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Nanotecnologia está cada vez mais
presente na vida diária
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As aplicações vão de cosméticos a materiais para retardar a propagação de chamas
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vieram do espaço,
dizem cientistas
Alessandro Greco, especial para o iG | 07/09/2011 11:31
Texto:
O algodão é um dos tecidos mais utilizados na
fabricação de roupas de bebê. Uma das questões
associadas ao seu uso é a facilidade com que
uma chama se propaga nele após começar a
pegar fogo, uma questão importante em, por
exemplo, pijamas de bebês. Uma pesquisa
apresentada na semana passada na reunião anual
da Sociedade Americana de Química usa
nanotecnologia para dar mais um passo na
solução deste problema.
Pesquisadores liderados por Jaime C. Grunlan, da
Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos,
utilizaram uma tecnologia criada originalmente
para proteger vigas de aço contra fogo e a
aplicaram às roupinhas infantis. Ela torna mais
difícil para o algodão pegar fogo e mesmo que isto
aconteça, a propagação da chama se torna mais
lenta.
O responsável pela façanha é um polímero com
uma espessura milhares de vezes mais fino que
um fio de cabelo que faz com que possa penetrar
Propriedades da nanotecnologia podem até
profundamente no algodão e parar a chama no
beneficiar roupinhas de bebê
momento em que ela nasce. Ao primeiro sinal de
fogo, o polímero se expande como uma espuma, criando pequenas bolhas e uma barreira protetora para
o material que está abaixo dela.
Foto: Getty Images
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O uso deste tipo de material, chamado de retardante de chama, em roupas de bebês não é uma
novidade, mas há uma preocupação com a toxicidade em relação ao material do qual ele é feito. Com a
nanotecnologia, Grunla, além de usar um material menos tóxico, também aumentou a eficiência do
processo.
A presença da nanotecnologia no cotidiano humano não é nova. “A tinta nanquim usava nanopartículas
de carbono, vulgo, fuligem.”, afirmou ao iG o professor João Zuffo, da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, criador do Laboratório de Sistemas Integrados (LSI), e integrante vitalício da
IEEE, maior associação tecnológica do mundo. “Atualmente as pessoas muitas vezes enxergam a
nanotecnologia como se ela estivesse presente apenas na microeletrônica. Ela abrange, porém, muitas
outras áreas que vão de cosméticos a tintas de parede, passando por tecidos que absorvem suor”,
completou ele.
Onde está a nanotecnologia
Diversas aplicações já estão inclusive disponíveis no mercado. Muitos protetores solares usam
nanopartículas de óxido de zinco ou titânio para proteger a pele contra os efeitos nocivos dos raios
ultravioletas. Cosméticos as usam para levar substâncias até camadas mais profundas da pele.
Fabricantes de vidros tornam seu produtos quase auto-limpantes, entre outras tantas aplicações.
Há casos, como o das baterias, em que a nanotecnologia pode trazer ganhos enormes. “Conseguiremos
fazer baterias muito mais compactas, com uma capacidade muito maior de armazenamento de
energia para o mesmo volume e muito mais veloz”, afirmou Zuffo.
Na medicina nanopartículas estão sendo estudadas, por exemplo, na luta contra o câncer de pele, e
em pesquisas de novos métodos preventivos contra malária.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/nanotecnologia-esta-cada-vez-mais-presente-na-...
9/9/2011
Nanotecnologia está cada vez mais presente na vida diária - Ciência - iG
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Recentemente a IEEE realizou a Conferência IEEE NANO 2011, em Portland no Oregon, Estados
Unidos na qual cientistas de todo mundo se encontraram para colaborar com as novas áreas de estudo
da nanotecnologia, apresentar cases e falar de novidades da área.
Uma delas é uma pesquisa que está realizada para regular melhorar a interação entre elétrons e fótons,
o que pode gerar células solares fotovoltaicas muito mais eficientes e mais baratas. Além das aplicações
diretas em sistemas de captação solar, esses nanomateriais também poderiam ser comercializados no
futuro como uma tinta solar para revestir casas e prédios, gerando uma nova forma de captar energia.
A possibilidade de criar todos estes materiais vem de um fato simples: as partículas elementares se
comportam de forma diferente na escala nanométrica. Suas propriedades fisico-químicas, mecânicas e
ópticas
o que permite manipulá-los de forma diferente. “Estamos falando apenas do que
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sobre: nanotecnologia
conseguimos fazer com a tecnologia existente hoje. Nos próximos anos muita coisa que nem
imaginamos ainda vai acontecer”, explicou Zuffo.
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