Revisando...
• Tratado de Tordesilhas: foi assinado em 1494 entre Espanha e
Portugal; estabelecia limites do território do "Novo Mundo" entre
os dois países durante a expansão marítima. Dividia-o em duas
partes: as terras ao leste pertenciam a Portugal e as terras ao
oeste da linha pertenciam à Espanha.
• Por quê: Portugal e a Espanha acirraram uma disputa do
descobrimento da América. Ambos desejavam assegurar o
monopólio sobre as rotas marítimas no sul do Atlântico e a posse
das terras. A Espanha pediu a intervenção do Papa, que deu seu
parecer favorável. Portugal, não aceitou a decisão e ameaçou
entrar em guerra contra os espanhóis. Como resultado de duras
negociações, o Tratado de Tordesilhas foi assinado.
• Válido até 1750, quando os portugueses começaram a avançar
(descumprir o Tratado) para terras a oeste. Passou a vigorar o
princípio de que a terra pertencia a quem a ocupasse.
Contexto Histórico - Séc. XVII
Na Europa continua vigente o Antigo Regime,
caracterizado pelo absolutismo e mercantilismo.
• O Brasil torna-se a colônia mais importante de
Portugal, diante da perda de outras colônias,
devido ao início da decadência econômica.
• Portugal começa a depender da Inglaterra
(economia).
• Por conta disso, a política mercantilista é
acirrada, gerando os primeiros conflitos
nativistas.
• A economia
é agrícola e
dependente,
baseada na
produção da
cana-deaçúcar.
A Educação Brasileira do Séc. XVII
• O ensino nessa época não apresenta
grandes diferenças em relação ao século do
descobrimento.
• Nas Missões, continua o processo de
aculturação dos índios, ao mesmo tempo
que, pela violência, os colonos buscam
mão-de-obra escrava.
• Nas escolas persiste o monopólio jesuítico
alheio à revolução intelectual da Europa.
• Ênfase do ensino médio de caráter elitista,
visando a formação da classe dirigente.
• A única alteração responde ao atendimento do
interesse educacional de um segmento novo o da pequena burguesia urbana.
• As carreiras profanas das profissões liberais
(direito, medicina) ainda são realizadas na
metrópole.
• As
universidade
portuguesas,
porém,
desempenham
papel
importante
no
alargamento dos horizontes da juventude
brasileira e provocam o nascimento de um
sentimento de nativismo.
Contexto Histórico - Séc. XVIII
• A
Europa
se
encontra em crise...
• Os Ideais Liberais
(burguesia)
enfrentam os ideais
do absolutismo e
mercantilismo
(Coroa e Clero).
• Tal contraposição culmina na Revolução
Burguesa.
• A Inglaterra se antecipa a tais mudanças e
desponta como a nova grande potência
econômica européia, trazendo o capitalismo
industrial.
• Portugal, que até então era potência econômica,
graças às suas colônias, agora se vê em franco
declínio.
• O Marquês de Pombal, primeiro ministro do rei
português, tenta modernizar o reino a fim de
manter o absolutismo real e determina a
expulsão dos jesuítas.
• No Brasil, devido as altas exigências da Coroa, o
clima é de aspiração pela emancipação.
• É nítida as idéias burguesas e iluministas nos
movimentos da Conjuração Mineira (1789) e
Conjuração baiana (1798).
• Há um processo de urbanização na colônia,
favorecendo a formação da pequena burguesia e,
com ela, de demandas maiores de cultura e
educação - aspirações de emancipação política.
• Justamente nesse período, a educação sucumbe
ao seu momento mais obscuro.
Educação - Expulsão dos jesuítas
• Vimos que no início da colonização, a educação
brasileira é marcada pelo ensino dos jesuítas
que, depois, são expulsos das colônias.
• Com a expulsão saíram do Brasil 124 jesuítas da
Bahia, 53 de Pernambuco, 199 do Rio de Janeiro
e 133 do Pará.
• Podemos questionar a validade desse ensino à
formação da cultura brasileira.
• No
entanto,
é
indiscutível
que
o
desmantelamento da estrutura educacional dos
jesuítas foi muito prejudicial ao nosso povo.
• Os jesuítas tiveram seus bens confiscados e
muitos materiais importantes da nossa história
foram destruídos.
• O problema foi: NADA FOI REPOSTO!
• Não houve a substituição por outra organização
escolar...
• O Marques de Pombal só inicia a reconstrução
do ensino uma década mais tarde.
• Houve um retrocesso em todo o sistema
cultural brasileiro!!!
A Reforma Pombalina
• Várias medidas fragmentadas foram tomadas
até que as primeiras providências mais efetivas
fossem levadas a cabo.
• Começa a implantação do ensino público oficial
• A Coroa se encarrega de organizar a educação,
nomeando professores, estabelecendo planos
de estudo e inspeção.
• O Curso de Humanidades, típico do ensino
jesuítico, é modificado para o sistema de aulas
régias de disciplinas isoladas.
• São inúmeras as dificuldades...
• Os colégios estão dispersos e não há mais a
formação
de
mestres,
não
havendo
uniformidade de ensino.
• Queixas inúmeras são feitas quanto à
incompetência dos mestres leigos e mal pagos.
• Mas, tudo era centralizado no Reino, o que
tornava a máquina administrativa lenta e
ineficaz.
• Por vezes, alguns mestres, formados pela
Companhia de Jesus, tentam dar continuidade
ao ensino jesuítico, numa ação pedagógica
semelhante, porém em nível inferior.
• Aparecem as escolas carmelitas, beneditinas,
franciscanas...
• Em Portugal, a Universidade de Coimbra passa,
já em 1772, por uma transformação, optando
pelo ensino da língua moderna (e não do latim),
das matemáticas e ciências da natureza.
• Indiretamente, o Brasil se beneficia disso, pois
muitos de seus jovens lá completavam os
estudos, trazendo novos ideais à colônia.
• O resultado da decisão de Pombal foi que, no
princípio do século XIX, a educação brasileira
estava reduzida a praticamente nada.
• O sistema jesuítico foi desmantelado e nada que
pudesse chegar próximo deles foi organizado
para dar continuidade a um trabalho de
educação.
• Esta situação somente sofreu uma mudança com
a chegada da família real ao Brasil em 1808.
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A Educação no Brasil do Século XVII