PÓS-GRADUAÇÃO LATO SESU EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE VEDAS E EGOCIAÇÃO VENDA E NEGOCIAÇÃO COM QUALIDADE FAZ TODA A DIFERENÇA. Melhorar Gestão de Vendas com foco na qualidade, aplicando-o nos principais indicadores de vendas. Monografia apresentada em cumprimento às exigências para obtenção de grau no curso de pós-graduação lato sensu de especialização Estratégica em de Gestão Vendas Negociação. Por: Luanda Miguez Fernandes Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2010. e DEDICATÓRIA Aos meus pais e minhas irmãs em especial a minha afilhada. 2 AGRADECIMENTOS Aos meus caros professores e companheiros de trabalho e de sala de aula que tanto me apoiaram e todos os professores que me ajudaram durante o curso. Jorge Em especial ao Professor Vieira que incentivador do curso. 3 foi o maior EPÍGRAFE A venda profissional, de sua parte, gera resultados mediante a ação embasada exclusivamente na eficiência e na eficácia da gestão de seus representantes, a fim de alcançar de forma sistemática e constante as metas periódicas estabelecidas. 4 RESUMO A presente monografia teve como objetivo apresentar uma proposta metodológica para a análise e solução dos problemas de qualidade detectados nas empresas mais em específica nas áreas de venda, visando agilizar e otimizar as ações de contenção e correção. A aplicação da metodologia, conforme os resultados obtidos, promove a melhoria da qualidade da venda final favorecendo inclusive a redução dos tempos e custos de retrabalho em relação ao item analisado. Palavras-chave: metodologia – qualidade – vendas. 5 ABSTRACT This monograph aims to present amethodology for the analysis and solution of quality problems identified in the companies more specific areas of sales, to streamline and optimize actions in restraint and correction. The methodology, as the results obtained, improved the quality of the final sale including encouraging the reduction of time and costs rework of the item analysis. Keywords: methodology - 6 quality – sales. Sumário Folha de rosto ...............................................................................................................1 Dedicatória ...................................................................................................................2 Agradecimentos ............................................................................................................3 Epígrafe ........................................................................................................................4 Resumo .........................................................................................................................5 Abstract .........................................................................................................................6 Sumário .........................................................................................................................7 1 Introdução...................................................................................................................8 2 Objetivos.....................................................................................................................9 3 Relacionamento Baseado em Valor ..........................................................................10 4 Identifique a Concorrência .......................................................................................14 5 Estratégias e processos da Venda .............................................................................22 6 Negociação.................................................................................................................28 7 Negociações por Etapas.............................................................................................30 8 Os Elementos Fundamentais.....................................................................................34 9 Conclusão.................................................................................................................42 Referências bibliográficas.............................................................................................43 7 1. INTRODUÇÃO Cliente como se relacionar com ele? Quando você é interessante ou interesseiro? Quais as habilidades fundamentais de um bom vendedor para influenciar e negociar com o cliente? O vendedor vende sonho, imagem, necessidades, emoção, nome, marca, empresa e por aí vai tudo que envolve a venda além do produto. Para o vendedor negociador o importante nem sempre é quem você conhece, mas, quem conhece você, quem você influencia que é o seu cliente e como você se relaciona com ele é o que faz gerar negócios. Cada vez mais o cliente/comprador fica exigente. Estamos na era do relacionamento. Atenção, respeito, compromisso, agregam peso para o fechamento da venda/negociação e diante deste cenário, temos lado a lado cada vez mais concorrentes, ofertas, menos diferenciação, por isso, a fonte confiável (o vendedor) torna-se o diferencial, fazendo-se necessário muito preparo e profissionalismo. Técnicas de negociação para que o vendedor, primeiro produto da empresa a ser comprado, seja em sua embalagem (imagem) e seu conteúdo (consistência e posicionamento) considerado confiável dentro de seus argumentos e informações gerem satisfação para o cliente e a partir daí estabeleça um relacionamento de novos e sólidos negócios. Entendendo e considerando as etapas de vendas e seus entrelaço para a efetividade do processo e sucesso nos resultados esperados a monografia aborda como primeiro assunto “O relacionamento baseado no valor”, para que seja apresentada a importância das equipes trabalharem em sintonia a partir da visão e propósito da empresa e o respeito e seriedade dos valores de um vendedor com qualidade. Logo, “Os Processos e Estratégias básicas de vendas” e, enfim, “negociação”, pratica que necessita de muito comprometimento e constante aperfeiçoamento representativos. 8 para resultados 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral - Conhecimento Gestão de Qualidade e aplicação na prática nas questões relacionadas a Vendas. 2.2 Objetivos Específicos - Analisar os erros constantes nas áreas de vendas; - Definir alterações que surgem a vida das empresas; - Conceituar Clientes, Satisfação 9 3. O RELACIONAMENTO BASEADO EM VALOR 3.1. Habilidades do vencedor que cria oportunidades 3.1.1 Crie um diálogo Ser um vendedor consultivo pode ser o diferencial na hora de fechar um negócio. Este tipo de vendedor é aquele que prevê um diálogo interativo centrado nas necessidades do cliente. Quando os concorrentes têm o mesmo nível, a qualidade da conversa do vendedor faz toda a diferença. Os tipos consultivos estabelecem diálogos eficientes, o que os leva a aprender mais e aprofundar os laços a cada conversa. À primeira vista, parece fácil estabelecer uma fina sintonia entre vendedor e cliente, mas isso está longe de ser uma tarefa simples e ainda são poucos os vendedores realmente consultivos, existindo diversos outros tipos como: o carismático, que usa seu charme como arma de convencimento; o técnico, ótimo em conteúdo mas fraco na orientação para o cliente; e ainda o “matador”, que faz qualquer coisa para fechar a venda, mesmo que isso signifique sacrificar um relacionamento. 3.1.2 Esteja Sempre Preparado Um bom vendedor está sempre se preparando – antes e depois de cada encontro com o cliente. Os três passos a seguir demonstram a preparação ideal: - Inicie com um planejamento estratégico. Reflita sobre seus objetivos de longo prazo e estabeleça metas imediatas para a conversa que terá com o cliente. Avalie o resultado do contato e o ritmo de sua argumentação, e acelere rumo ao fechamento da venda. Nunca se esquece de abrir espaço para o cliente falar. - O próximo passo é fazer a análise do cliente. Pense nos objetivos do cliente, sua situação, necessidades e critério de decisão. 10 - Finalmente, concentre-se na preparação técnica do produto. Mostre como sua linha de produtos atende às necessidades do cliente, antecipe as dificuldades e personalize o material. 3.1.3 Confie em suas habilidades O vendedor deve adquirir confiança em si mesmo e possuir seis principais habilidades: postura, relacionamento, questionamento, compreensão, posicionamento e verificação. É importante procurar sempre aperfeiçoar essas habilidades, avaliando-as uma por uma, e assim, sua performance será melhorada. 3.1.4 Não receie a rejeição A maior causa das falhas nas vendas é o medo da rejeição que, muitas vezes, representa um sinal da falta de confiança nas suas capacidades. Quem não tem uma atitude de vitória, tende a encarar a rejeição para o lado pessoal. Elimine este sentimento. O cliente que não aceita uma proposta está rejeitando uma transação, e não a pessoa. Estar consciente desse fato ajuda o vendedor a manter-se calmo, paciente e persistente - três dos principais requisitos para uma boa venda. Quem compra um produto ou serviço deseja melhorar a sua situação, resolver um problema ou poupar dinheiro. 3.1.5 Estabeleça uma Relação de Confiança As importantes habilidades de questionamento, compreensão, posicionamento e verificação são chamadas habilidades de conhecimento. Mas a capacidade de estabelecer um relacionamento de confiança, com entrosamento e empatia, é considerada uma habilidade de sentimento. O medo é uma presença constante do ato da venda. Os vendedores têm de ultrapassar o medo da rejeição. Mas, não nos devemos 11 esquecer que os clientes também receiam falhar. Eles têm medo de se enganar, de comprar em demasia, de estarem pagando mais do que a concorrência, ou de apostar num produto sem ter as provas do seu sucesso. A compra é, em suma, um ato de risco. Para vender, terá de convencer o cliente de que esse risco é mínimo. Logo, quando estiver frente a frente com o cliente, não procure apenas vender imediatamente, mas sim criar uma relação duradoura de confiança. Demonstrar empatia e compreensão pelo que o cliente está falando ou sentindo produz um efeito poderoso. Se um cliente fala de um problema, um bom vendedor, em geral, reage com uma frase do tipo “Como você conduziu essa situação?”. Porém, um vendedor excelente e empático consegue perguntar demonstrando consideração e, o mais importante, estimular uma resposta detalhada. Ele falaria, seguido da pergunta, algo como “Lamento que isso tenha ocorrido”. Portanto, expresse consideração, seja compreensivo e estabeleça uma relação de confiança, com laços de amizade para com o cliente. 3.1.6 Faça Perguntas Específicas Muitos vendedores acreditam que para vender basta iniciar um diálogo e apresentar, logo de início, o produto. Quando os vendedores se propõem a fazer perguntas, ou fazem de um modo nada inspirador, disparando perguntas sem nenhum critério ou pesquisa prévia, o que limita o nível de cooperação por parte do cliente. Assim, em vez disso, direcione sempre a conversa para as necessidades do cliente e verifique se ele se dispõe a responder algumas perguntas. Estimule o cliente a participar do diálogo explicando a razão para tantas perguntas como “Para me ajudar a entender o seu problema, posso saber o que você?”. 12 3.1.7 Antecipe as Perguntas dos Clientes Tente responder às seguintes questões que antecedem uma venda: - O que estou vendendo? Os clientes não procuram produtos e serviços, mas sim, soluções para os seus problemas específicos. - Quem é o seu cliente ideal? Compare-o com os seus clientes habituais através de critérios como sexo, condição socioeconômica, cultural, profissão e idade. - Por que compram? Saiber quais são as vantagens tangíveis e intangíveis que os consumidores procuram. - Onde estão os clientes potenciais? Veja se poderão pertencer, por exemplo, a uma dada área geográfica ou a um grupo específico de consumidores. - Quando é que eles compram? Conheça a freqüência e os hábitos de compra (por exemplo, no início do mês, quando recebem o salário). - Quem são os concorrentes? Veja quais os seus pontos fortes e fracos, e que necessidades satisfazem. - Quem ainda não é seu cliente? Saiba quem poderá se beneficiar do seu produto, mas ainda não o conhece ou não esteja comprando. 13 4 IDENTIFIQUE A CONCORRÊNCIA Seus concorrentes são fortes, portanto é sua obrigação conhecê-los em detalhes e é fundamental compreender como o seu cliente se sente a respeito de seus concorrentes diretos. Dessa forma, você pode montar um contra-ataque eficiente, sem criticar nem promover a concorrência. Como parte da preparação, descubra o máximo que puder pesquisando na internet, em publicações especializadas, relatórios anuais, junto a outros colegas e também por meio de campanhas publicitárias. É de grande valia lembrar que os próprios clientes são uma grande fonte de informação sobre a concorrência. Eles quase sempre se dispõem a responder perguntas do tipo: “Com quem mais você conversou?”, “O que você achou deles?”, “O que achou de trabalhar com eles?”, “Como você os compara a nós?”. Independentemente do teor das respostas dos clientes, não fique na defensiva e nem fale mal do concorrente. Críticas diretas não são uma estratégia inteligente, até mesmo porque você estará insultando o cliente que escolheu o concorrente. Num tempo onde a informação corre via e-mail a 8.407km/s, os produtos são praticamente padrões no sentido de qualidade e preço, a verdadeira diferença está na maneira de oferecer este produto. Muito mais poderosa que a técnica de marketing agressivo, totalmente em moda, é a técnica da venda passiva, onde o cliente não é apenas um objeto alvo, mas um elemento fundamental para continuidade de qualquer produto. Não seja mais um vendedor, seja um criador de oportunidades, um gerador de resultados positivos para as partes envolvidas. 4.1 ENVOLVIMENTO COM O PRODUTO Não se limite a conhecer o desempenho de seu produto apenas dentro de sua organização. Procure acompanhar o efeito que ele tem dentro do 14 mercado durante sua operacionalização, quais os efeitos que seus clientes estão registrando ao consumi-lo e qual o compromisso do produto com os fatores que o colocam em prática. O cliente irá sempre lembrar muito mais de quem lhe vendeu o produto, do que da empresa que o fabricou. 4.2 SUA IMAGEM TEM DE LHE REFLETIR "Ser ou não ser, eis a questão". Tal frase não pode estar escrita na sua conduta de ética, você tem de SER. Quando se olhar no espelho pela manhã, ao sair de casa, você tem de ser a mesma pessoa refletida no espelho da sala de espera do cliente. O produto passa, é consumido, cumpre o papel de sua criação, mas a integridade de quem lhe vendeu continua ligada à transação de comércio que efetivou este produto no mercado. 4.3 AGREGUE INTELIGÊNCIA AO SERVIÇO Dezenas de empresas fazem aquilo que sua empresa faz, milhares de pessoas vendem aquilo que você vende. A grande diferença não se fará no produto ou preço, mas sim na maneira que se vende. Agregar Inteligência ao seu serviço é fazer algo que seu concorrente ainda não tenha feito, algo personalizado, que transmitirá um toque de alegria e confiança ao cliente. Cartões de Natal se amontoam nas mesas dos clientes nos finais de ano, porém um cartão de aniversário personalizado pode fazer uma grande diferença. Todo cliente irá se preocupar com você se descobrir o quanto você se preocupa com ele. 4.4 CRIE O MANUAL DO PROPRIETÁRIO O grande desafio nos dias de hoje para o vendedor começa quando o cliente dá inicio ao processo de uso do produto e não da compra. Desenvolva 15 um manual de acompanhamento das fases de uso daquilo que você forneceu. Caso seja uma assinatura de revista, tente aferir se o cliente tem se beneficiado com o produto de maneira pessoal ou profissional. Desta forma estará estabelecendo fronteiras além das garantias comuns de mercado. 4.5 FAÇA SOMENTE PERGUNTAS INTELIGENTES Perguntas inteligentes são aquelas onde você jamais vai ter a resposta que deseja, mas a resposta que seu cliente realmente acredita que fará diferença. Estas são as perguntas em que jamais deve vir contida na resposta a palavra "não". É comum entrar numa loja e o vendedor logo dizer: "posso ajudá-lo? " - a resposta vem em seguida: "não, obrigado, estou só olhando!". Como seria se perguntasse: "como está o tempo lá fora?" Formule perguntas inteligentes e terá o melhor de seu cliente. 4.6 POUCOS CLIENTES SABEM COMPRAR Em épocas passadas o cliente era uma presa fácil. Mas nos dias de hoje, está ai uma ótima oportunidade para você demonstrar todo seu conhecimento de produto e mercado, não para vender algo, mas para oferecer ao cliente a melhor opção. Criar um elo de confiabilidade que possa perdurar. Nunca venda nada a ninguém sabendo que aquela compra é fruto de inexperiência, procure sempre informar o máximo sobre todas as possibilidades, instruindo o comprador para uma decisão correta. Memória de cliente é como de elefante, jamais esquece alguém que lhe empurrou algo, assim como jamais esquece alguém que evitou que ele adquirisse algo inadequado a sua real necessidade. 4.7 FALE SOMENTE O NECESSÁRIO Durante o processo de comercialização, procure manter o foco na necessidade do cliente, não para atendê-lo em sua plenitude, mas para poder 16 ter argumentos e melhorar a opção desta necessidade. Não interrompa o fluxo de informações com colocações ou questionamentos que desviem o assunto de sua real finalidade. Toda conversa extra pode ter espaço no final da transação ou no momento da despedida. Não faça colocações vagas do tipo: "vamos almoçar um dia desses". Se pretende almoçar com o cliente marque e cumpra. Evite notícias ruins e se elas vierem da parte contrária, não lhes dê mais asas do que elas já possuem. Seja profissional com uma descontração controlada. 4.8 CRIE SEU PERFIL DE APARÊNCIA Procure desenvolver um estilo de aparência que possa refletir aquilo que realmente você é e quer que o cliente também veja. Andar na moda nem sempre é uma boa opção dependendo de seu estilo de ser. Moda é para passarela. Terno preto, camisa preta, gravata preta, pode ser moda, mas acho um pouco de falta de imaginação. Procure não ter muita roupa, apenas algumas mas muito boas. Vejo muitas pessoas fazerem festa em liquidações e estarem sempre mal vestidas. No entanto, uma boa roupa de alfaiate pode lhe deixar sempre na linha e não fugir de suas medidas. Algumas pessoas se tornam ridículas ao optarem por acompanhar a moda, vê-se logo que elas estão fora de foco. Esqueça a moda, crie seu estilo. 4.9 SEJA SEMPRE UMA NOVIDADE Procure sempre levar ao cliente novos assuntos, informações úteis, evite repetir casos já narrados. Informe-se sobre todas a inovações de seu mercado e divida-as em doses homeopáticas. Evite qualquer padrão de procedimento que possa lhe fazer parecer mecânico ou que possa 17 representar que você está fazendo aquilo para cumprir seu trabalho. Os clientes são diferentes, atenda-os de maneira diferente, use sua criatividade. Toda novidade é sempre bem-vinda num mercado em transformação. 4.10 SEJA SEMPRE UMA NOVIDADE Afirmar que: "a fabricação do produto vai parar, o preço vai aumentar, existe outro interessado, preciso da resposta agora, vamos ser rápidos tenho outra reunião", ou outros elementos do gênero, que tentam antecipar uma venda é um tremendo erro nos dias de hoje, assim como atender um celular durante a reunião ou perguntar quem são as pessoas no porta-retrato da mesa do cliente. Você é importante e a única maneira que faz com que o cliente veja tal fato, é quando você o faz importante e deixa a disposição dele todo seu conhecimento, ética, bom senso e interesse no assunto, assim ele passa a notar que sua contribuição no negócio é essencial para a realização da transação. 4.11 SEJA SEMPRE UMA NOVIDADE Os clientes têm sempre razão, porque vendedores não têm competência para sugerir uma razão maior do que a do cliente, fazendo-o desistir e concordar com a razão maior. Estamos em tempo de competência, que consiste no ato de transformar intenções em resultados positivos para as partes envolvidas. Geralmente quando um cliente tem razão, tem mesmo, pois foi mal atendido em suas necessidades e até mesmo vítima do não cumprimento de regras que envolveram a negociação. A constância deste fato no Brasil, originou a frase: "o cliente tem sempre razão". Com você ele não pode ter razão. Transformando seu esforço em resultado, sua atitude será competente em relação ao cliente; identificando a prioridade; oferecendo solução; cumprindo compromisso comercial; destacando a ética; suprindo a necessidade; praticando a excelência do serviço a um custo justo: o vendedor é que tem sempre razão. 18 4.12 O PRIMEIRO APERTO DE MÃO PODE SER UM ADEUS Na área comercial 40% das transações recebem um tchau no primeiro aperto de mão. A performance das pessoas é seu estado de espírito, este se reflete em seus olhos e suas mãos. Ao apertar a mão de um cliente, seu estado de espírito estará de frente com o dele, neste instante seu poder de persuasão terá de estar associando um sentimento de prazer ao produto, serviço ou idéia que você pretende expor. Caso contrário suas chances de obter sucesso serão menores. O aperto de mão é uma maneira de comunicação e o significado dela estará no resultado que você obtiver. Antes de apertar a mão de algum cliente alinhe seu estado de espírito, respire fundo, mantenha olho no olho, pois é fundamental que sua negociação tenha início com 100% de chances a seu favor. 4.13 AFERIR E RELACIONAR RESULTADOS Muitos vendedores obtêm sucesso em determinadas negociações e nunca mais conseguem duplicar o feito. Na verdade quem não sabe a causa, não consegue repetir o resultado. Caso não tenha seus procedimentos bem relacionados e aferidos, dificilmente vai conseguir saber qual o item que lhe permitiu um resultado positivo. Às vezes eles podem sair num sorriso. Faça um diário de procedimentos, seguir determinadas condutas pode lhe deixar sempre a vista as causas de seu resultado positivo para repeti-las com êxito. 4.14 EMOÇÕES AINDA EXISTEM O Bank Boston fechou algumas de suas agências em pequenas cidades dos EUA, onde colocou apenas caixas automáticos. As pessoas então fecharam suas contas nestas agências. Fato que fez com que o Banco fosse analisar de perto tal feito. Descobriu que os clientes gostavam da fila, se conheciam e falavam na porta do banco, gostavam do bom-dia do caixa e 19 odiavam operar uma máquina, preferiam um serviço humano a um sofisticado computador, que não lhes tocava o coração e tão pouco combinava com o espírito de solidariedade das cidades. As agências foram reabertas com mais funcionários que antes. Ser um vendedor virtual, carregador de Lap Top ou de tecnologia pode parecer estar tecnologicamente antenado, mas enquanto os clientes forem pessoas, isto quer dizer que: Emoções ainda existem, elas devem ter um espaço no seu procedimento intergaláctico. Joe Girard, o maior vendedor de carros dos EUA, que consta no Livro Guinness - envia todos os anos, desde que começou sua carreira como vendedor, um cartão a todos os seus clientes, que está escrito: "Eu gosto de você". Vender deixou de ser uma arte para assumir a postura de missão, a missão de não somente trocar um produto de lugar, mas de gerar possibilidades e oportunidades de desenvolvimento ao mercado profissional, pessoal, econômico e social, através do grau de envolvimento contido neste relacionamento material e humano chamado Vendas. Qualquer que seja a troca feita entre empresa e seus clientes e consumidores, é baseada em valor. O estabelecimento de valor é de responsabilidade tanto de marketing quanto de vendas, pois está relacionado não só na oferta em si como também ao relacionamento com o mercado. Valor pode ser entendido como uma avaliação subjetiva dos benefícios recebidos em troca da compra. Um beneficio é uma situação individual que descreve o que o comprador do produto ou serviço ganha com o mesmo e pode ter 3 variáveis relativas: beneficio pelo valor econômico com a relação entre preço e qualidade percebida que é a relação entre a qualidade esperada antes as compra e a experimentada depois da compra; beneficio pelo valor funcional relativo as características tangíveis do produto ou serviço como seus atributos, aplicação e durabilidade; e, beneficio pelo valor psicológico, a área intangível de um produto relativo a sua marca, confiança e reputação do produto, além da própria experiência com o produto. 20 O valor se caracteriza por três aspectos que concorrem para o desenvolvimento da troca: o valor é sempre perceptivo, variando conforme percepção individual do cliente, o valor é contextual, variando conforme a situação de compra e as alternativas disponíveis, o valor é multidimensional, uma vez que os clientes avaliam os benefícios recebidos em termos econômicos, técnico-funcionais e psicológicos. A venda de valor é o grande desafio dos vendedores e gestores, tanto os de marketing como planejadores, quanto os de venda como executores, porque o processo da troca implica o conhecimento individual de cada grupo de clientes, o procedimento de como chegar ate ele e a forma de convencimento para a realização da troca e para isso, o processo das vendas necessitara, de um lado, de uma grande sinergia pela área de marketing e, de outro, de um grande conhecimento do mercado a ser atendido pela área de vendas na qual ocorrerão as trocas. A inserção do plano de vendas no planejamento estratégico de marketing com analise competitiva, a segmentação de mercado e definição do mercado-alvo, ocorre logo apos a definição do plano de negócio da empresa da empresa. O plano de vendas considera o acesso ao mercado e relacionamento com este mercado e o orçamento operacional, para assim, considerar a partir dessas informações, que tipo de abordagem deverá realizar para chegar aos números planejados (volume, faturamento e lucratividade) e como poderá obter satisfação deste mercado atendido. 5 ESTRATÉGIAS E PROCESSOS DA VENDA Os primeiros passos de conquista para iniciar um relacionamento ético e de oportunidades o vendedor deve apresentar características básicas nas atitudes e posturas como: Ser rápido, objetivo e relevante; fixar-se no cliente e na conversa; raciocinar sobre a conversa e mostrar-se interessado pelas necessidades do cliente; gostar de gente publico, popularidade; se fazer 21 conhecido; desenvolver um diferencial, encantamento, expressar simpatia, elogiar, sempre de forma sincera e transparente; Ser útil, oferecer mesmo que seja informação, agregando valor como conhecimento; fazer conexão; perguntar e ouvir de fato; comunicar-se com todo mundo; não usar e não se sentir usado; não se impor negativamente, dar crédito a quem merece credito, ser britânico, educação abre portas; respeitar os horários adequados e fugir dos jargões de venda; representam qualidade e facilitam no inicio de um bom relacionamento. Para o processo de venda é necessário previamente identificar e planejar tudo o que for necessário para o fechamento do negocio, e para o sucesso desse processo, dependerá do sucesso de cada parte, pré-venda, venda e pós venda por qualquer caminho e para qualquer tipo de relação com o mercado, devem ser consideradas, praticadas e planejadas pra garantir o melhor relacionamento com o mercado, o melhor processo de troca e a melhor rentabilidade de venda. Para maior ou menor aplicação da negociação é preciso resgatar o clássico conceito das fases da venda: pré venda – é a fase preparatória, o momento de buscar conhecer o cliente, suas necessidades e desejos, onde o vendedor deverá ajudar o cliente a identificar a sua situação, obtendo o maior numero de informações sobre o cliente, o vendedor deve investir algum tempo com os influenciadores e um bom tempo com os avaliadores e com os decisores, venda o processo de vendas deve ser centrado na pessoa do aprovador, principal papel de vendas nesta fase, o decisor. Dara seu veredicto final como suporte ao aprovador e baseado nas indicações do avaliador, é possível ainda a presença dos influenciadores e pós venda – garantir que as promessas realizadas na fase anterior sejam alcançadas. Vendas devem tomar todas as providencias necessárias para que tudo que foi combinado seja cumprido enquanto o comprador avalia o que foi entregue. 22 As estratégias de criação de valor – também chamadas de abordagem de vendas. As ofertas possuem valores agregados que precisam ser comunicados aos compradores com o objetivo de que sejam valorizados. O sucesso de vendas depende da efetividade dessa comunicação, pois as funções de vendas precisam conhecer os valores que devem comunicar e reforçar aos clientes. Os vendedores precisam ter a capacidade de convencer os clientes de que a nossa oferta é a melhor alternativa, encontrando a melhor abordagem de vendas, mais adequadas e convincentes. Identificar os valores, comunicar e avaliar a aceitação é uma formula simples e lógica. É de vital importância para o êxito das vendas ter e utilizar as estratégias de criação de valor eficazes, avaliando, constantemente, o uso delas pela força de vendas. O mercado com raríssimas exceções estão, cada vez mais competitivos, com muitas alternativas de ofertas e fornecedores, pressão por baixar custo, pouca ou nenhuma diferença significativa e um nível cada vez mais alto de exigências dos compradores. Enfrentar fortes concorrentes é hoje uma situação normal, por isso, é necessário, conhecer os pontos fortes e fracos dos concorrentes e estabelecer estratégias competitivas para combatê-los, especialmente durante as oportunidades de vendas, pois o comprador é o juiz desse confronto Prepare-se - Esta é a fase de coletar informações, estudar o mercado, conhecer o produto, os concorrentes, os clientes, etc. Também é fundamental conhecer os interesses - tanto os seus como os da outra parte; Crie opções - Depois de saber bem o que a outra parte deseja na negociação, crie alternativas, ofereça soluções para chegar a um acordo amigável. O ideal é encontrar aquela solução que é melhor para ambos os lados, a chamada solução win-win (ganha-ganha); 23 Negocie - Essa parte diz respeito ao ato de negociar propriamente dito. É o momento de ceder em coisas que para você têm pouco valor para obter coisas que têm grande valor, e que para o outro lado tem menos valor. É o chamado encontro de interesses; Fechamento - Esta é uma das horas mais complicadas do processo, pois as pessoas tendem a fazer as maiores concessões no final, o que pode ser ruim para você - ou não. Uma opção é lançar a questão "Se concordarmos com estas condições, temos um acordo?" A vantagem é que você ainda não concordou em nada, e está obrigando o outro lado a jogar sua última carta, se tiver uma escondida; Conclusão - Após a negociação, o relacionamento deve continuar: este é o momento de investir na construção de uma relação duradoura entre as partes. O presidente da HSM argumenta que a negociação tem mais chances de sucesso se for trabalhada sob 3 aspectos: comercial, técnico e comportamental. O primeiro diz respeito ao conhecimento que você tem do produto - tanto o da sua empresa quanto o dos concorrentes. A segunda questão fala dos atributos técnicos (prazos, preços, etc) e a terceira, de como você e o cliente se comportam, e da necessidade de você conhecer bem o cliente para estabelecer uma comunicação eficaz com ele. Segundo Carlos Alberto Julio, a tendência do profissional que quer negociar é começar falando, uma espécie de mecanismo de defesa. Mas Julio adverte que a técnica está errada: "O poder está nas mãos de quem pergunta, não de quem responde. Você precisa conhecer o cliente e saber o que ele quer antes de mais nada", alerta. Até o início dos anos 80, a negociação no Brasil, era uma habilidade exigida e tida como prerrogativa de apenas alguns agentes organizacionais. Vendedores, compradores e negociadores de RH eram os legítimos donos dessa habilidade, ou seja, agentes que operam na fronteira da empresa com algumas de suas interfaces (fornecedores, clientes, sindicatos). 24 Mudanças na nossa concepção de organização (assumindo os conflitos internos como inerentes ao sistema, considerando as divergências de interesses e posições funcionais como legítimas) fizeram com que a habilidade de negociação amplificasse sua utilidade. Hoje, a possibilidade de chegar a convergências pactuadas entre partes foi transportada para o cotidiano da empresa, como um comportamento esperado de gestores de qualquer nível. Quer dizer, estruturas mais complexas, diversidade de públicos internos e externos e relações globalizadas foram alguns dos elementos que determinaram que gestores deveriam orquestrar as atividades de pessoas e de funções internas e externas, visando firmar acordos sólidos, solucionar conflitos, buscar convergências. Dessa forma, a negociação ganha status de habilidade gerencial, igualando-se em importância ao planejamento e à gestão de pessoas. Podese dizer que a negociação tornou-se um pré-requisito ao aspirante de postos gerenciais, porque não se concebe o exercício da gestão sem a presença dessa habilidade. Os erros mais comuns – Muito foi falado e escrito sobre como desenvolver essa habilidade, agora, considerada gerencial: o acordo ganha, os estilos de negociação que facilitam (ou dificultam), estratégias e táticas, etc. No entanto, nunca é demais salientar a ocorrência de alguns erros básicos nos processos de negociação que impedem o encontro de soluções adequadas. São elas: 1. Acreditar na argumentação, pura e simplesmente – É normal que consideremos, durante um processo de negociação, que nossos argumentos são poderosos e imbatíveis. No entanto, não é a nós mesmos que nossos argumentos devem convencer, e sim ao nosso interlocutor. Mais ainda, para cada argumento apresentado, o nosso interlocutor tem pelo menos dois para rebater, que ele também acredita serem imbatíveis. 25 2. Pressionar o interlocutor ou subestimá-lo – Nesse caso, a questão é muito simples, pois se imagina que pressionando o interlocutor ele cederá, quando o efeito é exatamente o contrário: quanto mais pressionado maior sua defesa e, portanto, maior a dificuldade de chegar a um acordo. Da mesma maneira, acredita-se que o interlocutor não tenha argumentos, resistência nem armas para nos pressionar. 3. Não estar disposto a ceder, não formar o nós – Pode-se comentar esse erro através da própria definição de negociação: processo pelo qual as partes se deslocam de suas posições, inicialmente divergentes, a um ponto em que possam alcançar um acordo. Se vamos ou queremos negociar, precisamos abrir mão de nossas posições para formar uma terceira, que não é a nossa nem a do nosso interlocutor, mas uma posição em que o acordo seja confortável para os dois. Se não temos essa atitude, estamos fazendo qualquer outra coisa, menos negociando. 4. Demonstrar triunfo ao final – Esse parece um erro básico e infantil, no entanto ainda é muito freqüente. Óbvio, ninguém gosta de saber que foi vencido ou que poderia ter saído do processo com algumas vantagens a mais. A reação do interlocutor a esse comportamento pode ser a retomada do processo, e o suposto final se transforma em um novo começo de discussão. 5. Participar sozinho de negociações complexas – Mais pessoas sempre ajudam no momento das negociações complexas. Sempre nos sentimos mais fortes e apoiados na presença de outros. Isso, algumas vezes, também faz com que nosso interlocutor nos veja de outra maneira. No entanto, a fase de preparação e de acertos entre os parceiros é fundamental. Cada um deve saber o que fazer, como e quando fazer. Parceiros mal acertados podem significar fracassos na negociação. 26 6 NEGOCIAÇÃO Em quais situações você usa a negociação no seu dia-a-dia? Se logo vêm à sua mente as duras conversas com o chefe, aquele pedido de aumento de salário ou alguma situação esporádica na carreira, saiba que a negociação é muito mais que isso. De acordo com Carlos Alberto Julio, presidente da empresa de educação e eventos empresariais HSM e autor do livro "A Magia dos Grandes Negociadores", da Negócio Editora, a negociação "é um exercício de convivência, a maneira mais democrática de resolver conflitos". E por conflito entenda coisas pequenas e grandes, que dizem respeito à você, à sua rua, empresa, estado e país. A atual e problemática guerra no Iraque; o difícil acordo de votação do salário mínimo no Congresso; o acerto de preço e data de entrega de um produto; a contratação de uma nova empresa de limpeza; o programa de sábado à noite; o roteiro de viagem das próximas férias, tudo envolve negociação. Ela está presente em todas as esferas de nossa vida, tanto na pessoal como na profissional. "A negociação é discutida nos Estados Unidos há mais de 30 anos, mas sempre falou-se na vantagem que uma parte levaria sobre a outra como fator primordial para o sucesso da negociação. Somente há 10 ou 15 anos os estudiosos começaram a tratar o tema de maneira mais empática, ética e profissional", destaca Denise Manfredi, psicóloga especialista em mediação corporativa e professora de negociação da escola LABSSJ e da Business School São Paulo (BSP). Para Juliet Nierenberg e Irene Ross, autoras do livro "Os Segredos da Negociação", da Publifolha, o negociador que quer levar vantagem em tudo acaba destruindo as possibilidades de um relacionamento duradouro e bemsucedido com a outra parte. "O fator que mais conta no desenrolar de uma negociação é a filosofia que está por trás de cada uma das partes envolvidas. Muita gente está mergulhada na tradição das partes adversárias ou oponentes porque querem vencer a qualquer custo. Porém, quem procura ganhos imediatos, adotando a filosofia do 'eu ganho, você perde', arrisca-se a 27 a sacrificar o relacionamento com a outra parte no longo prazo. Quando os papéis são assinados e o acordo é fechado, essas pessoas talvez acreditem que deu tudo certo. Mas, se a outra parte ficou insatisfeita, imaginando que foi prejudicada ou manipulada, é provável que ponha um fim no relacionamento ou revide em algum outro acordo", esclarecem as autoras. 28 7 NEGOCIAÇÕES POR ETAPAS "A chave da negociação é o autoconhecimento, é conhecer bem o seu negócio e a si mesmo” Talvez ainda haja hoje ainda àqueles que acreditem que negociar é ganhar e obter vantagem sobre o seu interlocutor. Não. Assim o resultado só funciona temporariamente, pois quando o mundo der mais uma volta a situação pode se inverter e como dizem por aí “você é eternamente responsável pelo que cativa”, logo o seu retorno será no mínimo o que ofereceu... Em uma negociação se estabelecem objetivos, patamares e alinhamentos para chegar o mais próximo possível do que se deseja, mas a reciprocidade é importante, que significa o que você e o seu interlocutor desejam estar considerado no resultado da negociação. O mais importante em um processo de negociação é que todos obtenham resultado, pois a balança da percepção de bom negócio não pode pender mais para um lado e menos para outro. O melhor é sempre o equilíbrio. O equilíbrio não significa apenas alinhamento nos valores (receita para uns,investimentos para outros) mas no resultado do processo: cronograma adequado, esforço bem mensurado, condições recíprocas de negociação alinhadas e, sem sombra de dúvida principalmente processo/projeto implantado e bem sucedido para o negócio do seu cliente. Quando a colaboração é recíproca em uma negociação, o objetivo é fazer o melhor e portanto as partes buscam se entender. Não quer dizer que as divergências sejam eliminadas, mas a busca por solução é o maior foco, logo, quando se fechar um negócio, ele se transforma em bom negócio para todo mundo. Hoje em dia não há mais espaço para se espremer o fornecedor ou limitar o cliente, restringindo o que ele recebe, pois o resultado final demonstra-se igualmente desastroso para ambos. 29 A busca pelo consenso legítimo é o grande caminho, que é o consenso acordado e avalizado por uma solução debatida, decantada e acordada, e não um consenso baseado na falta de alternativa e por isso alinhavado. O que ocorre é o permanente movimento rumo ao entendimento, que tem 50% da responsabilidade dividida para cada interlocutor. Não se consegue avançar em uma relação que é tratada de forma desigual, por um ou outro se entender em vantagem. Se você está em vantagem, utilize esta para fazer o processo ser igual. Não queira que o outro lhe perceba equivocadamente com um oportunista para os “bons ventos” e um omisso para os “ventos ruins”. Tenha a coragem de dividir a responsabilidade e legitimar uma negociação com a sabedoria onde tudo acontece se for estimulada a vontade comum. Quando o seu interlocutor lhe percebe com alguém de bom senso e que quer fazer certo, ele compra a sua idéia, o seu produto ou serviço, a sua responsabilidade. Se você não entender esta premissa, será incapaz de crescer no processo de negócio e se tornará refém de seu próprio comportamento. No mundo dos negócios, manter a premissa de que o cliente compra, na verdade, responsabilidade, é um diferencial. Quando você negocia, você demonstra como você é e principalmente, como você conduzirá o que quer que seja à frente. É fundamental lembrar que se pode negociar em qualquer momento, mas que o seu posicionamento é o que conta para você evoluir na negociação ou não. Encare como um excelente desafio repassar ao seu cliente a forma como você e/ou sua equipe se responsabilizam pelo que oferecem, seja você uma empresa ou um funcionário de qualquer escalão. Negociar, no fim das contas é isso. É se responsabilizar.Que bom cliente deixará de comprar responsabilidade? 30 Negociação é o processo dinâmico de busca de um acordo mutuamente satisfatório para se resolver diferenças, onde cada parte obtenha um grau ótimo de satisfação. No projeto negociação da universidade de Harvard (Fischer/Ury/Patton) encontramos esta definição: “Negociar é obter acordo de mútuo interesse e, se houver conflitos, adotar padrões corretos, sem considerar propostas puramente individuais” O Institute of World Affairs, órgão das Nações Unidas (ONU) assim define: “A negociação em seu nível mais fundamental pode ser definida como o processo em que duas ou mais partes compartilham idéias, informação e opções para atingir um acordo mutuamente aceitável. A negociação é um processo que envolve o intercâmbio de propostas seguras e garantias, freqüentemente por escrito.” Complementando vejamos duas outras definições interessantes: “Negociação é um processo de tomada de decisão entre partes interdependentes que não compartilham preferências idênticas. É pela negociação que as partes decidem o que cada um deve dar e tomar em seus relacionamentos (Neale, citado por Chiavenato);” Negociação é o processo de buscar a aceitação de idéias, propósitos ou interesses, visando ao melhor resultado possível, de tal modo que as partes envolvidas terminem a negociação conscientes de que foram ouvidas, tiveram oportunidades de apresentar toda a sua argumentação e que o produto final seja maior que a soma das contribuições individuais.(L. A . Junqueira- IMVC). Para facilidade do entendimento do tema algumas palavras-chave precisam ser entendidas em conjunto: Processo: encadeamento de tarefas da negociação no tempo, estabelecido em três etapas: 1- Planejamento, correspondente à fase de pré-negociação; 31 2- Execução, relativa à fase de negociação (face-a-face ou diálogo) e 3- Controle, que é a pós-negociação. Neste processo temos três vetores: PARTES: indivíduos ou grupos com objetivos comuns ou antagônicos, INTERESSES: objetivos que as partes têm em relação ao objeto da negociação que as levará (ou não) a um. ACORDO: momento em que o confrontamento e as propostas evidenciam a maior otimização possível de ambas as partes. 32 8 OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS: LEGITIMIDADE, PODER, ÉTICA, INFORMAÇÃO E TEMPO Legitimidade para que a proposição negocial seja autêntica, verdadeira e o quanto é justo um acordo, dentro de critérios objetivos; Informação como elemento alimentador de fatos e não suposições, uma vez que melhor negocia quem mais eficazmente gerencia a informação; Tempo, já que em negociação deverá haver um tempo de planejar, um tempo de operar e um tempo de avaliar e, finalmente, Poder para atuar em determinado evento, com foco na substância da negociação. Estes quatro elementos estarão sempre presentes tendo como centro irradiador de suas ações um relacionamento pautado na ética pessoal e empresarial. Tendo sobre controle estes pontos iniciais e agregando seu talento e sua experiência você estará se instrumentalizando para realizar negociações eficazes. É um processo de alcançar objetivos por meio de um acordo nas situações em que existem interesses comuns, complementares e opostos. Não há negociação sem relacionamento, principalmente em vendas. O objetivo é a troca de propriedade de um bem ou serviço entre duas empresas, ou entre empresa e consumidor. Para alcançar esse objetivo, a base é o conhecimento entre as partes. Negociação então pressupõe conhecimento. O maior ou menor conhecimento entre as partes é conseguido pelo grau de relacionamento e através desse relacionamento que serão estabelecidas e criadas as condições para a troca de confiança que conclui o fechamento da venda. Uma boa negociação depende de um bom planejamento. Quanto maior for o tempo investido na preparação da negociação, menor será o tempo da negociação, dada a objetividade da abordagem e quanto maior for a 33 intensidade de negociação, maior deverá ser o esforço de relacionamento. Em venda sob pressão, menor será o grau de relacionamento. Em venda personalizada, que necessita maior adaptação, a necessidade de relacionamento será maior, porque só a partir daí haverá entendimento mutuo Vendas é um processo que gira em torno dos diversos relacionamentos com o cliente e a construção desses relacionamentos é então, a tarefa mais importante dos gestores de vendas nos dias de hoje. Uma boa orientação para vendas vem da definição do marketing, no qual venda deve estabelecer manter e ressaltar as relações com os clientes de forma que os objetivos das partes envolvidas sejam atendidos. Algumas maneiras de melhorar a produtividade em vendas Em qualquer tipo de negociações o resultado final é determinado pelo balanço de poder entre os negociadores. No entanto, especialistas em estratégias de negociação enfatizam a importância de conhecer os dois lados medindo os elementos de força e fraqueza de cada um. Conhecimento sobre o produto ou serviço e sua aplicação para resolver os problemas, necessidades ou desejos do cliente são fontes de poder para o vendedor. Elementos adicionais de conhecimento incluem a concorrência, legislação e informações aprofundadas sobre a realidade do cliente em potencial. Em diversas situações o marketing deve, ao estudar o produto e a concorrência apresentar de forma clara para vendas os diferenciais existentes e os mais valorizados pelo mercado para ajudar vendas a dosar o poder a medida que não crie uma imagem negativa, pelo pouco ou muito poder. O marketing ao desenvolver scripts de vendas, deve enfatizar seus argumentos nos benefícios. Vendedores são preparados para reconhecer os motivos de compra do cliente e depois apelar persuasivamente para esses fatores, enfatizando os benefícios e os atributos que melhor os atendem. Vendedores que utilizam melhor as técnicas de persuasão saem de negociações com maiores pedidos 34 que os concorrentes que não tem essa habilidade e a persuasão será facilitada se o vendedor souber abordar adequadamente os benefícios. Da mesma forma que é necessário ter habilidade para persuadir os clientes, um vendedor deve também ser um expert em técnicas de negociação, pois os compradores profissionais são treinados para espremer vendedores em busca de cada centavo de economia e cada concessão extra. Vendedores que podem mostrar evidencias de clientes satisfeitos, de como suas garantias funcionam, tem uma vantagem competitiva nítida sobre concorrentes. Compras e vendas inteligentes demandam investimentos em tempo e energia. O vendedor disposto a dedicar-se e planejas sua negociação, a desenvolver habilidades requeridas e a preparar-se corretamente terá obviamente uma vantagem acima do concorrente. O gestor de vendas é o responsável pelo desenvolvimento da capacitação de sua equipe em saber negociar. Planejar é decidir com antecedência o que deve ser feito, para prevenção contra eventualidades futuras e adequações da empresa aos ajustes necessários. Mas, só fazer o plano não basta, é preciso que os objetivos sejam claros, que haja seriedade na hora da confecção e execução. É preciso envolver todos no processo. Toda a empresa deve estar consciente e trabalhando para alcançar a meta. Afinal, o plano não é de marketing ou vendas, é da empresa. O comprometimento é a diferença entre o sucesso e o fracasso de um plano. É necessário revisar os números e ações constantemente, treinar e teimar. Deve-se fazer com que todos estejam indo na mesma direção. 35 9 CONCLUSÃO No esforço de implantação de uma nova mentalidade voltada para a qualidade e produtividade, a implantação de vários procedimentos que possibilitam fornecer informações gerenciais para definição de indicadores que suportarão uma série de atividades essenciais para a gerência eficaz de vendas. Esta pode ser a diferença entre a barganha de propostas e a solução de problemas. Mais lucros nos seus negócios, parcerias com resultados mais efetivos e comprometimento das pessoas na empresa. E tudo isto pode ser muito simples. Basta que você decida negociar na base da solução de problemas e encontre as formas corretas de fazê-lo. 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMPOS, V. Falconi. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. 8. ed. Belo Horizonte: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004. 2. Rocha Pinto, Sandra Regina da. Dimensões funcionais da gestão de pessoas - 4a ed.. Rio de Janeiro : Editora FGV,2005. 3. Marshall Junior, Isnard. Gestão da qualidade - 4a ed. revista atualizada - rio de janeiro: editora FGV, 2005 4. Teixeira, Elson Adalberto . Gestão de Vendas - Rio de Janeiro: editora FGV, 2004 5. Convenção nacional de vendas, apostila new marketing consultoria negociação consultiva - SP 2009. 37