Utilização da avaliação em situ(ação)
em tempos de turbulência
Beth Moreira
Rio de Janeiro- Dezembro de 2012
Limpando terreno...
• Setor público abrange sistemas de serviços
que devem ser compreendidos como bens
públicos, garantidos a todos os cidadãos
• Organização complexa, diversidade de
parcerias e de instituições (interesses),
fazendo da avaliação e de seus
desdobramentos um grande desafio
Limpando terreno…
• O simples, o complicado e o complexo
• A natureza do julgamento compartilhado seja
individual, em grupo ou em rede
• Problematização e sociedade do
conhecimento
• Institucionalização e profissionalização do
campo
Desafios: Envolver Stakeholders
• Há intervenções “invisíveis”
• As “avaliações” prontas
• Negociação difícil para separar avaliação da
gestão, da avaliação das ações de mudança do
problema (o imperativo da conformidade x
compromisso com a mudança)
• Pouca valoração da avaliação como prática
pedagógica reflexiva e as teorias de mudança
Utilização ou influência
• Mais de 30 anos de discussão sobre os usos da
avaliação (instrumental, conceitual, simbólico
e processual)
• Kirkhart (2000) adota o termo “influência”
incluindo três dimensões: foco da influência,
intenção ( intencional e não intencional) e
temporalidade (imediata, longo prazo)
Utilização ou influência
Mark & Henry (2004)- Influência da avaliação
representa a mudança ou ação relacionada a
avaliação
Mecanismos de mudança nos indivíduos
(conhecimento, atitudes e práticas);
interpessoais (grupos e instituições tais como,
persuasão, justificação); e no nível coletivo
(deliberação, alianças,escolha de padrões e
valores)
Que turbulência?
O contexto:
• Crise econômica global?
• Das relações público e privado?
• Das relações de trabalho ?
• Das teorias de mudança/ influência?
De qual processo avaliativo estamos
falando?
• Problematiza – Identifica fluxos e inscrições
• Mobiliza
• Gera interesse e enreda (cria
alianças/conexões)
• Recria e Inscreve-se (materializa-se)
Traduz ?
Premisas: Trabalho em avaliação
• O simples, o complicado e o complexo
• A natureza do julgamento compartilhado seja
individual, em grupo ou em rede
• Problematização e sociedade do
conhecimento
• Institucionalização e profissionalização do
campo
Os mecanismos:
Coleman (1986)
• As relações macro e micro (situacionais)
• As interelações micro-micro
(comportamentais, especialmente de
psicologia social ou middle range theories)
• As relações micro e macro com ênfase nas
teorias de comunicação (transformadoras, não
necessariamente inovadoras ou
emancipatórias)
Os mecanismos:
As redes socio-técnicas:
• A agencia humana e não humana
• As operações de tradução (problematização,
mobilização, enredamento e alinhamento)
• A dinâmica das conexões (pré significação, re
significação e estabilidade)
“Conhecer e pensar
não é chegar a
uma verdade
absoluta e certa,
mas dialogar
com a incerteza”
Edgar Morin
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