EDUCAÇÃO – ARTE - PROFESSOR A arte é um bem mundial considerado patrimônio cultural da humanidade, pois, através da comunicação e expressão Plástica, Musical, Dramática e Literária, o homem deixou a sua história registrada através dos tempos. A criança fala antes de desenhar, pois a fala é a primeira coisa que lhe é dada a conhecer. Quanto mais cedo lhe for oferecido os materiais e símbolos da linguagem artística, mais cedo, certamente, ela dominará esta linguagem. Cabe à escola, desde a Educação Infantil, oferecer mecanismos que agucem a percepção, a imaginação e a criatividade, como também, criar um ambiente acolhedor e rico em materiais que envolvam as técnicas de desenho, pintura, modelagem, propiciando experiências com as cores e formas para iniciação da leitura de imagens visuais, fortalecendo, assim, uma educação artística. O ensino das artes plásticas na escola passou por vários movimentos e destes surgiram enfoque distintos, mas, os aportes teóricos, atualmente, defendem a arte na escola com a mesma seriedade que qualquer outra disciplina curricular, seguindo, portanto, os mesmos processos e teorias de aprendizagem. Trabalhar com artes na escola não significa apenas desenvolver atividades que liberam as emoções, mas também enfocar a arte como construção do conhecimento, propiciando à criança os meios para a realização de experiências no fazer artístico, na apreciação da obra de arte e na reflexão sobre seu produto. Isto significa que a criança deve ter a oportunidade de ler e produzir imagens. Este enfoque muda completamente a prática da arte na educação e enfatiza que a criança, desde muito cedo, já é capaz, embora de forma rudimentar, de se expressar, apreciar e refletir sobre arte. O jogo pode ser um grande aliado para o desenvolvimento da arte na escola, pois as atividades lúdicas possibilitam que a criança esteja constantemente ativa, sua mente alerta e curiosa, seu ambiente dotado de materiais atrativos e sua inter-relação com as outras pessoas se efetive de modo natural e afetivamente bem estruturado. Assim, o lúdico pode ser um fio condutor para desencadear o processo criativo e artístico dos alunos, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos. A união do jogo e da arte na escola enriquece as atividades e ambos podem fazer parte das aventuras, sonhos, fantasias, frustrações, medos e angústias, com os quais as crianças têm que conviver para aprender a lidar com todas as suas emoções, formando uma base sólida para a sua personalidade em formação. Aos professores de artes cabe a missão de serem mediadores e intérpretes ativos das culturas, dos valores e do saber em transformação e o bom senso leva a pensar que as mudanças ocorridas na sociedade devem ser absorvidas e até antecipadas pela escola. Considera-se que a escola é a única instituição formal de educação; sendo assim, é o lugar propício para permitir o acesso à informação e ao conhecimento atualizado dos alunos. As atividades de experimentação, as vivências lúdicas e as vivências sensoriais são fundamentais no processo construtivo, porque possibilitam ao aluno ampliar seus conhecimentos e, com isso, criar pontes significativas com outros conteúdos, desenvolvendo habilidades, competências e inteligências que lhes são peculiares. Ao optar por uma prática metodológica que parta das vivências lúdicas tem-se a chance de tornar as aprendizagens significativas, pois, além de ser um terreno fértil para a construção do conhecimento em artes, seu desenrolar repleto de desafios e motivações pode facilitar a capacidade de pensar e resolver problemas. Acredita-se que é num ambiente desafiador que se pode gerar conflitos cognitivos que provoquem o desenvolvimento e a aprendizagem significativa. A aprendizagem, quando é significativa para o aprendiz, possui um grande valor e encerra uma enorme possibilidade de ser duradoura. Acredita-se que ao trabalhar com as artes plásticas, tendo como fio condutor as atividades lúdicas na intervenção pedagógica, o trabalho escolar se reveste de sentido e significado, pois arte e jogo estão centrados na mesma busca do novo, do simbolizar, do imaginar e do criar. Brincar ou fazer arte significa ensinar a criança a brincar com imagens e símbolos. É no brincar que se pode ser criativo e é no criar que se brinca com as imagens, símbolos e signos. O valor simbólico dos objetos predomina nas artes plásticas onde a imagem é o principal. É, exatamente, a valorização da imagem comum no brinquedo que o faz aproximar-se da obra de arte, mostrando sua inquestionável riqueza simbólica. A natureza descomprometida do brincar também se parece com a arte. A criança brincando e o artista pintando são levados pelo mesmo envolvimento prazeroso, livre, imaginativo e criativo. Fatores que se revelam fundamentais para a inteligência humana. Através da linguagem do brincar, as crianças se comunicam e representam de forma inconsciente a vida real e a vida imaginária. Isto se pode perceber nas brincadeiras simbólicas, por exemplo. Em toda brincadeira encontra-se um sistema de signos que os adultos precisam decifrar e compreender. A experimentação, a criação, a atividade lúdica e imaginativa que sempre estão presentes nas brincadeiras, no brinquedo e no jogo são também os elementos básicos das aulas de arte. Assim, o jogo e o brinquedo nos programas de artes são importantes. Para oferecer atividades artísticas às crianças, que possam ajudá-las a usar seu crescente conhecimento cognitivo, emocional e lúdico. A proposta e as alternativas têm como objetivo permitir que alunos de diferentes séries possam transitar pela estrutura das artes plásticas e conviver com as obras de arte de forma lúdica, pois se acredita que os alunos podem aprender brincando. É também neste convívio com a arte que eles podem apropriar-se desta linguagem. Kênia Aparecida dos Santos 2º Período de Pedagogia Karinne Luzia Rodrigues Professor Orientador Rosangela de Moura Cortez Coordenadora do curso