Estenose Mitral

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba
Daniele de Fátima Fornazari – E1
25/09/2007
Definição:
Redução da área valvar levando a formação de um
gradiente de pressão entre o AE e VE.
ESTENOSE MITRAL
 Área valvar mitral normal  4-6 cm2
- Estenose mitral leve  1,5 – 2,5 cm2
 Grad. Pressão médio = 5-10mmHg
- Estenose mitral moderada  1,0 -1,5 cm2
 Grad. Pressão médio = 10-15mmHg
- Estenose mitral severa  < 1,0 cm2
 Grad. Pressão médio > 15mmHg
ESTENOSE MITRAL
ETIOLOGIA:
95%
1. DOENÇA REUMÁTICA -- É a valva mais acometida - 65% dos casos
-- Mais comum sexo feminino – 2/3 dos casos
2-Congênita
3-Endocardite infecciosa
4-Endocardite de Liebman-Sacks
5-Amiloidose
HISTÓRIA CLÍNICA

Dispnéia aos esforços

Síndrome de baixo débito

Tosse com hemoptise

Dor torácica (pctes com hip. pulmonar)

Rouquidão e disfagia (
AE) =
síndrome de Ortner
EXAME FÍSICO


Pulso arterial: - Geralmente normal
Pulso venoso: Reflexo das pressões no
coração direito.
1. Hipertensão arterial pulmonar grave
2. Insuficiência ventricular direita
3. Insuficiência tricúspide
EXAME FÍSICO

Palpação:
- Ictus do VE fraco ou impalpável.
- Choque valvar de B1 ( hiperfonese de B1 )
- Choque valvar de P2 ( hipertensão pulmonar)
EXAME FÍSICO
Palpação = ictus do VE fraco ou impalpável.
Ausculta =
- Hiperfonese de B1 ( mobilidade razoável e
sem calcificação )
HIPOFONESE DE B1 = qdo CALCIFICADA
- Hiperfonese de P2 ( hipertensão pulmonar )
EXAME FÍSICO

Ausculta= estalido de abertura.
--- Logo após a B2, parece com
desdobramento da segunda bulha ou com a 3ª
bulha. O som é mais seco que a B2 e mais audível
na área mitral.
--- Presença de estalido  mobilidade razoável
--- Quanto mais próximo de B2  maior a
gravidade da EM.
Ausculta
Sopro diastólico: RUFLAR DIASTÓLICO
--- Qto maior a duração  maior a
gravidade
--- Sopro diminui com a inspiração e
manobra de valsalva e aumenta com o
exercício físico.
ESTENOSE MITRAL SILENCIOSA
Sem ruflar diastólico audível
Ocorre: Idade avançada
Obesidade
DPOC
 do diâmetro ântero-posterior do tórax
Estados de baixo débito cardíaco
ESTENOSE MITRAL
COMPLICAÇÕES:
1
- Fibrilação atrial:
• 30 – 50% dos pacientes com EM fazem FA
• Causa mais comum de descompensação.
2 - Fenômenos trombo-embólicos:
• Embolia sistêmica ocorre em 10 – 20%
• É comum com FA associada (6% ao ano)
• 1/3 dos eventos trombo-embólicos ocorrem no 10 mês de
FA e 2/3 no primeiro ano.
3 - Endocardite infecciosa.
ESTENOSE MITRAL
EXAMES COMPLEMENTARES:
ELETROCARDIOGRAMA:
1. Ritmo sinusal ou FA
2. Sinais de  AE ( ondas P larga e bífida em D2 )
- Índice de Morris em V1: porção negativa da P ,
com área > que 1 quadradinho)
3. Casos avançados:
-Sinais de sobrecarga de VD:
Desvio do eixo para direita
Ondas S amplas em V5, V6 e
Ondas R amplas em V1, V2.
ESTENOSE MITRAL
EXAMES COMPLEMENTARES:
RX DE TÓRAX:
• PA - Duplo contorno na silhueta direita do coração.
- Sinal da bailarina (deslocamento superior do brônquio fonte E)
- Abaulamento do 40 arco cardíaco esquerdo.
• Perfil - Deslocamento posterior do esôfago contrastado.
•Alterações pulmonares: Inversão do padrão vascular
Linhas B de Kerley
Edema intersticial.
ESTENOSE MITRAL
RX DE TÓRAX: PA
ESTENOSE MITRAL
ESTENOSE MITRAL
Eco score:
 Espessamento
 Mobilidade
 Aparelho sub-valvar
 Calcificação
ESTENOSE MITRAL
EXAMES COMPLEMENTARES:
CATETERISMO CARDÍACO:
- Coronariografia nos pacientes > 40 anos.
HISTÓRIA NATURAL – sem tto
 Classe
funcional I = 80% em 10
anos
 60 % mantém-se estáveis por
diversos anos
 Classe funcional IV = 15% em 5
anos
 HP grave = < 3 anos
ESTENOSE MITRAL
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
- Diuréticos
- Beta-bloqueadores   frequência cardíaca.
( melhora esvaziamento atrial  tempo diastólico )
- Antagonistas de cálcio  Verapamil ou Diltiazem qdo
não se pode usar beta-bloqueador.
TRATAMENTO
Recomendações para valvuloplastia mitral
percutânea – INDICAÇÕES
CLASSE
• Pacientes assintomáticos com estenose moderada a grave
(área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável que têm
uma FA de início recente na ausência de trombo em AE ou
IM moderada a grave.
• Pacientes sintomáticos (NYHA III ou IV) com estenose
moderada a grave (área valvar < 1,5 cm²) e valvas
calcificadas com diminuição da mobilidade que são de baixo
risco para a cirurgia.
• Pacientes com estenose leve .
II b
II b
III
TRATAMENTO
Recomendações para valvuloplastia mitral percutânea
INDICAÇÕES
•
Pacientes sintomáticos (NYHA II, III ou IV) com estenose moderada
a grave (área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável na
ausência de trombo em AE ou IM grave.
•
Pacientes assintomáticos com estenose moderada a grave (área
valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável portadores de
hipertensão pulmonar (pressão sistólica de artéria pulmonar > 50
mmHg em repouso ou 60 mmHg ao esforço) na ausência de trombo
em AE ou IM grave.
•
Pacientes sintomáticos (NYHA III ou IV) com estenose moderada a
grave (área valvar < 1,5 cm²) e valvas calcificadas com diminuição
da mobilidade que são de alto risco para a cirurgia na ausência de
trombo em AE ou IM moderada a grave.
CLASSE
I
II a
II a
TRATAMENTO
Recomendações para o reparo cirúrgico em
estenose mitral (comissurotomia)
•
•
•
INDICAÇÕES
Pacientes sintomáticos (NYHA III ou IV) com estenose moderada a
grave (área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável para o
reparo se a valvuloplastia por balão não está disponível.
Pacientes sintomáticos (NYHA III ou IV) com estenose moderada a
grave (área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável para o
reparo se trombo em AE está presente a despeito da
anticoagulação.
Pacientes sintomáticos (NYHA III ou IV) com estenose moderada a
grave (área valvar < 1,5 cm²) e valvas calcificadas onde a decisão
entre a realização de reparo ou troca valvar será feita no ato
cirúrgico.
CLASSE
I
I
I
TRATAMENTO
Recomendações para o reparo cirúrgico
em estenose mitral (comissurotomia)
INDICAÇÕES
CLASSE
• Pacientes NYHA I com estenose moderada a
grave (área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar
favorável para o reparo, com episódios recorrentes
de eventos embólicos na presença de
anticoagulação adequada.
IIb
• Pacientes NYHA I – IV e estenose leve.
III
ESTENOSE MITRAL
TRATAMENTO CIRÚRGICO
- Escore de Block >11
- Valva calcificada ou dupla lesão mitral
- Indicação Inquestionável ( classe I de evidência )
Pacientes sintomáticos (classe II – IV NYHA) com
EM moderada a grave ( AVM < 1,5 cm2.
- Opiniões Favoráveis ( classe IIa de evidência )
Pacientes assintomáticos com EM grave e com
HAP grave ( PAP sistólica > 50mmHg )
ESTENOSE MITRAL
TRATAMENTO INTERVENCIONISTA:
VALVOPLASTIA PERCUTÂNEA COM BALÃO
- Pacientes com EM moderada a grave ( AVM < 1,5cm2,
escore de Block < 8, ausência de trombo atrial e
ausência de insuficiência mitral grave ).
-- Sucesso primário > 90%, complicações < 2% e
taxa de reestenose 19 – 20% em 5 anos.
Sobrevida em 10 anos está entre 80 – 90%.
Resultados semelhantes aos da comissurotomia mitral aberta
ESTENOSE MITRAL
TRATAMENTO INTERVENCIONISTA:
COMISSUROTOMIA MITRAL
TROCA VALVAR
- Escore Block > 11
- Valva calcificada
- Insuficiência mitral grave
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