Economia POLÍTICA Unidade 02 - I PARTE . A teoria do consumidor – 1: . As preferências do consumidor . Conceito de utilidade . A restrição orçamental . A taxa marginal de substituição . O excedente do consumidor 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga CONCEITOS DA UNIDADE 01: . Como se representam as preferências do consumidor? . O que é utilidade de um bem e como se representa? . O que é restrição orçamental? . O que é taxa marginal de substituição? . O que é excedente do consumidor? 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga TEORIA DO CONSUMIDOR •Algumas aplicações práticas: •Serve de guia para a elaboração e interpretação de pesquisas de mercado, sobretudo, aquelas relacionadas com o lançamento de um novo produto cuja procura potencial é desconhecida; 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga TEORIA DO CONSUMIDOR • Fornece métodos para se comparar a eficácia de diferentes políticas de incentivos ao consumidor; • Fornece alguns elementos necessários à avaliação da eficiência dos sistemas económicos 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR A PERSONALIDADE Cada indivíduo possui características que o diferenciam dos outros e que definem a sua forma de se comportar. Vemos anúncios publicitários que salientam certos traços de personalidade como a independência, a liderança, a sociabilidade, a ambição, a sofisticação e outros que projectam a personalidade de pessoas com êxito. Em muitos casos, o consumidor sente-se reflectido nesse tipo de personalidade, no entanto, o que se pretende é que o consumidor projecte no produto ou serviço anunciado o traço de personalidade desejado. 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Muitos estudos puseram em evidência a relação que existe entre a imagem que um consumidor tem de si mesmo e os produtos que compra. Por exemplo, as marcas de tabaco, de cerveja, de carros ou de roupa que se preferem, são aquelas em que o perfil se parece com a nossa própria imagem. Existe uma relação entre a compra e a percepção, possivelmente idealizada, que o indivíduo sustenta a sua personalidade. Existem muitos conceitos de si mesmo: o que se acredita ser, o que se queria ser, o que se pode ser aos olhos dos outros, e o que queríamos ser para os outros. 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR A diferença entre o ser real e o ideal pode gerar uma compra compensável. Os indivíduos tentam conseguir a sua personalidade ideal mediante o uso ou consumo de certos produtos ou serviços que se aproximam da imagem de si mesmos que pretendem projectar. Alguns objectos vêm a ser como que uma extensão do próprio ser, ou seja, para uma pessoa, adquirir certos bens incita-os a dar aos objectos um valor superior ao que realmente têm. Como consequência, este valor faz com que haja grandes diferenças de preço entre certos produtos de distintas marcas. 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Direitos de Clientela Direitos reais Direitos pessoais Direitos de Clientela 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga COMPORTAMENTO CONSUMIDOR Não obstante as características diferentes de cada indivíduo e que se traduz em diferentes satisfações, existe uma base racional na decisão que é objecto de estudo da economia no que respeita ao comportamento do consumidor 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga VALOR-UTILIDADE “As pessoas procuram mercadorias porque seu consumo lhes traz algum tipo de prazer ou satisfação, que podem ser medidos em utilidade.” 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Utilidade total VARIAÇÃO DA UTILIDADE TOTAL DE ACORDO COM O CONSUMO 250 200 150 100 50 0 utilidade anterior utilidade acrescentada pela última unidade 1 2 3 4 5 6 7 barras de chocolate 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga 8 9 10 11 VARIAÇÃO DA UTILIDADE MARGINAL CONFORME A QUANTIDADE CONSUMIDA 60 Utilidade marginal 50 40 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 Barras de chocolate 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga 7 8 Cálculo da utilidade marginal 04-11-2015 Quantidade Utilidade 0 1 2 3 4 5 6 7 0 2 4 6 8 10 12 14 Economia Política Carlos Arriaga Qual a utilidade marginal da primeira unidade consumida do bem? A utilidade marginal é a Utilidade de consumir uma unidade Utilidade de consumir nenhuma unidade Utilidade marginal 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga 2 0 Qual a utilidade marginal da sexta unidade consumida do bem? Utilidade de consumir seis unidades Utilidade de consumir cinco unidades 12 10 Utilidade marginal 2 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Neste exemplo A utilidade marginal de qualquer unidade de bem é sempre 2. Isto significa que independentemente da quantidade já consumida a utilidade adicional de mais uma unidade é constante 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Mas… Pensemos no caso de quando tem sede O primeiro copo de água traz um grande aumento de satisfação O segundo copo de água traz um aumento menor … 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Utilidade marginal decrescente Quantidade Utilidade 0 1 2 3 4 5 6 7 0 2 3,5 4,5 5,3 6 6,5 6,8 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Utilidade marginal decrescente Unidade consumida Utilidade Marginal 1 2 3 4 5 6 7 2 1,5 1 0,8 0,7 0,5 0,3 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga TEORIA DO CONSUMIDOR LEI DA UTILIDADE DECRESCENTE “Na medida em que aumenta o consumo de uma mercadoria, a Utilidade Marginal dessa mercadoria diminui.” 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga TEORIA DO CONSUMIDOR Utilidade Total 350 300 250 200 150 100 50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Consumo de chocolate 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga 9 10 Utilidade Marginal TEORIA DO CONSUMIDOR 60 50 40 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Consumo de chocolate 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Consumo mais do que um bem A pessoa consome um cabaz de bens Um cabaz é por exemplo – 3 laranjas, 2 maçãs, 4 bananas, … Como é que o consumidor escolhe a quantidade de cada bem? 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Façamos uma análise custo benefício – ex. mais uma unidade de laranja Benefício Mais uma unidade de laranja Utilidade Marginal laranja Custo Para comprar mais uma unidade de laranja despende o preço da laranja. Logo terá que consumir menos de outro bem, por ex. maçãs. 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga No equilíbrio U marginal laranja = P laranja/ P maçã x U marginal maçã ou U marginal laranja/ P laranja = U marginal maçã/ P maçã 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Demonstração Alternativa – gasto de uma unidade monetária em laranjas Benefício Compra 1/ P laranja UM laranja/ P laranja 04-11-2015 Custo Deixa de comprar 1/ P maçã UM maçã/ P maçã Economia Política Carlos Arriaga No equilíbrio UM laranja/ P laranja = UM maçã/ P maçã O consumidor atinge a utilidade máxima ou satisfação máxima quando se verifica a igualdade acima para qualquer conjunto de bens consumidos. UM bem 1/ P bem 1 = UM bem 2/ P bem 2 = UM bem 3/ P bem 3 = … 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL Gasto Total < Rendimento Px Qx + Py Qy < R 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga A pessoa não pode despender mais do que o seu rendimento A despesa não pode ultrapassar o rendimento Despesa = P bem1 X Q bem 1 + P bem2 X Q bem 2 + P bem3 X Q bem 3 + … 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga Vestuário . LINHA DE RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 A Y C .X D E F 0 04-11-2015 qaPa + qvPv = R B 20 40 60 Alimentação Economia Política Carlos Arriaga 80 100 RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL Factores que causam o deslocamento da Restrição Orçamental: • Preço de x • Preço de y • Rendimento 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL cabaz de consumo Unidades de alimentação Unidades de vestuário A 0 50 B 20 40 C 40 30 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga CURVAS DE INDIFERENÇA “Representação gráfica de um cabaz de consumo indiferentes para o consumidor, ou seja, cabazes que trazem a mesma satisfação.” 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga CURVAS INDIFERENÇA 12 A Z Vestuário . 10 8 .X B 6 4 C .Y 2 D E 0 1 04-11-2015 2 3 Alimentação Economia Política Carlos Arriaga 4 5 TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO “A taxa marginal de substituição de uma mercadoria I indica o máximo que o consumidor estaria disposto a ceder da mercadoria I em troca da mercadoria II.” 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO Cesta de consumo Unidades de alimentação Unidades de vestuário TMS A 1.0 12.0 ___ B 2.0 6.0 6.0 C 3.0 4.0 2.0 D 4.0 3.0 1.0 E 5.0 2.4 0.6 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga CURVAS DE INDIFERENÇA Propriedades • Quanto mais distantes da origem, representam cestas mais desejadas e viceversa; • Tem sempre inclinação negativa; • Duas curvas de indiferença nunca se cruzam. 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR Vestuário 50 40 .C 30 .B .A .E 20 10 I3 I2 I1 Io 0 04-11-2015 20 40 60 80 Economia Política Carlos Arriaga 100 Alimentação Preço marginal de reserva . EXCEDENTE DO CONSUMIDOR 4 3.5 3 2.5 Excedente do consumo No equilíbrio 2 1.5 1 0.5 0 p = $ 1,50 1 2 3 4 Barras de chocolate 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga 5 EXCEDENTE DO CONSUMIDOR Preço marginal de reserva po 0 04-11-2015 qo quantidade consumida Economia Política Carlos Arriaga EXCEDENTE DO CONSUMIDOR EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR Quantidade consumida para a qual Preço Mg de Reserva = Preço de Mercado 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga EXCEDENTE DO CONSUMIDOR Barra (1) Preço marginal Preço de mercado (3) de reserva (2) Excedente (2) – (3) 1 a 4 1,50 2,50 2 a 3 1,50 1,50 3 a 2 1,50 0,50 Excedente do consumidor (total) 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga 4,50 CONCLUSÃO As prefererências do consumidor traduzem-se numa ordem de preferências e numa utilidade associada ao consumo de cada bem. A teoria do consumidor procura observar as condições de equilíbrio, onde o preço tem importância determinante. O Direito do consumidor é um ramo novo do direito, em que os consumidores passaram a ganhar protecção contra os abusos sofridos, tornando-se uma preocupação social, principalmente nos países da América e da Europa Ocidental , que se destacaram por serem pioneiros na criação de Órgãos de defesa do consumidor 04-11-2015 Economia Política Carlos Arriaga