A nova lógica do ensino na
sociedade da informação
KENSKI, Vani. In: Tecnologias e Ensino presencial
e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003.
INTRODUÇÃO
 Vivemos um período de transição social,
que se reflete em mudanças na forma de
pensar e fazer educação.
 Os paradigmas da educação tradicional,
baseados na educação compulsória e
massiva, já não satisfazem.
INTRODUÇÃO
 Não se trata de adaptar as formas tradicionais
de ensino aos novos equipamentos ou vice –
versa.
 A opção e o uso da tecnologia digital, sobretudo
das redes eletrônicas de comunicação e
informação, mudam toda a dinâmica do
processo.
 Favorecer aprendizado personalizado e
aprendizado cooperativo em rede.
O novo papel do Professor
O que é ser professor virtual?
 A nova lógica de ensinar utilizando-se das redes
é a redefinição do papel do professor.
 Trazer o professor para o meio do grupo de
alunos.
O professor passa a encarar a si mesmo e a
seus alunos como uma “equipe de trabalho”,
com desafios novos e diferenciados a vencer, e
com responsabilidades individuais e coletivas a
cumprir.
Espírito de equipe!
Surgem novos tipos de estruturas grupais
de ensino:
 Grupos de estudos
 Equipes de trabalho
 Comunidades de aprendizagem.
(Tempo)
Redefinição do tempo na
aprendizagem
 A utilização das redes altera o tempo e o espaço
da aprendizagem.
 Alunos e professores extrapolam os tempos e o
espaço restritos das salas de aula
convencionais.
Todo mundo chega à “sala de aula”
 Favorecem Espaço de “inclusão educacional”.
 Portadores de deficiência física, os
hospitalizados, os impossibilitados de
locomoção; os detentos e as pessoas idosas.
Espaços virtuais colaborativos
 Maior interação, envolvimento e compromisso
social, formando “cidadão participativo”
comprometido com a melhoria de sua
aprendizagem e do grupo social.
Adequações necessárias
 As mudanças mais importantes para o
oferecimento de ensino de qualidade devem
ocorrer na formação do professor.
 O docente deve ser atualizado nos mesmos
passos em que a tecnologia.
Adequações necessárias
 Para acabar com a exclusão digital e beneficiar







quem não tem acesso ao meio eletrônico
“mudança institucional”.
Transformar instituições de ensino em pólos de
ação e produção de cultura e conhecimento
para todos os cidadãos.
Adoção de novos currículos
Flexibilização das estruturas de ensino
Interdisciplinaridade dos conteúdos
Desenvolvimento de pesquisas
Intercâmbios de convênios Inter-institucionais
Relacionamento com o sistema produtivo e
organismos governamentais
Adequações necessárias
A relação entre a educação e novas tecnologias
requer novos posicionamentos ligados à política
e à gestão da educação.
 Oferta democrática de ensino
 Formação de professores
 Ensino que favoreça à construção do
conhecimento
 Comunidades diferenciadas de ensino
 Projetos de aprendizado no coletivo
Questão para discussão
1. O texto faz alusão a importantes aspectos:
papel do professor, relativização do tempo
e do espaço na aprendizagem, espaços de
inclusão, espaços virtuais colaborativos,
novos currículos, flexibilização das
estruturas de ensino, interdisciplinaridade,
pesquisa, intercâmbios e convênios,
políticas e gestão educacionais com bases
democráticas... Que implicações tais
aspectos trazem para o âmbito da EAD?
Do ensino interativo às
comunidades de
aprendizagem
KENSKI, Vani. In: Tecnologias e Ensino presencial
e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003.
O modelo atual
 A divisão social imposta no nosso cotidiano
organiza pessoas em grupos distintos. Os que
mandam e os que obedecem. Chefes e
subordinados.
Os que ensinam e os que
aprendem. Professores e alunos.
Realidade atual
 O que aprendemos na escola, universidade ou
no trabalho já não nos oferece a confiança do
saber atualizado.
 O conhecimento estruturado e construído com
duros anos de estudo precisa ser
constantemente atualizado. Não há espaço para
certezas e verdades definitivas.
Realidade atual
Constante aprendizagem imposto pelo meio
social, educação, trabalho...
“Viramos consumidores de informação”.
Diluem-se nesses novos espaços professores e
alunos. Não mais professores e alunos, mas
pessoas que buscam o saber em meios de
informação veiculada.
Isoladas no movimento em direção ao saber,
essas pessoas sentem que o saber só não
basta. Buscam o outro com quem dialogar,
conversar, trocar idéias e refletir.
Ciberespaço
 Possibilita novas configurações de
aprendizagem.
 Sem paradigmas da educação formal
 Propicia ir além da informação, além da
aprendizagem. Desencadeia ações de
consciência, valores sociais, reflexão que exibe
nesse novo ambiente as pessoas que somos.
 Abre novas possibilidades e configurações para
as pessoas aprenderem.
Comunidades virtuais
 A organização social humana desenvolveu-se a
partir de inovações produzidas pelo tipo de
tecnologia social utilizada.
 Sociedades caçadoras, coletoras, agrícolas e
industrial. Todas seguindo o tipo de sociedade
da época.
 Atualmente, novo modelo de organização –
baseado nas TIC.
 Cidadania virtual e identidade cultural: em torno
de interesses específicos, para além da
definição territorial.
Comunidades virtuais
 Rheingold (1991) mudança em 3 níveis;
 Nível das percepções
 Nível das relações interpessoais
 Nível político
Comunidade Virtual de
Aprendizagem
 Uma comunidade de aprendizagem vai além do
tempo, disciplina ou curso.
 Não se constitui de períodos finitos e
ultrapassam suas temporalidades. Seu tempo é
o tempo em que seus membros se interessam
em estar ali interagindo.
Comunidade Virtual de
Aprendizagem




Objetivos comuns
Centralização de resultados
Trabalho em equipe
Professores assumem o papel de orientadores e
animadores de equipe
 Aprendizagem colaborativa
 Interação permanente
Comunidade Virtual de
Aprendizagem
Três aspectos são importantes em comunidades
de aprendizagem:



Interação
Cooperação
Colaboração
Interação
 O avanço tecnológico possibilitou o surgimento
de Ambientes virtuais interativos - espaço
virtual construído para a interação entre as
pessoas e também entre “objetos” e programas
visuais.
 Algumas características comuns a esses
ambientes virtuais: senso partilhado de espaço,
presença, tempo, forma de comunicação e
forma de partilha.
 O ambiente deve garantir aos participantes a
habilidade de interagirem uns com outros.
Cooperação
 Os trabalhos cooperativos desenvolvidos nas
redes incluem mecanismos de comunicação
que permitem as pessoas ver, ouvir e enviar
mensagem uma as outras.
 O compartilhamento da área de trabalho permite
que essas pessoas usem o mesmo ambiente
virtual pra trabalhar ao mesmo tempo, ou em
diferentes momentos, utilizando das mesmas
bases de informação.
 Exemplo: Groupware - sistema que suporta
grupos de pessoas engajadas em uma tarefa
comum – ambiente compartilhado.
Colaboração
 No ambiente virtual de aprendizagem, a
colaboração de cada um para a realização de
atividades de aprendizagem, criam laços e
identidades sociais.
 Os participantes aprendem não somente o
conteúdo específico, mas também regras e formas
de convivência e sociabilidade. Todos dependem de
todos para a realização da atividade.
 A diferença entre colaboração e cooperação: a
colaboração não é somente um auxilio ao colega,
ela também pressupõe a realização de atividades
de forma coletiva – complementa a tarefa do outro.
Finalizando
 A dinâmica das comunidades está
orientada de acordo com o crescente de
todos seus membros.
 Atualizações e acumulações de
conhecimento as mantêm atualizadas e
atraem cada vez mais seus membros e
atrai novos participantes.
Finalizando
 Com o tempo, novos temas são
abordados sob o contexto geral. Essa
prática leva à criação de subgrupos.
 Os subgrupos tratam mais
especificamente alguma abordagem do
tema principal.
Desafio
 O maior desafio das comunidades virtuais
é evitar problemas da prática tradicional
de educação.
 Fatos como exclusão, descriminação e
abandono são pontos a serem verificados
e conduzidos cuidadosamente em uma
comunidade.
Desafio
 Comunidades dinâmicas, atuantes e
abertas propiciam processo de
aprendizagem individual e grupal de
qualidade.
 Novas formas de participação,
relacionamento e de interação entre
ensinandos e aprendizes.
Questões para discussão
1. Como elaborar cursos de EAD que viabilizem a
formação de comunidades de aprendizagem?
(vide p. 107)
2. Que desenho didático um curso de EAD deve
assumir para trabalhar a colaboração?
3. “A comunidade virtual ativa desperta o desejo e
a necessidade de colaboração entre seus
membros na medida em que eles se sentem
acolhidos e reconhecidos pelas contribuições e
participações” (ibid., p. 115). Considerando esta
definição de comunidade virtual, que funções o
mediador deve desempenhar para que se atinja
este intento?
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