Da comunidade tradicional a
virtual: caminhos a percorrer
Profª Drª Arlinda Cantero Dorsa
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A comunidade pode ser definida como
uma forma espontânea, natural, de vida
associativa, constituída de uma
aglomeração humana em uma perfeita
vida social
com o olhar na ecologia, na
tradição e na participação na vida comum.
Nóbrega (1970)
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Há nesse sentido, uma relação com a
idéia de se considerar a comunidade
como um sistema vivo, mutável e variável,
uma dinâmica de relacionamento que
determina os rumos de um grupo de
pessoas, pensamento este de Baptista
(1978)
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Ao defender a idéia que comunidade e
liberdade são conceitos em conflito,
Baumann (2003), conceitua a primeira
como tecida de compromissos de longo
prazo, de direitos inalienáveis e que ao se
viver em comunidade, fato este
considerado um privilégio, paga-se o
preço de perder a liberdade.
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Quando se discute a questão da liberdade,
percebe-se que as comunidades virtuais
perpassam os chamados limites tradicionais de
grupos ou equipes, ou mesmo as fronteiras de
uma organização.
Tem-se como base explicativa que os membros
pertencentes a essas comunidades podem estar
a quilômetros de distância, pertencerem a um
departamento único ou à instituições distintas e
se relacionarem.
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Comunidades virtuais são os agregados
sociais surgidos na Rede, quando os
intervenientes de um debate o levam por
diante em número e sentimento
suficientes para formarem teias de
relações pessoais no ciberespaço”.
Rheingold (1996, p.18)
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Quando se fala em teias de relações
pessoais depreende-se não só interações,
sentimentos, pontos de vista como
também um “ecossistema de culturas
diferenciadas a partir de práticas e
interesses de cada grupo”. Machado e
Tijiboy ( 2005, p.2)
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Castells (2003), reforça este pensamento
quando afirma que a Internet hoje, muito
mais que uma tecnologia à disposição do
usuário é o meio de comunicação
constitutivo da forma organizativa da
sociedade. A formação de redes de
interação vem atingindo as mais diversas
esferas e campos de conhecimento,
desde o plano econômico, científico,
cultural.
As comunidades virtuais aproximam, com
emprego da tecnologia digital e das redes
de comunicação, indivíduos os quais,
ainda que geograficamente distantes,
possuem interesses comuns em temas
sociais, culturais, profissionais ou de
entretenimento.
 Com a aproximação desses atores, em
ambientes virtuais, há uma renovação da
linguagem, dos hábitos, dos costumes e
da própria tecnologia, numa espécie de
mescla cultural. Sartori e Roesler,(2010).
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Nos anos 90, a expressão comunidade virtual
foi definida a partir dos seguintes elementos e
questionamentos:
com relação a tema, os questionamentos eram
sobre o que se falava, quais os interesses
comuns.
Com relação às pessoas, havia a preocupação
de se questionar a forma como se interagiam,
como estabeleciam relações entre si em torno
do tema interessado;
com relação à presença da ação e interesse,
em comunidades, discutia-se sobre o que as
pessoas aprendiam e experenciavam juntas.
Considerando essa “nova” gênese da
comunidade/ interação, como pode isso
ser qualificado e entendido sob o olhar de
diversas áreas?
 Como entender se os chamados espaços
virtuais podem ou não ser considerados
comunidades virtuais?
 A busca de respostas aos
questionamentos, e por conseqüência a
formação de outros, mostra a justificativa
de realização de pesquisas.
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