TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estudos Transversais ou de Prevalência
Estudos
Descritivos
Estudos Ecológicos ou Correlacionais
Estudos
Observacionais
Estudos longitudinais ou de Coorte
Estudos Caso-Controle
Estudos
Analíticos
Ensaios Clínicos
(de drogas ou terapias)
Estudos
Experimentais
Testes de Eficácia de Vacinas
Estudos de Intervenção
(medidas preventivas na população)
Eixo de intervenção.
• Observacional
Investigador apenas
observa indivíduos
com e sem o fator,
sem intervir para
que o fator aconteça
nos indivíduos
estudados.
• Experimental
Investigador interfere
nos processos em
estudo, de maneira
metódica e
controlada,
resultando em uma
experimentação.
Eixo de unidade de pesquisa
• Individual
Unidade de estudo é
um indivíduo, pois
as informações
sobre o fator em
estudo e o desfecho
clínico são cada
indivíduo
• Agregado
O fator em estudo e
o desfecho clínico
são descritos para
grupos de indivíduos
e não para cada um
dos indivíduos.
Eixo de unidade comparabilidade ou de
grupo controle.
• Comparado
• Os indivíduos nas
quatro categorias:
com fator e com
desfecho; com fator
e sem desfecho;
sem fator e com
desfecho; e sem
fator e sem
desfecho.
• Não comparado
• Estudo em que as
variáveis básicas
não são
dicotomizadas, o
caráter comparativo
não fica aparente.
Nesse caso, não
apresenta um grupo
controle
Estudos Transversais (Estudo De
Prevalência Ou Seccionais)
• mede a prevalência de um agravo, ou de
qualquer evento em um local definido, numa
determinada população, no momento do
tempo.
• Há a observação de um grupo planejado de
indivíduos em um só momento em um local
definido
Estudos Transversais (Estudo De
Prevalência Ou Seccionais)
Vantagens:
• Rápidos, baratos, fáceis em termos logísticos
• Não existe período de seguimento
• Alto potencial descritivo (subsídio para
planejamento)
• Simplicidade analítica
• Não tem perdas de seguimento
• Permite calcular a prevalência das doenças e
dos fatores de risco
Estudos Transversais (Estudo De
Prevalência Ou Seccionais)
Desvantagens:
• Vulnerabilidade a vieses (bias)
(especialmente de seleção)
• Impossibilidade de estabelecer relações
causais
• Pouco práticos no estudo de doenças raras
• Só se poder medir a prevalência
• Vieses de prevalência/incidência
Estudos Transversais (Estudo De
Prevalência Ou Seccionais)
Estudos Transversais (Estudo De
Prevalência Ou Seccionais)
Análise
• Observação da exposição e da doença ao
mesmo tempo:
• Comparar a prevalência da doença nos
expostos com a prevalência da doença
• não expostos (razão de prevalência)
Esse estudo é utilizado para analisar relações e
não causalidades.
Estudos Ecológicos
• Caracteriza-se pela utilização de dados
secundários e formação de agregados
• Refere-se à população como um todo, e não
a indivíduos
• não é possível ligar fator de risco à ocorrência
da doença na mesma pessoa
Estudos Ecológicos
Objetivos:
• Gerar hipóteses a respeito da ocorrência de
uma determinada doença
• Testar hipóteses etiológicas (prejudicado pela
dificuldade de controlar confundimento)
• Avaliar efetividade de intervenções na
população
Estudos Ecológicos
Desvantagens:
• a qualidade dos registros,
• a disponibilidade de banco de dados,
• e o grau de comparabilidade entre eles.
Cadernos de Saúde Pública
Print version ISSN 0102-311X
Cad. Saúde Pública vol.19 no.5 Rio de Janeiro Sept
ARTIGO ARTICLE
Distribuição espacial da leptospirose no Rio
Grande do Sul, Brasil: recuperando a ecologia
dos estudos ecológicos
Christovam BarcellosI, II; Célia Beatriz LammerhirtII; Marco
Antonio B. de AlmeidaII; Edmilson dos SantosII
IDepartamento de Informações em Saúde, Centro de Informação
Científica e Tecnológica, Fundação Oswaldo Cruz. Av. Brasil 4365, Rio
de Janeiro, RJ 21045-900, Brasil. [email protected]
IICentro de Vigilância Ambiental, Secretaria Estadual de Saúde do Rio
Grande do Sul. Rua Domingos Crescêncio 132, Porto Alegre, RS 90650090, Brasil
O principal objetivo desse trabalho é
identificar áreas de maior risco e possíveis
componentes ecológicos da transmissão da
leptospirose por meio da agregação de dados
epidemiológicos em unidades espaciais que
representem a diversidade sócio-ambiental do
Estado.
Os 1.274 casos confirmados de leptospirose
ocorridos em 2001 foram georreferenciados por
município de residência. Nessas áreas, a maior
parte dos casos está associada à lavoura irrigada.
Os resultados sugerem a existência de
características ecológicas favoráveis à transmissão
da leptospirose em locais de proliferação de
roedores e de produção agrícola intensiva.
Estudos Longitudinais (Estudo De Coorte)
• identificar fatores associados a ocorrência de
uma doença ou agravo em nível individual
• observar mudanças em nível individual
• álbum de fotografias
Exposição ao Fator de risco
Coorte de Expostos
Doença/Óbito
Sim
Não
Tempo
Pessoas
Pop. em risco
Sim
Coorte de Não Expostos
Nenhum
Individuo
tem o evento.
Todos em risco
Individuos
classificados de
acordo com a
exposicao ao FR
Não
Relacao entre
caracteristicas iniciais
e eventos subsequentes
Tipos de Estudos de Coorte:
Passado
Presente
Coorte
contemporânea
(Estudos prospectivos,
concorrentes)
Coorte
histórica
(Estudos retrospectivos,
não-concorrentes)
Coorte históricacontemporânea
Futuro
(Estudos ambidirecionais)
Estudos Longitudinais (Estudo De Coorte)
Limitações:
• Não adequado para eventos raros;
• Se prospectivo, seu custo é consideravelmente
alto;
• Resultados podem não estar disponíveis por
um longo tempo;
• Se retrospectivo, requer disponibilidade de
registros adequados;
• Dificuldade de seguimento devido a dinâmica
das populações;
• Perdas no seguimento levam a vieses
importantes;
• A observação do evento pode ser influenciada
pelo conhecimento da exposição.
O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA)
Brasil é um estudo pioneiro no país. Trata-se de uma
pesquisa sobre doenças que acometem a população
adulta, principalmente as doenças cardiovasculares e
o diabetes. O estudo investiga fatores que podem
levar ao desenvolvimento dessas doenças, ou ao seu
agravamento, visando sugerir medidas mais eficazes
de prevenção e tratamento. Entre os fatores
investigados estão aspectos relacionados aos hábitos
de vida, família, trabalho, lazer e saúde em geral,
inclusive de origem genética.
Com investimento público através do DECIT/Ministério da
saúde, o projeto pretende estudar 15 mil servidores de 6
instituições de ensino e pesquisa do Brasil: UFBA, UFES, UFMG,
FIOCRUZ, USP E UFRGS/HCPA. A meta aqui é selecionar 2 mil
voluntários, servidores ativos e aposentados da UFRGS e do
HCPA, com idades entre 35 e 74 anos, de todas as categorias
funcionais para um exame inicial e um acompanhamento
periódico ao longo dos anos.
Em todas as instituições que integram o consórcio ELSA,
13.394 servidores participam do estudo, o que representa quase
90% da meta global da pesquisa.
Estudo de Caso-controle
• identificação de um grupo de doentes (casos)
e um grupo um grupo de sujeitos sem a
doença (=controles) semelhantes aos
doentes em todos os aspectos
• compara a exposição entre os casos com a
exposição entre os controles
Estudo caso-controle
Passado
Presente
população
exposto
exposto
não
exposto
não exposto
doente
saudável
Estudo de Caso-controle
Vantagens:
• baixo custo, rápida execução
• adequado para estudar doenças raras
e/ou de latência prolongada
• identificar múltiplos fatores de risco
• alto potencial analítico
Estudo de Caso-controle
Desvantagens:
• sensível a viés (viés de informação, viés de
seleção)
• inadequado para investigar exposições raras
• problemas com seqüência temporal
• pode ser estudado somente um desfecho
• complexidade analítica
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia
Print version ISSN 0034-7299
Rev. Bras. Otorrinolaringol. vol.74 no.1 São
Paulo Jan./Feb. 2008
doi: 10.1590/S0034-72992008000100020
•
ARTIGO DE REVISÃO
Telefones celulares: influência nos sistemas
auditivo e vestibular
Aracy Pereira Silveira BalbaniI; Jair Cortez
MontovaniII
RESULTADOS: Os estudos sobre radiação do telefone
celular e risco de neurinoma do acústico apresentam
resultados contraditórios. Alguns autores não
encontram maior probabilidade de aparecimento do
tumor nos usuários de celulares, enquanto outros
relatam que a utilização de telefones analógicos por 10
anos ou mais aumenta o risco para o tumor. A
exposição aguda às microondas emitidas pelo celular
não influencia a atividade das células ciliadas externas
da cóclea, in vivo e in vitro, a condução elétrica no
nervo coclear, nem a fisiologia do sistema vestibular
em humanos. As próteses auditivas analógicas são mais
suscetíveis à interferência eletromagnética dos
telefones celulares digitais.
CONCLUSÃO: Não há comprovação de lesão
cocleovestibular pelos telefones celulares.
Estudos de Intervenção (Ensaios Clínicos)
• variável - um efeito benéfico, positivo (um fármaco,
um novo procedimento preventivo ou terapêutico)
• definição dos casos ou das pessoas que poderiam se
beneficiar com essa intervenção e estar em
condições de participar desse estudo
• O conjunto de casos é separado em dois grupos: os
integrantes do grupo de intervenção que recebem
uma substância ativa (fármaco ou vacina) e os que
recebem um placebo, ou outra substância de efeito
conhecido.
Estudos de Intervenção (Ensaios Clínicos)
• São o padrão ouro (melhor tipo) dos estudos
de fatores porque diminuem muito o efeito de
variáveis de confusão e permitem
padronização da qualidade e quantidade dos
fatores, tornando os resultados mais seguros.
Estudos de Intervenção (Ensaios Clínicos)
Vantagens:
• Ser reconhecido
como melhor tipo de
estudo para fatores
• Ser associado a
muito pouco viés
Desvantagens:
• Preço elevado;
• Necessidade de
muita liberdade
ética;
• Necessidade de rigor
metodológico
constante.
Epidemiologia Analítica
Epidemiologia Analítica
• fatores ligados ao agente, ao hospedeiro e ao
meio ambiente
• história natural de uma doença
• agente (microorganismo)
capacidade de transmissibilidade e a capacidade
patogênica e a virulência
Epidemiologia Analítica
• Tipos de hospedeiros:
intermediário, que abriga o organismo patogênico
na fase larvar ou não adulta
definitivo, que abriga tal organismo na fase adulta
• Fatores que alteram a susceptibilidade do homem
(Hospedeiro)
Eliminação de Excretos - contaminação fecal
qualidade inadequada das águas e dos alimentos
pouca aeração ambiental
acumulação de resíduos e de água estagnada
Epidemiologia Analítica
Fatores que interferem no contagio:
• disponibilidade de serviços médicos
• ambiente modifica hábitos de higiene pessoal
• O contato direto ~ contato físico real
reservatório e hospedeiro
• contado indireto ~ hospedeiro e o
reservatório (objetos, alimentos, água, ar
insetos, vetores)
Epidemiologia - Objetivos
•
•
•
Descrever distribuição e a magnitude dos
problemas de saúde nas populações
humanas
Proporcionar dados essenciais para o
planejamento, execução e avaliação das
ações de prevenção, controle e tratamento
das doenças,
Identificar fatores etiológicos na gênese das
enfermidades.
Estrutura Epidemiológica
Definição
• é o conjunto de fatores vinculados ao
ambiente, ao agente etiológico e ao
suscetível, dotado de uma organização
interna definindo suas interações e é
responsável pela produção da doença.
• Alteração – doenças transmissíveis
Doenças transmissíveis
Conceitos importantes
Agente Etiológico
 agentes causais de enfermidades humanas
ou de animais.
 São os que agem na origem das doenças
 Características intrínsecas:
Morfologia e composição bioquímica
Caráter antigênico
Bactéria (Streptococcus)
FORMAS DO AGENTE
ESTABELECER O ESTÍMULODOENÇA
Infecção
Infestação
Absorção
ABSORÇÃO DE PRODUTOS TÓXICOS
Ingestão de toxinas, sem os agentes
produtores.
Veículos
• Elementos ou objetos inanimados que
veiculam (transportam) agentes
infecciosos.
• Alimentos (água, leite, etc.),
• Perfourocortantes agulhas, seringas,
• Material doméstico panos, etc.
Exemplos:
alta ( vírus -sarampo, varíola, varicela) ; e
baixa ( bacilo da hanseníase, tuberculose e
esquistossomose)
Definições Importantes
• Período de incubação: ocorrência da infecção (ou
infestação) – aparecimento das primeiras manifestações
de doença
• Período prodrômico: manifestações inespecíficas, desde
o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas da
doença até o surgimento dos característicos da mesma
• Período de transmissibilidade: eliminação de um agente
etiológico de uma fonte de infecção para o meio
ambiente
• Suscetível: são espécies capazes de serem penetradas
por fatores ambientais, permitindo-lhes atuar como
geradores de doença
• Transmissão: ao modo de difusão de doença infecciosa
em uma população
Fonte: Adaptado da OMS 1997
Malária
No Brasil, a área endêmica é conhecida como Amazônia Legal. Esta área
é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Transmissão – femea Anopheles
Dengue
•Doença febril aguda de curta duração, de
gravidade variável,sendo conhecidos quatro
tipos (sorotipos): 1, 2, 3 e 4.
•Sintomas: febre, dor de cabeça, dores no corpo
e juntas, dor retroorbicular, náuseas, vômitos,
manchas vermelhas na pele, hemorragia
•Período de incubação: Varia de 3 a 15 dias,
sendo em média 5 a 6dias.
Doenças
Vias De Penetração:
Digestiva
Respiratória
Cutânea
Ocular
Vias de penetração
• 1- Pele.
Vias de penetração
• 2 - Digestiva.
Vias de penetração
• 3- Pulmonar.
Medidas profiláticas referentes à fonte de
infecção
•
•
descoberta das fontes de infecção
notificação compulsória – obrigatória
por lei
• destruição do agente infeccioso
• isolamento
• Outras medidas:
higiene individual
limitações profissionais para as fontes de
infecção
Medidas profiláticas referentes às vias
de transmissão e penetração
I – Transmissão por contágio:
destruição ou desinfecção de secreções
Medidas profiláticas referentes às vias
de transmissão e penetração
II – Transmissão por vetores:
a . vetores mecânicos: destruir moscas, baratas
b.vetores biológicos:
impedir a multiplicação do vetor.drenagem de águas
destruição dos animais onde vive o vetor. Ex: o rato
albergador da pulga - peste bulbônica
combate às formas larvárias. Ex.: inseticidas
colocados nos criadouros aquáticos ou não;
impedir o acesso do vetor à fonte ou ao suscetível ,
como roupas, mosquiteiros, repelentes, telagem
para habitações.
Medidas profiláticas referentes às vias
de transmissão e penetração
III – ar e poeiras: desinfecção do ambiente onde está
alojada a fonte de infecção. Não deve varrer o chão e
sim passar pano úmido.
IV – água e alimentos:
água: tratamento domiciliar ou coletivo.
Alimentos: leite – ferver sempre.
as carnes bovinas e suínas devem ser
inspecionadas antes de serem vendidas;
evitar a ingestão de hortaliças cruas;
Medidas profiláticas referentes às vias
de transmissão e penetração
IV – Alimentos:
evitar assados porque não se consegue destruir as bactérias no
interior de um pernil ou de um peru, mesmo parecendo
totalmente assado.
Exceção: forno de microondas;
proteger alimentos contra moscas e mosquitos
V – solo:
proteção individual
evitar a contaminação do solo por excretas afastando-os da
superfície do solo e evitando fossas negras.
Medidas profiláticas referentes ao novo
hospedeiro
• Medidas Complementares: evitar
aglomeração, usar preservativos nas relações
sexuais.
• Educação Sanitária: além de educadores
sanitários, este papel cabe a toda equipe
multiprofissional da área da saúde
O MEIO AMBIENTE
•
Físico: condições geográficas: latitude/longitude.
condições climática
condições geológicas: - composição do solo. Ex.:
as larvas de ancylostoma vivem melhor em
terrenos mais permeáveis
O MEIO AMBIENTE
•
biológico:
Flora – abriga vetores
Fauna – abriga vetores.
• social: bio-psico-sócio-econômico-cultural.
Habitação - condições de insolação, ventilação,
materiais e tipo de construção e conforto não
favorecem a transmissão de tuberculose, doença de
Chagas e peste bulbônica
Água - contaminação
destinação adequada dos excretas e lixo contaminação dos mananciais e do solo
poluição do ar - coeficientes de morbidade e
mortalidade de doenças das vias aéreas
hábitos culturais:tabagismo e etilismo - bronquite,
enfisema pulmonar, cirrose hepática
migração
O NOVO HOSPEDEIRO
• Suscetibilidade :é a falta de defesa de um
hospedeiro
• Resistência: é o conjunto de fatores ligados
às defesas hospedeiro contra a penetração,
multiplicação e ação lesiva de um agente
etiológico
• Mecanismos de Defesa:
• Anatômicos: pele e anexos (glândulas
sudoríparas e sebáceas); camada gordurosa e
aparelho músculo-esquelético;
• Fisiológicos: reflexos (tosse, espirro,
secreção lacrimal).
VIGILÂNCIA EPIDEMIÓLOGICA
• “o conjunto de atividades capazes de
proporcionar a informação indispensável
para conhecer, detectar ou prever
qualquer mudança a ocorrer nos fatores
condicionadores do processo saúdedoença, recomendar e adotar
oportunamente as medidas indicadas
levando a prevenção e controle da
doença”.
• informação para ação.
Vigilância Epidemiológica
• Aplicabilidade:
doenças transmissíveis e não transmissíveis
e também, à outros agravos.
• Funções:
coletar as informações necessárias.
Processar , analisar e interpretar as
informações obtidas; e
Fazer recomendações de ações com vistas
ao controle dos agravos.
Vigilância Epidemiológica
Níveis de atuação:
• Local
• Regional
• Nacional
• Criação do Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica- Decreto nº. 78.231 de
12/08/76 regulamentou a lei n. 6.259 de
30/07/75
As atividades da Vigilância Epidemiológica
I – coleta
II – processamento
III – análise e interpretação de dados
IV – recomendação ou execução de ações pertinentes
V – divulgação de ações relevantes
VI – se outras pessoas podem ter sido infectadas pela
mesma fonte de infecção;
VII – a quem o caso em questão, pode haver
transmitido a infecção.
Outras observações e dados da Vigilância
Epidemiológica
I – associação do “caso” com outros casos
patológicos ou concomitantes;
II – condições sócio-econômicas do paciente;
III – investigação dos comunicantes;
IV – medidas de controle adotadas;
V – evolução do quadro clinico;
VI – tratamento; e
VII – encerramento do caso quando possível.
Instrumentos usados pela Vigilância
Epidemiológica
• inquérito epidemiológico
• levantamento epidemiológico
• investigação epidemiológica
INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO
•
•
Estudo transversal tipo amostral,
Problemas informações inadequadas,
devido aos seguintes fatores:
diagnóstico deficiente, dificuldade de
se avaliar coberturas vacinais ou
eficácia da vacina
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO
• dados existentes nos registros de saúde
• comportamento epidemiológico de
doenças na população
• coeficientes e de coberturas vacinais
registradas, com vistas à consolidação e
análise dos dados existentes
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
• É um estudo realizado - doenças transmissíveis
a partir de um caso clinicamente declarado.
• Atividade dinâmica da Vigilância Epidemiológica
• é fundamental para o esclarecimento da real
ocorrência das doenças transmissíveis
• É utilizada para os casos de óbitos declarados,
aparecimento de surtos e de portadores
• finalidade de detectar a fonte da infecção e
desencadear as medidas profiláticas adequadas.
Roteiro
a) Roteiro de Investigação
Entrevista
• De quem foi contraída a infecção? (fonte de
contágio)
•
Qual a via de disseminação da infecção, da
fonte ao doente?
•
Que outras pessoas podem ter sido
infectadas pela mesma fonte de contágio?
• Quais as pessoas a quem o caso pode haver
transmitido a doença?
•
A quem o caso ainda pode transmitir a
doença? Como evitá-lo?
Roteiro
B) Andamento da Investigação
COLETA DE AMOSTRA
LABORATORIO
BUSCA ATIVA NOVOS CASOS
BUSCA DE PISTAS
PROCESSAMENTO E ANALISE DE
DADOS
Obtenção das informações
• investigação de casos notificados
• relatórios semanais ou mensais
Legislação
Vigilância Epidemiólogica
Decreto nº. 78.231 de 12/08/76
regulamentou a lei n. 6.259 de 30/07/75
• instituído o Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica
• coordenação do Ministério da Saúde,
observadas as diretrizes gerais do Sistema
Nacional de Saúde
• responsabilidade institucional do Ministério da
Saúde e das Secretarias de Saúde dos
Estados, Distrito Federal e dos Territórios
Federais
Decreto nº. 78.231 de 12/08/76
regulamentou a lei n. 6.259 de 30/07/75
As ações de Vigilância Epidemiológica serão de
responsabilidade imediata de uma rede especial de
serviços de saúde, cujas unidades disporão de meios
para:
I – coleta de informações;
II – diagnostico das doenças sob regime de notificação
compulsória;
III – averiguação da disseminação da doença notificada
e a determinação da população sob risco;
IV- proposição e execução das medidas de controle
pertinente; e
V – adoção de mecanismo de comunicação e
coordenação do sistema.
Portaria nº. 314.858, de 27/08/76
• especificou as doenças de Notificação
Compulsória em todo Território Nacional
• Cólera -Coqueluche
• - Dengue
- Difteria - Doença
Meningocócica
-Febre Amarela
• Febre tifóide – Menigite – tétano –
Sarampo - Raiva
Portaria nº. 314.858, de 27/08/76
• Doenças sujeitas ao Regulamento
Sanitário Internacional:
• Cólera
• Febre amarela
• Peste
• Varíola
Portaria nº. 314.858, de 27/08/76
• Em áreas especificas
Esquistossomose (Maranhão, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Alagoas,
Pernambuco e Sergipe).
Filariose.
Malária.
A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• Constituição Federal /1988 – Política Nacional
de Saúde - Artigo 198
•
“as ações e serviços públicos de saúde integram uma
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um
sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:
• I – descentralização com direção única em cada esfera
de governo;
• II – atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
• III – participação da comunidade.”
A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA - Base
Legal no Brasil
• Constituição Federal /1988 – Política Nacional
de Saúde - Artigo 200
• artigo 200, item II ao Sistema Único de Saúde
compete No :
II – executar as ações de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador..”
Sistema Único da Saúde
• Lei 8080 de 19 de setembro de 1990 .
Art 6° - atuação do Sistema Único da Saúde – SUS:
I – a execução de ações
de vigilância sanitária
de vigilância epidemiológica
“2° - Entende-se por Vigilância Epidemiológica um
conjunto de ações proporcionadoras do
conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores individual ou
coletivo, com finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle da doença
ou agravos.”
Sistema Único da Saúde
• No Capitulo II, Nos Princípios e Diretrizes
exatamente no item VII do artigo 7° ficou
enfatizada a utilização da epidemiologia
para o estabelecimento de prioridade, a
alocação de recursos e a orientação
programática.
Fundação Nacional de Saúde
• Decreto N° 100 de 16 de abril de 1991
publicado no DOU de 17 de abril
• assumindo as atividades do Sistema de
Vigilância Epidemiológica anteriormente
integrando a extinta Secretaria Nacional de
Ações Básicas de Saúde.
• Na estrutura básica da Fundação Nacional de
Saúde inseriu-se como órgão singular o
Centro Nacional de Epidemiologia.
Muito Obrigada!!!
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Epidemiologia Parte 2 - pronto. - EST-T4