ÁGORA Revista Eletrônica
Ano VII
nº 14
Junho de 2012.
P. 158 – 161
QUE FORMAÇÃO ESTÁ DISPONÍVEL AO PROFESSOR
PARA TRABALHAR A INFORMÁTICA NA ESCOLA?
Marcelo Tomczak1
Resumo
O perante artigo argumenta se há alguma formação na área técnica em informática
impostas pelas instituições de ensino superior, ao professor que está se formando em curso
de licenciatura para que ele mais tarde possa utilizar recursos da informática disponibilizada
pelo governo, para passar o conteúdo de sua disciplina através de meios informatizados
para seus alunos.
Palavras-chaves: Professor. Aluno. Informática. Ciência. Universidade.
Abstract
The paper argues that before there is any training in technical computing imposed by
institutions of higher learning, the teacher w ho is majoring in degree course for w hich he later
can use the computing resources provided by the government to pass the contents of your
discipline by computerized means for their students.
Keyw ords: Professor. Student. Computer. Science. University.
INTRODUÇÃO
Existem muitos recursos disponibilizados pelo governo para trabalhar informática na escola
como, por exemplo, laboratórios de informática com computadores com o sistemas operacional linux
educacional (software livre). Mas não existe professor capacitado para trabalhar com essas novas
tecnologias que possa desempenhar essa atividade de forma legal em sala de aula, o mesmo deve
buscar formação que lhe permita desempenhar essa atividade, através de uma formação técnica. Pois
dessa forma o profissional vai saber transmitir o conteúdo ao educando com clareza sabendo trabalhar
as divergências existentes em sala de aula.
O professor deve ter simultaneamente, conhecimento técnico e pedagógico, pois um fornece
suporte ao outro. A partir do momento que o professor sentir seguro com as questões técnicas ele pode
avançar na exploração da informática em atividades pedagógicas mais elaboradas. A capacitação dos
professores é de extrema importância para que haja mudanças expressivas. Isso significa que o
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processo de formação deve propiciar ao professor a construção de novos conhecimentos, a habilidade
de relacionar diferentes conteúdos e construir um novo referencial pedagógico.
Observando professores nas escolas constatamos que existe certa resistência do docente a
usar a informática em sua disciplina, talvez por falta de conhecimento em que exista material
informatizado sobre sua disciplina, ou não saber usar essa ferramenta de trabalho.
Analisando esse contratempo que existe, pode-se se pensar em sugerir que nos cursos de
graduação que seja inserida em sua grade curricular uma matéria especifica sobre recursos da
informática, como por exemplo, manusear a parte de software. Assim quando o docente tiver concluído
seu curso, estará mais preparado para ministrar sua disciplina usando o recurso da informática.
Também podemos introduzir uma parceria entre o profissional de informática que existe dentro da
escola, para dar suporte desde parte técnica até assessorando a parte de software.
Quanto mais preparado (técnica e pedagógica) for o profissional, melhor será o entendimento
pelo educando, sendo assim preparando-o melhor para os desafios do dia a dia.
DESENVOLVIMENTO
Geração digital é assim especialista costumam nomear a geração que nasceu depois do
computador, internet, telefone celular e muitas outras tecnologias que passaram a ser parte do nosso
dia a dia.
Os computadores provocaram uma aceleração nas praticas de leitura, escrita, na forma de
assimilar informações. Mas percebe-se que os professores continuam com os mesmos instrumentos de
trabalho distantes da realidade do aluno. O professor nos dias atuais tem um desafio muito grande
porque ele não pode esquecer que mudança social tecnológicas não tem fim. E mais que nunca
percebe que a escola tem que caminhar junto com essas mudanças, mas a questão agora como a
escola pensa pedagogicamente em integrar as mudanças tecnológicas por que elas não têm fim, o
professor deve-se então adaptar a essas novas ferramentas de ensino para que possa acompanhar a
evolução que está diante da realidade dele.
Observando a prática dos professores em sala de aula constatamos que o professor nem
sempre irá ter a certeza que todos os educando compreenderam determinado assunto que ele ministra.
Weiss e Cruz (1998) põem em relevo o computador como uma ferramenta pedagógica que
desperta, na maio ria dos alu nos, a motivação que pode ser o primeiro “ trunfo” do educador
para resgata r a cria nça que não vai bem na sala de aula. O computa dor funciona como um
instrumento que permite uma inte ração alu no-objeto, aluno-alu no e alu no-professor,
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interação baseada nos desafio s e trocas de experiências e na qual o professor age como
facilitador criativo, proporcionando um ambiente capaz de fornecer conexões individuais e
coletivas. Um exemplo pode ser o desenvolvimento de projetos vin culados com a realidade
dos alunos, que sejam integradores de diferentes áreas do conhecimento. As autoras
citadas acreditam que, dia nte de um computador, com uma proposta psicopedagógica e um
ambiente in terativo compartilhado, a criança descontraída pode revela r seu potencia l e suas
reais aquisições, possib ilitando àquela criança com dificuldades de aprendizagem mais uma
oportunid ade de melhorar a auto-estima, o rela cionamento com o parceiro, com o grupo e
com o meio em que vive.
A mídia digital deve ser utilizada dentro de uma concepção de educação que valorize o
desenvolvimento cognitivo e intelectual, sem exageros e, “para que essas situações aconteçam, é
preciso construir uma ponte entre atividades curriculares da sala de aula e o uso do computador” (Silva,
2006).
Um dos pontos críticos do sistema educacional que vem sendo questionado é a formação do
docente. Existe uma grande carência de investir na qualidade nesse processo de ensinar, dessa forma
a formação do docente restringe só aos cursos de licenciaturas, mas não há cursos na área da
tecnologia (informática) para professores nas áreas públicas e até mesmo em nível de terceiro grau, o
professor sai da graduação sem um referencial técnico, e se choca com a inclusão da informática na
sala de aula.
Os cursos de formação, os de longa duração como de formação de professores precisam
ampliar o conceito de integração de reflexão e ação, teoria e prática. Todo o currículo pode ser
pensado em inserir aos alunos em ambientes próximos da realidade que ele irá enfrentar.
A formação do professor precisa ser encarada como um processo permanente. As escolas que
hoje estão formando os novos educadores necessitam ter como objetivo formar um cidadão que esteja
preparado para trabalhar no mundo atual, que seja crítico, tenha condições de criar e principalmente,
de se auto evoluir.
Segundo Lévy (1996) definiu a atual era das tecnologias da informação e comunicação como
uma era posterior à da tecnologia da oralidade e da escrita.
Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e
integrá-los de forma aberta, equilibradora e inovadora. O primeiro espaço de uma nova sala de aula
com atividades diferentes, que integra com a ida ao laboratório conectado em rede para desenvolver
atividades de pesquisa e de domínio técnico e pedagógico. Essas atividades se ampliam a distancia,
nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à internet e se completam com espaços e tempos
de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.
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A era digital impõe uma nova visão de existir no mundo, gerando outras formas culturais, que
vêm substituindo princípios, valores, processos, produtos e instrumentos tecnológicos que medeiam à
ação do ser humano com o meio.
É preciso lembrar que os computadores são ferramentas como quaisquer outras. Uma
ferramenta, sozinha, não faz o trabalho. É preciso um profissional, um mestre no ofício, que a
manuseie, que a faça fazer o que ele acha que é preciso fazer. É preciso, antes da escolha da
ferramenta, um desejo, uma intenção, uma opção. Havendo isto, até o mais humilde computador pode
transformar-se em poderosa ferramenta didática. Assim como o mais moderno dos computadores
ligado à Internet. Não havendo, é este que vira lixo metálico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essa questão atrai a utilizá-la a informática na escola como um recurso didático tecnológico
para poder introduzir num processo de aprendizagem social, mas por outro lado contesta certa questão
de como a informática vem sendo trabalhada na formação dos profissionais da docência.
BIBLIOGRAFIA
BISOL, Myrian Veronese: Monografia. Formação do professor em informática: Atendendo aos
desafios tecnológicos com diversidade de propostas didático-pedagogi cas. Frederico westphalen
julho de 2004.
LÉVY, Pierre. Que é o virtual? São Paulo: edição 34, 1996.
REVISTA DIÁLOGO EDUCACIONAL: Programa de pós graduação em educação PUCPR. Volume 4
numero 12 maio/agosto 2004.
SILVA, Célia M. O. Criança-professor-computador: possibilidades interativas na sala de aula.
Rev. Humanidades (Online) Jullho/ dez. 2006: V. 21 (nº 2): Disponível em
http://www.unifor.br/images/pdfs/pdfs_notitia/2586.pdf. Acesso em: 17/08/2011.
WEISS, A. M. L.; CRUZ, M. L. R. M. da. A Informática e os Problemas Escolares de Aprendizagem.
Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1998.
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