História da Operação Sorriso do Brasil A Operação Sorriso do Brasil é o braço brasileiro da Operation Smile. O primeiro programa humanitário da Operation Smile em território nacional aconteceu no ano de 1997 na cidade de Fortaleza, no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), por meio de um convite especial da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Inicialmente estabelecida como Fundação Operation Smile Brasil, a organização passou por um processo de reestruturação no país, estando legalmente registrada atualmente como Associação Operação Sorriso do Brasil (OSB). Hoje, passados dez anos de presença no país, a Operação Sorriso do Brasil atua como entidade sem fins lucrativos de forma totalmente independente, mantendo completa responsabilidade na coordenação dos programas nacionais, levantamento de fundos e estabelecimento de acordos com instituições e empresas parceiras. Em contra-partida, a Operation Smile compromete-se com o suporte financeiro relativo aos programas médicos internacionais. A instituição tem como seu Diretor Médico Nacional o Dr Nivaldo Alonso, professor livre docente da Universidade de São Paulo (USP), Coordenador do Centro de Cirurgias Crânio-Faciais da USP e atual Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial. Conta, também, com um Conselho Médico constituido por profissionais de destaque nas áreas de cirurgia plástica, anestesia e pediatria, que são responsáveis pelas decisões médicas da organização. Com o apoio de empresas parceiras, entre elas a Colgate, a Operação Sorriso do Brasil foi capaz de transformar a vida de crianças também em outros Estados do país, além do Ceará, como: Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Pará. Até dezembro de 2006 haviam sido operados 2289 crianças e adolescentes brasileiros. História da Operation Smile (www.operationsmile.org) A Operation Smile foi fundada pelo Dr William P. Magee, um cirurgião plástico americano, e sua mulher Kathleen Magee, uma enfermeira e assistente social em 1982. Hoje, vinte e cinco anos após sua criação, a Operation Smile apresenta o impressionante número de mais de 100.000 crianças atendidas, de forma totalmente gratuita, em 25 países, dentre eles o Brasil. Tudo isso fez com que a Operation Smile se transformasse na maior Organização Não-Governamental (ONG), em todo o mundo, dedicada a oferecer tratamento direto a crianças com fissura labial (lábio-leporino) e fissura palatal, além de prover simultaneamente educação para a multi-disciplinariedade no tratamento, prevenção, nutrição e pesquisa. Perguntas Freqüentes sobre Lábio Leporino e Fenda Palatina Lábio Bilateral Lábio Unilateral Fenda Palatina O que é lábio leporino e fenda palatina? O lábio leporino é uma abertura no lábio, no céu da boca ou no tecido mole na parte posterior da boca. O lábio leporino pode ser acompanhado por uma abertura no osso da mandíbula e/ou na gengiva. A fenda palatina ocorre quando os dois lados do palato não se juntam, resultando em uma abertura no céu da boca. O lábio leporino e a fenda palatina podem ocorrer em um lado apenas ou nos dois lados. Uma criança pode ter só lábio leporino, ou só fenda palatina ou ambos. O que causa? A causa exata é desconhecida. O lábio leporino e fenda palatina são defeitos congênitos que ocorrem durante o início do desenvolvimento embrionário. Os cientistas acreditam que uma combinação de fatores genéticos e do meio ambiente, como doença materna, uso de drogas ou má nutrição podem ocasionar este problema. Se uma criança de uma família nasce afetada pelo problema, o risco aumenta de 2 a 4 % de chance que uma outra criança da mesma família venha a nascer com o mesmo defeito. Com que freqüência este problema aparece? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de crianças com fissuras lábiopalatais está em torno de 01 criança com fissura para cada 500 nascidas nos países em desenvolvimento. Enquanto nos países desenvolvidos, esses números giram em torno de 01 criança com fissura par cada 1.000 nascidas. Cabe salientar que, nos países desenvolvidos, as crianças são encaminhadas ao atendimento necessário imediatamente após o nascimento. No caso específico do Brasil, de acordo com a OMS, tem-se cerca de 1 criança com fissura para cada 650 nascidas, e cerca de 5.800 novos casos todos os anos. As estimativas gerais são de cerca de 280.000 pessoas com fissura lábio/palatal em todo o país, entretanto não se sabe necessariamente quantas já receberam tratamento. O problema da fissura lábio-palatal no Brasil torna-se ainda mais alarmante, a partir do momento em que o sistema público de saúde não consegue atender nem metade das crianças que nascem com fissura no país. Como conseqüências criam-se imensas filas de espera pelo atendimento nos poucos hospitais públicos do país que oferecem esse tratamento. O lábio leporino e a fenda palatina causam algum tipo de problema para a criança? As conseqüências da fissura lábio-palatal na vida de uma criança não são meramente estéticas. Crianças com estas deformidades podem sofrer de múltiplos problemas de saúde, incluindo doenças do ouvido, infecções crônicas, má-nutrição, problemas dentais e dificuldades no desenvolvimento da fala. Os efeitos emocionais dessas deformidades podem ser devastadores para a criança. Elas usualmente se escondem do mundo e sua auto-estima é destruída. Os olhares e comentários das outras crianças resultam no abandono da escola nos estágios iniciais do desenvolvimento educacional. Este problema pode ser evitado? Cientistas estão pesquisando métodos para prevenir a ocorrência de lábio leporino e fenda palatina, mas pouco foi descoberto até o momento. De acordo com um estudo recente, mães que tomam complexos multi-vitamínicos que contem ácido fólico antes da concepção e durante os dois primeiros meses de gestação podem reduzir a probabilidade de terem um filho com este problema. Outros estudos sugerem que altas doses de vitamina A pode desempenhar um importante papel em alguns defeitos congênitos, incluindo lábio leporino e fenda palatine. (Mulheres não devem tomar mais de 5.000 unidades de vitamina A). O lábio leporino e a fenda palatina podem ser reparados com cirurgia? Sim. A cirurgia pode alcançar resultados excelentes. Um pediatra e um cirurgião plástico devem estudar com a família para escolher a melhor idade para a cirurgia. A maioria dos cirurgiões concorda que o lábio leporino deve ser reparado quando a criança tem 3 meses de idade. Geralmente, deve-se reparar a parte da boca e nariz o mais cedo possível, a fenda palatina pode ser operada quando a criança está entre 12 e 18 meses de idade. Qualquer procedimento cirúrgico dependerá da saúde geral da criança e da extensão do lábio leporino e da fenda palatina a ser reparada. 1 ano após cirurgia 1 dia depois da cirurgia Estrutura da Associação Operação Sorriso do Brasil A Associação é constituída por um Conselho Diretor, um Conselho Médico e um Conselho Fiscal, além de uma Secretaria Executiva responsável pela implementação dos programas estabelecidos e pela condução diária da organização. Conselho Diretor Dr. Nivaldo Alonso Cirurgião Plástico de São Paulo Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial. André Schivartche Advogado da Schivartche Advogados Carlos Viana Diretor Médico da Colgate-Palmolive Lauro Klas Diretor de Imprensa Exxon-Mobil Conselho Médico Dr. Nivaldo Alonso -Professor Livre Docente da Universidade de São Paulo (USP) -Coordenador do Centro de Cirurgias Crânio-Faciais da USP. -Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Crâniomaxilofacial Dr. Henrique Cintra -Membro Titutlar da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica -Professor Assistente do Curso de Pósgraduação em Cirurgia Plástica da PUC - RJ -Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Pediátrico Jesus do Rio de Janeiro Dr. Roberto Serra Freire -Presidente do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Anestesiologia -Conselheiro do CRM-PR Dr. Renato Freitas -Mestrado e Doutorado pela USP -Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná -Cirurgião Plástico do CAIF - Centro de Atendimento Integral ao Fissurado de Curitiba Dr. Diogo Franco -Mestrado e Doutorado em Cirurgia Plástica -Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro Dr. Francisco Alves Teixeira -Cirurgião Plástico do Hospital Infantil Albert Sabin de Fortaleza Dr. José Augusto Almeida Barbosa -Mestre em Ciência da Saúde e Infectologia pela UFMG -Título de Intensivista Pediátrico -Cardilogista Pediátrico Dr. Lúcio Auler -Anestesiologista do Programa de Transplante Hepático do Hospital Geral Bonsucesso do Rio de Janeiro Dr. Yerkes Pereira e Silva -Pediatra pela Universidade Federal de Minas Gerais -Anestesiologista pela Universidade Federal de Minas Gerais -Mestre e Doutor em pediatria pela Universidade de Medicina da UFMG -Anestesilogista do Hospital Lifecenter Conselho Fiscal Edson Gomes dos Santos -Presidente do Grupo Vita Oswaldo Coltri -Consultor Financeiro e Sócio da Íntegra Associados Secretaria Executiva Diretora Executiva Flávia Carvalho Franco Diretor Nacional de Programas Clóvis de Aguiar Brito Filho Programas da Organização A instituição atua através da organização de programas estudantis. programas cirúrgicos, programas educacionais e Existem dois tipos de programas cirúrgicos: locais e internacionais. Programas Médicos Locais Programas médicos locais são aqueles compostos exclusivamente por profissionais médicos brasileiros. Constitui-se numa oportunidade ímpar para a troca de conhecimento entre os voluntários oriundos das diversas regiões do país, aumentando assim o número de crianças atendidas e reforçando a idéia de voluntariado nas regiões atendidas. Em um programa médico local típico são operadas 40 a 50 crianças. Devido ao excelente nível dos médicos locais do país, diferentemente de outros países onde a Operation Smile atua, não temos necessidade de trazer um grande número de profissionais estrangeiros para ajudar na realização dos programas no país, e por esta razão atualmente priorizamos os programas locais aos internacionais. Pelo mesmo motivo, temos também a oportunidade de apoiarmos as demais fundações da Operation Smile ao redor do mundo, enviando nossos profissionais médicos voluntários para os programas realizados no exterior. Programas Médicos Internacionais Um programa médico internacional é composto por um time de 35-40 médicos profissionais credenciados, brasileiros e estrangeiros que trabalham lado a lado para realizar cirurgias em um período de duas semanas. Entre 100 a 150 crianças são tratados em um programa internacional típico. Até o momento foram realizadas 18 programas internacionais no país. Todos os profissionais da área médica estrangeiros atuam no país com permissão de trabalho e devidamente autorizados pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, através de suas embaixadas e consulados. Tanto os médicos estrangeiros como os brasileiros recebem autorização dos Conselhos Regionais locais de suas respectivas especialidades, além de autorização pelas Secretarias de Saúde do Estado para realização do programa. Todo o material de consumo utilizado nas cirurgias é doado pela Operation Smile através da importação de quase 2 toneladas de carga, constituída, também, pelos equipamentos médicos que entram no país através de importação temporária. Programas Educacionais Programas de Formação e Desenvolvimento de Centros de Tratamento à Pacientes Portadores de Fissura Lábio-Palatina É um programa de educação criado pela Operação Sorriso do Brasil, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial, que oferece o intercâmbio de conhecimentos médicos entre os voluntários médicos da OSB, oriundos de diversas regiões e centros de fissurado do país, e os profissionais locais visando a melhoria do atendimento local integral oferecido ao paciente fissurado. O programa é composto por uma parte teórica, com exposição de temas pertinentes ao tratamento do paciente fissurado e aos centros de atendimento como também por uma parte cirúrgica, que visa a demonstração de técnicas cirúrgicas e o intercâmbio de conhecimento, além de atender os pacientes locais portadores de fissura lábio-palatina.