do capital humano.
133
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Arabsheibani (1989)
País: Egito
Amostra: amostra aleatória de indivíduos com grau
universitário coletados pelo Council of University in Egypt.
Ano: 1978
Método econométrico: Wiles-Miller-Wolker test
Conclusão: não apóia a hipótese de screening.
134
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Lambropoulos (1992)
País: Grécia
Amostra: questionário de um departamento de
pagamento de várias empresas públicas e privadas
Ano: 1981-1985
Método econométrico:
Conclusão: não apóia a hipótese forte de screening.
135
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autores: Groot & Oosterbeek (1994)
País: Holanda
Amostra: individuos no período final da educação
primária.
Ano: 1952 amostra
Método econométrico:
Conclusão: não apóia a hipótese de screening e sim a do
capital humano.
136
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Wolpin (1977)
Países:
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão: não suporta a hipótese de screening.
137
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Psacharopoulos (1979)
País: Israel
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão: não suporta a a hipótese de screening.
138
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Albrecht (1981)
País: Suécia
Amostra: fábrica sueca de automóveis da Volvo e os
trabalhadores recrutados (blue collars).
Ano: junho de 1978
Método econométrico: análise bi-direcional de covariância
Conclusão: a forma de contratação da Volvo não corrobora
a hipótese de sinalização.
139
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Magoula & Psacharopoulos (1999)
País: Grécia
Amostra: inquérito familiar [19.882 indivíduos)
Ano: 1993-1994
Método: equação minceriana
Conclusão: os resultados referentes a existência de
screening indicaram que pra o caso grego não se encontra
suporte para a visão de que a educação superior somente
pode ser usada como um mecanismo de screening, tanto
para os homens como pelas mulheres.
140
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Kroch & Sjoblom (1993)
País: EUA
Amostra: Current Population Survey
Ano: 1973
Método econométrico:
Conclusão: não suporta a a hipótese de screening e sim a
do capital humano.
141
Evidências econométricas que não apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Chevalier, Harmon Walker and Zhu (1980)
País: Inglaterra
Amostra: Labor Force Survey
Ano: 1993-2001
Conclusão: não corrobora a hipótese forte de
screening.
142
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Katz e Ziderman (1980)
País: Israel
Amostra: Israeli Labor Force Survey
Ano: 1973, 1975 e 1977
Conclusão: suporta a a hipótese forte de screening
143
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Riley (1979)
País: EUA
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipótese de screening.
144
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Whitehad (1981)
País: EUA
Amostra: U.S Army Air Force
Ano: 1955 e 1969
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipótese de screening.
145
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Liu & Wong (1982)
País: Singapura
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipótese de screening.
146
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Weiss (1988)
País: EUA
Amostra: Panel Study of Income Dynamics (PSID)
Ano: 1979
Método econométrico: MQO
Conclusão: Apóia a hipótese de screening.
147
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Miller & Wolker (1984)
País: Austrália
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão:
148
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Shah (1985)
País: Reino Unido
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão:
149
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Lang e Kropp (1986)
Países:
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão:
150
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Weiss (1988)
País: EUA
Amostra: Panel Study of Income Dynamics
Ano: 1979
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipótese de screening.
151
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Ziderman (1990)
País: Israel
Amostra: dados do censo populacional e familiar.
Ano: 1983
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipótese de screening.
152
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Sakamoto & Chen (1992)
País: Japão
Amostra:
Ano:
Método:
Conclusão:
153
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autores: Brown & Sessions (1998)
País: Inglaterra
Amostra: BAS Survey
Ano: 1985-1994
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipóteses fraca mas não a forte de
screening.
154
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autores: Brown & Sessions (1999)
País: Itália
Amostra: Banca d’ Italia Survey of Household Income and Wealth.
Ano: 1989
Método econométrico:
Conclusão: comparando os rendimentos relativos dos trabalhadores
empregados e por conta própria, eles encontraram evidências que
corroboram a hipótese fraca de screening, mas não de forte. Já
comparando os dados somente com relação aos trabalhadores
empregados e os rendimentos dos setores público e privado, eles
encontram evidências da hipótese forte de screening.
155
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Gullason (1999)
País: EUA
Amostra: National Longitudinal Study of High School
Class 1972
Ano: 1972
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipótese fraca de screening.
156
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Hungerfors & Solon (1987)
País: EUA
Amostra: Current Population Survey
Ano: 1978
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipótese fraca de screening.
157
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Jaerger & Page (1996)
País: EUA
Amostra: Current Population Survey
Ano: 1991 e 1992
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipóteses de screening.
158
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Arkes (1997)
País: EUA
Amostra: Armed Force Qualification – National
Longitudinal Survey of Youth
Ano: 1993
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipóteses de screening.
159
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Tyler, Murnane e Willett (2000)
País: Canadá
Amostra:
Ano:
Método econométrico:
Conclusão:
160
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Denny e Harmon (2001)
Países: OECD
Amostra: International Adult Literancy Survey
Ano: 1994-1996
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipóteses de screening.
161
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Bedard (2001)
País: EUA
Amostra: NLSYM e NLSYW
Ano: 1960-1970
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipóteses de screening.
162
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Strobl (2003)
País: Gana
Amostra: Regional Programme for Enterprise
Development
Ano: 1998
Método econométrico: MMQO – Equação Minceriana
Conclusão: apóia a hipóteses de screening.
163
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Monk (1998)
País: Reino Unido
Amostra: 30 funcionários de uma organização
petroquímica
Ano: 1994-1997
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipóteses de screening.
164
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Frazis (2002)
País: EUA
Amostra: US Current Population Survey
Ano: 1977- 1991
Método econométrico:
Conclusão: apóia a hipóteses de screening.
165
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Lofstrom (2002)
País: EUA
Amostra:
Ano: 1979-1989
Método econométrico:
Conclusão: encontra evidências que sustentam a
hipótese de sinalização da educação.
166
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Chatterji, Seaman & Singell (2003)
País: Inglaterra
Amostra: Social Change and Economic Life Iniciative
Ano:
Método econométrico: ordered probit
Conclusão: encontra evidências que sustentam a
hipótese de sinalização da educação, sendo que isto
tende a ser mais forte para as mulheres do que para os
homens.
167
Evidências econométricas que apóiam a
hipótese de screening aplicadas a educação
Autor: Heywood & Wei (2004)
País: Hong Kong
Amostra: 5% do Censo
Ano: 1991
Conclusão: a educação pode servir como um importante
mecanismo sinalizador num mercado de trabalho
competitivo como o de Hong Kong, contudo, permanece
a evidência de que a educação também aumenta a
produtividade dos trabalhadores que trabalham por conta
própria.
168
Outras Aplicações
O caso dos cupons - o uso dos cupons é usado para
discriminar [diferenciar] entre os consumidores com alta
e baixa elasticidade preço da demanda. Os
consumidores com uma demanda mais elástica são os
que tem maior probabilidade de usar os cupons e
portanto os que pagam um preço mais baixo (devido ao
desconto concedido pelo cupon). Os consumidores com
uma demanda inelástica são os que tem menor
probabilidade de usar os cupons e portanto pagariam
preços mais elevados pelos produto.
[cf. Pindyck & Rubinfeld (2002, p.377) e Narasiman (1984)]
169
Outras Aplicações
(ii) o uso de descontos em seguros de automóveis –
(iii) o uso de colaterais (garantias) em empréstimos
bancários;
(iv) seguros [cf. Rothschild e Stiglitz (1976)]
(v) rotatividade na empresa [Salop e Salop (1976)]
(vi) zoologia
http://octavia.zoology.washington.edu/handicap/references.html
170
Fim
Prof. Giácomo Balbinotto Neto
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS
UFRGS
Download

SCREENING