LIBRAS
Língua Brasileira de
Sinais
Profª Marcia Regina Zemella Luccas
“O surdo “fala” com as
mãos e “ouve” com os
olhos. Suas mãos
pintam quadros de
seus pensamentos e
idéias”.
(autor desconhecido)
Dicas
 Para chamar a atenção de alguém:
 Tocar no braço ou no ombro;
 Acenar com as mãos;
 Pedir para outro chamar;
 Nunca comece a falar antes de o outro
virar e olhar;
 Nunca interfira no campo visual de quem
está utilizando a LS.
LEI Nº 10.436
DE 24 DE ABRIL DE 2002
 Art. 1º É reconhecida como meio
legal de comunicação e expressão a
Língua Brasileira de Sinais – Libras
e outros recursos de expressão a
ela associados.
LEI Nº 10.436
DE 24 DE ABRIL DE 2002
 Parágrafo único. Entende-se como Língua
Brasileira de Sinais – Libras a forma de
comunicação e expressão, em que o sistema
lingüístico de natureza visual-motora, com
estrutura gramatical própria, constitui um
sistema lingüístico de transmissão de idéias e
fatos, oriundos de comunidades de pessoas
surdas do Brasil.
Continuando...
 Art. 2º Deve ser garantido, por parte do
poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos,
formas institucionalizadas de apoiar o uso e
difusão da Língua Brasileira de Sinais –
Libras como meio de comunicação objetiva
e de utilização corrente das comunidades
surdas do Brasil.
Continuando...

Art. 4º O sistema educacional federal e os
sistemas educacionais estaduais, municipais e
do Distrito Federal devem garantir a inclusão
nos cursos de formação de Educação Especial,
de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus
níveis médio e superior, do ensino da Língua
Brasileira de Sinais – Libras, como parte
integrante
dos
Parâmetros
Curriculares
Nacionais – PCNs, conforme legislação
vigente.
Continuando...
 Parágrafo único. A Língua
Brasileira de Sinais – Libras não
poderá substituir a modalidade
escrita da língua portuguesa.
Decreto 5.626/05 de 22/12/2005

Art 2º Para fins deste decreto considera-se pessoa
surda aquela que por ter perda auditiva, compreende e
interage com o mundo por meio de experiências
visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo
uso da LIBRAS.

Art. 3º A LIBRAS deve ser inserida como disciplina
curricular obrigatória nos cursos de formação de
professores para o exercício do magistério...
A história da língua de sinais
 Ponce de Leon
 Século XVI
A época de ouro da educação de surdos
 Abade L’Epee em
1755, desenvolve
método de “sinais
metódicos”.
 Novas perspectivas na
educação dos surdos.
O desenvolvimento da educação
dos surdos
 Bebian seguidor de L’Epee:
“percebeu que a linguagem de sinais natural
era autônoma e completa, modificou a
metodologia de ensino passando a utilizar o
bilingüismo, ou seja, a língua natural de
sinais e o ensino da língua francesa escrita.
Cada uma com sua gramática e estrutura
próprias.”
O ensino bilingue atravessa o
oceano...
 Em 1816 Thomas
Hopkins Gallaudet
chega a Paris e
conhece as
escolas de
surdos.
 Em 1817 funda
em Hartford uma
escola para
“surdos e mudos”.
O BRASIL e a LIBRAS
 Em 1857 foi fundado o
primeiro
local
de
educação para surdos
no Brasil. “Instituto de
Surdos-mudos do Rio
de Janeiro”.
 O primeiro professor foi
Eduard Huet, ex-aluno
surdo do Instituto de
Paris.
Congresso do Milão
 Em 1880, no Congresso Mundial de
Professores de Surdos (Milão - Itália),
chegou-se à conclusão de que todos os
surdos deveriam ser ensinados pelo
Método Oral Puro
Alfabeto Digital
Alfabeto Digital
Outros alfabetos datilológicos...
Alfabeto digital grego...
Alfabeto digital japonês...
Alfabeto português...
Alfabeto americano...
Números
A LIBRAS
 A Língua de Sinais é uma língua visomotora. Isso significa que ela possui uma
gramática e léxico próprios.
A Comunicação

É importante ressaltar que a
linguagem é um intrincado mundo de
significados gramaticais, verbais e
intenção comunicativa, todas essas
coisas estão juntas no aprendizado e
uso da linguagem.
A importância da convivência

A aquisição do sinal, da fala ou de ambos,
depende do intercâmbio com as pessoas à volta,
do ouvir sua fala, ou do assistir seu sinal. Se aos
cinco ou seis anos a criança já tiver desenvolvido a
fluência em linguagem, seja o sinal ou a fala, ela
pode esperar ter uma vida rica de comunicação e
de intercâmbio comunitário, e desenvolver fluência
em leitura e escrita.
A falta de convivência na língua

Se a criança não tiver tido a
oportunidade de desenvolver a linguagem
na primeira infância, ela pode esperar ter
uma vida de restrições e empobrecimento
cultural, e até a incapacidade de aprender a
ler e escrever ...
A falta de convivência na língua

Se a criança não tiver tido a
oportunidade de desenvolver a linguagem
na primeira infância, ela pode esperar ter
uma vida de restrições e empobrecimento
cultural, e até a incapacidade de aprender a
ler e escrever ...
Os graus de perda de audição...
 Audição Normal - Limiares entre 0 a 24 dB nível
de audição.
 Leve - Limiares entre 25 a 40 dB nível de audição.
 Moderada - Limiares entre 41 e 70 dB nível de
audição.
 Severa - Limiares entre 71 e 90 dB nível de
audição.
 Profunda - Limiares acima de 90 dB.
A surdez, alguns conceitos
O Oralismo
No oralismo a
aprendizagem da
fala é ponto central.
Para desenvolvê-la,
algumas técnicas
específicas
são
utilizadas.
Essas
técnicas
são,
basicamente,
as
relatadas a seguir:
O treinamento para a fala
Desenvolvimento da fala:
exercícios
para
a
mobilidade e tonicidade
dos órgãos envolvidos na
fonação
(lábios,
mandíbula, língua);
 Leitura labial: treino
para a identificação da
palavra falada.
Treinamento auditivo
 Princípio: a indicação
de prótese individual.
 Treinamento auditivo:
estimulação
auditiva
para reconhecimento e
discriminação
de
ruídos, sons ambientais
e sons da fala;
A Comunicação Total

A Comunicação Total é uma proposta
flexível no uso de meios de comunicação
oral e gestual.
Natisurda - palestra para surdos
osmar.vox.com
Continuando...

Essa filosofia educacional propõe, a utilização
simultânea de:
 sinais e fala;
 uso de aparelhos de amplificação sonora;
 trabalho de desenvolvimento das pistas auditivas e
trabalho com fala, tanto em leitura orofacial como
em produção.
Continuando...
 Utilização da estrutura
frasal
do
português
(preposição,
conjunção
etc.). São criados sinais
para expressá-los.
 Utilização de marcadores
de tempo, número e
gênero para descrever a
Língua Portuguesa por
meio de sinais.- Português
Sinalizado.
Bilinguismo

A língua de sinais deve ser a primeira
língua (ou uma das primeiras) adquirida
pelas crianças com uma perda auditiva
severa. A língua de sinais é uma língua
natural, plenamente desenvolvida, que
assegura uma comunicação completa e
integral. Diferentemente da língua oral, a
língua de sinais permite às crianças surdas
em idade precoce comunicarem-se com os
pais plenamente, desde que ambos
adquiram-na rapidamente.
Continuando...

A língua de sinais tem papel importante
no desenvolvimento cognitivo e social da
criança e permite a aquisição de
conhecimentos sobre o mundo circundante.
Permitirá à criança um desenvolvimento de
sua identificação com mundo surdo (um dos
dois mundos aos quais a criança pertence)
logo que entre em contato com esse mundo.
Continuando...

Várias pesquisas mostram que a língua de
sinais facilitará a aquisição da língua oral, seja
na modalidade escrita ou na modalidade falada.
É sabido que uma primeira língua adquirida
com normalidade, trate-se de uma língua oral
ou de uma língua de sinais, estimulará em
grande medida a aquisição de uma Segunda
língua. Finalmente, o fato de ser capaz de
utilizar a língua de sinais será uma garantia de
que a criança maneja pelo menos uma língua.
O Bilingüismo
Em primeiro lugar devem ser
proporcionadas
todas
as
experiências
lingüísticas
na
primeira língua dos surdos
(Língua de Sinais)

No bilingüismo, o Português
deve
ser
ensinado
como
segunda língua.
O Bilingüismo

O bilingüismo é visto
hoje como a melhor
forma de abordagem
educacional
para
o
surdo, pois visa a
capacitá-lo na utilização
de duas línguas, a
Língua de Sinais e a
língua
escrita
da
comunidade em que
vive.
 “Devido a constituição de seus cérebros, os
seres humanos têm capacidade inata de
adquirir linguagem, seja falada ou seja o Sinal.
A aquisição do Sinal, da fala, ou de ambos
depende do intercâmbio com as pessoas à
volta, do ouvir a sua fala, ou do assistir ao seu
sinal... Se isto acontecer, teremos surdos
fluentes em leitura e escrita, e nós poderemos
assistir ao emergir de artistas, cientistas e
intelectuais surdos...”
 Oliver Sacks
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