FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA TÍTULO: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMO METODOLOGIA DE ENSINO DO CONCEITO DE SEMELHANÇA COM ALUNOS DE 8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL Autor Vera Caroline Lavagnini de Gaspari Escola de Atuação Escola Estadual Moreira Salles – Ensino Fundamental Município da escola Moreira Sales - Pr Núcleo Regional de Educação Goioerê Orientador Professor Me. Fábio Alexandre Borges Instituição de Ensino Superior Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão – FECILCAM Disciplina/Área (entrada no PDE) Matemática Produção Didático-pedagógica Unidade Didática Relação Interdisciplinar História e Arte (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho) Público Alvo Alunos de 8ª série do Ensino Fundamental (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...) Localização Escola Estadual Moreira Salles – Ensino Fundamental (identificar nome e endereço da escola de implementação) Avenida João Adamo, 605 Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e A Produção Didático-Pedagógica aqui apresentada, sob a forma de Unidade Didática, tem como objetivo principal, utilizar a Resolução de Problemas como metodologia para superar as dificuldades que o aluno tem em resolver problemas e despertar nele um processo de construção do conhecimento, ao mesmo tempo, tornar as aulas de matemática mais dinâmicas espaçamento simples) e que correspondam em aplicações nas mais variadas situações cotidianas. Nesta perspectiva, pretende-se trabalhar o conceito de Semelhança de Triângulos, com alunos de 8ª série do Ensino Fundamental. Por usar conceito geométrico de razão e proporção, é uma importante ferramenta usada na engenharia, na arquitetura, na topografia e em outras atividades profissionais, para o cálculo de distâncias e alturas inacessíveis. Pretende-se trabalhar tal conceito com atividades experimentais e deduções, nas quais os alunos, por meio de desenhos, fotografias, ampliações e reduções de figuras, medições e interpretações, identificarão as proporcionalidades em geometria, especialmente a do Triângulo. Deste modo, ao se trabalhar a geometria na forma de resolução de problemas, os alunos são estimulados a explorar ideias geométricas, proporcionando-lhes condições para a discussão e articulação de novos conceitos e a soluções dos problemas apresentados, contribuindo assim, para a descoberta do mundo que o cerca. Palavras-chave (3 a 5 palavras) Resolução de Problemas; Semelhança de triângulos; Proporcionalidade. Resolução de Problemas como metodologia de ensino do conceito de Semelhança com alunos de 8ª série do Ensino Fundamental. Professora PDE: Vera Caroline Lavagnini de Gaspari APRESENTAÇÃO O presente material é parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria Estadual de Educação do Paraná - SEED. As atividades do Programa foram realizadas em parceria com a Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão – FECILCAM, na área de Matemática, sob a orientação do Professor Me. Fábio Alexandre Borges. O material didático-pedagógico aqui apresentado, sob a forma de Unidade Didática, tem como objetivo principal utilizar a Resolução de Problemas como recurso metodológico para o ensino do conceito de Semelhança, com alunos de 8ª série da Escola Estadual Moreira Salles – Ensino Fundamental, em Moreira Sales-Pr, nas aulas de Matemática, no segundo semestre de 2011. A Resolução de Problemas é uma das metodologias mais importantes do ensino de matemática. Afinal, por muito tempo, pensou-se na relação entre matemática e resolução de problemas, sendo que esta ciência evoluiu, em boa parte, graças às diversas tentativas de solução para problemas, cotidianos ou não. É por meio dela que o aluno desenvolve sua capacidade de observar, pensar, interpretar, estabelecer relações, generalizar e concluir, estimulando, assim, o espírito crítico e o modo de pensar matemática. Segundo Lupinacci e Botin (2004) “a resolução de problemas é um método eficaz para desenvolver o raciocínio e para motivar os alunos para o estudo da matemática”. Ainda, na visão das autoras, o processo de ensino e aprendizagem só se concretiza quando os problemas forem interessantes e que podem ser explorados e não apenas resolvidos. As atividades aqui propostas têm por objetivo despertar no aluno um processo de construção do conhecimento, ajudando-o a superar suas dificuldades em Matemática, principalmente em relação à resolução de problemas. As ideias matemáticas e os resultados serão obtidos de experiências vivenciadas por ele, o que tornará o ensino de matemática mais significativo. Para Dante (1991), “é preciso desenvolver no aluno a habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções às questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela”. Dessa forma, acredita-se que situações motivadoras e próximas da realidade favorecerão a aprendizagem e desenvolverão processos de pensamento matemático, que possibilitará ao aluno aplicar os conceitos adquiridos sobre Semelhança no seu cotidiano. INTRODUÇÃO A ideia de proporção e sua aplicação em Geometria são bastante antigas. Os egípcios já utilizavam o conceito de proporcionalidade na resolução de problemas práticos. Os geômetras gregos também davam importância à questão da proporcionalidade, principalmente na arquitetura e agrimensura. Por meio da determinação da razão de semelhança entre triângulos, os gregos calcularam a medição da altura de objetos e das edificações (pirâmides), a partir de sua sombra (CARVALHO; MENDES; BRITO, p.141). Segundo a história, Tales de Mileto (624 – 547 a.C.1), filósofo, astrônomo e matemático, é considerado o primeiro grande pensador e geômetra grego. Como matemático, interessou-se pela Geometria e demonstrou que a relação entre os lados correspondentes de dois triângulos semelhantes é sempre a mesma, independente das medidas de seus lados. Em viagem para o Egito, um dos grandes objetivos de Tales era entrar em contato com sacerdotes, adquirir conhecimentos e conhecer as pirâmides. Ficou 1 Há divergências entre autores sobre a data da morte de Tales. sabendo que as pirâmides tinham algo de especial: elas podiam ser vistas e tocadas, mas não medida sua altura. Tales aceitou o desafio de descobrir a altura da pirâmide. Usando seus conhecimentos sobre Geometria e Proporcionalidade, ele sabia que os raios solares que chegavam à Terra estavam na posição inclinada e eram paralelos. Dessa forma, concluiu que havia uma proporcionalidade entre as medidas da sombra e da altura dos objetos. Fincou uma estaca na areia, mediu as sombras da pirâmide e da estaca em determinada hora do dia. A razão entre a altura da pirâmide e o comprimento da sombra projetada pela pirâmide, somada com a metade do comprimento de sua base, era igual a razão entre a altura da estaca e o comprimento da sombra projetada por essa estaca. Tales fez os cálculos e, assim, conseguiu descobrir a altura da pirâmide. Com o passar do tempo, a estratégia utilizada por Tales, conhecida como Teorema de Tales, foi sendo aperfeiçoada e se tornou uma importante ferramenta na geometria para o cálculo de distâncias e alturas inacessíveis, e nas relações envolvendo proporcionalidade de triângulos ou semelhanças. Por usar conceito geométrico de razão e proporção, o Teorema de Tales tem diversas aplicações no cotidiano. É usado na engenharia, na arquitetura, na topografia e em outras atividades profissionais. Ao se trabalhar a proporcionalidade em geometria por meio do Teorema de Tales e do conceito de Semelhança, procura-se com a resolução de problemas, envolver os alunos em situações reais nas quais o saber geométrico, articulado com a aritmética e com a álgebra, tem um grande valor na formação do indivíduo, ajudando-o a explorar, construir, representar e descobrir o mundo que o cerca. Enfim, a geometria é um campo da matemática que, ao ser trabalhado na forma de resolução de problemas e por ter aplicação direta no dia-a-dia, torna o ensino da matemática menos abstrato, ao mesmo tempo em que oportuniza ao aluno vivenciar novas experiências que se transformarão em instrumentos de compreensão e intervenção do espaço em que vive. Atividades Atividade 1: Problema inicial O trabalho iniciará com a seguinte situação-problema: Qual a altura do poste de luminárias que se encontra no pátio da escola? Os alunos, divididos em grupos de 5 alunos, serão convidados a irem ao pátio da escola, onde observarão a altura do poste de uma luminária e refletirão, em equipes, sobre o seguinte problema: é possível calcular a altura real do poste, sem que, para isso, tenhamos qualquer material de medida e, também, sem o acesso ao ponto máximo do poste? A ideia é que, utilizando-se da metodologia de Resolução de Problemas para o ensino de Matemática, na qual o professor assume uma conduta de instigador das possibilidades de resolução, sem, com isso, “entregar” as respostas prontas, os alunos poderão refletir e levantar hipóteses de cálculos de acordo com suas ideias particulares, ou concepções prévias (MORTIMER, 2000; SANTOS, 1991). Após um período de observação, os estudantes irão reproduzir, no papel, as hipóteses de cálculo levantadas, as quais deverão ser debatidas em sala de aula, na presença de todos os alunos. Com isso, pretende-se que o grupo chegue num modelo de resolução (fórmula), e que este seja suficiente para cálculos de qualquer altura inacessível de objetos. Possíveis temas a serem discutidos: sistemas de medidas, proporcionalidade (dentro do tema proporcionalidade, as fórmulas de Regra-de-três e Teorema de Tales) e Semelhança de Triângulos, etc. Após a discussão e formulação de um algoritmo para a solução do problema, serão propostos outros problemas, retirados de livros e internet, para que se possa identificar se o conceito matemático envolvido no problema inicial (cálculo da altura do poste) foi bem compreendido. * Tempo previsto para a atividade 1: Quatro aulas Segmentos Proporcionais A comparação entre dois segmentos pode ser feita por meio do quociente entre os números que expressam as medidas desses segmentos. Para isso, usase os conceitos de razão e proporção. Considerando dois segmentos, tomados na mesma unidade, denomina-se razão o quociente entre os números que exprimem as medidas desses segmentos e, proporção, a igualdade entre essas razões. Pela definição de razão e proporção de segmentos, pode-se dizer que quatro segmentos ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅ , nessa ordem, são proporcionais, quando a razão entre os dois primeiros for igual à razão entre os dois últimos, ou seja: Feixe de Retas Paralelas Três ou mais retas paralelas entre si, em um mesmo plano, formam um feixe de retas paralelas. Uma reta que corta o feixe de paralelas é chamada reta transversal. Propriedade Fundamental da Proporcionalidade Considerando um feixe de retas paralelas cortada por uma reta transversal t, os segmentos formados por essas retas, são congruentes entre si. Ao medir os segmentos ̅̅̅̅ , ̅̅̅̅ , ̅̅̅̅, verifica-se que são congruentes, ou seja, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅ Traçando-se uma outra reta transversal m, também no feixe de retas paralelas, determina-se os segmentos ̅̅̅̅ , ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅ . Medindo os segmentos formados, verifica-se que: ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ . Portanto, traçando-se outras retas transversais ao feixe de paralelas, verifica-se que os segmentos determinados em cada transversal serão congruentes entre si. De modo geral: Se um feixe de retas paralelas determina segmentos equivalentes em uma transversal, então determinará segmentos equivalentes em qualquer outra transversal (GERÔNIMO; BARROS; FRANCO, 2010.p.158). Teorema de Tales Se três ou mais retas paralelas são cortadas por duas retas transversais, os segmentos determinados numa das retas transversais são proporcionais aos segmentos correspondentes determinados na outra transversal (GERÔNIMO; BARROS; FRANCO, 2010.p.160). Representação do feixe de paralelas - Teorema de Tales Atividade 2: Representando um feixe de paralelas no Geoplano. * Material: - Geoplano - Elástico de dinheiro - Régua Esta atividade servirá como introdução aos teoremas mencionados anteriormente, que tratam de feixes de retas paralelas, cortadas por transversais, e as proporcionalidades verificadas. *Procedimentos: 1. Com auxílio de elástico, construa um feixe de três retas paralelas cortadas por duas transversais. 2. Meça o comprimento dos segmentos formados pelas retas. Calcule e compare as razões obtidas. 3. Represente no caderno a figura formada e responda: a) Os segmentos possuem as mesmas medidas? b)Os segmentos são proporcionais? Justifique sua resposta. * Tempo previsto para a atividade 2: Duas aulas Atividade 3: Construindo segmentos proporcionais com palitos de sorvete * Material: - palitos de sorvete - cola - régua * Procedimentos: a) Construa com os palitos de sorvete, um feixe de três retas paralelas cortadas por duas transversais; b) Cole os palitos; c) Meça o comprimento dos segmentos formados por eles como na atividade anterior. Qual a conclusão que se pode tirar? * Tempo previsto para a atividade 3: Uma aula Atividade 4: Pesquisa *Material - livro didático - internet - caderno *Procedimento Pesquise na internet ou em livro didático a história do Teorema de Tales. Em seguida, em sala de aula, debata com seus colegas o material pesquisado e a relação do mesmo com as atividades desenvolvidas anteriormente. * Tempo previsto para a atividade 4: Duas aulas Atividade 5: Situações - problemas a) O esquema abaixo representa um quarteirão da Vila São Luiz na cidade Moreira Sales. Os lotes têm frentes para a Rua Projetada B e para a Estrada Municipal. As divisas dos terrenos são perpendiculares à Rua Projetada B. Qual a medida da frente de cada lote para a Estrada Municipal, sabendo-se que os dois terrenos juntos têm 102 m para a estrada Municipal? Adaptado de: Plano Diretor do Município de Moreira Sales-Pr. b) Um feixe de 4 retas paralelas encontram as transversais a e b, formando em a os pontos M, N, O, P, e em b, os pontos Q, R, S, T. Sabendo-se que ̅̅̅̅ = 2 cm, ̅̅̅̅ = 4cm, ̅̅̅̅ = 8cm, ̅̅̅̅ = 10cm. Quais as medidas dos segmentos ̅̅̅̅̅ e ̅̅̅̅ ? c) Para construir uma ponte, um engenheiro fez o esboço abaixo. Sabendo-se que as retas a, b e c são paralelas, qual o comprimento que a ponte deve ter? Fonte: Adaptado de: (BONJORNO& AYRTON, 2006, p.158 ) * Tempo previsto para a atividade 5: Duas aulas Semelhança Em geometria, dizemos que duas figuras são semelhantes quando têm a mesma forma, mas, não necessariamente, o mesmo tamanho. São os casos em que a figura é aumentada ou diminuída em seu tamanho. A reprodução de uma figura, além de ter a mesma forma que a figura original, pode ter também o mesmo tamanho. Por isso, original e cópia recebem o nome de figuras congruentes. “Assim, todas as figuras congruentes entre si, isto é, figuras que têm a mesma forma e o mesmo tamanho, são também semelhantes. A congruência é, portanto, um caso particular de semelhança”(DANTE, 2009, p.144). Para que duas ou mais figuras sejam semelhantes, duas condições são necessárias: 1. Os ângulos correspondentes devem ser iguais; 2. Os comprimentos correspondentes devem ser proporcionais. Os triângulos, no entanto, constituem um caso especial. Para que dois triângulos sejam semelhantes, basta que verifiquem uma das duas condições de semelhança. Portanto, dois triângulos são semelhantes quando têm os ângulos respectivamente congruentes ou os lados correspondentes proporcionais. Atividade 6: Usando fotografia para determinar a altura de objetos A atividade mencionada abaixo deverá introduzir as discussões teóricas citadas anteriormente, referentes à ideia de Semelhança. *Material - Máquina fotográfica *Procedimento Em um dia de sol, cada grupo deve ir ao pátio e escolher um ponto bem alto. Em seguida, deverá fotografar um dos colegas bem próximo do ponto escolhido, tendo o cuidado de fotografar também as sombras projetadas pelos dois elementos. Imprimir a foto e estabelecer relações entre a imagem da foto com a altura real do objeto. De posse dos resultados, será promovida uma discussão sobre os resultados encontrados. * Tempo previsto para a atividade 6: Três aulas. Atividade 7: Construindo figuras semelhantes no Geoplano * Material: - Geoplano - Elástico de dinheiro * Procedimentos 1. Com auxílio de elástico, represente no Geoplano, um triângulo qualquer; 2. Amplie esse triângulo em duas vezes a medida de seus segmentos; 3. Responda: a) Qual a razão de cada segmento que forma os triângulos? b) E se diminuirmos cada semento do triângulo pela metade da medida, qual a razão de semelhança que vamos encontrar? * Tempo previsto para a atividade 7: Duas aulas. Atividade 8: Reconhecendo figuras semelhantes Observe a foto original: Foram feitas três cópias. Fonte: Autora Foto original Largura Comprimento Razão de Semelhança Cópia 1 Cópia 2 Cópia 3 Qual das cópias acima é semelhante à original? * Tempo previsto para a atividade 8: Uma aula Atividade 9: Trabalhando com mapas. Cada mapa abaixo foi desenhado em uma escala. Determine as distâncias traçadas no mapa do município de Moreira Sales e complete a tabela abaixo: Fonte: Plano Diretor do Município de Moreira Sales – Pr . Distância Sede – Vila Gianello Vila Gianello D’Oeste Mapa 1 Mapa 2 Razão entre as distâncias Responda: - Paraná Sede - Paraná D’Oeste a) As distâncias entre as cidades nos dois mapas são proporcionais? b) Qual a razão entre as medidas dos lados e o perímetro de cada figura? * Tempo previsto para a atividade 9: Uma aula Atividade 10: Ampliando e reduzindo figuras. a) Usando quadriculado A figura abaixo mostra a ampliação de um desenho, usando quadriculados. Fonte: htpp://r21.ccems.pt/default.aspx?id=2103&tabid=320 Portal dia-a-dia educação TV multimídia acesso em: 29 nov 2010 Escolha figuras em jornais ou revistas e faça quadriculados sobre elas. Depois, estabeleça razões de semelhança para obter ampliações ou reduções das figuras. b) Usando Homotetia Outra forma de se construir figuras semelhantes é por meio da Homotetia. Duas figuras semelhantes, dispostas de tal modo que seus lados correspondentes fiquem paralelos, são figuras chamadas Figuras Homotéticas. Para se obter a figura homotética de uma outra figura dada, deve-se determinar o centro da homotetia e a razão da homotetia. Ex. O triângulo ABC foi ampliado por homotetia e obtém-se o triângulo A’B’C’, isto por que neste caso, tomou-se a razão de semelhança K > 1. Usando a homotetia, desenhe um polígono qualquer e amplie-o na razão de semelhança k =3. * Tempo previsto para a atividade 10: Três aulas Atividade 11: Medindo largura e comprimento com barbante *Material - Barbante - Trena - Bloco de anotações * Procedimento Os grupos deverão ir à quadra da escola. Usando barbante e estacas, deverão montar triângulos semelhantes a partir de um ponto fixo qualquer e determinar a largura e o comprimento da quadra sem medi-la. No final, deverão apresentar o desenho, os cálculos e os resultados encontrados. * Tempo previsto para a atividade 11: Duas aulas Atividade 12: Resolução de Situações – Problemas a) Um triângulo tem seus lados medindo 10 cm, 12 cm e 15 cm, respectivamente. Determine as medidas dos lados de um outro triângulo, sabendo-se que seu maior lado mede 27cm. b) Para medir a largura x de um lago, foi utilizado o esquema abaixo. Determine a largura x do lago. * Tempo previsto para a atividade 12: Duas aulas Teorema Fundamental da Semelhança de Triângulos Observe o triângulo ABC: Traçando-se o segmento ̅̅̅̅ paralelo ao lado ̅̅̅̅ , tem-se: Como os ângulos dos triângulos ADE e ABC são congruentes, então ∆ ABC ∆ ADE, são semelhantes. Toda reta paralela a um lado de um triângulo, que intercepta os outros dois lados em pontos distintos, determina com esses lados um triângulo semelhante ao primeiro (IEZZI; DOLCE; MACHADO, 2009.p.114). Atividade 13: Situações – Problemas a) Um observador, situado a margem de um rio, no ponto B, quer determinar, sem atravessar o rio, sua largura. Para isso, marcou com estacas os pontos indicados na figura abaixo. Tendo como referência uma árvore existente na margem oposta ao observador, ajude-o a determinar a largura do rio, sabendo-se que ̅̅̅̅ = 30 m, ̅̅̅̅ = 25 m e ̅̅̅̅ = 40 m. b) Um terreno tem a forma da figura abaixo. Nele será construído um Mini Complexo Esportivo. O terreno será dividido em dois lotes, onde em um ficará a quadra de vôlei e no outro, a academia da terceira idade, conforme as medidas indicadas. Quantos metros de alambrado serão necessários para fechar cada um dos lotes? * Tempo previsto para a atividade 13: Duas aulas Atividade 14: Atividades de campo2 Cada grupo terá que determinar a altura de uma árvore que se encontra na escola, utilizando-se dois processos diferentes: a) Primeiro processo: usando sombras. Para esse primeiro processo, os grupos deverão usar uma fita métrica e um dia de sol; b) Segundo processo: usando espelho. Para o segundo processo não será necessário o sol, mas, sim, um espelho e uma trena. * Procedimentos Cada grupo deverá descobrir a altura da árvore utilizando-se de estratégias variadas e os equipamentos sugeridos. Em seguida, deverão apresentar um relatório no qual deve constar o desenho esquemático da situação, a descrição do processo, os dados obtidos, os cálculos e o resultado. No final, será feita a comparação dos resultados obtidos e discutidas as estratégias utilizadas. * Tempo previsto para a atividade 14: Duas aulas Orientações aos Professores Para a realização da atividade de campo, espera-se que os alunos realizem o primeiro processo da mesma maneira que Tales utilizou para descoberta da altura da pirâmide, porém os alunos também poderão optar por fotografias, contudo, deverão usar a projeção de sombras para a realização dessa Adaptação de : <http://cie.fc.ul.pt/membrosCIE/mcesar/textos%202005/matematica_no_c ampo.pdf >. Acesso em: 16 mai 2011 . 2 atividade. Já para o segundo processo, os alunos deverão utilizar o espelho para determinar a altura da árvore, da seguinte maneira: Coloca-se um espelho no chão a uma certa distância da base da árvore; Mede-se a distância do espelho até a árvore; Um aluno (observador), deve se colocar bem próximo do espelho e ir se deslocando para trás até o momento em que avista o topo mais alto da árvore refletido no espelho; Mede-se a distância do aluno até o ponto de reflexo no espelho; Mede-se a altura do observador até os olhos. Em seguida, faz-se no caderno o desenho esquematizado da situação e utilizando-se dos conceitos adquiridos de Semelhança de triângulos, determina-se a altura da árvore. O uso de desenhos, esquemas e representações como recurso metodológico para o ensino de geometria funciona como suportes da aprendizagem, no qual a materialidade contribui para a aquisição de novos conceitos. Para Polya (2006), “figuras são, não apenas objeto dos problemas geométricos, como também um importante auxílio para problemas de todos os tipos, que nada representam de geométrico na sua origem”. Atividade 15: Elaboração de Situações-Problema. Após a realização de todas as atividades propostas e observado as diversas aplicações do Teorema de Tales no cotidiano, principalmente para se determinar a altura e distâncias inacessíveis, os grupos, utilizando-se dos conceitos adquiridos de Semelhança, deverão propor situações-problema, as quais buscarão privilegiar aspectos conhecidos do grupo participante (praças, prédios, regiões da cidade de seu convívio, etc.). Esses problemas deverão ser trocados entre as equipes, que, por sua vez, irão pensar na resolução de cada situação e discuti-las. * Tempo previsto para a atividade 15: Três aulas Orientações/Recomendações aos Professores A formulação de problemas matemáticos é uma atividade de grande potencial para o desenvolvimento da Matemática e é tão importante quanto à resolução de problemas. Ao elaborar uma situação-problema, o aluno é estimulado a usar sua criatividade e a traduzir experiências em termos matemáticos (HOSMER apud MEDEIROS e SANTOS, 2007), ao mesmo tempo em que o envolve num processo de criação, associado à produção de textos e ao conhecimento, na qual o problema é pensado como um todo, sem focar-se apenas em números e cálculos. Recomenda-se também a utilização da formulação de problemas no decorrer das aulas como parte de uma avaliação, onde os alunos, por meio dos textos escritos confirmarão, ou não a compreensão do conceito estudado. AVALIAÇÃO A avaliação dos alunos será baseada nos seguintes aspectos: Participação na resolução dos problemas e atividades propostas e na elaboração de conceitos; Produção de textos (relatórios) e exposição oral das equipes; Organização, iniciativa, comprometimento e demais questões envolvidas ao se trabalhar em equipe; Capacidade de generalização matemática das situações propostas; Discussão sobre os resultados encontrados e a possibilidade de se usar diferentes métodos para resolver um mesmo problema. REFERÊNCIAS BONJORNO, José Roberto. BONJORNO, Regina Azenha. OLIVARES, Ayrton. Matemática: fazendo a diferença. 1 ed. São Paulo: FTD, 2006. CARVALHO, Dione Lucchesi de; MIGUEL, Antonio; MENDES, Iran Abreu; BRITO, Arlete de Jesus. História da matemática em Atividades Didáticas. 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