INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL: UM OLHAR À LUZ DA RESOLUÇÃO CONAMA 01/86 PRISCILA DOS SANTOS CAVESSANA DEJANYNE PAIVA ZAMPROGNO FERNANDA APARECIDA VERONEZ Ouro Preto – MG, 2014. INTRODUÇÃO No contexto atual do Brasil a prática da Avaliação de Impacto Ambiental vem sendo amplamente discutida. QUALIDADE DOS ESTUDOS AMBIENTAIS Abordagem dirigida na elaboração do EIA – levantamento de informações relevantes SANCHÉZ (2010) Utilização de métodos adequados para a revisão da qualidade dos EIA Resolução CONAMA 01/86 { ALMEIDA et al. (2012) • Obrigatoriedade do desenvolvimento do EIA • Critérios básicos e diretrizes gerais Avaliar os EIA submetidos ao LA no ES METODOLOGIA Critérios de Inclusão 1. Estar disponível para consulta pública na biblioteca do IEMA 2. Ter sido submetido ao processo de licenciamento ambiental entre 2002 e 2013 Etapas de desenvolvimento do trabalho 1. Levantamento dos estudos conforme os critérios de inclusão 2. Elaboração de um conjunto multicritério de avaliação baseado nas diretrizes gerais (Art. 5º) e nas atividades técnicas (Art. 6º) definidas na Resolução CONAMA 01/86. 3. Análise documental dos estudos. RESULTADOS E DISCUSSÃO ETAPA 1 – Levantamento dos estudos EIA completos e disponíveis em formato digital ou impresso. Figura 1 - Distribuição dos EIA por atividade 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 RESULTADOS E DISCUSSÃO ETAPA 2 - Definição do conjunto multicritério Figura 2 – Planilha de dados Resolução Conama 1/86 2002 2003 C1 O O X X X O O O O O X C2 O O X X O O O X O X O C3 X X X X X O X O X O O C4 X X O O O O O O O O O C5 O O O O O O O O O O O C6 O O O O O O O O O O O Prazo C9 O O O O O O O O O O O Reversiblilidade C8 X X O O O O O O O O O Temporalidade e Frequencia C7 O O O O O O O O O O O Direto / Indireto Positivo/ Negativo E1 Mineracão E2 Petróleo e gás E3 Petróleo e gás E4 Mineracão E5 Resíduos E6 Energia Energia E7 E8 Transportes E9 Resíduos E10 Petróleo e gás Siderurgia E11 Ano Análise de magnitude e importância Atividade Diagnóstico ambiental EIA Alternativa Locacional Alternativa Tecnológica Hipótese de não-implantação Planos e programas em desenvolvimento Área de influencia direta Área de influencia indireta Análise dos Impactos Propriedades cumulativas e sinergeticas Medidas mitigadoras Prog. acompanhamento e monitoramento Art.5 Art.5 Art.5 Art.5 Art.5 Art.5 Art.6 Art.6 Art.6 Art.6 Art.6 Art.6 Art.6 Art.6 Art.6 Art.6 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 X O X O X O O O O O X X O O O O O O X O O O O O O X O O O O O O X O O O O O O X O O O O O O X O O O O O O X O O O O O O X O O O O O O X O O O O O O X O O RESULTADOS E DISCUSSÃO ETAPA 3 – Análise documental dos estudos A análise documental dos estudos apresentou que NENHUM dos 40 EIA analisados atendeu a TODOS os 16 critérios estabelecidos. Figura 3 - Atendimento aos critérios Mais atendidos 37% •Definição das áreas de influência direta • Definição das áreas de influência indireta •Diagnóstico ambiental •Discriminação dos impactos em positivo e negativo •Definição de medidas mitigadoras •Elaboração de programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos. RESULTADOS E DISCUSSÃO ETAPA 3 – Análise documental dos estudos Menos atendidos Discriminação das propriedades cumulativas e sinérgicas (85%), consideração da hipótese de não-implantação do empreendimento (67,5%) e apresentação alternativas locacionais (37,5%). Falta de entendimento do que constitui efeitos sinérgicos e de metodologia. MORGAN (1998); GUNN e NUBLE (2011) Delimitação dos limites geográficos para determinação dos efeitos sinérgicos. DIAS (2001); OLIVEIRA (2008) CONCLUSÃO Muitos estudos não atendem aos requisitos mínimos estabelecidos pela Resolução CONAMA 01/86. Determinantes na tomada de decisão no processo de Licenciamento Ambiental Necessidade de solicitação de estudos complementares por parte do orgão ambiental. A efetividade da AIA pode ser comprometida quando os requisitos mínimos não são atendidos. Melhor entendimento das possíveis causas das lacunas relacionadas à pratica da AIA. Obrigada! REFERÊNCIAS • ALMEIDA, M. R. R. et al. Aplicação de métodos para revisão da qualidade de estudos de impacto ambiental. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade - GeAS, São Paulo, v. 1, p 3 31 , n. 2, Jan./Jun. 2012. Disponível em: <http://www.revistageas.org.br/ojs/index.php/geas/article/view/20>. Acesso em: 05 mar. 2014. • SÁNCHEZ, L. E. . Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e Métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2010, v. 1. • MORGAN, R.K. Environmental impact assessment: a methodological perspective. Dordrecht: Kluwer Academic. 1998 • GUNN, J; NOBLE, B. Conceptual and methodological challenges to integrating SEA and cumulative effects assessment. Environmental Impact Assessment Review, 31 (2), 154–160, 2011. • DIAS, E. G. C. S. Avaliação de impacto ambiental de projetos de mineração no Estado de São Paulo: a etapa de acompanhamento. 2001. Tese (Doutorado em Engenharia de Minas) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. • OLIVEIRA, V. R. S. Impactos cumulativos na avaliação de impactos ambientais: fundamentação, metodologia, legislação, análise de experiências e formas de abordagem. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2001.