 Sub. 1
 Durante praticamente 200 anos a partir da chegada dos
portugueses, muita coisa aconteceu na difícil relação entre
a colônia brasileira e sua metrópole .
 Os engenhos de cana-de-açúcar era o centro das
atividades econômicas na América Portuguesa.

Formas de escravidão foram implantadas
na América portuguesa, sempre visando
favorecer a geração de riquezas nessas
terras.
 No fim do Séc. XVII, a América portuguesa
enfrentava grande dificuldades financeiras.
 Diante da necessidade de aumentar os recursos, o
governo do rei Dom João IV começou uma política de
maior controle sobre a colônia. Em 1642 foi criado o
Conselho Ultramarino, órgão responsável pela
administração colonial.
 A Companhia Geral do Comércio do Estado do
Brasil passou a ter exclusividade sobre as relações
comerciais da região entre os atuais estados do Rio
Grande do Norte e São Paulo. Por vinte anos essa
Companhia teve exclusividade sobre diversos
produtos fornecidos a colônia, como AZEITE, VINHO,
FARINHA ENTRE OUTROS
 Produtos que fossem fornecidos pela metrópole
tinham sua produção proibida na colônia.
Naturalmente os descontentamentos eram grandes.
Um dos motivos para a
crise da América
portuguesa foi a
redução da
importancia da
produção de açucar
depois que os
holandeses, expulsos
do nordeste,
passaram a cultivar
cana na região do
caribe.
 Os lucros dos colonos foram reduzidos, o que
estimulou a busca por outras atividades econômicas.
 Deste o inicio da colonização, os portugueses
acreditavam que era possível encontrar ouro em
alguma parte do Brasil. Foi esse espírito que motivou a
descoberta de Jazidas de Ouro, por volta de 1693, na
região posteriormente chamada de Minas Gerais.
 Alguns defendem
que as primeiras
descobertas
significativas
ocorreram com o
bandeirante
Borba Gato.
 Nas décadas
seguintes, foi
encontrado ouro
em outras regiões,
como Mato
Grosso, Goiás, e
Bahia.
 Sub. 2
 As áreas que mais produziram ouro estavam em torno
do Rio das Velhas, do Ribeirão do Carmo, Rio das
Mortes, Ribeirão do Inferno e Jequitinhonha, em
minas fundadas no fim do Séc. XVII e início do Séc.
XVIII.
 No fim do Séc. XVII, houve uma verdadeira corrida
em direção á região das minas. Paulistas, baianos,
pernambucanos, portugueses e até mesmo
estrangeiros se deslocaram em busca do cobiçado
metal precioso.
 Da África, foram trazidos milhares de escravos para
trabalhar na mineração .
 Durante os iniciais da exploração do ouro houve muita
dificuldade para conseguir alimentos.
 Uma Galinha chegava a custar 4.000 réis em São Paulo 160
réis.
 Gado 120.000 réis em São Paulo 2.000 réis.
 Surgiram plantadores de Milho, Feijão, Cana, Mandioca,
 além de criadores de animais domésticos como
 galinhas, porcos, cabras, ovelhas, etc.
 A Pecuária também se desenvolveu
 O TROPEIRO foi uma figura peculiar da região
mineira. Vestia-se com chapéu e botas. Conduzia
animais carregados de mercadorias para abastecer os
diversos núcleos mineradores.
 Os paulistas julgavam ter direito de posse sobre as
minas, pois argumentavam que foram seus
descobridores. Eles chamavam de EMBOABAS as
pessoas que chegavam de outros estados.
 A palavra ficou conhecida por estar associada a lutas
entre os paulistas e os “forasteiros” de outras regiões
em torno de regiões mineradoras.
 Os conflitos ocorreram entre 1707 e 1709, até o
governo português intervir, favorecendo os emboabas
e fazendo os paulistas perderem várias minas.
 A Chamada Guerra
dos Emboabas
(1708 – 1709)
colaborou para a
criação de normas
que
regulamentaram a
distribuição de
lavras entre
emboabas e
paulistas e a
cobrança de
tributos. Dessa
maneira, o
controle
administrativo da
metrópole se
intensificou.
 Sub. 3
 Para administrar a região das minas
, a metrópole criou , em 1702, a
chamada INTENDENCIA das
MINAS, órgão presente em cada
uma das regiões de onde se extraía
ou ouro.
 Os Responsáveis pelo órgão eram
homens ligados ao governo
português, que faziam a distribuição
dos lotes que seriam explorados,
chamados DATAS, e pela cobrança
de 20% do ouro encontrado pelos
mineradores, imposto que ficou
conhecido pelo nome de
QUINTO.
 O controle sobre o ouro que era encontrado aumentou,
mas o CONTRABANDO era intenso. Então foi proibido de
circular ouro em pepitas ou em pó.
 Todo ouro encontrado deveria passar pelas chamadas
CASAS de FUNDIÇÃO, criadas em 1720. Nesses locais, o
minério era derretido e transformado em Barras, além de
ser submetido á cobrança do Quinto.
 O governo português criou todos os mecanismo
possíveis para fazer da colônia uma fonte permanente
de recursos, que ajudariam a minimizar as crises
enfrentadas por Portugal. (muitos impostos)
 Hoje é diferente?
 Soldados bem armados acompanhavam o
carregamento até o litoral, de onde eram enviados á
metrópole.
 No início do Séc. XVIII, Portugal tornava-se cada vez
mais dependente da Inglaterra, sobretudo por
tratados de comércio bilaterais.
 A riqueza reunida no Brasil foi empregada pelos
portugueses em acertos de dívidas com os ingleses,
que iniciavam a Revolução Industrial. O ouro
brasileiro também foi bastante utilizado no reinado
do rei português Dom João V, com gastos da corte e
em obras magnificentes, como o CONVENTO de
MAFRA.
 Sub. 4
 A riqueza das minas
incentivou a produção
cultural na colônia em
atividades como a música e a
arquitetura, seguindo o
estilo barroco. Um dos
maiores nomes é o de
ANTONIO FRANCISCO
LISBOA, o ALEIJADINHO,
mulato cujas obras podem
ser vistas até hoje em várias
cidades históricas mineiras.
 Proprietários que enriqueciam enviavam seus filhos
para estudar em importantes centros na Europa.
Quando retornavam ao Brasil, traziam conhecimentos
importantes, sobretudo ligados á filosofia do
iluminismo, em rápida difusão no século XVIII.
 Assim formou-se em Minas Gerais uma intensa vida
urbana.
 Havia muitos escravos em Minas. Alguns estudiosos
calculam que a vida útil de um escravo que trabalhava nas
minas era de sete a doze anos.
 Havia casos de escravos que trabalhavam por conta
própria.
 Dados da segunda metade do século XVIII informam que
dentre os cerca de 320 mil habitantes, 52% eram negros e
25,7% mulatos.
 Todas as mudanças geradas pela sociedade
mineradora provocaram um deslocamento
do eixo econômico do Nordeste para o
Sudeste.
 A sociedade dos
 .

engenhos não acabou,
mas a atenção principal
da coroa se voltou para
a capital do Brasil, que
foi transferida da
cidades de Salvador
para o Rio de Janeiro,
em 1763.
 O auge da exploração aurífera foi entre os anos de 1730
e 1750. A partir de então, começou o declínio com o
esgotamento do ouro devido aos processos técnicos
precários.
 No início do Século XIX houve um decréscimo
populacional nas cidades mineiras, como
 Ouro Preto, que, em meados de 1740, tinha 20 mil
habitantes e, em 1804 contava com aproximadamente
7 mil .
 Findou, dessa maneira, a febre do ouro. Com isso , a
agricultura voltou a ter preeminência nas atividades
econômicas da colônia . O cultivo do ALGODÃO na
igreja do Maranhão se desenvolveu e se difundiu desde
o Pará até o atual estado do Paraná.
(o Brasil se tornou um dos maiores produtores mundiais de algodão)
 Sub. 5
 Na segunda metade do Séc.
XVIII, o reino de Portugal
passou por mudanças
significativas que tiveram
impacto sobre o Brasil. Á
frente dessas mudanças,
estava o ministro nomeado
pelo rei Dom José I,
SEBASTIÃO JOSÉ DE
CARVALHO E MELO, o
MARQUÊS DE
POMBAL (1750 – 1777).
 As atividades do ministro Pombal representaram a
tentativa de agilizar a administração portuguesa nas
relações com a colônia. No projeto, uniram-se o
Absolutismo e aspectos da filosofia iluminista, além
da aplicação de doutrinas mercantilistas.
 O ministro Pombal fundou duas
companhias de comércio.
A COMPANHIA GERAL do
COMÉRCIO do GRÃO-PARÁ e
MARANHÃO,

 criada em 1755, e a
 COMPANHIA GERAL de
PERNAMBUCO e PARAÍBA,
 criada em 1759.
 As despesas portuguesas envolviam também a
necessidade de administrar guerras contra os
espanhóis.
 Para aumentar a arrecadação, Pombal determinou que
o imposto do QUINTO nas regiões mineradoras
deveria somar anualmente pelo menos 100 arrobas de
ouro (o equivalente a 1500 quilos). Essa determinação,
conhecida como FINTA, tornou-se bastante
controvertida.
 Os objetivos de centralização administrativas de Pombal
levaram o governo a se indispor com parte da nobreza e
até o clero português.
 Um atentado chegou a ser feito contra o rei, o que levou
Pombal a executar alguns membros da alta nobreza , além
de expulsar os padres jesuítas de Portugal e do Brasil.
 No caso dos Jesuítas, Pombal não apreciava a idéia de
que essa ordem religiosa tivesse tanta autonomia na
colônia. (praticamente toda a educação na colônia
estava nas mãos dos Jesuítas.

 Outro fator que levou á expulsão dos jesuítas do Brasil
foi o interesse que muitos tinham nas terras
administradas por esses religiosos.
 A expulsão dos jesuítas teve impacto no precário
sistema educacional existente no Brasil, pois Pombal
não garantiu meios que pudessem substituir o ensino
dos padres.
 Pombal chegou a criar um imposto específico para
custear a educação, mas os progresso s foram muito
limitados.
 Com a morte do rei Dom José I, Pombal foi afastado
de seu cargo. Muitas medidas do ministro foram
rechaçadas ( fazer retirar ou retroceder, opondo resistência.)
 Essas mudanças
foram
conduzidas pela
rainha
Dona Maria I
(1777-1816), que
ampliou mais
ainda o controle
e repressão
sobre as áreas
coloniais.
 .
 Sub. 6
 No Século XVIII
surgiram na Europa
movimentos que
contestavam o
Absolutismo e as
práticas
mercantilista. As
idéias iluministas
repercutiram em
várias regiões,
como foi o caso das
Treze Colônias da
América do Norte.
 Ao conjunto de características que faziam parte os Estados absolutistas
e estavam ligadas a valores contestados pelos iluministas
convencionou-se dar o nome de
ANTIGO REGIME,
e ás relações mercantilistas entre metrópole e colônia, de
ANTIGO SISTEMA COLONIAL.
 O fim do Séc. XVIII iniciou a crise do Antigo Sistema Colonial, que
culminou nos movimentos de independência das colônias americanas. No
caso Brasileiro, a independência só ocorreu em 1822, mas, no fim do Séc.
XVIII surgiram movimentos que pretendiam romper com o
 PACTO COLONIAL.
Um dos mais importantes movimentos separatistas foi a chamada
CONJURAÇÃO MINEIRA.
 A cobrança abusiva de impostos sobre os colonos foi um
fator importante para explicar o movimento separatista
de Minas.
 Com a crise da exploração do ouro, aumentou o ímpeto
tributário português. (imposto de 1.500 quilos de ouro)
Como as fontes do minério

estavam se tornando
escassas, o governo
português suspeitava de um
aumento de contrabando. Por
isso determinou que o ouro
deveria ser conseguido a
 . qualquer custo, obrigando a
população mineira a pagar o
que devia. A invasão das
casas para se conseguir ouro
ficou conhecida como
DERRAMA.
 Houve uma grande influencia de pessoas que
estudavam na Europa e tinham acesso as idéias
Iluministas.
 Muitos que estavam descontentes com a
administração colonial em Minas faziam parte da elite
local.
 No entanto, essa elite
se sentiu prejudicada
com a chegada, em
1782, de um novo
governador em
Minas,
 LUÍS da CUNHA
MENEZES.
 (Leiam o quadro
Azul)
 JOAQUIM JOSÉ da
SILVA XAVIER
era de origem
humilde e, em 1775,
entrou na carreira
militar. Além disso
exercia também o
ofício de dentista, o
que lhe conferiu o
apelido que se
cristalizou na
História brasileira:
 Apesar de seu descontentamento com o novo
governador, envolveu-se em um movimento que
pretendia romper com governo português.
 No começo de 1789, a população de Vila Rica temia
uma derrama, o que levou os conspiradores a
adiantarem a decisão de promover o movimento.
 Nomes conhecidos frequentavam as reuniões em que se discutiam as
estratégias da revolta. Era o caso de Inácio José de Alvarenga Peixoto,
 Claudio Manoel da Costa
 e Tomaz Antonio Gonzaga, que deixaram marcas na Literatura brasileira
 Havia também o coronel Joaquim Silvério dos Reis e Tiradentes que
atuou na divulgação do Movimento
 A capital do país do país seria São João del-Rei, em
Minas no entanto, não se pode considerar que o
objetivo era o rompimento de toda a colônia em
relação a metrópole. Alguns autores destacam que os
conjurados pretendiam apenas a região das Minas ou
o Sudeste em relação a Portugal. Haveria incentivos
para a industrialização.
 Em relação á continuidade da escravidão havia
controvérsias. Alguns defendiam a abolição outros a
manutenção da escravidão.
 Há indicações de que se chegou a um acordo: seriam
libertados apenas os escravos nascidos no Brasil.
 O plano era que a rebelião ocorresse no mesmo
momento em que fosse decretada a derrama. A
indignação popular contribuiria para a prisão do
Visconde de Barbacena.
 Tiradentes iria ao Rio de Janeiro ampliar o
movimento. No entanto o plano não deu certo. Alguns
participantes, com o objetivo de se livrar de dívidas
junto ao governo português, resolveram denunciar os
revoltosos. Foi o caso de JOAQUIM SILVÉRIO dos
REIS. (arregão)
 Dentre os mais pobres
dos revoltosos, apenas
Tiradentes foi
condenado á Morte.
Após seu enforcamento,
em 21 de Abril de 1792,
Tiradentes foi
esquartejado, e partes
de seu corpo foram
levadas e publicamente
expostas em algumas
cidades por onde ele
tentara conseguir apoio.
Com a proclamação da Republica, em
1889,o nosso governo precisava de
símbolos que legitimassem suas
propostas. Um dos símbolos formados
nesse contexto foi Tiradentes, que foi
elevado a categoria de herói nacional,
com direito a feriado. (21 de Abril)
 .
 Texto “A Mineração em Mato Grosso e Goiás.”
 1) Os historiadores contam duas fases na exploração
do ouro em Mato Grosso. Quais são elas?
 2) Que motivos levaram os exploradores a buscar
Minas tão distantes?
 3) Para os primeiros exploradores, de Minas Gerais e
Mato Grosso, qual foi a maior dificuldade?
 4) Qual foi a época mais importante na extração de
minério em Goiás?
 .
 .
 .
 .
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File - Fazendo a História