A VIGILÂNCIA EM SAÚDE
E OS MODELOS DE
ASSISTÊNCIA
Luís Antônio Silva
[email protected]
Vigilância em Saúde
Pessoas / Vida / Riscos / Eventos
Inteligência X Ação = Subsistema de inteligência
operativa - elabora as bases técnicas para o
controle específico de eventos adversos à
saúde.
Vigilância X Programas = Subsistema de
informações - sistemas locais de saúde objetiva agilizar o processo de identificação e
controle de eventos adversos à saúde >
articulada com o planejamento e avaliação dos
programas e serviços.
Vigilância em Saúde
Incorporar as práticas de vigilância em saúde
conjuntamente com o uso de métodos e
técnicas de planejamento destinadas ao
enfrentamento dos problemas identificados:
• identificação e priorização de problemas
• articulação
integrada
de
promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação
Realizar avaliação sistemática através de
estudos e pesquisas com a finalidade de medir
impactos e resultados das ações de saúde
e/ou identificar fatores de risco no âmbito do
espaço geral.
Vigilância em Saúde
•Fortalecer o processo de autonomia políticogerencial e elevar a capacidade técnicooperacional
dos
municípios
para
o
desenvolvimento das ações voltadas ao
enfrentamento dos problemas de saúde de
acordo com o perfil epidemiológico local.
A vigilância como instrumento de saúde pública
deve ser entendida como um pré-requisito para a
elaboração de planos e programas de saúde e um
instrumento para avaliação do seu impacto.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SISTEMAS DE
VIGILÂNCIA
Cada subsistema de vigilância será responsável pelo
acompanhamento contínuo de específicos eventos adversos à
saúde, com o objetivo de estabelecer as bases técnicas, assim
como as normas para a elaboração e implementação dos
respectivos programas de intervenção.
Os subsistemas de vigilância abrangerão quaisquer eventos
adversos à saúde, poderão ser desenvolvidos nas formas ativa
ou passiva e utilizarão todas as fontes de informações
necessárias e disponíveis.
Os subsistemas de vigilância de eventos adversos específicos à
saúde são pré-requisitos para a elaboração e instrumento para a
avaliação e reformulação periódica de planos e programas de
saúde.
Os subsistemas de vigilância devem ser adequados,
periodicamente, às condições da estrutura e grau de
desenvolvimento e complexidade tecnológica do Sistema Único
de Saúde (SUS).
O SUS deverá desenvolver tantos subsistemas de vigilância para
eventos adversos à saúde quantos sejam os problemas
prioritários.
Os sistemas locais poderão ou não aderir a cada um desses
subsistemas, conforme suas prioridades e recursos disponíveis
para desenvolver os programas para o enfrentamento dos
eventos.
Constituem exceções as doenças de notificação compulsória.
Os sistemas de vigilância constituem o elo de ligação entre o
subsistema de serviços de saúde e o de pesquisa do SUS.
Devem submeter-se a avaliações freqüentes, de forma que eles
possam se adequar às características dos sistemas nacionais de
saúde, em cada momento.
EPIDEMIOLOGIA E A VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Decisão-Ação:
Propósito de fornecer subsídios permanente para os
que têm a responsabilidade de tomada de decisão.
Constitui-se em importante instrumento para o
diagnóstico, o planejamento, a organização e a
operacionalização dos serviços de saúde.
MARCO REFERENCIAL É A EPIDEMIOLOGIA
O método epidemiológico é o próprio método científico
aplicado aos problemas de saúde das populações
humanas. Sendo uma disciplina multidisciplinar por
excelência, a epidemiologia alcança um amplo
espectro de aplicações.
Aplicações mais freqüentes do método
epidemiológico na Vigilância em Saúde:
• descrever o espectro clínico das doenças e sua
história natural;
• identificar fatores de risco em grupos de
indivíduos que apresentam maior probabilidade de
serem acometidos por determinados eventos;
• prever tendências;
• avaliar o quanto os serviços de saúde respondem
aos problemas e necessidades das populações;
• verificar o impacto de estratégias de
intervenção, assim como as características de
acesso e disponibilidade dos serviços de saúde.
Análise da situação de saúde
• Diagnósticos de saúde: acompanhamento e
análise sistemática da evolução de indicadores
demográficos, sociais, econômicos e de saúde,
para melhor compreensão dos determinantes
das
condições
de
saúde
da
população
(processo saúde-doença).
Avaliação de serviços
A avaliação de serviços de saúde pode ser feita
de diversas formas, mas, de maneira geral,
leva em conta o acesso da população aos
serviços, a cobertura oferecida e os resultados
alcançados.
A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
A ATENÇÃO
PROGRAMA
PRIMÁRIA
À
SAÚDE
COMO
A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO NÍVEL
DE ATENÇÃO
A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO
ESTRATÉGIA DE ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA
DE SERVIÇOS DE SAÚDE
FONTE: MENDES (1996)
APS e ESF
Marco Histórico Conceitual
Conferência de Alma Ata/1978 sobre Cuidados
Primários de Saúde
*serviços essenciais de saúde: acessibilidade,
aceitabilidade,
participação
social,
custo
compatível
*constituem o núcleo central do sistema nacional de
saúde e do desenvolvimento sócio-econômico
geral da comunidade e do país;
*autoconfiança
da
comunidade
e
educação
apropriada (capacita para a tomada de decisão)
*apoio dos outros níveis do sistema (técnico,
financeiro, supervisão e referência)
Cuidados Primários de Saúde (Alma Ata)
*tecnologias
apropriadas
(cientificamente)
e
socialmente aceitas;
*pessoal treinado social e tecnicamente;
*pessoal integrado com a comunidade;
*desenvolvimento integrado ao da comunidade de
promoção, prevenção, cura e reabilitação;
*promoção de nutrição adequada, incluindo água;
*saneamento básico;
*saúde
materno-infantil
inclui
imunizações
e
planejamento familiar ;
*prevenção e controle de endemias;
*educação em saúde (sanitária);
*tratamento das doenças e danos mais comuns;
*provisão de medicamentos essenciais.
ESF – Conceitos e Diretrizes
 Saúde como qualidade
 Territorialização
de vida
 Família – núcleo
básico de abordagem
 Assistência integral
 Humanização
 Participação da
comunidade
 Adscrição de clientela
 Intervenção
multidisciplinar
 Planejamento local
 Liberdade da equipe
 Educação continuada
SUS / SC Internações
Ano / cobertura PSF
total
1999
2003
414.319 378.237
2004
373.351
% por condições
sensíveis atenção
ambulatorial
21,1
19,2
18,3
% diminuição total
-
8,7
1,3
% diminuição internações
por condições sensíveis
atenção ambulatorial
-
12,4
5,9
SECRETARIA DE ESTADO DA
SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
DVS
DIVE
DIAF
LACEN
Missão da Vigilância Sanitária:
Promover e proteger a saúde da população por meio
de ações integradas e articuladas de coordenação,
normatização, capacitação, educação, informação,
apoio técnico, fiscalização, supervisão e avaliação em
Vigilância Sanitária.
Visão
Ser um centro de referência, coordenador da rede
estadual de Vigilância Sanitária, garantindo a inclusão
social e a construção da cidadania para a proteção da
vida.
Ações Prioritárias
1 - Cadastramento.
2 - Ação educativa em Vigilância Sanitária.
Inspeção Sanitária
3 - Comércio de Alimentos.
4 - Drogarias / Ervanárias e Postos de Medicamentos.
5 - Creches e estabelecimentos de atenção pré-escolar:
creche, pré-escola, berçário.
6 - Estabelecimentos de Ensino Fundamental.
7 - Estações Rodoviárias e Ferroviárias.
8 - Empresa Prestadora de Serviços de Limpeza e/ou
Desinfecção de poços/caixas d’água, conservação de
ambientes, capina química, esgotamento sanitário.
9 - Distribuidora de Produtos Saneantes.
10 - Instituto de Beleza sem Responsabilidade Médica
(manicure, pedicure, barbearia, sauna e congêneres).
11 - Estabelecimentos de Massagem.
12
Academia
de
ginástica,
musculação,
condicionamento físico, clubes e congêneres, inclusive
parques aquáticos
13 - Estabelecimentos comerciais e/ou de distribuição
e/ou transporte de produtos veterinários e/ou
agrotóxicos.
A VIGILÂNCIA E CONTROLE DAS ZOONOSES
ASPECTOS
RELEVANTES:
- Agentes etiológicos;
- Vetores, hospedeiros
e reservatórios;
- Meio ambiente.
DESAFIOS:
Estruturar os
serviços buscando a
integralidade da
atenção e a
intersetorialidade
das ações.
PROGRAMAS ESTRUTURADOS:
 DENGUE
 MALÁRIA
 LEISHMANIOSE
 ESQUISTOSSOMOSE
 HANTAVIROSE
 LEPTOSPIROSE
 RAIVA
 TENÍASE/CISTICERCOSE
AÇÕES DE SUPORTE AOS PROGRAMAS:
•
•
•
•
•
•
CAPACITAÇÕES ESPECÍFICAS;
ENTOMOLOGIA;
CAPTURAS DE ROEDORES SILVESTRES;
BLOQUEIOS VACINAIS EM CÃES E GATOS;
ALIMENTAÇÃO E COORDENAÇÃO DE SISTEMAS INFORMATIZADOS;
SUPERVISÕES DE CAMPO.
A VIGILÂNCIA DAS IMUNOPREVINÍVEIS

DOENÇAS EXANTEMÁTICAS (Sarampo, Rubéola, Síndrome da
Rubéola Congênita)
 HEPATITES VIRAIS
 TÉTANO (Acidental e Neonatal)
 DIFTERIA
 COQUELUCHE
 VARICELA
 CAXUMBA
 POLIOMIELITE E PFA
 VIGILÂNCIA SENTINELA DA INFLUENZA
DESTAQUES DA ÁREA:
 MANTER A POLIOMIELITE ERRADICADA
 MANTER ELIMINAÇÃO DO SARAMPO
ELIMINAR A RUBÉOLA E SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA
 MANTER OCORRÊNCIA ZERO DE TÉTANO NEONATAL
 REDUZIR OS CASOS DE DOENÇAS PREVENÍVEIS POR VACINAS
IMUNIZAÇÃO:
VACINA
TETRAVALENTE
(DPT + HIB) ( Menores de 1 ano)
INDICADOR
95%
CONTRA A POLIOMIELITE (Menores de 1 ano)
95%
BCG (Menores de 1 ano)
90%
VTV (SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA) ( 1 ano)
95%
dT (DIFTERIA E TÉTANO)
Mulheres em Idade Fértil - 12-49 anos
100%
CONTRA HEPATITE B (Menores de 20 anos)
95%
FEBRE AMARELA
(Menores de 1 ano de municípios de área de transição)
95%
POLIOMIELITE (CAMPANHAS) - Menores de 5 anos
100%
INFLUENZA (CAMPANHA) (60 anos e mais)
70%
A VIGILÂNCIA DE AGRAVOS:
 DOENÇAS EMERGENTES DE ORIGEM NÃO IDENTIFICADA
 TUBERCULOSE
 MENINGITES
 HANSENÍASE
 DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HIDRICA E MONITORAMENTO DE
DIARRÉIAS

VIGILÂNCIA NUTRICIONAL
 DANT`s
DESTAQUES DA ÁREA:
 MANTER A POLIOMIELITE ERRADICADA
 MANTER ELIMINAÇÃO DO SARAMPO
ELIMINAR A RUBÉOLA E SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA
 MANTER OCORRÊNCIA ZERO DE TÉTANO NEONATAL
 REDUZIR OS CASOS DE DOENÇAS PREVENÍVEIS POR VACINAS
A VIGILÂNCIA DAS DST’s/HIV/AIDS:
 PLANO DE AÇÕES E METAS – PAM; Projeto de Redução de Danos;
Projeto de Transmissão Vertical.
 33 municípios com PAM; 10 Projetos ONG’s/PAM; 40 Projetos ONG’s
Continuidade; 10 Projetos OG’s Continuidade.
DESAFIOS E PROPOSTAS
 Promover a equidade: redução das diferenças regionais;
 Reduzir a transmissão vertical do HIV e Sífilis;
 Garantir que 100% das gestantes tenham acesso ao diagnóstico e ao
tratamento do HIV e Sífilis;
 Reduzir a taxa de incidência e a taxa de mortalidade de Aids;
 Ampliar a oferta de preservativos (masculino e feminino);
 Ampliar diagnóstico precoce do HIV garantindo o acesso do HIV+ à
assistência preventiva;
Ampliar diagnóstico e tratamento das DST’s na rede de atenção básica;
 Fortalecer as redes sociais, buscando em parceria a sustentabilidade das
ONG’s;
 Melhorar a qualidade da gestão em saúde fortalecendo a criação de
mecanismos institucionais de planejamento e acompanhamento.
MISSÃO
Promover ações de saúde na área laboratorial,
como referência estadual, atuando diretamente ou
em parceria, garantindo serviços de qualidade em
benefício da população.
VISÃO
Expandir suas atividades laboratoriais e de
pesquisa;
 Firmar-se como instituição escola;
 Consolidar sua condição de Referência;
 Satisfazer as necessidades dos seus servidores
e da população.
DIVISÃO DE BIOLOGIA MÉDICA
SEÇÃO DE BACTERIOLOGIA
SEÇÃO DE HANSENÍASE
SEÇÃO DE LEPTOSPIROSE
SEÇÃO DE MICOLOGIA
SEÇÃO DE TUBERCULOSE
SETOR DE VIROLOGIA
SEÇÃO DE ANÁLISES IMUNOLÓGICAS
SEÇÃO DE ANÁLISES NEONATAIS
DIVISÃO DE PRODUTOS E MEIO AMBIENTE
SEÇÃO DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
SEÇÃO DE ANÁLISES DE ÁGUA E MEIO AMBIENTE
SEÇÃO DE ANÁLISES FÍSICO QUÍMICAS
SEÇÃO DE MICROSCOPIA DE ALIMENTOS
SEÇÃO DE TOXICOLOGIA
INSTITUTO DE ANATOMIA PATOLÓGICA/SVO
"Proporcionar aos clientes dos serviços de anatomopatologia,
citopatologia e verificação de óbito atendimentos com foco na
qualidade da assistência, humanização e ética".
“Prestar assistência à saúde com ênfase em diagnósticos
laboratoriais de anatomopatologia e citopatologia preconizando
o fortalecimento de ações preventivas e a melhoria do perfil
epidemiológico por meio do SVO”.
Instituto de Anatomia Patológica/SVO presta, exclusivamente
aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), os serviços em
três áreas distintas:
Anatomia Patológica
Citopatologia: área preventiva
Serviço de Verificação de Óbitos: base da investigação
epidemiológica
INSTITUTO DE ANATOMIA PATOLÓGICA/SVO
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Vigilânia em Saúde e os Modelos de Assistência